Prévia do material em texto
Livro Didático Digital Auditoria da Qualidade Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoria PERI DA SILVA SANTANA AUTORIA Peri da Silva Santana Sou Mestre em Engenharia da Produção, Pós-Graduado e Especialista em Estratégia e Gestão Estratégica, Graduado em Administração e com Licenciatura em Sociologia. Especialista em Administração e Gestão Estratégica, com Aperfeiçoamento em Estudos Sociais e Licenciado em Sociologia pela FIC. Fui aluno especial nas disciplinas da Universidade de São Paulo-USP, no Programa de Mestrado em Administração/FEA-USP na disciplina: GQVT - Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho, no Programa de Mestrado em Comunicação/ECA-USP na disciplina “As aventuras estéticas da Publicidade” e, na USP-Leste EACH, no programa de Gestão Têxtil, na disciplina “Gestão e modelagem matemática”. Sou Especialista e Pós-Graduado lato sensu em Administração Estratégica Empresarial, com extensões pela Fundação Getúlio Vargas FGV-EAESP em Gestão Estratégica, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM em CRM (Customer Relationship Management) e em Relacionamento com o Cliente, pela Fundação Vanzolini em FMEA (Failure Modes and Effects Analysis) e Análise do Tipo e Efeito de Falha, pela Fundação Faculdade Trevisan em Planejamento Estratégico e pelo Instituto e Fundação IPEC em Didática do Ensino Superior. Tenho experiência e vivência na área de Administração e Gestão, processos gerais de gestão, auditoria e glosa, logística, departamento financeiro, automação bancária, indústria e gráfica. Atuo principalmente nos temas de Administração, Estratégia, Comunicação, Planejamento, Logística e Gestão. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: OBJETIVO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Realizando a Análise crítica de Documentos .................................. 10 Documentação Relativa à Auditoria ................................................................................. 14 Instrumentos de Autorização e Pares de Trabalho ................................................ 18 Lista de Verificação ................................................................................................... 18 Diretrizes ............................................................................................................................ 21 Folhas de Registro .....................................................................................................22 Registro de Observações ..........................................................................................................22 Preparando as Atividades da Auditoria: Plano de Auditoria, Trabalho para a Equipe, Documentos de Trabalho .......................24 Preparação .......................................................................................................................................25 Plano de Auditoria .......................................................................................................35 Notificação Formal .................................................................................................... 36 Condução da Auditoria ............................................................................. 37 Atividades da Auditoria ..............................................................................................................37 Encontro com o Auditado ......................................................................................37 Entendimento do Processo e dos Controles do Sistema ............. 38 Avaliação dos Controles Quanto ao Funcionamento ...................... 39 Diálogo entre os Integrantes da Equipe ..................................................... 40 Comunicação com o Auditado ..........................................................................42 Funções e Responsabilidades de Guias e Observadores, Coleta e Verificação de Informações e Resumo das Atividades ............48 7 UNIDADE 02 Auditoria da Qualidade 8 INTRODUÇÃO Nesta Unidade 2, veremos os procedimentos para avaliar, levantar documentos e adaptar processos, de acordo com as disposições impostas na auditoria, para realização da análise crítica de documentos, preparo das atividades da auditoria como o plano de auditoria, trabalho para a equipe, condução de atividades da auditoria, local, reunião, observação, responsabilidades e a verificação das informações. Pode-se dizer, portanto, que a auditoria de qualidade é um processo organizado para a coleta de informações, tornando possível o reconhecimento das ações coercitivas a serem tomadas para que o progresso seja alcançado atualmente nas grandes organizações que tem e devem investir em auditoria. Entendeu? Vamos lá então! Auditoria da Qualidade 9 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Interpretar a realização da análise crítica de documentos para a auditoria da qualidade. 2. Explicar e classificar o preparo das atividades da Auditoria; 3. Implementar atividades da auditoria no local, reuniões, comunicação e função de responsabilidade da auditoria. 4. Executar os processos de auditoria, responsabilidade, informações e atividades dos relatórios. Então, vamos aprender e conhecer esses conceitos e esse universo. Ao trabalho! Auditoria da Qualidade 10 Realizando a Análise crítica de Documentos OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de interpretar a realização da análise crítica de documentos para a auditoria da qualidade. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que desconsideraram essas instruções tiveram problemas ao analisar documentos de forma intuitiva. E então? Motivado para desenvolver essa competência? Então vamos lá. Avante!. A documentação pode incluir desde o registro dos resultados do teste a um registro de manutenção preventiva (SINGER; STEFAN; STADEN, 2005). Figura 1 – Documentos Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 11 Quanto aos tipos de informação registrados frequentemente, Singer, Stefan e Staden (2005) destacam os seguintes pontos: • Procedimentos que asseguram a eficácia do controle de qualidade: • Amostra. • Teste analítico. • Validação. • Calibração. • Registro de dados. • Operação de instrumentos. • Elaboração de reagente. • Manutenção de procedimentos operacionais padrão.