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Medicina Veterinária - FMU Ponte Estaiada / 4° Semestre
APS de Farmacologia e Toxicologia Veterinária.
Mecanismo da Respiração, Sistema Tegumentar e patologias.
São Paulo - SP.
04/2024
Índice:
1- Explicando o mecanismo da respiração……………………………………………... pág 3.
2- Introdução Sistema Tegumentar…………………………………………………….… pág 3.
2.1- Epiderme……………………………………………………………………………….… pág 3.
2.2- Derme…………………………………………………………………………………..… pág 3.
2.3- Pêlos e Unhas……………………………………………………………………….….. pág 3.
2.4- Glândulas da Pele………………………………………………………………….. pág 3 e 4.
3- Principais patologias do sistema tegumentar na veterinária………………….…. pág 4.
3.1- Lesões elementares………………………………………………………………….… pág 4.
3.2- Lesões elementares primárias planas……………..………………………………. pág 4.
3.3- Lesões elementares primárias planas de origem vascular………………… pág 4 e 5.
3.4- Lesões elementares primárias sólidas…………………………………………….. pág 5.
3.5- Lesões elementares primárias com conteúdo líquido……………………… pág 5 e 6.
3.6- Lesões elementares secundárias com alterações de consistência e
espessura…………………………………………………………………………………….. pág 6.
3.7- Lesões elementares secundárias com alterações por perda de
substâncias…………………………………………………………………………….… pág 6 e 7.
3.8- Lesões com alterações no crescimento ou diferenciação
epidérmica…………………………………………………………………………….. pág 7, 8 e 9.
3.9- Anomalias Congênitas……………………………………………………… pág 9, 10 e 11.
3.10- Inflamações da Pele…………………………………………………………… pág 11 e 12.
3.11- Neoplasias do sistema tegumentar…………………………………….….. pág 12 e 13.
4- Referências………………………………………………………………………………. pág 13.
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1- Explicando o mecanismo da respiração:
- Inspiração: ocorre a entrada de ar nos pulmões, na inspiração a pressão alveolar se
torna menor do que a pressão atmosférica. Ocorre quando há contração do
diafragma, expansão dos músculos intercostais e pressão negativa nos pulmões -
processo ativo.
- Expiração: ocorre a saída de ar dos pulmões, na expiração a pressão alveolar se
torna maior do que a pressão atmosférica. Ocorre quando o diafragma relaxa e há
pressão positiva nos pulmões - processo passivo.
2- Introdução Sistema Tegumentar:
É composto por pele e por seus anexos (unhas, pelos, glândulas sudoríparas, sebáceas e
mamárias).
Já a pele, é composta por derme e epiderme, e suas porções epiteliais e conjuntivas; abaixo
da derme, temos a hipoderme (tecido celular subcutâneo) que é um tecido conjuntivo frouxo
e contém muitos adipócitos; ele não faz parte da pele, apenas a une com outros órgãos.
A pele é um dos maiores órgãos do corpo, e suas funções são: proteção (raios UV,
desidratação, e atritos), sensorial, termorregulação, excreção, vitamina D3 e imunidade.
A derme une-se a epiderme devido as suas papilas dérmicas, que se encaixam nas cristas
epidérmicas.
Já os pelos são isolantes térmicos.
2.1 Epiderme: seu tecido epitelial é estratificado pavimentoso queratinizado, sendo os
queratinócitos as células em maior abundância; já na parte basal, especificamente no
estrato, temos células prismáticas, repousadas sobre a membrana, além de que, é rica em
células-tronco. É responsável junto com a camada espinhosa, pela renovação da epiderme.
Nesta camada, podemos encontrar os melanócitos.
2.2 Derme: é dividida em derme papilar (tecido conjuntivo frouxo) e derme reticular (tecido
conjuntivo denso). Ambas possuem fibras elásticas, e contém vasos sanguíneos e linfáticos,
nervos, folículo piloso, glândulas sebáceas e sudoríparas.
2.3 Pêlos e unhas: Pêlos - são formados por queratina e crescem continuamente,
desenvolvem-se a partir do folículo piloso; apresentam trẽs camadas, sendo cutícula,
córtex, e raiz. Unhas: são placas de células queratinizadas, encontradas nas falanges, na
parte superficial.
