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EDUCAÇÃO E TRABALHO 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rui Valese 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Como você já deve ter percebido, primeiramente começamos com alguns 
fundamentos que consideramos importantíssimos no estudo desta disciplina. Em 
seguida, tratamos de alguns aspectos mais gerais, indo do macro para o micro. 
A partir dessa unidade, nosso foco é como a educação se desenvolveu no Brasil, 
desde a chegada dos portugueses, e como ela se vinculou com o sistema 
produtivo vigente em alguns períodos. Assim, iniciaremos pelo ensino jesuíta e 
a transmissão dos valores da metrópole aqui na colônia. Em seguida, veremos 
como as reformas pombalinas desmontaram o sistema educacional vigente até 
meados do século XVIII e as dificuldades encontradas a partir de então para a 
implantação de um novo modelo, apesar de a legislação ser mais avançada do 
que as políticas públicas implementadas. Veremos, também, como no Império 
deu-se a formação da classe dirigente, a educação ofertada na República Velha 
e as mudanças implementadas por Vargas na educação a partir da Revolução 
de 1930 e do Estado Novo. 
Começaremos abordando o contexto histórico e a forma como a produção 
estava organizada para, na sequência, tratarmos da educação e de como esta 
se relacionava com o mundo do trabalho. 
TEMA 1 – EDUCAÇÃO E TRABALHO NA COLÔNIA PORTUGUESA 
Para tratarmos do ensino jesuítico no Brasil do Período Colonial e suas 
vinculações com o mundo do trabalho, antes faremos uma contextualização 
econômica, política e social. Da mesma forma, diferenciaremos o modelo de 
colonização implementado pelos portugueses daquele adotado pelos anglo-
saxões nas Treze Colônias, principalmente as do Norte. 
Tradicionalmente, a historiografia caracteriza as colônias portuguesas e 
espanholas como colônias de exploração, e as colônias anglo-saxãs de colônias 
de povoamento. Por colônias de exploração entende-se o processo cujo principal 
objetivo do colonizador é extrair as riquezas de determinada região e levar para 
a sua metrópole. Para alcançar esse objetivo, é estabelecida uma estrutura 
econômica baseada na grande propriedade, na mão de obra escrava e na 
monocultura exportadora. No caso da colonização portuguesa, inicialmente 
tentou-se a escravização dos povos originários. Porém, por razões econômicas 
de maior lucratividade, por conta do comércio de escravos trazidos da África, a 
 
 
3 
escravização dos povos originários não foi a principal mão de obra utilizada nas 
atividades econômicas do período colonial. Se, inicialmente, a exploração era 
muito mais extrativista – extração do pau-brasil –, a partir de meados do século 
XVI os portugueses iniciaram o cultivo da cana-de-açúcar em grandes 
propriedades, principalmente nas regiões Nordeste e Sudeste, indo do Rio 
Grande do Norte até São Paulo, e esta constituiu-se, até meados do século XVII, 
na principal atividade econômica desenvolvida pelos colonos portugueses. 
Já as colônias de povoamento têm por objetivo a fixação dos 
colonizadores em determinada área e fazê-la prosperar. Nesse tipo de 
colonização até há trabalho escravo, mas, não é predominante. As propriedades 
são menores, há uma variação de culturas e o objetivo da produção, 
primeiramente, é abastecer o mercado interno. São incentivados o comércio e 
os serviços. Nessas colônias, a educação é valorizada, pois o desenvolvimento 
intelectual, econômico e político é alcançado por meio da formação. 
A partir da segunda metade do século XVII, o cultivo da cana-de-açúcar 
aconteceu simultaneamente à extração do ouro, que se constituiu na principal 
atividade econômica realizada, principalmente, na região dos atuais estados de 
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Para administrar a exploração de ouro e de 
pedras preciosas, a Coroa precisou estabelecer toda uma estrutura 
administrativa para garantir a cobrança de impostas e taxas, além de quantidade 
significativa de ouro que deveria ser enviada para a Metrópole. 
Nesse modelo de organização econômica, política e social, as 
necessidades de mão de obra qualificada eram mínimas, sendo, portanto, 
dispensada a necessidade de escolas de formação profissional. No entanto, a 
educação oferecida pelos jesuítas atendia a certas demandas, não 
necessariamente da colonização, mas vinculadas ao que acontecera na Europa. 