• Documentos de treinamento. • Cronogramas do processo de amostragem. • Práticas de teste analítico. • Reserva de suprimentos. • Prazo de expiração de reagentes. • Dados para calibrar o instrumento. • Revisão de instrumentos. • Organograma. Auditoria da Qualidade 12 Figura 2 –Exemplo de organograma Fonte: Freepik. • Validação de métodos. • Consequências de testes analíticos. • Situações de teste: tempo, temperatura, etc. • Cuidado e limpeza de instalações. Figura 3 – Segurança no local de trabalho Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 13 Singer, Stefan e Staden (2005) destacam que os dados são registrados para: • Análise futura. Figura 4 – Conceito abstrato de visão Fonte: Freepik. • Rastreamento. • Análise de tendência. • Evidência de atividades. Sobre esses registros, Singer, Stefan e Staden (2005) destacam os seguintes pontos: • Os registros precisam estar escritos em tinta indelével. • É preferível que os registros sejam mantidos em cadernos ou sistemas eletrônicos. Auditoria da Qualidade 14 Figura 5 – Arquivamento de documentos no computador Fonte: Freepik. • Dados brutos são registrados em cadernos de forma permanente e codificados com algum sistema numérico. • Os notebooks devem ser protegidos contra danos. • Os sistemas eletrônicos precisam ter recursos de backup de rotina, bem como proteção de armazenamento de longo prazo. • Os dados precisam ser rastreáveis, inclusive o horário e a pessoa que realizou a entrada. Documentação Relativa à Auditoria Antes de desenvolver uma auditoria, o auditor tem de assegurar a documentação das políticas ou práticas e procedimentos de uma organização para que a conformidade de um produto, processo ou sistema com os requisitos especificados nos documentos possa ser avaliada (RUSSELL, 2012). O auditor é responsável por observar, examinar e relatar conformidades, explorando sistemas, processos e produtos em relação Auditoria da Qualidade 15 aos documentos associados aos requisitos, construindo os critérios de auditoria (RUSSELL, 2012). Para Russell (2012), os processos têm de ser comparados com os objetivos e padrões, e os produtos são testados e inspecionados para definir a conformidade com os padrões. Os requisitos são especificados pelos seguintes documentos: a. Manuais e procedimentos • Manuais de gestão de qualidade, meio ambiente, segurança e saúde. • Instruções de trabalho. • Padrões ou modelos de mão de obra. • Padrões de serviço. • Manuais associados à operação do software. • Práticas/métodos da indústria e comerciais. Figura 6 – Seta de direção no chão Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 16 b. Formulários: • Documentos preenchidos relacionados a: pedidos de compra, modos de falha e efeitos de formulários de análise, etc. • Documentos em branco usados para registrar dados. c. Planos de: • Sistema de gestão. • Estratégia para identificar objetivos. • Controle. • Projeto. • Qualidade. • Inspeção. • Manutenção preventiva. • Emergência. • Contingência. • Gestão de risco. d. Documentos para cada projeto/pedido • Especificações. • Plantas e desenhos. • Instruções. • Cartões de roteamento. • Horários. • Documentos de lote. • Documentos de teste. e. Outros • Fluxogramas. • Mapas de processo. Auditoria da Qualidade 17 • Diagramas de fluxo de processo. • Certificados. IMPORTANTE: Documentação suficiente: é o tipo de documento assegurado antes de uma auditoria para que o auditor defina se o sistema foi projetado de forma adequada (RUSSELL, 2012). Russell (2012) destaca os seguintes aspectos a respeito dos documentos usados nas auditorias: • A etapa de coleta de dados (no local ou remoto) da auditoria definirá se o sistema está funcionando de forma adequada. • Os dados e informações contidos nos documentos precisam ser apropriados, adequados, bem como atuais se a documentação for usada para tomar decisões. • Um manual pode reunir uma lista de documentos ou outras informações de documentação similares para instruir o auditor a respeito de como localizar e obter os documentos aplicáveis. Esse documento pode ajudar o auditor a preparar papéis de trabalho e definir onde concentrar o esforço durante a execução de auditoria. • Os documentos precisam atender às expectativas mínimas no ato da identificação da organização. • A equipe de auditoria tem de revisar a documentação para assegurar que atende e cumpre os requisitos dos regulamentos. • Os documentos precisam ser protegidos contra danos, perda ou acesso não autorizado. Auditoria da Qualidade 18 Figura 7 – Documentos Fonte: Pixabay. • Os auditores não devem movimentar os documentos de seu local de armazenamento ou excluir arquivos sem permissão para isso. • Cópias de documentos, informações ou dados precisam ser autorizadas. Instrumentos de Autorização e Pares de Trabalho Lista de Verificação A partir de agora, vamos falar sobre listas de verificação de auditoria, diretrizes e folhas de registro. Lista de verificação de auditoria é uma ferramenta usada para colocar ordem em uma auditoria. Ela ajuda a garantir que a auditoria seja abrangente (RUSSELL, 2012). Segundo Russell (2012), uma lista de verificação pode fornecer: Auditoria da Qualidade 19 • Evidência objetiva sobre a realização de uma auditoria. • Ordem e organização. • Registro a respeito do exame de todos os aspectos aplicáveis do programa. • Informações sobre programas, sistemas ou problemas com fornecedores. • Os elementos para a reunião de saída e relatório de auditoria. • Informações para o planejamento de futuras auditorias. • Caminhos para gerenciamento de tempo. • Planos e estratégias de amostragem. Figura 8 – Caminho Fonte: Pixabay. Auditoria da Qualidade 20 IMPORTANTE: Uma lista de verificação tem como objetivo coletar informações durante o processo de auditoria. Ela orienta cada membro da equipe de auditoria para assegurar que todo o escopo