2.4 Glândulas da pele: podem ser sebáceas ou sudoríparas. Sebáceas: glândulas
exócrinas acinosas simples ramificada holócrina, estão na derme e seus ductos geralmente
desembocam nos folículos pilosos, e em algumas regiões na superfície da pele.
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Sudoríparas: glândulas exócrinas tubulosas simples enoveladas, são encontradas em toda
a pele, e podem ser merócrinas ou apócrinas.
3- Principais patologias do sistema tegumentar na veterinária:
3.1 Lesões elementares: podem ser primárias ou secundárias.
- Primárias: conteúdo líquido, planas e sólidas.
- Secundárias: alteração de espessura, consistência ou por perda de substâncias.
3.2 Lesões elementares primárias planas: modificações na coloração da pele sem afetar
o relevo ou a consistência. Essas mudanças podem ser causadas por diferentes processos,
incluindo:
- Congestão: Isso ocorre quando há um acúmulo de sangue nos vasos sanguíneos
da pele, levando a uma coloração avermelhada ou arroxeada.
- Constrição: A constrição dos vasos sanguíneos pode levar a uma diminuição do
fluxo sanguíneo para a área afetada, resultando em palidez ou uma coloração mais
clara.
- Extravasamento de hemácias: Quando os glóbulos vermelhos escapam dos vasos
sanguíneos para os tecidos circundantes, pode ocorrer uma coloração avermelhada
ou azulada, dependendo da quantidade de oxigênio presente.
- Deposição de melanina: A melanina é o pigmento responsável pela cor da pele. A
sua deposição excessiva pode levar a manchas escuras na pele, como sardas ou
manchas de idade.
- Pigmentos endógenos ou exógenos: Além da melanina, outros pigmentos
endógenos (produzidos pelo próprio organismo) ou exógenos (originários do
ambiente externo) podem influenciar na coloração da pele.
- Essas diferentes causas podem resultar em uma variedade de alterações na cor da
pele, e é importante avaliar cuidadosamente cada caso para determinar a causa
subjacente e o tratamento adequado.
Podem ser maculares ou manchas: Maculares - lesões cutâneas planas (sem
elevação) circunscritas, mas de cor diferente (hipo ou hiperpigmentação) que a da pele
adjacente <1,0cm de diâmetro. Manchas - >1,0cm
3.3 Lesões elementares primárias planas de origem vascular:
- Eritema: Uma coloração avermelhada na pele, bem delimitada, com tamanho maior
que 1cm. É causada pela dilatação dos vasos sanguíneos, desaparece quando se
aplica pressão sobre a área afetada e a temperatura local permanece normal.
- Telangiectasia: Caracterizada por lesões eritematosas lineares e sinuosas,
resultantes da presença de capilares dilatados na derme. Ao contrário do eritema, as
telangiectasias são permanentes.
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- Púrpura: Manifesta-se como manchas vermelhas que não desaparecem quando se
aplica pressão sobre elas. É causada pelo extravasamento de hemácias na derme.
Com o tempo, a cor das lesões pode mudar, passando de vermelha para arroxeada
e, em seguida, para verde-amarelada.
- Petéquia: máculas puntiformes hemorrágicas de até 1cm de diâmetro.
- Equimoses: manchas vermelho vivo ou bordô >1cm.
3.4 Lesões elementares primárias sólidas: espessamentos epidérmicos, dérmicos ou
dermoepidérmicos que resultam na elevação da pele. Algumas das causas mais comuns
incluem:
- Inflamação: Processos inflamatórios crônicos podem levar ao espessamento da
pele. Por exemplo, dermatite crônica, psoríase e eczema podem causar
espessamento da pele devido à resposta inflamatória contínua.
- Neoformação: O crescimento anormal de tecido, como tumores benignos (como
queratoses seborreicas) ou malignos (como carcinomas basocelulares ou
espinocelulares), pode resultar em espessamento da pele. Esses crescimentos
podem ocorrer na epiderme, na derme ou na interface entre essas camadas
(dermoepidérmicos).
É importante realizar uma avaliação clínica detalhada e, se necessário, realizar
biópsia para determinar a causa específica do espessamento da pele, especialmente se
houver suspeita de neoplasia. O tratamento dependerá da causa subjacente e pode incluir
medidas para controlar a inflamação, remover lesões neoplásicas ou tratar outras condições
médicas associadas.