Estamos falando da Reforma Protestante iniciada por Matinho Lutero, no início 
do século XVI, e da Contrarreforma católica, iniciada em meados do mesmo 
século. Assim, a vinda dos jesuítas juntamente com os primeiros colonos 
portugueses (1549) estava conforme o projeto da Contrarreforma, de combater 
o avanço protestante, converter os povos originários e os povos africanos ao 
catolicismo. Assim, a missão jesuítica começou com as escolas de ler e escrever 
em Salvador (1549) e com as escolas elementares. 
Mais especificamente, a educação jesuítica na colônia portuguesa tinha 
os seguintes objetivos: catequizar os povos originários, educar os filhos dos 
 
 
4 
colonos, formar sacerdotes para dar continuidade ao projeto missionário, 
constituir uma elite intelectual para administrar tanto os negócios da família 
quanto o projeto de colonização português e controlar a fé e a moral dos colonos. 
Desta forma, cumpria os mesmos objetivos da educação praticada na Europa 
quanto ao distanciamento em relação ao mundo do trabalho, cumprindo um 
currículo extremamente tradicional e conservador do status quo. Observemos 
que, durante quase trezentos anos, as duas principais atividades econômicas 
desenvolvidas na colônia portuguesa – plantação de cana-de-açúcar e extração 
de minério – requeriam pouca qualificação profissional. Assim, o modelo 
econômico, social e político aqui implantado tornava praticamente desnecessária 
uma educação voltada para a qualificação profissional. 
Apesar de serem formados pelas regras da Ratio Studiorum, os jesuítas 
acabaram por realizar algumas adaptações, como aprender a falar o tupi, a fim 
de facilitar a aproximação e o trabalho missionário junto aos povos originários. 
Em determinado momento, o tupi chegou a ser proibido pelas autoridades 
portuguesas, pois estas não dominavam a língua e entendiam que isso 
dificultava o sistema de vigilância e controle na colônia. 
Por meio de teatro, música e poesia, os jesuítas atraíam as crianças, ante 
a resistência dos adultos. Mesmo que a mão de obra escrava fosse privilegiada, 
muitos colonos utilizavam povos originários como escravos também. 
Diferentemente da escravidão africana, sobre a qual os religiosos faziam vistas 
grossas e até viam como benéfica para os escravos, a escravização dos povos 
originários foi condenada e combatida pelos religiosos. Uma das formas de 
combate foi a criação das reduções ou missões – aldeamentos para fugir da 
perseguição dos bandeirantes, além de serem uma fonte de renda dos jesuítas, 
tanto portugueses, quanto espanhóis. As missões jesuíticas foram estabelecidas 
no norte do Brasil, ao longo das margens do Rio Amazonas, Rio Madeira, Rio 
Paraná e onde hoje está a fronteira entre Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. 
Nas reduções havia algumas oficinas de instrumentos musicais e 
esculturas. Havia uma divisão por gênero das atividades ali desenvolvidas. A 
educação estabelecida nas missões tinha por objetivo formar para as virtudes 
cristãs. Mas, em paralelo, havia o desenvolvimento de atividades práticas, como 
o cultivo de hortas por meio das quais acontecia a aprendizagem de técnicas 
agrícolas. 
 
 
5 
Por fim, nesse processo de educação jesuítica, cabe destacar o choque 
entre a cultura europeia e a dos povos nativos, provocado pela primeira. Desde 
cedo as crianças eram ensinadas a ler e escrever o Espanhol, o Latim e o próprio 
Guarani ou Tupi. Aprendiam canto e música europeia, além dos valores e da 
moral cristã. Aos poucos, a cultura originária ia sendo expulsa e, em seu lugar, 
introjetada a culturaeuropeia. 
TEMA 2 – AS REFORMAS POMBALINAS 
Até meados do século XVIII, toda a educação desenvolvida na colônia 
portuguesa era feita pelos religiosos jesuítas. Com as mudanças que começam 
a acontecer na Europa na mesma época, esse poder passa a ser questionado 
e, com a ascensão do Marquês de Pombal como secretário de Estado do rei D. 
José I (1750-1777), os jesuítas foram expulsos das colônias portuguesas. 
Consequentemente, todo o sistema educacional foi desmontado e, até que se 
colocasse algo em seu lugar, foram alguns anos. Antes de refletirmos sobre esse 
período, vejamos alguns acontecimentos que estavam agitando a Europa e que 
teriam reflexos em outros continentes. 
