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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC
ARTIGO
ASSIS – SP
2017
A importância do lúdico na docência da Educação Infantil
BATISTA, Daniela Aparecida
RU 1733688
RESUMO
	O presente artigo retrata uma visão sobre a docência na educação infantil e apresenta os vários aspectos que fazem parte do trabalho do professor desta etapa, como um profissional que precisa compreender-se a si mesmo não somente como mero transmissor de conhecimento, mas alguém que contribui para a construção da cidadania, valorizando o aspecto lúdico para atingir seus objetivos como educador. 
Palavras-chave: docência. educação. infantil. lúdico. cidadania.
a) INTRODUÇÃO
	O objetivo deste artigo é refletir sobre a importância do trabalho docente na Educação Infantil, especialmente no contexto atual, em que a sociedade e, principalmente, o mercado de trabalho tem tantas exigências. 
Sabe-se que a somente aquisição dos conteúdos formais não são o suficiente nos dias de hoje. É cada vez mais urgente a formação de pessoas que saibam “aprender a aprender”, sejam flexíveis e cooperativas. 
	Nesse mesmo contexto, a relevância do papel do professor reside no fato dele ser o profissional ao qual as famílias confiam suas crianças para o processo do aprender. Assim ele é a pessoa que, depois da família, mais convive com elas. 
O professor é o profissional que ensinará a importância das regras do convívio escolar, do respeito; despertará a imaginação e a criatividade presente nos alunos, através das brincadeiras, da arte, da leitura; ensinará as primeiras letras, os primeiros números...
Neste artigo abordarei o tema: A importância do lúdico na docência da Educação Infantil, revisitando algumas experiências observadas na oportunidade de realização do Estágio Supervisionado – Docência na Educação Básica, em que pude ter a oportunidade de compartilhar um pouco do trabalho realizado por professores desta etapa tão crucial na formação de pessoas.
	O estágio foi uma excelente forma de conhecer a realidade, o dia a dia de uma escola de Educação Infantil, bem diferente das outras faixas etárias. Diferenças estas, que começam já pela própria arquitetura do prédio, na decoração, etc. Ele foi realizado na EMEIF “Profa. Angélica Amorim Pereira”, no período de 09 a 22/05/2017. Durante este tempo tive contato com a direção, coordenação, professores, funcionários e alunos. Foi interessante notar que a presença de uma estagiária desperta um estranhamento inicial, especialmente das crianças, que, aos poucos vão dando abertura e permitindo que você participe do seu ambiente.
Tive acesso também ao Projeto Político Pedagógico e consultando-o percebi que ele priorizava aspectos como: a vida em sociedade, a formação continuada dos profissionais, a interdisciplinaridade e o aprender através do lúdico. Conforme transcrito do próprio documento, esta escola vê a Educação “como uma ocasião privilegiada de promoção humana, na medida em que favorece uma cultura de solidariedade, sobriedade, partilha, defesa da vida e do meio ambiente, com base em critérios científicos, políticos e econômicos.”
	Na observação participativa vi que há a inserção da rotina, que inclui música, oração, leitura, e atividades. Foi desenvolvido também um Plano de Ação que partiu do eixo “Identidade e autonomia” com o conteúdo “Respeito à diversidade”. Para desenvolver o Plano de Ação foi muito importante o auxílio da professora da sala que sugeriu, inclusive a bibliografia que utilizei no trabalho. 
	Dentre todos os itens observados gostaria de enfatizar a questão do aprender através do lúdico. Como é próprio da infância, faz-se necessário introduzir os primeiros aprendizados de maneira sutil, alegre e, aparentemente descompromissada. Através dessa metodologia as crianças tornam-se receptivas e participativas, conforme observado por mim.
No decorrer do estágio esse aspecto foi um dos que mais me chamaram a atenção. Foi bastante enriquecedor assistir às aulas e participar delas em alguns momentos como uma espécie de “monitora” da professora, a quem os alunos chamavam carinhosamente de “tia”. Pude notar que em alguns momentos a pedagoga tem que ser uma verdadeira atriz, representar para as crianças, especialmente no momento da leitura.
A Docência na Educação Infantil com ênfase na questão do lúdico, é o tema que permeará este Artigo.
	
b) DESENVOLVIMENTO (FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E METODOLOGIA)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Aprender através do lúdico, eis uma das principais características que observei em meu estágio.
	Para pensar-se sobre esse aspecto é necessária uma reflexão sobre o próprio conceito de infância. 
Para nós atualmente é natural o uso deste termo mas sabe-se que nem sempre foi assim, do ponto de vista histórico.