da auditoria seja coberto de forma adequada. Fornece espaço para registrar fatos reunidos durante o trabalho de campo, com locais para responder a questionamentos e várias áreas para fazer anotações (RUSSELL, 2012). Segundo Russell (2012), uma lista de verificação pode reunir um conjunto padrão de informações que todo auditor busca, como o seguinte: • O indivíduo que está sendo auditado tem acesso a procedimentos de trabalho aplicáveis? • Os procedimentos estão atualizados? • O escopo da qualificação deste funcionário cobre as atividades observadas? • A estrutura organizacional é apropriada para que o funcionário realize o procedimento esperado? • Os registros adequados estão sendo mantidos? Figura 9 – Decisão Fonte: Pixabay. Auditoria da Qualidade 21 Diretrizes São instruções complementares documentadas por serem consideradas boas práticas de auditoria, que podem oferecer informações extras para a execução da auditoria. Elas não são obrigatórias e normalmente são desenvolvidas em formato de instrução (RUSSELL, 2012). Sobre esse assunto, o autor traz algumas considerações: • As instruções e qualquer alterações têm de ser aprovadas (assinadas). • Os relatórios antigos têm de ser marcados como históricos ou referência. • Todos que precisam devem saber usar a intranet para visualizar práticas e outras especificações. • Mudanças (para rotas, por exemplo) precisam ser aprovadas (como ser rubricado). • Os produtos devem ser identificáveis (Exemplo: etiqueta). Figura 10 – Etiqueta Fonte: Pixabay. • O material não conforme tem de ser segregado no quadro de revisão de materiais (em quarentena) ou possuir status marcado. Auditoria da Qualidade 22 Folhas de Registro Preparada antes da auditoria, uma folha de registro reúne notas do auditor e se torna um registro das atividades executadas durante uma auditoria (RUSSELL,2012). Registro de Observações As observações registradas proporcionam uma evidência de auditoria para apresentar os resultados da investigação. É obrigatório que os auditores registrem suas observações ao invés de contar com a memória. Isso é fundamental para obter credibilidade (RUSSELL, 2012). Essas observações podem ser positivas ou negativas. Figura 11– Polegar para cima e polegar para baixo Fonte: Freepik. Sobre essa classificação, Russell (2012) aponta o seguinte: • Observações positivas: são relatadas como uma prática positiva, inclui uma conquista notável ou um achado favorável. Auditoria da Qualidade 23 • Observações negativas: são relatadas como parte de uma não conformidade. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido como realizar uma análise crítica de documentos para a auditoria da qualidade. Os documentos podem estar presentes desde o registro dos resultados do teste ao registro de manutenção preventiva. Exploramos diferentes tipos de documentos, procedimentos que asseguram a eficácia do controle de qualidade, bem como mostramos instruções direcionadas ao registro e armazenamento de informações. Explorados esses aspectos, tratamos sobre a documentação usada no processo de auditoria. O auditor é responsável por explorar os documentos associados à auditoria. No geral, os processos são comparados com diferentes padrões. Entre os documentos utilizados na auditoria, podemos destacar: os manuais e procedimentos, formulários, planos (sistema de gestão, controle, manutenção preventiva, etc.), documentos para cada projeto/pedido (especificações, plantas e desenhos, etc.) e outros (fluxogramas, mapas de processo, etc.). E enfatizamos os seguintes instrumentos, em função de sua relevância para a auditoria: verificação de auditoria, diretrizes e folhas de registro. Auditoria da Qualidade 24 Preparando as Atividades da Auditoria: Plano de Auditoria, Trabalho para a Equipe, Documentos de Trabalho OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de explicar e classificar o preparo das atividades da auditoria. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que desconsideraram essas instruções tiveram problemas ao preparar-se para o processo de auditoria. E então? Motivado para desenvolver essa competência? Então vamos lá. Avante!. Segundo Arter (2003), a auditoria é organizada em quatro fases, a saber: • Preparação: consiste na decisão de operacionalizar a auditoria. Envolve iniciativas, seleção da equipe, reunião, etc. • Desempenho: inclui a reunião de abertura no local e a coleta de informações e a análise de dados. Figura 12 – Equipe Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 25 • Relatório: refere-se ao desenvolvimento das conclusões da equipe de auditoria. • Fechamento: consiste nas ações resultantes do relatório e outros registros. Preparação De forma genérica, as seguintes etapas são necessárias para a fase de preparação: a. Estabelecer o objetivo da auditoria: inclui a definição dos clientes, bem como o levantamento de suas necessidades. No geral, as auditorias contam com três clientes básicos, a conhecer: • Auditado. • Chefe de auditoria. • Organização. Figura 13– Clientes da auditoria Auditor Auditado Organização Chefe de auditoria Fonte: Arter (2003, p. 31). Auditoria da Qualidade 26 b. Definir o escopo da auditoria: refere-se à definição dos limites e dos itens que serão explorados. Essa fase fornece o uso otimizado dos recursos de auditoria, o tempo. c. Determinar os recursos que serão usados pela equipe de auditoria. d. Mapear a equipe de auditoria: na teoria, esta etapa diz respeito à seleção da equipe de auditoria com base no objetivo e no escopo da auditoria. E, na prática, o líder da auditoria utilizar recursos conhecidos do grupo de auditoria para construir o cronograma de auditoria. e. Tamanho e formação da equipe: diz respeito ao estabelecimento da quantidade de integrantes do processo de auditoria. A quantidade ideal para realizar a auditoria do sistema é de dois ou três integrantes. Russell (2012) destaca que o sucesso ou fracasso de sua auditoria depende da formação da equipe de auditoria. Três condições qualificam o auditor: objetividade, conhecimento técnico e conhecimento de