No século XVIII, a Europa vivia a consolidação do absolutismo e do 
mercantilismo. O primeiro se caracterizava pela afirmação dos monarcas como 
chefes de estado, com poderes ilimitados. Tal condição havia sido possível uma 
vez que três classes sociais que poderiam lhe fazer oposição, necessitavam de 
seu apoio para as suas demandas específicas. Os senhores feudais e a nobreza 
estavam com problemas financeiros por conta das constantes guerras e até 
mesmo das Cruzadas. Já a burguesia, apesar de sua riqueza, não tinha status 
social reconhecido e, ao mesmo tempo, dependia dos reis para que liberassem 
e/ou facilitassem a atividade comercial. Por fim, os servos necessitavam da 
proteção dos reis para se protegerem de alguns senhores feudais. 
Nesse contexto, principalmente o crescimento da burguesia colocaria em 
xeque a antiga organização e alguns dos valores sobre os quais esta estava 
assentada. Tanto na Europa quanto nas colônias o monopólio jesuítico e 
religioso impedia o avanço científico na educação. Essa ainda era muito 
tradicional e se inspirava na divisão medieval – Trivium e Quadrivium. Tal 
educação ainda estava direcionada a poucas pessoas das classes dirigentes. 
Já nas colônias, a sociedade ainda era predominantemente agrária 
exportadora e escravagista, excluindo negros, mulheres e “mestiços” da 
 
 
6 
educação. Nessa questão, é interessante nos determos sobre um fato que ficou 
conhecido como a “Questão dos moços pardos”, acontecido na Bahia em 1689. 
Durante o período colonial, segundo Leite (1945), aos moços pardos eram 
permitidos frequentar as escolas elementares, onde aprendiam a ler, escrever, 
contar, e também a doutrina cristã. Porém, não podiam frequentar as escolas 
superiores, muito menos a formação destinada à formação de religiosos. Ou 
seja, para eles, a educação quando era destinada, era apenas a elementar. Nada 
além de uma educação que possibilitasse alguma forma de ascensão social. 
Já os filhos dos grandes proprietários poderiam, inclusive, ir estudar na 
Europa – Portugal e França, principalmente. Segundo Santos, “Os motivos 
invocados para a proibição foram: a falta de perseverança; os maus costumes; 
as arruaças; a ‘limpeza de sangue’ e a intolerância por parte dos brancos”. (2015, 
p. 6). No entanto, até 1681, os “moços pardos” eram admitidos sem nenhuma 
forma de impedimento. Como reação, os “moços pardos” apelaram ao rei de 
Portugal e ao Procurador Geral, que estranharam tal proibição. Em 1689, os 
jesuítas e as demais ordens religiosas tiveram que voltar atrás e os “moços 
pardos” voltariam a ser admitidos nas escolas superiores por determinação da 
Coroa. 
Com a apresentação desse fato histórico, reforçamos o que afirmamos 
em relação a quem se destinava e qual educação predominava no período 
colonial. Para os brancos, filhos dos grandes proprietários, a formação para a 
constituição de uma classe dirigente. Para indígenas, negros e pardos, a 
evangelização, a doutrinação e a formação como mão de obra. 
Com o surgimento de uma pequena burguesia e a pressão dos “mestiços”, 
essa diferenciação ficou ainda mais evidente. Nesse período, a formação 
superior na colônia objetivava três profissões: a Eclesiástica, a Magistratura e as 
Letras. Já a formação em Direito e Medicina era realizada na Europa, mais 
especificamente em Coimbra e Montpellier, respectivamente. 
O surgimento do Iluminismo na Europa e a oposição ao absolutismo e às 
práticas mercantilistas, bem como o nascimento da Revolução Industrial, 
provocaram mudanças também na economia e na política nas colônias. Marquês 
de Pombal é o símbolo do despotismo esclarecido real português, ao combater 
toda forma de oposição. Com isso, instala-se na colônia a mentalidade de 
povoamento e, aos poucos, vai-se rompendo com a ideia de apenas a colônia 
ser de exploração, ainda que alguns de seus fundamentos não fossem 
 
 
7 
completamente rompidos, como o de que a colônia deveria ficar na dependência 
da metrópole, política e economicamente. No entanto, as ideias iluministas que 
aportaram na colônia provocaram diversos movimentos culturais e políticos, tais 
como o Barroco Mineiro, a Arcádia Mineira (poesia) e, no campo político e social, 
a Revolta de Filipe dos Santos (1720) e a Conjuração Mineira (1789), que são 
os mais representativos. 
Seja no período colonial, imperial ou republicano, na sociedade brasileira, 
a família, a igreja e a escola representaram as possibilidades de ascensão social. 