	A infância é um conceito moderno, (Cartaxo, 2013, p.18), que começou a surgir a partir do século XVI, no momento em que diminuía-se a mortalidade infantil, devido às descobertas científicas do período. Em seu livro, prossegue observando que, em períodos anteriores, evitava-se o apego excessivo às crianças devido aos altos índices de mortalidade.
	O vestuário de uma criança da Idade Média por exemplo, era igual ao do adulto de sua classe social, o que demonstra a falta de distinção de faixa etária, relata.
	Assim, segundo a autora, “A definição de infância está relacionada ao tempo e ao espaço em que cada um vive e a um contexto social.” (Cartaxo, 2013, p.18). É a partir do século XVIII, com o desenvolvimento do capitalismo que essa visão do papel social da criança começa a se transformar. Ela passa de um ser produtivo (sociedade feudal), para alguém que precisa de cuidados, de escolarização, para poder atuar (na expressão da própria autora) na sociedade burguesa.
	A partir do momento em que surge o conceito e o sentimento de infância é que torna-se possível e faz-se necessária a existência de sistemas de ensino, que foram sendo criados a partir da contribuição de pensadores como Comenius (1592-1670) que “defendia que o cultivo dos sentidos e da imaginação deveria ser o ponto de partida para o desenvolvimento racional da criança.” (Cartaxo, 2013, p.65).
	Conforme cita a autora, é muito interessante notar algumas influências no plano pedagógico, provenientes deste pensador tais como: problemas da educação e problemáticas gerais do homem; educação e desenvolvimento social; método universal de ensino; o conceito de instrução para a vida toda; concepção unitária do saber e uma educação para a paz entre os povos.
	Outros autores são mencionados, entre eles Rousseau (1712-1778) e Pestalozzi (1746-1827) este último, que valorizava a aprendizagem pela experiência e pela observação; iniciativas como a de Robert Owen (1771-1858), que abre um instituto com classes infantis para atender filhos de seus operários, cuja principal característica era a de superar o aspecto assistencialista, priorizando uma ação educativa e de instrução básica.
	 Educadores como o alemão Friedrich Fröebel (1782-1852), que cria o jardim de infância, por considerar “que a criança, assim como uma planta, devia encontrar ambiente favorável para se desenvolver em um ambiente de amor, encorajamento e simpatia” (Cartaxo, 2013, p.69) e Maria Montessori (1870-1952), que cria um método educativo com o uso de brinquedos, inicialmente aplicado à crianças com deficiência mental (tema de suas pesquisas) e depois estendido a todas as crianças; Freinet (1896-1966), defensor do trabalho cooperativo entre professor e aluno para se chegar ao aprendizado; Vygotsky (1896-1934), que mostra a criança como um “ser social” e o professor como “mediador” no processo de desenvolvimento do conhecimento; Piaget (1896-1980), que “explica que a construção do conhecimento ocorre por meio de um processo contínuo de trocas entre o indivíduo e o meio ambiente” (Cartaxo, 2013, p.74); Emilia Ferreiro (1936) e o estudo da psicogênese da linguagem escrita; Wallon (1879-1962) e seus estudos sobre a plasticidade do cérebro; por fim, Paulo Freire (1921-1997) cuja influência,cita a autora, não está em métodos específicos para a Educação Infantil, mas sim “na concepção filosófica de educar para a autonomia e na concepção de que a criança é um ser histórico e social” (Cartaxo, 2013, p.76).
Através destas reflexões, fica evidente que foram várias as contribuições dadas por todos os autores mencionados e foi interessante notar as suas influências presentes na escola em que estagiei e na própria formação dos pedagogos na atualidade.
Salientando a questão do lúdico, a autora destacou as relações entre o brinquedo e o desenvolvimento humano e cita Vygotsky. Segundo o estudioso, é através do brinquedo que se dá o desenvolvimento da criança; é ele que “oferece uma estrutura básica que permite mudanças das necessidades e da consciência” (Cartaxo, 2013, p.114). 
Para este autor, o brinquedo se constitui assim num “espaço de transição” para a criança, que vai desenvolvendo representações simbólicas e a própria linguagem escrita, através do brincar e do desenhar.
No que diz respeito aos conteúdos trabalhados na Educação Infantil, a autora menciona o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, Brasil, 1998), documento que representa a articulação das políticas nacionais, específicas para esta etapa de ensino. Sua estrutura divide-se em dois âmbitos: formação pessoal e social e conhecimento de mundo.