- Pápula: elevação circunscrita da pele, cor igual ou diferente da pele circunjacente,
<1,0cm de diâmetro.
- Placa: >1,0cm.
- Nódulo: Lesões de localização profunda, nem sempre elevadas, mas sempre
palpáveis, maiores que>1cm.
- Tumor: Aumento de volume >3cm.
- Cisto: estrutura de consistência flutuante, esférica ou ovalada. Conteúdo líquido ou
semissólido. Está na derme. Encapsulamento Epitelial.
Podem ser: alopeciados (nódulo com ausência de pelos), ulcerado (nódulos que
atingem a derme), e descorado (perda de coloração).
3.5 Lesões elementares primárias com conteúdo líquido: podem ser vesículas ou
bolhas, e pústulas.
- Vesìcula ou bolhas: São lesões circunscritas e elevadas contendo líquido, podendo
ser chamadas de vesícula (menos de 1cm) ou bolha (mais de 1cm). Podem estar
entre as camadas da epiderme, conhecidas como intra-epitelial ou sub-epidermal.
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Geralmente contém líquido seroso. Têm uma consistência friável e podem se romper
facilmente.Podem ter origem viral, autoimune ou serem causadas por irritações na
pele.
- Pústulas: é uma pequena bolha na pele que contém pus, que é uma mistura de
células brancas do sangue, como neutrófilos e/ou eosinófilos, e fluido. Essas
pústulas podem ser causadas por infecções secundárias na pele ou por condições
autoimunes. Elas podem estar localizadas dentro da camada superior da pele
(intra-epiteliais) ou abaixo dela (sub-epidermais), ao redor dos folículos pilosos ou
entre eles (interfolicular). Essas características podem ajudar a determinar a causa
subjacente da pústula, se é infecciosa ou autoimune.
3.6 Lesões elementares secundárias com alterações de consistência e espessura:
- Urticária: é uma reação alérgica na pele que causa estruturas elevadas,
circunscritas e achatadas na superfície, conhecidas como pápulas. Ela é transitória,
aparecendo e desaparecendo em minutos a horas, e pode se espalhar por várias
áreas do corpo, o que chamamos de distribuição multifocal. Essas características
são típicas da urticária, uma resposta do sistema imunológico a certos alérgenos.
3.7 Lesões elementares secundárias com alterações por perda de substâncias: são
especificamente escoriações, erosões, úlceras, crostas e escamas.
- Escoriações: São perdas na camada superficial da pele, a epiderme, causadas por
trauma como automutilação, lambedura, arranhaduras ou mordidas. Geralmente são
acompanhadas de coceira.
- Erosões: São alterações na epiderme onde parte do tecido é danificado, mas a
membrana basal, que é uma camada importante abaixo da epiderme, permanece
intacta. Podem ocorrer como evolução de vesículas e pústulas e têm um aspecto
deprimido e hiperêmico (vermelho devido à irrigação sanguínea aumentada).
- Úlceras: Quando a lesão é mais profunda, atingindo não apenas a epiderme, mas
também a derme, causando exposição dos tecidos abaixo. Isso leva a uma reação
cicatricial e a lesão apresenta um aspecto deprimido, hiperêmico e pode haver
exsudação (saída de líquido).
- Crostas: São resíduos ressecados de sangue, soro, pus, restos celulares ou
bactérias que se formam sobre a pele em resposta a uma lesão, como uma úlcera, e
representam parte do processo de cicatrização.
- Escamas (caspas): São devidas à camada superficial da pele, a epiderme, não se
cronificar corretamente, levando ao acúmulo de células mortas. Isso pode ocorrer de
forma focal ou difusa e está relacionado à queratinização, que é o processo de
formação de queratina, uma proteína importante na pele.
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3.8 Lesões com alterações no crescimento ou diferenciação epidérmica: suas
possíveis causas são seborreia idiopática primária em cães Cocker spaniel, síndrome de
comedão dos cães Schnauzer, Inflamação, trauma, distúrbios metabólicos e nutricionais.
- Hiperqueratose: é uma condição na qual há um aumento na produção de queratina,
resultando em áreas firmes, elevadas e circunscritas na pele devido ao aumento do
estrato córneo. Existem diferentes tipos de hiperqueratose:
Ortoqueratótica: Caracterizada por células anucleadas e um aumento na
espessura da camada granular da pele.