Ainda que não vivamos o sistema de castas típico da sociedade indiana, em que 
a mobilidade social no máximo ocorra de forma horizontal, também na sociedade 
brasileira, ao longo dos séculos, a mobilidade social em sentido vertical sempre 
foi um problema. Desta forma, quando não se nascesse numa família com 
posses, o ingresso no sacerdócio era uma forma de ascensão social, pelo que o 
cargo tinha de status na sociedade. Da mesma forma, a escola e a possibilidade 
de formação profissional também adquiriram esse status. Nesses dois setores, 
os jesuítas dominavam e, ao mesmo tempo, influenciavam na primeira, pelo 
trabalho espiritual que realizava junto às famílias. 
Essa influência, no entanto, seria fortemente abalada quando os jesuítas 
foram expulsos e seu patrimônio confiscado e/ou destruído em 1759. Da mesma 
forma, nada foi colocado no lugar do sistema educacional desmontado, até que 
em 1772 foram criadas 17 aulas régias de ler e escrever. Desta vez, novas 
ordens religiosas, como os Carmelitas, os Beneditinos e os Franciscanos, 
assumiram algumas escolas. No entanto, permaneceu a educação distanciada 
da realidade e das necessidades mais concretas da sociedade colonial, e, 
somente com a chegada da Família Real, no início do século XIX, por força das 
circunstâncias, é que essa situação se alterou, como veremos no próximo tema. 
TEMA 3 – O IMPÉRIO E A FORMAÇÃO DA CLASSE DIRIGENTE 
O surgimento do Brasil Império deu-se num contexto bastante peculiar. 
Da mesma forma, algumas das mudanças que ocorreram na colônia portuguesa 
somente foram possíveis graças a esse surgimento. Estamos nos referindo a 
uma educação que começava a dialogar com o que estava acontecendo na 
Europa e que, pelo menos do ponto de vista legal, era concebida não somente 
de forma meramente ilustrativa, mas tinha vinculações com o contexto e as 
necessidades econômicas, políticas e sociais de seu tempo. 
 
 
8 
Desta forma, antes de falarmos da forma como a educação passou a se 
organizar a partir da chegada da Família Real Portuguesa e, depois, durante o 
Império, vejamos o contexto em que esses acontecimentos se dão. 
Por conta das Guerras Napoleônicas (XVIII-XIX), a família real portuguesa 
viu-se obrigada a fugir para o Brasil ao não apoiar completamente o embargo 
econômico à Inglaterra. Ao chegar à colônia, a Coroa adotou uma série de 
medidas que beneficiaria em muito a população, principalmente do Rio de 
Janeiro, para onde se dirigiu a Família Real. Uma das primeiras medidas foi a 
permissão para a instalação de manufaturas em terras tupiniquins. Como 
afirmamos anteriormente, a colonização aqui instalada era do tipo exploração. 
Assim, qualquer medida que incentivasse o desenvolvimento local era 
desestimulada. 
Ao abrira possiblidade de instalação de manufaturas, surgiu também a 
necessidade de formação de uma mão de obra especializada. É um dos 
primeiros sinais de uma influência mais efetiva das ideias iluministas na colônia; 
só que, agora, promovida pelos governantes. No entanto, apesar de algumas 
mudanças, não houve uma mudança na estrutura social e econômica da colônia. 
A produção de café substituiu a cana-de-açúcar e a mineração, tornando-se a 
principal atividade econômica e promovendo novos sujeitos econômica e 
politicamente. A mão de obra escrava prevaleceu até meados do século XIX, 
quando dar-se-ia o incentivo à vinda de imigrantes europeus, com base em uma 
política eugenista de branqueamento da população brasileira. 
No entanto, seja com a vinda da Família Real, seja com a atravessada 
Proclamação da Independência do Brasil – D. Pedro, filho do rei de Portugal dá 
o famoso “Grito do Ipiranga”, mas, quem assinou o decreto de independência foi 
sua esposa, cinco dias antes, a Imperatriz Maria Leopoldina – desde então 
passamos a ter legislação que tratava da educação em nosso território, ainda 
que, como dizem os versos de Rui Guerra e Chico Buarque, haja “distância entre 
intenção e gesto...”, ou, como afirma Sergio Buarque de Holanda em Raízes do 
Brasil: “A democracia no Brasil foi sempre um lastimável mal-entendido”. Ao 
longo desses quase 200 anos de nossa independência, essa é uma das 
verdades sobre a história do Brasil difícil de ser contestada. Vejamos, a partir de 
agora, como a educação foi tratada nesse período. 
