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Manejo de paciente com trauma cranioencefálico e de pescoço

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Para responder a este caso de um rapaz de 22 anos, lutador de boxe, internado na 
UTI com estridor inspiratório após um trauma de crânio e pescoço, vamos considerar 
a primeira conduta e as demais ações necessárias no manejo desse paciente.
▏Qual é a primeira conduta no manejo deste paciente?
A primeira conduta no manejo deste paciente é assegurar a via aérea e a adequada 
ventilação/oxigenação. Dado que o paciente apresenta estridor inspiratório após 
trauma cranioencefálico e de pescoço, há um risco significativo de obstrução da via 
aérea, o que requer intervenção imediata. As ações recomendadas incluem:
Avaliação Rápida da Via Aérea:
Avaliar a obstrução na via aérea superior e a gravidade do estridor. Um 
estridor inspiratório indica estreitamento das vias aéreas e requer atenção 
urgente.
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Preparação para Intubação Endotraqueal:
Devido ao risco de obstrução das vias aéreas, a intubação pode ser 
necessária para proteger a via aérea. Deve-se considerar a situação de 
emergência e ter equipamentos e medicamentos prontos para uma 
intubação segura.
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A equipe deve estar preparada para possíveis dificuldades, uma vez que o 
trauma no pescoço pode tornar a intubação mais desafiadora.
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Administração de Oxigenoterapia:
Até que a via aérea esteja segura, fornecer oxigênio suplementar para 
manter a saturação de oxigênio adequada.
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Monitoramento Hemodinâmico e Respiratório:
Monitorar a frequência cardíaca, pressão arterial e saturação de oxigênio 
para detectar sinais de deterioração.
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Preparar-se para intervenção rápida caso ocorra obstrução total ou parcial 
da via aérea.
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•
▏Quais são as outras condutas no manejo deste 
paciente?
Além de assegurar a via aérea, outras condutas necessárias no manejo do paciente 
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Além de assegurar a via aérea, outras condutas necessárias no manejo do paciente 
incluem:
Suporte Hemodinâmico e Neurológico:
Monitorar de perto os sinais vitais para detectar sinais de choque ou 
instabilidade hemodinâmica.
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Dado que há edema cerebral leve, deve-se monitorar a evolução 
neurológica para evitar complicações como herniação ou aumento da 
pressão intracraniana.
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Tratamento para Rabdomiólise:
Com rabdomiólise, há risco de lesão renal aguda devido à liberação 
excessiva de mioglobina. Aumentar a hidratação intravenosa para diluir a 
mioglobina e proteger os rins.
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Monitorar a função renal com exames de sangue (creatinina, ureia) e 
observar a cor da urina para sinais de mioglobinúria.
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Investigação do Trauma no Pescoço:
Dado o trauma no pescoço, exames de imagem adicionais, como tomografia 
computadorizada ou ressonância magnética, podem ser necessários para 
avaliar possíveis lesões nas vias aéreas, estruturas ósseas ou tecidos 
moles.
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Controle da Dor e Suporte Emocional:
Administrar medicamentos para controle da dor e sedativos leves se 
necessário.
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Fornecer apoio emocional ao paciente, pois ele está confuso devido à 
concussão e ao trauma.
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Coordenação Multidisciplinar:
A equipe da UTI deve trabalhar com cirurgiões, neurologistas, 
otorrinolaringologistas e outros especialistas para fornecer o melhor 
atendimento.
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Manter a família informada sobre o progresso do paciente e o plano de 
tratamento.
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Essas ações visam garantir a estabilidade do paciente, prevenir complicações 
adicionais e fornecer cuidados abrangentes para sua recuperação.
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