Paraqueratótica: Caracterizada por células nucleadas e uma redução na espessura
da camada granular (hipogranulose).
Ambos os tipos são respostas comuns e inespecíficas a estímulos crônicos, como
trauma superficial e inflamação.
A hiperqueratose é característica de condições como ictiose, seborreia idiopática
primária em Cocker Spaniels e deficiência de vitamina A.
A paraqueratose difusa é típica de condições dermatológicas responsivas ao zinco
e da dermatopatia necrolítica superficial, também conhecida como síndrome
hepatocutânea.
- Hiperplasia: é caracterizada pelo aumento do número de células na epiderme,
sendo mais significativo no estrato espinhoso, resultando em acantose. Existem
diferentes padrões de hiperplasia:
Hiperplasia psoriasiforme: Caracterizada por projeções epidérmicas organizadas
que se estendem para o interior da derme, interdigitando-se com as papilas
dérmicas. É observada na dermatite liquenoide psoriasiforme dos cães Springer
Spaniel e na dermatite psoriasiforme pustular juvenil dos suínos (pitiríase rósea).
Hiperplasia papilar: Refere-se ao crescimento aumentado da epiderme em direção
à derme, com projeções digitiformes (papilares) ocorrendo em maior quantidade. É
típica em alguns papilomas, nevos e calosidades, apresentando aspecto de verruga.
Hiperplasia pseudocarcinomatosa: Assemelha-se a um carcinoma de células
escamosas, com aumento do número de figuras mitóticas e formação de pérolas de
queratina, mas sem invasão das células epidérmicas na membrana basal e com
diferenciação delas. Ocorre na pele que sofreu lesão por exposição crônica à
radiação actínica, antes do desenvolvimento de carcinoma de células escamosas
nos bordos das úlceras crônicas.
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- Disqueratose: é caracterizada pela queratinização anormal ou prematura no estrato
espinhoso da epiderme. Suas características incluem:
Queratinócitos: Apresentam citoplasma eosinofílico com filamentos de queratina e
núcleo picnótico. A ocorrência de apoptose é comum.
Ocorre em diferentes condições, como paraqueratose, neoplasias (carcinoma de
células escamosas), e devido à distribuição imunológica das células epidérmicas por
linfócitos ou seus produtos, como no eritema multiforme.
É mais comum ocorrer em áreas com pouca pigmentação.
- A alopecia linear equina, também conhecida como queratose linear, é uma
condição observada em diferentes raças, com uma aparente predisposição nos
cavalos da raça Quarto de Milha. Geralmente ocorre entre 1 a 5 anos de idade. As
lesões são caracterizadas por uma ou mais áreas lineares de alopecia, orientadas
verticalmente, com crostas e descamação variáveis. Essas áreas são tipicamente
unilaterais e estão localizadas no pescoço, ombros e tórax lateral. A alopecia linear
equina tende a ser assintomática e pode persistir ou tornar-se permanente. Uma
possível causa é o envolvimento de um ataque imunomediado na parede do folículo
capilar.
- A queratose de canhão equina é uma forma localizada de dermatose seborreica
que pode ocorrer em cavalos de qualquer idade, sem predileção por raça. As lesões
são encontradas na superfície cranial dos ossos do canhão traseiro e são
caracterizadas por áreas bem demarcadas de alopecia, descamação e crostas.
Essas lesões são tipicamente bilaterais e persistem ao longo da vida do animal. Dor
e prurido geralmente estão ausentes. Na histologia, são observadas orto e
paraqueratose, bem como uma irregular hiperplasia epidermal papilar e uma
dermatite perivascular superficial leve.
- A queratose seborreica em cães é uma condição que ocorre antes dos 9 anos de
idade. Ela pode se apresentar como uma lesão única ou múltipla, sem predileção
por raça ou sexo. As lesões são caracterizadas por um crescimento irregular, com
pigmentação variável, que pode ter uma escamação seca a cerosa e uma aparência
séssil ou "presa". É importante notar que pode ser confundida com placas virais, no
entanto, pode ser distinguida pela falta de efeito citopático da hipergranulose e do
papilomavírus.