Em 1824, tivemos a nossa primeira Constituição, e uma das coisas que 
chama a atenção é a proposta da criação de um sistema nacional de instrução 
 
 
9 
inspirado na Revolução Francesa, propondo a liberdade de ensino, sua 
gratuidade e caráter universal. Da mesma forma, uma lei de 1827 propunha a 
criação de escolas em todas as cidades e vilas, inclusive para as meninas. Já 
por meio do Ato Adicional de 1834, ocorre a descentralização das 
responsabilidades quanto à manutenção e gestão do ensino no Brasil. À Coroa 
caberia a responsabilidade sobre o Ensino Superior, e, às Províncias, o ensino 
elementar e secundário. Curiosamente, essa divisão, com algumas pequenas 
diferenças, permanece até hoje. No entanto, a descentralização, no caso 
brasileiro, não representou democracia, mas uma forma de as coisas não 
acontecerem. A divisão de responsabilidades foi para um sistema culpar o outro 
pelo que ambos não faziam. Vejamos como se deu essa divisão e o que de fato 
resultou. 
De responsabilidade da Coroa desde a chegada da Família Real, o Ensino 
Superior tinha por objetivo justamente atender às necessidades da realeza em 
relação à colônia, como a formação de oficiais das armas, engenheiros militares 
e médicos. Da mesma forma, pretendia-se formar profissionais para as áreas de 
economia, química, agricultura e assuntos jurídicos. Essa formação sempre 
aconteceu em faculdades isoladas. Aliás, esse é outro capítulo da história da 
educação brasileira que merece atenção. Enquanto nas colônias espanholas a 
primeira universidade – Universidad Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM), 
de Lima – foi criada em 12 de maio de 1551, na colônia portuguesa, depois Brasil, 
a criação da primeira universidade deu-se somente no início do século XX – a 
Universidade Federal do Paraná, em 1912. 
O objetivo do ensino superior era formar a elite dirigente local, o que já 
era feito desde o período o em que os jesuítas dominavam a educação brasileira. 
Nessa época, a pequena burguesia que começava a se constituir no Brasil 
procurava os cursos de Direito principalmente para seguirem carreira nas 
atividades jurídicas, no jornalismo e na carreira pública, seja como funcionários 
da burocracia, seja como mandatários de cargos eletivos. 
Já no ensino secundário e elementar, o que se percebe é a ausência 
completa de um projeto nacional específico para a referida etapa. O ensino 
superior é quem determinava os currículos da educação básica. Da mesma 
forma, percebe-se a falta de recursos destinados ao setor, o que determinava a 
quantidade e a qualidade do que era ofertado. A título de ilustração, os Liceus 
das provinciais eram, na realidade, reuniões de aulas avulsas. O único colégio 
 
 
10 
que gozava de uma situação até certo ponto privilegiada, era o Pedro II (1837), 
que passou a ser referência para as províncias. 
Na segunda metade do século XIX ocorreu a volta de escolas particulares 
(religiosas e leigas). Entre elas se destacam o Colégio Caraça – dirigido pelos 
padres lazaristas; o Seminário de Olinda – do Bispo Azeredo Coutinho; o Colégio 
Mackenzie – de inspiração protestante; o Colégio Americano – também de 
inspiração protestante; e a Sociedade Culto à Ciência – partidário do positivismo. 
Já as escolas elementares – que tinham por objetivo ensinar a ler, escrever e 
contar – não eram obrigatórias, como também não eram pré-requisito para o 
acesso ao ensino secundário. 
Por fim, cabe a nós refletir sobre a formação de professores para atuarem 
nesses sistemas de ensino. Essa formação era realizada em 2 anos e em nível 
secundário. Estava destinada somente aos rapazes, e no final do século XX foi 
aberta às mulheres, ainda assim com uma série de restrições de ordem moral 
para aquelas que se aventurassem na profissão do magistério. O ensino 
profissionalizante era negligenciado, pois a mentalidade escravocrata 
desprezava o trabalho manual. Desta forma, a educação ofertada pelos sistemas 
de ensino estava longe das necessidades da sociedade e do desenvolvimento 
econômico, mas, pela sua elitização, continuava a formar a classe dirigente, e o 
restante do povo para o papel de obediência e subserviência. 
As reformas propostas por Leôncio Carvalho (1879) e pelo conselheiro 
Dantas (1882) não passaram das intenções, assim como muitas das medidas 
sugeridas desde a nossa primeira constituição. 