auditoria. • Objetividade: as equipes não devem possuir interesses na área a ser auditada, para que as funções sejam desempenhadas de modo objetivo e imparcial. • Competência técnica: os auditores precisam conhecer os processos técnicos que estão analisando. Eles precisam compreender as práticas da indústria. Precisam saber quais abordagens são exitosas e onde reside o perigo. Ainda que não seja necessário que os auditores sejam especialistas, eles precisam conhecer os processos e a linguagem. EXEMPLO Auditores de software precisam conhecer bibliotecas de código e sub-rotinas. Auditoria da Qualidade 27 Figura 14 – Engenheiro de TI analisando código Fonte: Freepik. • Auditores do hospital precisam saber sobre a resposta ao trauma Figura 15 – Médicos e enfermeiros Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 28 Russel (2012) afirma que os auditores precisam compreender o panorama geral de como os sistemas funcionam para gerar bens e serviços. Esse conhecimento pode ser obtido de várias formas: • Revisando auditorias dessa área e os papéis de trabalho. • Orientação por alguém que tem a qualificação. • Compreensão de manuais e procedimentos que orientam as operações. • Práticas e processos de auditoria: auditores precisam compreender a respeito de papéis de trabalho, reuniões, coleta de dados e levantamento de problemas. Auditar é uma habilidade construída por meio da leitura, dos estudos e da prática. Existem habilidades: • Mecânicas – trabalham com a coleta e a análise de dados, como: • Análise de causa e efeito Figura 15 – Espinha de peixe Fonte: Freepik. • Amostragem. • Rastreamento. Auditoria da Qualidade 29 • Análise de Pareto. Figura 16 – Princípio de Pareto Fonte: Freepik. • Intelectuais – auditores processam dados e se comunicam com outras pessoas. Essas habilidades podem ser de: • Escrita. • Planejamento. • Organização. • Fala. Figura 17 – Gerentes com autofalante Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 30 • Emocionais: são usadas na relação com outros indivíduos. Podem incluir: • Relação individual. • Relação de grupo. • Confiança. • Paciência. • Empatia. Figura 18 – Empatia Fonte: Freepik. IMPORTANTE: Para Russell (2012), quando o auditor está prestes a executar uma auditoria de processo ou do sistema, ele precisa conhecer as etapas básicas do processo e as áreas ou grupos engajados nesse processo. Você pode obter esse conhecimento por meio de: • Observação de mapas e fluxogramas do processo. Auditoria da Qualidade 31 Figura 19 – Exemplo de fluxograma Fonte: Freepik. • Leitura dos registros de auditorias anteriores nessa área. • Interpretação dos manuais sobre os principais procedimentos do processo. • Diálogo com outros especialistas de confiança. Figura 20– Equipe Fonte: Pixabay. Auditoria da Qualidade 32 • Consulta ao site do seu fornecedor Russell (2012) destaca que, no geral, os líderes de equipe têm de possuir as seguintes qualificações: • Objetividade. • Entendimento dos processos auditados. • Capacidade de executar auditorias como líder ou membro. Para Russell (2012), cada indivíduo que executa uma auditoria deve possuir um certificado de qualificação. Existem três níveis de qualificação: • Qualificação local: qualificado segundo seus próprios requisitos. Não se faz necessário que todos, em todos os lugares, usem os mesmos critérios, pois temos diferentes necessidadese diferentes culturas. O importante é definir padrões e atendê-los (RUSSELL, 2012). • Qualificação profissional: alguns integrantes da equipe devem possuir certificados pela American Society for Quality (ASQ) como auditores de qualidade. Isso inclui profissionalismo no programa de auditoria (RUSSEL, 2012). Figura 21 – Pessoa assina um certificado Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 33 • Qualificação de avaliação de conformidade: os programas de registro e credenciamento solicitam que os auditores tenham conhecimentos e habilidades específicos. Eles precisam conhecer profundamente os padrões técnicos e de sistema de gestão para a organização. Precisam ser capazes de executar auditorias de maneira que outras partes aceitem os resultados (RUSSELL, 2012). IMPORTANTE: Somente a primeira qualificação se aplica em todas as situações. Russel l(2012) afirma que uma das funções do chefe da auditoria é estabelecer os padrões de qualificação e registrá-los. Os tópicos a serem considerados são: • Compreensão técnica de processos. • Compreensão sobre as práticas de auditoria. • Capacidade de comunicação. De modo geral, as auditorias exigem: • Levantamento dos requisitos para a atividade avaliada. • Desenvolvimento de uma compreensão técnica acerca dos processos a serem analisados. • Mapeamento da autoridade para a auditoria. Auditoria da Qualidade 34 Figura 22– Hierarquia Fonte: Pixabay. • Desenvolvimento de um plano de auditoria e contato com os auditados. Para registrar todas as informações trabalhadas até o momento, faz-se necessário desenvolver o plano de auditoria. Em função da relevância desse documento, seus principais elementos serão mostrados no próximo tópico. IMPORTANTE: Russell (2012) afirma que, depois de conhecer os processos, faz-se necessário responder aos seguintes quesitos: • Quem realiza a tarefa? • Qual é a tarefa? • Onde a tarefa é realizada? • Quando a tarefa é concluída? • Por que a tarefa está concluída? • Como a tarefa é feita? Auditoria da Qualidade 35 Figura 23 – Interrogação Fonte: Pixabay. Plano de Auditoria O plano de auditoria mostra o que será coberto em uma auditoria de sistema específica ou na sequência de auditorias de processo. Diz respeito a um documento de orientação. Ele deverá conter os seguintes itens: • Título e número da auditoria (direcionado ao rastreamento). • Auditado (o grupo ou a área a ser avaliado). • Objetivo (trata de por que algo está sendo realizado). • Escopo (o que será analisado). • Requisitos (lista de documentos). • Organizações impactadas (departamentos impactados ou subgrupos do auditado). • Interfaces (partes que têm interesse no planejamento ou nos resultados). • Membros da equipe (identificação