- Os padrões de reação liquenoide são observados em cães e raramente em gatos,
correspondendo a doenças específicas, como a síndrome uveodermatológica e o
lúpus discoide, mas também podem ocorrer como uma reação liquenoideidiopática,
conhecida como dermatose liquenoide. Essa condição também pode representar
uma forma pouco caracterizada de lúpus eritematoso cutâneo crônico.
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Geralmente, a dermatose liquenoide é assintomática e apresenta lesões simétricas,
agrupadas, na forma de pápulas e placas planas com distribuição variável. A
superfície das lesões é escamosa e apresenta uma hiperceratose marcada. Além
disso, pode ocorrer uma dermatose psoriasiforme liquenoide em cães que estão em
tratamento com ciclosporina oral de longa duração para pele alérgica refratária ou
outras condições.
- Os chifres cutâneos podem ocorrer em todas as espécies domésticas, com
algumas causas sendo desconhecidas, enquanto outros se originam de carcinoma
de células escamosas (CCE) ou outras queratoses. Nos ruminantes, eles podem
surgir em lesões de dermatofitoses. Em gatos, foram relatados nas patas associadas
ao vírus da leucemia felina (FeLV). As lesões podem ser únicas ou múltiplas e não
apresentam predileção por raça, sexo ou localização específica. Elas são
caracterizadas por serem firmes e bem circunscritas na pele. Na histologia, é comum
encontrar orto e/ou paraqueratose laminar, compacta e extensa.
3.9 Anomalias Congênitas: é uma condição ou característica presente desde o
nascimento de um indivíduo e que geralmente é resultado de anormalidades no
desenvolvimento embrionário, fetal ou genético. Essas anomalias podem afetar qualquer
parte do corpo e variar em gravidade, desde condições leves que têm pouco ou nenhum
impacto na saúde até malformações graves que podem ser incompatíveis com a vida. As
anomalias congênitas podem ser causadas por uma combinação de fatores genéticos e
ambientais, e podem se manifestar de várias maneiras, incluindo alterações estruturais,
funcionais, metabólicas ou cromossômicas.
- Epiteliogênese imperfeita, também chamada de aplasia cutis. Nesta condição, o
epitélio escamoso, os anexos da pele e o epitélio da mucosa oral não se
desenvolvem completamente. A gravidade das lesões varia de caso para caso e foi
relatada em várias espécies domésticas.
Em algumas espécies, a transmissão hereditária da condição foi confirmada,
enquanto em outras não. As lesões aparecem como áreas circunscritas de
tamanhos variados onde o epitélio escamoso está ausente, tornando o tecido
subjacente mais suscetível a traumas e infecções.
Quando as lesões afetam regiões como os cascos, o animal pode ter dificuldade
para caminhar devido à dor e à incapacidade de suportar o peso do corpo nessas
áreas afetadas.
- Alopecia e Hipotricose: Alopecia, ou atriquia, refere-se à ausência de pelos em
uma área que normalmente é coberta por pelos, enquanto a hipotricose é
caracterizada pela presença de uma quantidade menor de pelos do que o normal.
Ambas as condições são observadas em várias espécies domésticas.
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Em certas raças, como os cães da raça Pelada Mexicana (Xoloitzcuintle), os gatos
da raça Sphynx e os porcos Ulster, a alopecia é reconhecida como um elemento
padrão. Por exemplo, nos gatos Sphynx, a alopecia é uma característica hereditária
recessiva.
Em algumas situações, a alopecia e a hipotricose não são causadas pela ausência
ou redução na quantidade de folículos pilosos, mas sim por anormalidades nos
folículos que impedem o crescimento adequado dos pelos. Além disso, a alopecia
congênita tem sido associada à deficiência materna de iodo em certos casos.
- Ictiose: é uma condição relatada principalmente em caninos e bovinos. É
caracterizada pelo espessamento da pele devido a uma hiperqueratose acentuada,
formando placas rachadas semelhantes a escamas de peixe. Isso ocorre devido a
uma maior aderência dos queratinócitos, resultando em uma descamação anormal
da epiderme.
Existem duas formas principais de ictiose:
Ictiose fetal (icthyosis fetalis): Esta é uma doença letal em bovinos. Os bezerros
nascem natimortos ou morrem poucos dias após o nascimento devido à severidade
da condição.