TEMA 4 – A EDUCAÇÃO NA REPÚBLICA VELHA 
Proclamada a república em 1889, a expectativa era de que a estrutura de 
poder que predominava no Brasil desde o período colonial fosse, de alguma 
forma, rompida. Porém, como observaremos nos períodos subsequentes, na 
história do Brasil vale a máxima proferida no Romance O Leopardo, de Giuseppe 
Tomasi di Lampedusa: “Tudo deve mudar para que tudo fique como está”, e 
sempre recorrente. Desta forma, assim como o povo não havia participado da 
Proclamação da Independência do Brasil, nem lhe fora favorável, também a 
Proclamação da República foi feita sem a sua participação. Cabe ressaltar que 
a Proclamação da República se deveu muito mais a fatores que interessavam e 
preocupavam aos grupos políticos e econômicos dirigentes, como o fim da 
 
 
11 
escravidão; a crise dos militares de alta patente após a Guerra do Paraguai; o 
conflito com os religiosos; a crescente influência das ideias positivistas, 
principalmente nos meios militares; o descontentamento da elite cafeeira 
paulista, que não via seu poder econômico ser representado à altura no cenário 
político nacional; entre outros. 
Para efeitos desse nosso estudo, dividimos a história da nossa república 
em seis períodos, a partir dos quais, após uma rápida contextualização 
econômica, política e social, trataremos da educação e o mundo do trabalho. 
Comecemos pelo que ficou conhecida como Velha República ou República do 
Café com Leite, também chamada de República Oligárquica ou dos Coronéis. 
Inicialmente, a economia permanecia organizada pelo mesmo modelo 
agrário-exportador instituído desde a época do período colonial, o que justifica o 
predomínio de governo com origem nas oligarquias agrárias. Esse fato não se 
alterou nem mesmo com o golpe de estado liderado por Vargas, em 1930, 
mesmo sendo ele um filho e grande proprietário de terras no Rio Grande do Sul, 
que, por parte de pai, descendia de grandes proprietários paulistas de terra. 
Na segunda metade da década de 1910 deu-seinício a industrialização, 
de forma mais consistente. Nesse período, o movimento sindical começou a ter 
uma organização mais sólida, por influência dos anarquistas que haviam 
chegado no final do século anterior. 
Em 1920, as revoltas tenentistas, a Coluna Prestes e a Semana de Arte 
Moderna provocaram agitações no cenário político e cultural brasileiro. Esta 
última, por exemplo, reivindicava uma estética nacional, dando continuidade ao 
que os positivistas haviam começado no final do século XIX, com a busca de 
uma identidade e raízes nacionais. No final da República Velha, a Crise de 1929 
também provocou alguns problemas na economia brasileira, principalmente no 
setor do café, nosso principal produto de exportação. 
Na política, dominada pelas oligarquias agrárias, principalmente paulista 
e mineira, as fraudes, o voto de cabresto, os atentados e mortes foram uma 
constante. Na educação, as alterações legislativas foram bastante comuns, 
porém sem efetividade em seus propósitos. Uma dessas medidas foi, por 
exemplo, quem seria responsável pela gestão e implantação de uma política 
educacional para o país. Inicialmente, ela ficou a cargo do Ministério da 
Instrução, Correios e Telégrafos. Posteriormente, passou ao Ministério do 
Interior e da Justiça, e, somente em 1930 é que tivemos a criação de um 
 
 
12 
Ministério da Educação, o que demonstra que, apesar da quantidade 
considerável de leis relacionadas à educação, esta não era uma prioridade nos 
mais diferentes períodos da história brasileira. Outra característica da educação 
no início da República foi a influência positivista enviesada. Uma dessas 
contradições é a inclusão de ciências físicas e naturais ainda no primeiro grau. 
O Positivismo defendia que apenas após os 14 anos os conteúdos de ciências 
físicas e naturais deveriam fazer parte da formação dos jovens. Há, no entanto, 
o rompimento com o ensino literário e clássico, e a Constituição de 1891 mantém 
a descentralização. 
A educação, no entanto, manteve seu caráter elitista, e a formação técnica 
e profissionalizante era desvalorizada. Entretanto, os trabalhadores passaram a 
reivindicar uma política pública que lhes garantisse escolarização. Afinal de 
contas, nesse período, 80% da população brasileira era analfabeta. Essa 
condição, por si só, já era um grande problema para qualquer projeto de 
desenvolvimento econômico, político e social. 
Para propor mudanças no campo educacional, surgiu o Movimento da 
Escola Nova, defendendo escola para todos e uma sociedade igualitária e sem 
privilégios. São partidários desse movimento importantes intelectuais, entre os 
quais destacamos Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e 
Almeida Júnior. 