do líder da equipe, ajudantes, etc.). • Cronograma geral: levantamento dos horários e das datas das reuniões de abertura e encerramento. Auditoria da Qualidade 36 • Revisão e aprovação (identifica o proprietário do documento). Depois de preparar o plano de auditoria, você precisa realizar uma notificação formal ao auditado. Notificação Formal Corresponde ao envio do plano de auditoria como um anexo ao memorando de notificação (interno) ou carta (externa). RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido a explicar e classificar o preparo das atividades da auditoria. De forma geral, a etapa de preparação consiste na decisão de operacionalizar a auditoria. Envolve iniciativas como: definição do (i) objetivo da auditoria das necessidades e dos clientes (auditado, chefe de auditoria e organização), (ii) escopo da auditoria (limites), (iii) recursos, (iv) equipe e (v) tamanho e formação da equipe. Mostramos três condições que qualificam o auditor: objetividade, competência técnica e conhecimento de auditoria. Exploramos caminhos que podem ser utilizados pelos auditores para entender o panorama geral de como os sistemas operam: revisão de auditorias, orientação por profissional, qualificação, etc. Descrevemos as habilidades básicas da auditoria: mecânicas, intelectuais e emocionais. Exploramos as qualificações necessárias pra os líderes de equipe (objetividade, etc.). Exploramos os níveis de qualificação: qualificação local, qualificação profissional, qualificação de avaliação de conformidade. Mostramos como desenvolver um plano de auditoria e falamos sobre o procedimento de notificação formal. Auditoria da Qualidade 37 Condução da Auditoria OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de implementar atividades da auditoria no local, reuniões, comunicação e função de responsabilidade da auditoria. As pessoas que desconsideraram estas instruções tiveram problemas ao operacionalizar o processo de auditoria. E então? Motivado para desenvolver essa competência? Então vamos lá. Avante!. Atividades da Auditoria Arter (2003) afirma que a etapa de desempenho de uma auditoria é conhecida como trabalho de campo. Inclui a fase de coleta de dados da auditoria e o período de tempo da chegada ao local de auditoria até a saída. Envolve as seguintes atividades: • Encontro com o auditado. • Entendimento do processo e dos controles do sistema. • Avaliação dos controles quanto ao funcionamento. • Diálogo entre os integrantes da equipe. • Comunicação com o auditado. Para proporcionar melhor compreensão, esses procedimentos serão descritos nos próximos tópicos. Encontro com o Auditado Segundo Arter (2003), podemos considerar que todas as auditorias têm de apresentar algum tipo de reunião de abertura. Esse procedimento começa com a coleta de dados relativos à auditoria. Ela também pode ser chamada de reunião de entrada. No geral, essas reuniões de abertura podem ser finalizadas em 15 minutos. Devem ser distribuídas cópias da agenda de reunião antes de começar. Auditoria da Qualidade 38 Figura 25– Reunião de negócios Fonte: Pixabay. Entendimento do Processo e dos Controles do Sistema Para Arter (2003), o auditor tem de reunir fatos, compará-los aos requisitos, processar as informações e narrar os resultados aos parceiros. Por sua vez, a lista de verificação é o repositório desses fatos. No geral, ela inclui o registro dos seguintes tipos de dados: • Domínios físicos. • Conhecimento de seus sentidos. • Documentos. • Entrevistas. • Padrões. No geral, as auditorias precisam responder às seguintes questões básicas: • Existem controles? Auditoria da Qualidade 39 • Eles estão sendo implementados? • Eles realmente funcionam? Figura 26 – Interrogação Fonte: Freepik. Avaliação dos Controles Quanto ao Funcionamento Segundo Arter (2003), esta fase inclui o rastreamento que corresponde a um meio comum de coletar fatos durante uma auditoria. O procedimento de rastreamento inclui as seguintes questões: • Inicie no começo, meio ou fim do processo. • Seleção de uma ação. • Reunião de informações a respeito das seis forças do processo: • Métodos. • Máquinas. • Material. • Mão de obra. • Medição. • Ambiente. Auditoria da Qualidade 40 Diálogo entre os Integrantes da Equipe Este procedimento, segundo Arter (2003), diz respeito ao processo que permite obter informações de outro indivíduo em resposta aos seus questionamentos. Muitas informações podem ser obtidas por meio de uma entrevista, mas não podem ser consideradas conclusivas devido às barreiras de comunicação. Figura 27 – Pessoas falando Fonte: Freepik. O processo de entrevista pode ser organizado da seguinte forma: • Deixe o indivíduo à vontade. • Explique o objetivo da pesquisa. • Identificar o que eles estão executando. • Explorar o que está sendo realizado. • Desenvolver uma conclusão provisória. • Explicar sua próximaetapa. Auditoria da Qualidade 41 Figura 28– Entrevista Fonte: Pixabay. Os seguintes procedimentos precisam ser considerados durante a realização de pequenas reuniões de equipe: • Compartilhe fatos, preocupações e problemas. • Ajuste suas atividades de coleta de dados. Isso é uma espécie de repetição da fase de preparação. • Desenvolva o relatório sugerindo conclusões. Figura 29 – Relatório Fonte: Pixabay. Auditoria da Qualidade 42 IMPORTANTE: Para Arter (2003), compartilhar fatos e conclusões de forma prévia pode enriquecer o processo de auditoria. Por exemplo, pode viabilizar o redirecionamento da auditoria. Baseados nessas informações, os seguintes problemas podem ser solucionados: • Os resultados dos dados são suficientes? • Existem entrevistas, registros ou perguntas complementares? • São necessários outros dados? • Existem problemas administrativos a serem resolvidos? • Os objetivos da auditoria estão sendo cumpridos? Desse modo, podemos considerar que a condução de entrevistas e a coleta de outros dados permite alcançar conclusões a respeito do desempenho do auditado. Comunicação com o Auditado Podemos considerar que a comunicação diária com o auditado pode melhorar a qualidade da auditoria. Entre os