Ictiose congênita (icthyosis congenita): Esta forma é uma expressão mais branda
da patologia. A pele fica espessada e pregueada, com fístulas e alopecia parcial,
mas geralmente não é letal.
- Acantose Nigricante (Acanthosis Nigricans): é uma condição que afeta cães da
raça Dachshund. As lesões macroscópicas geralmente incluem hiperpigmentação
bilateral nas axilas, liquenificação e alopecia, podendo estar associadas à seborreia
secundária e piodermite.
Microscopicamente, a acantose nigricante é caracterizada por uma espessura
aumentada da epiderme, principalmente devido à acantose (aumento do número de
células epiteliais). Além disso, pode haver hiperqueratose e paraqueratose focais,
bem como um aumento na quantidade de melanina na epiderme, o que contribui
para a hiperpigmentação observada nas lesões.
- Hipertricose: é caracterizada pelo crescimento excessivo dos pelos, podendo ser
um defeito congênito ou hereditário. Em diferentes espécies, pode estar associada a
condições específicas:
Em ovinos, a hipertricose pode ocorrer quando os animais são infectados na vida
intrauterina pelo vírus da "Doença de Border". Isso resulta no desenvolvimento de
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um velo com quantidades exageradas de pelos. Além disso, os ovinos afetados
podem apresentar defeitos na mielinização do cérebro e da medula espinhal.
Em equinos, a hipertricose pode ser observada em casos de neoplasia congênita da
hipófise.
Em bovinos, a hipertricose pode estar associada à infecção intrauterina pelo vírus da
febre aftosa.
Essas condições podem causar um crescimento anormal dos pelos, levando a
características físicas distintas e, em alguns casos, problemas de saúde adicionais
associados à condição subjacente.
3.10 Inflamações da Pele: são condições caracterizadas pela irritação, vermelhidão,
inchaço, coceira e sensibilidade da pele. Elas podem ser causadas por uma variedade de
fatores, incluindo reações alérgicas, infecções bacterianas, fúngicas ou virais, exposição a
produtos químicos irritantes, trauma físico, exposição prolongada ao sol, etc.
- Dermatite Atópica (Eczema): é uma reação imunitária exacerbada a alérgenos
como pólen, ácaros e fungos. É o segundo distúrbio dermatológico alérgico mais
comum em cães, ficando atrás apenas da dermatite alérgica à picada de pulga
(DAPP). A influência genética desempenha um papel importante, e algumas raças
de cães parecem ser predispostas ao desenvolvimento da atopia.
Raças como Terriers, Dálmata, Pug, Lhasa Apso, Poodle, Golden Retriever, Boxer,
Setter Irlandês e Pastor Alemão são apontadas como predispostas em alguns
estudos, com observações clínicas semelhantes no Brasil.
O complexo mecanismo da patogênese da dermatite atópica envolve a diminuição
da barreira epidérmica, possivelmente ligada à alteração do perfil lipídico da
epiderme, a participação das células dendríticas apresentadoras de antígenos,
queratinócitos que liberam grande quantidade de citocinas, resposta da fase tardia
da desgranulação de mastócitos, influência genética e determinantes ambientais.
Os sintomas da dermatite atópica em cães incluem vermelhidão, descamação,
alopecia, hiperpigmentação, presença de pápulas e máculas. Essa condição pode
propiciar infecções secundárias por bactérias e leveduras devido à irritação e
comprometimento da barreira cutânea.
- Fotossensibilização: é uma reação da pele a determinadas substâncias ou
condições que tornam a pele mais sensível à radiação ultravioleta (UV) do sol ou luz
artificial. A luz UV, particularmente a UVB (290 a 320 nm) e a UVA (320 a 400 nm),
desempenha um papel importante nessas reações. A UVB é eritematogênica e pode
causar queimaduras solares, enquanto a UVA penetra mais profundamente na pele
e está associada a reações de fotossensibilidade.
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A fotossensibilização pode ocorrer de diversas formas:
Fotossensibilização primária: ocorre quando substâncias fotodinâmicas exógenas,
como vegetais (ex: erva-de-são-joão e trigo mourisco) ou medicamentos como
fenotiazinas, tetraciclinas, tiazidas ou sulfonamidas, são ingeridas ou aplicadas na
pele.