Durante a República Velha, além da presença anarquista na política e no 
movimento sindical, vale destacar as ideias e propostas de organização de 
escolas direcionadas aos trabalhadores. O anarquismo chega ao Brasil 
juntamente com os imigrantes italianos e espanhóis. Inicialmente, organizaram 
o movimento operário e tiveram uma atuação política, sindical e cultural por meio 
de jornais, panfletos, bibliotecas, centros de estudos, poesias, teatro, saraus, 
bailes etc. Na educação não foi diferente. Por meio das ideias pedagógicas de 
Francisco Ferrer y Guardia, propôs-se uma educação organizada sob os 
princípios do racionalismo, da cooperação e do respeito mútuo. Uma das 
inovações que se apresentaram foi a presença de meninos e meninas nas 
mesmas salas, recebendo a mesma educação. 
Um dos nomes com inspiração anarquista que merece ser destacado é o 
de Maria Lacerda de Moura, professora, escritora e feminista que afirmava que 
“Enquanto não souber pensar [a mulher] será instrumento passivo em favor das 
 
 
13 
instituições do passado. E ela própria, inconsequente, trabalhará pela sua 
escravidão” (Moura citada por D’Angelo, 2017). 
Como nos anteriores, também nesse período o ensino superior continuou 
sendo negligenciado. Com um atraso de quase 400 anos em relação às colônias 
espanholas e de 300 em relação às Treze Colônias, surgiu, no Paraná, a primeira 
universidade (UFPR, 1912), muito embora alguns historiadores considerem a 
Universidade do Rio de Janeiro como a mais antiga (1920). 
Nesse período, a educação secundária era preparatória para o ingresso 
nas faculdades. Ou seja, não tinha caráter de terminalidade, muito menos 
objetiva a formação profissional. Com o objetivo de alguma formação 
profissionalizante, podemos destacar a criação de 19 Escolas de Aprendizes 
Artífices (1909), ligadas ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Outra 
característica da educação desse período era a vinculação com políticas 
eugenistas, tais como o “melhoramento da raça” por meio da educação física e 
higiene corporal, bem como da educação sexual, de caráter fortemente 
moralista. 
TEMA 5 – A EDUCAÇÃO: DA REVOLUÇÃO DE 1930 AO ESTADO NOVO 
5.1 Golpe de estado ou Revolução de 1930? 
Muitos fatos e personagens históricos já foram renomeados em função de 
novas informações, ressignificações e revisões históricas. Alguns ainda 
alimentam a polêmica. Um deles é o evento ocorrido no Brasil em 1930 e que 
pôs fim a uma hegemonia de políticos dos estados de São Paulo e Minas Gerais 
na política nacional. Se considerarmos que, para chamarmos um fato histórico 
de “revolução”, é preciso que este provoque mudanças profundas e estruturais 
em determinada sociedade, a ascensão de Getúlio Vargas ao poder em 1930 se 
caracteriza por um golpe de Estado. Isso porque o poder que ele obteve foi 
oriundo do impedimento de o candidato vencedor nas eleições presidenciais 
daquela época assumir o cargo para o qual fora eleito. Da mesma forma, a 
origem econômica, social e política de Vargas não era diferente das oligarquias 
derrotadas e vencedoras nas eleições de 1930. 
A ascensão de Vargas ao poder se deu em meio a uma crise econômica, 
política e social que marcou a passagem da década de 1920 para a de 1930 e, 
de certa forma, preparou o terreno para a ascensão de regimes nazifascistas na 
 
 
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Europa, com repercussões em várias partes do mundo, em particular, no Brasil, 
inclusive no próprio governo Vargas. A Crise de 1929, como ficou conhecido o 
crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque, pôs em xeque o modelo agrário 
exportador brasileiro e, buscando atrair o apoio das elites urbanas industriais, 
principalmente as paulistas, Vargas deu início a uma pequena industrialização 
no Brasil, na área da indústria pesada. 
Se a Europa vivia a ascensão de regimes nazifascistas, na América Latina 
tivemos o surgimento de governos populistas, como Vargas no Brasil e Lázaro 
Cárdenas no México. No caso brasileiro, além do populismo, tivemos o flerte de 
Vargas com o nazismo, tendo autorizado a deportação de alemães a pedido do 
governo de Hitler. Sem contar a própria constituição aprovada por Vargas em 
1937, que ficou também conhecida por Constituição “Polaca”, pelo fato de ser 
inspirada na ideologia fascista então em ascensão na Europa. 