tópicos discutidos, destacam-se: • Partes concluídas da lista de verificação. • Partes da lista de verificação que precisam ser examinadas. • Departamentos de preocupação. • Problemas encarados. Auditoria da Qualidade 43 Figura 30 – Balões de fala Fonte: Freepik. IMPORTANTE: Caso você descubra algo fora do lugar, não se faz necessário apresentar conclusões neste momento. Mas é necessário explicar ao representante a respeito dessas áreas com problemas potenciais. E a organização auditada tem de fornecer fatos adicionais para verificar ou refutar essas preocupações (ARTER, 2003). Arter (2003) destaca que não há um limite nítido entre a coleta de dados e os relatórios. Nesse sentido, o relatório pode ser proposto, ajustado, rejeitado e reconstruído de forma individual, segundo o andamento da auditoria. Começar o relatório no início da auditoria possui, no mínimo, os seguintes méritos: • Permite estruturar a auditoria, bem como desenvolver hipóteses cedo. • As conclusões provisórias podem garantir a precisão do processo. • Reduz o problema de classificar, compreender e revisar uma grande quantidade de material. • Reduz ou elimina erros (factuais, percepção, etc.). Auditoria da Qualidade 44 Figura 31 – Erro Fonte: Pixabay. Russell (2012) traz algumas regras básicas para a comunicação eficaz, tendo em vista que o processo de auditoria exige uma comunicação direta com o auditado e o auditor. Essa comunicação pode assumir muitas formas, tais como: memorandos escritos, notificações, e-mails, chats e conversas verbais. Regras básicas podem contribuir para uma comunicação eficaz: • Assegurar que a mensagem é clara. • Observar se a mensagem foi recebida e entendida. • Utilizando o meio apropriado para compartilhamento das informações. Figura 32– Ícones de negócios Fonte: Pixabay. Auditoria da Qualidade 45 Para assegurar que a mensagem é clara, o auditor precisa: • Utilizar os termos apropriados e evitar termos de difíceis compreensão. • Evitar explicações extensas. • Assegurar a precisão das informações. • Ajustar a abordagem das comunicações conforme o público. Para assegurar que a mensagem foi recebida e compreendida, o auditor deve: • Observar se o auditado recebeu as mensagens enviadas por diferentes meios. • Buscar sinais de compreensão. • Solicitar feedback. Figura 33– Feedback Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 46 Para definir o meio apropriado para compartilhar informações, o auditor tem de: • Considerar a formalidade da mensagem. • Estabelecer a tecnologia em uso pelo receptor. • Utilizar o formato adequado para transmissão. Nas reuniões iniciais, o auditor-líder pode utilizar muitos caminhos para estabelecer comunicação. Entre as técnicas de comunicação que podem ser usadas na fase de pré-auditoria, destacam-se: • Desenvolver um relacionamento por meio de conversas triviais. • Definir a confiança, assegurando a confidencialidade. • Demonstrar empatia pelas interrupções que serão inevitáveis e assegurar ao auditado que as distrações serão reduzidas ao mínimo. Figura 34– Empatia Fonte: Freepik. • Mostrar profissionalismo e trabalhar muito para se organizar. • Explicar o processo analisando o plano de auditoria e apresentando como o auditado continuará sendo informado. Auditoria da Qualidade 47 • Sustentar a flexibilidade, considerando todas as alternativas, e nunca abdicar da autoridade para conduzir a auditoria. A comunicação eficaz na fase de desempenho de uma auditoria inclui diferentes fatores, tais como: • Escuta ativa. • Atuação com acompanhantes auditados. • Facilitar a atuação em equipe de auditoria. • Execução de briefings diários com os auditados. • Acomodação de exigências de idioma do auditado. • Introdução de tecnologia que melhora a eficácia. • Adoção de mudanças no cronograma de auditoria. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido a implementar atividades da auditoria no local, reuniões, comunicação e função de responsabilidade da auditoria. O desempenho de uma auditoria é conhecido como trabalho de campo. Inclui a fase de coleta de dados da auditoria e o período de tempo da chegada ao local de auditoria até a saída. No geral, a reunião de abertura ou reunião de entrada. No geral, os fatos colocados nas listas de verificação incluem diferentes tipos de dados, como domínios físicos, conhecimento de seus sentidos, documentos, etc. Conceituamos o rastreamento, que é um meio comum de coletar fatos durante uma auditoria. Também exploramos o diálogo entre os integrantes da equipe, que permite obter informações de outro indivíduo em resposta aos seus questionamentos. A comunicação com o auditado é essencial para melhorar a qualidade da auditoria. Mostramos algumas regras básicas para comunicação eficaz, bem como para garantir a transmissão de uma mensagem clara. Auditoria da Qualidade 48 Funções e Responsabilidades de Guias e Observadores, Coleta e Verificação de Informações e Resumo das Atividades OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de executar os processos de auditoria, responsabilidade, informações e atividades dos relatórios. Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que desconsideraram essas instruções tiveram problemas ao operacionalizar o processo de auditoria. E então? Motivado para desenvolver essa competência? Então vamos lá. Avante! A auditoria inclui diferentes participantes. Sugere-se que todos os participantes trabalhem em conjunto para assegurar uma auditoria eficaz. Quanto mais contenciosa for a relação entre a equipe de auditoria e o auditado, mais complexo será alcançar a conformidade ou a melhoria (RUSSELL, 2012). Figura 35– Trabalho em equipe Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 49 Para proporcionar melhor compreensão, os participantes do processo de auditoria são mostrados a seguir, com base em Russell (2012): • Cliente: indivíduo ou organização que solicitou a auditoria. Entre as responsabilidades e deveres desse ator, destacam-se: • Estabelecer a necessidade de uma auditoria. • Definir a organização de auditoria a ser usada. • Desenvolver o objetivo