Fotossensibilização secundária (hepatógena):ocorre devido a distúrbios
hepáticos que interferem na excreção de filoeritrina, um produto do metabolismo da
clorofila. Isso pode ser causado por hepatopatias, obstrução biliar, lesões hepáticas
devido a ingestão de plantas hepatotóxicas, exposição a agentes químicos ou
agentes infecciosos.
Fotossensibilização congênita/porfirínica: é uma condição rara causada pela
deficiência da enzima uroporfirinogênio III sintetase, levando ao acúmulo de
porfirinas no organismo. Isso pode ocorrer em bovinos, suínos, felinos e humanos.
As lesões de fotossensibilização resultam da deposição de porfirinas nos tecidos,
que, quando expostas à radiação solar, liberam calor e geram lesões na pele. Isso
pode causar inflamação na pele, eritema agudo, edema e necrose superficial nas
áreas afetadas.
A melanina desempenha um papel protetor na pele, ajudando a absorver e dissipar
a energia da radiação UV e protegendo contra os danos causados pela exposição
excessiva ao sol.
3.11 Neoplasias do sistema tegumentar: crescimento anormal de células que resulta na
formação de um tumor. Essas células crescem de maneira descontrolada e podem formar
uma massa localizada de tecido, conhecida como tumor, que pode ser benigno ou maligno.
Podem ocorrer em diversas áreas da pele, incluindo epiderme, derme e tecidos
subjacentes. Algumas das neoplasias de pele mais comuns em veterinária incluem:
- Mastocitoma: Um tumor de células mastocitárias, que podem ser benignos ou
malignos. Eles podem se apresentar como nódulos solitários ou múltiplos na pele.
- Papiloma: Tumor benigno causado pelo papilomavírus. Geralmente aparece como
verrugas ou pequenos crescimentos na pele.
- Melanoma: Tumor maligno originado de células produtoras de melanina na pele.
Eles podem ser pigmentados ou não pigmentados e têm potencial de metástase.
- Carcinoma de células escamosas: Um tipo comum de câncer de pele em cães,
geralmente associado à exposição crônica ao sol. Pode se apresentar como uma
ferida que não cicatriza ou como uma protuberância na pele.
- Fibrossarcoma: Tumor maligno originado do tecido fibroso da pele. Pode ser
agressivo e invadir tecidos adjacentes.
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- Lipoma: Tumor benigno composto por tecido adiposo. Geralmente são macios ao
toque e móveis sob a pele.
- Histiocitoma: Tumor benigno de células histiocíticas que geralmente afeta cães
jovens. Geralmente aparece como nódulos solitários e pode regredir
espontaneamente.
O diagnóstico de neoplasias de pele na veterinária geralmente envolve exame
clínico, aspiração por agulha fina, biópsia e, às vezes, exames de imagem, como
ultrassonografia e radiografia, para avaliar a extensão do tumor. O tratamento pode
incluir cirurgia para remoção do tumor, quimioterapia, radioterapia ou uma
combinação dessas opções, dependendo do tipo e estágio do câncer.
4. Referências:
https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2018/08/RESUMO-SISTEMA-TEUGMENTAR.pdf
http://www2.ufpel.edu.br/nupeec/anexos/3636af8e39.pdf
https://www.ourofinopet.com/perguntas-frequentes/quais-sao-principais-doencas-de-pele-em
-caes-e-gat/
https://www.studocu.com/pt-br/document/centro-universitario-leao-sampaio/medicina-veterin
aria/patologia-do-sistema-tegumentar-dos-animais/17058326
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https://wp.ufpel.edu.br/historep/files/2018/08/RESUMO-SISTEMA-TEUGMENTAR.pdf
http://www2.ufpel.edu.br/nupeec/anexos/3636af8e39.pdf
https://www.ourofinopet.com/perguntas-frequentes/quais-sao-principais-doencas-de-pele-em-caes-e-gat/
https://www.ourofinopet.com/perguntas-frequentes/quais-sao-principais-doencas-de-pele-em-caes-e-gat/
https://www.studocu.com/pt-br/document/centro-universitario-leao-sampaio/medicina-veterinaria/patologia-do-sistema-tegumentar-dos-animais/17058326
https://www.studocu.com/pt-br/document/centro-universitario-leao-sampaio/medicina-veterinaria/patologia-do-sistema-tegumentar-dos-animais/17058326