O Estado Novo foi oficialmente instalado em 1937. Porém, entendemos 
que este foi ensaiado e testado de 1930 a 1937. Tradicionalmente, os 
historiadores dividem os 15 anos de Vargas em sua primeira passagem pelo 
poder em três fases: Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional 
(1934-1937) e Estado Novo (1937-1945). Assim, já na primeira fase ele adota 
medidas centralizadoras, como o fechamento do Congresso Nacional, das 
assembleias legislativas estaduais e das câmaras municipais; sem contar a 
nomeação de interventores nos estados da federação. Da mesma forma, a 
proximidade com integralistas até a instalação do Estado Novo, em 1937, 
quando adotou tais ideias, apesar do rompimento com tais lideranças. 
Os quinze anos de governo de Vargas foram caracterizados pelo 
seguinte: declínio da hegemonia agrária, ascensão da industrialização e do 
comércio, êxodo rural de populaçõesdo norte e nordeste para São Paulo e Rio 
de Janeiro, o Estado incentivava e financiava a industrialização, o nacionalismo 
econômico, a criação de leis trabalhistas reivindicadas pelo movimento sindical 
desde o final do século XIX, relação paternalista e fascista com trabalhadores e 
sindicatos. Por conta dessas medidas, até hoje Vargas é conhecido como o “pai 
dos pobres”. 
No campo educacional, o governo Vargas foi também inovador. Criou o 
Ministério da Educação (e Saúde). A mudança de paradigma econômico – de 
agrário exportador para industrialização – exigia mão de obra qualificada e, 
nesse sentido, a Reforma Francisco Campos buscava lançar os fundamentos e 
 
 
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as condições para tais mudanças. Entre elas destacamos a criação da 
Universidade do Rio de Janeiro, a criação do Conselho Nacional da Educação e 
a criação do Ensino Secundário e Comercial. 
O ensino secundário foi organizado em dois ciclos: um primeiro, de cinco 
anos, que tinha como objetivo a formação geral; e o segundo, de dois anos, que 
era um preparatório para o ingresso no ensino superior, havendo a possibilidade 
de preparação para os cursos jurídico, de medicina, farmácia, odontologia, 
engenharia e arquitetura. 
Em linhas gerais, no entanto, a educação padecia ainda de alguns vícios 
anteriores, tais como a permanência da distinção entre trabalho manual e 
intelectual, o ensino profissionalizante comercial recebia mais atenção do que o 
industrial, a desarticulação entre ensino secundário e comercial e a propagação 
das ideias conservadoras e religiosas, por meio do ensino religioso nas escolas 
públicas. 
NA PRÁTICA 
Ao longo da história, observamos três segmentos preocupados com a 
educação: o Estado, a religião e as ideologias filosóficas e políticas. A “escola 
moderna” foi uma experiência educacional organizada por anarquistas, com 
base na proposta pedagógica de Francisco Ferrer y Guardia. Considerando 
essas informações, realize uma pesquisa sobre a proposta pedagógica dessas 
escolas, identificando diferenças e possíveis semelhanças com o ensino oficial. 
FINALIZANDO 
Nesta unidade vimos os seguintes assuntos: o ensino jesuíta e a 
transmissão dos valores da metrópole aos povos originários e aos africanos 
escravizados trazidos para a colônia, as reformas pombalinas como reflexo do 
absolutismo esclarecido adotado pelo governante português, os esforços 
realizados – seja pela Coroa Portuguesa em sua passagem pelo Brasil fugindo 
das guerras napoleônicas ou durante o Império para a formação de uma classe 
dirigente –, a educação na República Velha, que praticamente manteve os 
mesmos princípios das políticas educacionais dos séculos anteriores, e a 
educação durante a Revolução de 1930 ou golpe de 1930 até a implantação do 
Estado Novo. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
D'ANGELO, H. Quem foi Maria Lacerda de Moura, pioneira anarcofeminista. 
Disponível em https://revistacult.uol.com.br/home/maria-lacerda-de-moura-
feminista-e-anarquista-critica-dos-movimentos-em-que-militou/. Acesso em: 5 
jan. 2022. 
SANTOS, S. P. dos. Os “intrusos” e os “outros” oxigenando a universidade: 
por uma relação articulada entre raça e classe nas ações afirmativas. Disponível 
em: https://periodicos.ufes.br/simbiotica/article/download/10329/7269/26163. 
Acesso em: 4 jan. 2022.