da auditoria. Figura 36 – Alvo Fonte: Pixabay. • Estabelecer o escopo geral da auditoria. • Envolver questões de orçamento. • Determinar o líder da equipe de auditoria ou conceder responsabilidade ao gestor do programa de auditoria. Auditoria da Qualidade 50 Figura37– Liderança Fonte: Freepik. • Optar por integrar as reuniões de processo de auditoria. • Receber o relatório de auditoria. • Definir e direcionar a distribuição do relatório de auditoria. • Estabelecer a necessidade de ações de acompanhamento. • Auxiliar na ação de auditoria. • Seguir os processos organizacionais associados à auditoria. • Auditor: indivíduo que realiza a auditoria. Entre as responsabilidades e deveres desse ator, destacam-se: • Compreender o objetivo e o escopo da auditoria. • Considerar os indicadores de auditoria que estão sendo auditados. • Preparar-se para o processo de auditoria. • Efetuar a auditoria para coletar provas e verificar a conformidade ou não conformidade. • Registrar os achados da investigação. • Integrar as reuniões de abertura e saída. Auditoria da Qualidade 51 • Apontar as descobertas ao auditor-líder. • Coopera com o auditor-líder. • Acompanha a correção de não conformidades anteriores. Figura 38– Aprovação Fonte: Pixabay. • Oferecer informações para o relatório formal, guiando-se a fazê-lo pelo líder auditor ou cliente. • Sustentar a confidencialidade das informações de auditoria. • Comunicar os conflitos de interesse ao auditor líder. • Agir com ética e seguir um código de conduta da organização ou os princípios de auditoria, segundo a ISO 19011. • Líder da equipe de auditoria: é responsável por administrar a auditoria. Entre as responsabilidades e deveres desse ator, destacam-se: • É encarregado pela comunicação com o cliente, com o programa de auditoria e gestão, bem como com os representantes da área auditada. • Compartilhar o plano de auditoria e as exigências ao auditado Auditoria da Qualidade 52 Figura 39– Apresentação Fonte: Pixabay. • Oferece informações a respeito da seleção da equipe de auditoria. • Assegura que os recursos estejam disponíveis para a equipe de auditoria. • Garante que a equipe tenha os papéis adequados. • Planeja e dirige a equipe de auditoria. • Realiza reuniões de processo de auditoria. • Desenvolve relatório de auditoria. • Administra o processo de auditoria e soluciona conflitos de interesse ou outras questões de pessoal. • Assegura que os relatórios e registros estejam devidamente arquivados e protegidos. Auditoria da Qualidade 53 • Auditado: indivíduo ou organização a ser auditada. Entre as responsabilidades e deveres desse ator, destacam-se: • Coordena a auditoria junto ao auditor líder. • Comunica aos funcionários o objetivo e escopo da auditoria pendente. • Trata sobre questões logísticas com o auditor-líder. • Oferece espaço apropriado e privacidade para as reuniões de abertura e saída. • Integra as reuniões de abertura e saída. • Oferece área para os auditores trabalharem e se reunirem. • Coopera com os auditores. • Oferece acesso às áreas incluídas no escopo da auditoria. • Explora os resultados da auditoria. Figura 40– Equipe empresarial Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 54 • Possibilita a ação corretiva sobre os achados da auditoria. • Escolta: individuo indicado para acompanhar a equipe de auditoria. • Coordenador: individuo em contato com o auditor-líder para organizar a auditoria. • Gerente do programa de auditoria: indivíduo responsável pelo programa de auditoria. Entre as responsabilidades e deveres desse ator, destacam-se: • Distribui auditores para auditorias programadas. • Assegura a disponibilidade de recursos. • Promove o comportamento ético por parte dos auditores e dos demais engajados na gestão do programa de auditoria. Figura 41– Ética Fonte: Pixabay. • Define uma relação de subordinação que assegura objetivas e imparciais auditorias. • Qualifica os auditores. • Define controles. • Desenvolve, distribui e sustenta programações de programa de auditoria. Auditoria da Qualidade 55 • Comunica o progresso do programa de auditoria para a gestão. • Acompanha o desempenho do auditor. • Define os propósitos do programa de auditoria e desenvolve planos para cumprir os objetivos. • Sustenta e protege as informações do programa de auditoria No que diz respeito às responsabilidades dos comitês de auditoria, Johnstone, Gramling e Rittenberg (2013) observam que os integrantes dos comitês de auditoria possuem as seguintes responsabilidades: • Conseguir, a cada ano, um relatório do auditor externo tratando dos procedimentos de controle interno da organização. • Debater as demonstrações financeiras da organização junto à administração e ao auditor externo. Figura 42 – Finanças Fonte: Freepik. Auditoria da Qualidade 56 • Debater sobre os comunicados de imprensa relativos a ganhos da organização, bem como informações financeiras e ganhos fornecidos aos analistas. • Debater sobre a gestão e o gerenciamento de riscos. • Juntar-se de forma separada junto à gestão, aos auditores internos e aos auditores externos. • Correção com o auditor externo de problemas ou dificuldades de auditoria que foram encarados com a gestão. • Estabelecer políticas de contratação objetivas para funcionários ou ex-funcionários. • Comunicar-se regularmente ao conselho de administração. Segundo Russell (2012), a equipe de auditoria pode aplicar uma estratégia de auditoria ou podem utilizar várias estratégias de auditoria na fase de coleta de dados de uma auditoria. IMPORTANTE: Russell (2012) destaca que, à medida que os dados são coletados, os responsáveis da auditoria precisam se reunir de forma periódica para classificar os dados e tentar formar inferências. Caso os dados coletados sejam contraditórios, a equipe de auditoria precisa definir se dados complementares são essenciais para confirmar ou negar inferências provisórias. A coleta de dados normalmente leva a maior parte do esforço no desempenho do processo de auditoria. O auditor tem o papel de coletar auditoria factual, mostrar, analisar e avaliá-lo quanto aos critérios de auditoria, levantar inferências dessa comparação e informar os resultados para a administração (RUSSELL, 2012). Na auditoria, as informações podem ser reunidas de diferentes maneiras: • Exame de documentos e registros. Auditoria da Qualidade 57 Figura 43– Auditoria Fonte: Pixabay. • Entrevista com funcionários. • Exame físico de amostras de produtos. • Análises de dados, relatórios de performance, feedback de clientes ou usuários e sites. • Verificar o trabalho em andamento. Cabe ao auditor classificar as evidências de auditoria coletadas e, em seguida, sintetizá-las em um formato útil para o cliente e/ou auditado. Johnstone, Gramling e Rittenberg (2013) apontam que a cultura da organização responsável pela auditoria contribui de forma positiva para a qualidade da auditoria quando a liderança da empresa conclui as seguintes atividades: • Desenvolver uma cultura de trabalho que valoriza e recompensa a qualidade da auditoria. • Destacar a importância de “fazer a coisa certa” para construir e sustentar a reputação dos colaboradores e da firma de auditoria. Auditoria da Qualidade 58 • Assegurar que os colaboradores da firma de auditoria possuem tempo e recursos suficientes para tratar questões difíceis. Figura 44– Qualidade Fonte: Pixabay. • Assegurar que as questões monetárias não interferem na qualidade da auditoria de forma adversa. • Proporcionar benefícios de possuir parceiros de auditoria procurando orientação sobre questões difíceis e auxiliando seu julgamento profissional. • Assegurar que a organização de auditoria possui sistemas de qualidade em vigor para aceitar cliente e decisões de continuação. • Estimular iniciativas de avaliação e compensação que proporcionem às pessoas características relevantes para a auditoria de qualidade. • Assegurar que a qualidade da auditoria está sendo acompanhada dentro da organização de auditoria. Johnstone,Gramling e Rittenberg (2013) destacam que as habilidades e qualidades da equipe engajada na auditoria contribuem para a qualidade dos resultados e incluem os seguintes tipos de atividades: Auditoria da Qualidade 59 • Entender os negócios dos clientes, aderindo a padrões de auditoria e de ética. • Tratar problemas levantados durante a auditoria. • Assegurar que a equipe responsável pela auditoria possua níveis apropriados de experiência e que são devidamente gerenciados pelos superiores. • Assegurar que os gestores e outros parceiros forneçam aos colaboradores oportunidades de mentoria e de treinamento. • Compreender o objetivo de ajudar o processo de auditoria, contabilidade, bem como outras questões relacionadas ao setor. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido a executar os processos de auditoria, responsabilidade, informações e atividades dos relatórios. A auditoria inclui diferentes participantes: cliente (indivíduo ou organização que solicitou a auditoria), auditor (indivíduo que realiza a auditoria), líder da equipe de auditoria (responsável por administrar a auditoria), auditado (indivíduo ou organização a ser auditada), escolta (indivíduo indicado para acompanhar a equipe de auditoria), coordenador (indivíduo em contato com o auditor-líder para organizar a auditoria) e gerente do programa de auditoria (indivíduo responsável pelo programa de auditoria). Mostramos as responsabilidades dos comitês de auditoria. E destacamos que as informações podem ser reunidas de diferentes maneiras (documentos, entrevista, etc.). É responsabilidade do auditor classificar as evidências de auditoria coletadas e, em seguida, sintetizá-las em um formato útil para o cliente e/ou auditado. Exploramos habilidades e qualidades da equipe engajada na auditoria que contribuem para a qualidade dos resultados. Auditoria da Qualidade 60 REFERÊNCIAS BROCKA, B.; BROCKA, M. S. Gerenciamento da qualidade. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1994. COHEN, L.; MANION, L. Case studies. In: COHEN, L.; LAWRENCE, M.; MORRISON, K. Research methods in education. 4. ed. London: Routledge, 1994, p. 253-263. CROSBY, P. B. É preciso praticar uma filosofia da qualidade. Revista Controle da Qualidade, São Paulo, n. 73, 1998. GARVIN, D. A. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1992. JOHNSTONE-ZEHMS, K. M.; GRAMLING, A. A.; RITTENBERG, L. E. Auditing: A risk based-approach to conducting a quality audit. [s.l.], Cengage learning, 2015. JURAN, J. M. Planejando para a qualidade. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1992. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 12. Edição. São Paulo: Prentice Hall, 2010. LOBO, R. N. Gestão da qualidade. 1. ed. São Paulo: Editora Érica, 2010. PRICE, M. J., CHEN, E. E. Total quality management in a small, high- technology company. California Management Review, [online], v. 35, n. 3, p. 96-117, 1993. RUSSELL, J. P.; RUSSELL, J. P. The ASQ auditing handbook. [s.l.] ASQ Quality Press, 2012. SCHOLTES, P. R. Times da qualidade: como usar equipes para melhorar a qualidade. Rio de Janeiro: Quality Mark Editora, 1992. VARGAS, R. Sistema de gestão da qualidade. Gestão Industrial, [online], [2009-2021]. Disponível em: https://gestaoindustrial.com/ sistema-de-gestao-da-qualidade/. Acesso em: 16 set. 2021. Auditoria da Qualidade https://gestaoindustrial.com/sistema-de-gestao-da-qualidade/ https://gestaoindustrial.com/sistema-de-gestao-da-qualidade/ _Hlk20099052 _GoBack Realizando a Análise crítica de Documentos Documentação Relativa à Auditoria Instrumentos de Autorização e Pares de Trabalho Lista de Verificação Diretrizes Folhas de Registro Registro de Observações Preparando as Atividades da Auditoria: Plano de Auditoria, Trabalho para a Equipe, Documentos de Trabalho Preparação Plano de Auditoria Notificação Formal Condução da Auditoria Atividades da Auditoria Encontro com o Auditado Entendimento do Processo e dos Controles do Sistema Avaliação dos Controles Quanto ao Funcionamento Diálogo entre os Integrantes da Equipe Comunicação com o Auditado Funções e Responsabilidades de Guias e Observadores, Coleta e Verificação de Informações e Resumo das Atividades