Utilizando-se deste referencial teórico, o professor seria o responsável por “dinamizar o processo de forma integrada e global, buscando relacionar esses âmbitos” (Cartaxo, 2013, p.126).
Conforme descrito no próprio documento, houve uma expansão da educação infantil em decorrência das transformações ocorridas na sociedade contemporânea, com a urbanização e a maior participação das mulheres no mercado de trabalho.
A criança, como parte da sociedade, é um ser que vive, experimenta e reflete, de certa forma, as novas necessidades decorrentes destes novos tempos.
No contexto social surgiu, então, uma maior demanda por atendimento às crianças na faixa etária de zero a seis anos de idade. Demanda esta, que passou a ser garantida na Constituição do Brasil de 1988 e reconhecida por outros importantes documentos como o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394 (1996).
A própria LDBEN entende que a Educação Infantil tem “como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade.” (LDBEN, 1996, título V, capítulo II, seção II, art.29).
As experiências educacionais a serem oferecidas às crianças nesta etapa segundo o RCNEI (de forma resumida) devem basear-se:
· No respeito à dignidade;
· No direito de brincar;
· No acesso aos bens socioculturais;
· Na socialização;
· No desenvolvimento de sua identidade. 
Paralelamente à todas estas questões, encontra-se a necessidade da formulação, por parte da escola, de um Projeto Político Pedagógico que atenda a todas as necessidades e direitos já garantidos por lei.
Assim, “conceituar o que denominamos projeto pode ser o primeiro passo para compreender o trabalho a ser desenvolvido por uma instituição de ensino.” (Cartaxo, 2013, p.160). Nesse sentido projetar seria lançar para adiante, antever um futuro diferente do presente.
A elaboração de um projeto consistente dependeria então do envolvimento, do compromisso coletivo e da unidade da proposta. 
A autora segue especificando quais seriam os sete elementos básicos de um Projeto Político Pedagógico:
· Finalidades: Definição coletiva das finalidades da escola;
· Estrutura Organizacional: Seriam a estrutura administrativa e pedagógica;
· Currículo: Seria a proposta pedagógica;
· Tempo escolar: Seriam o calendário letivo, o trabalho pedagógico diário e o tempo dos profissionais;
· Processo de decisão: Seria a gestão democrática;
· Relações de trabalho: Seriam as ações de solidariedade e reciprocidade;
· Avaliação: Descrição e problematização da realidade e proposição de alternativas.
O envolvimento da comunidade também seria fundamental nesse processo, “para discutirem a definição dos objetivos e a quem é destinada a proposta, o diagnóstico da situação da educação infantil na localidade (...)” (Cartaxo, 2013, p.166).
METODOLOGIA
	No período de realização do estágio realizei várias ações que foram propostas pelo Estágio Supervisionado, entre elas: entrevista com os profissionais, observação dos aspectos estruturais, organizacionais e pedagógicos da instituição em que estagiei e até auxílio à professora nos trabalhos manuais feitos com as crianças, além, é claro, do Plano de Ação.
	Durante as entrevistas fui tendo contato com a direção, percebendo o alto grau de experiência da diretora, Dona Lucimar e também da professora Maria Cristina e seu grande empenho e responsabilidade como pedagoga.
	Ao consultar o Projeto Político Pedagógico notei que há uma preocupação com a qualidade do ensino ofertado pela instituição. O documento está sempre à disposição para consulta na mesa da diretora, o que facilitou meu acesso. 
	A receptividade com que fui recebida demostra que a escola estagiada possui uma abertura em relação aos estagiários, que acredito serem sempre tratados com muito respeito e cordialidade naquela instituição.
	Do ponto de vista estrutural era uma escola pequena mas bem organizada. Salas de aula equipadas com lousa “tradicional” e também lousa digital; eram bem iluminadas, amplas e acomodavam bem os alunos e professores. Havia espaços para realização de atividades na área externa, com pátios coberto e descoberto, área de recreação com alguns brinquedos que ficavam no espaço gramado. Eram cerca de 340 alunos, no total, incluindo os períodos da manhã e tarde. A sala a qual me refiro neste artigo, Jardim II A, possuía 18 alunos. 
 Nesta sala, um aspecto que favorecia o acolhimento dos alunos era a própria decoração: mesas que acomodavam cerca de seis alunos cada, cartazes espalhados pelas paredes, varais para pendurar atividades ligadas à rotina, tudo decorado com motivos infantis e muito colorido.
	No decorrer do estágio, realizado no mês de maio, a professora estava envolvida em várias atividades relacionadas ao Dia das Mães e foram várias aulas fazendo atividades nessa temática. Foi interessante notar o modo como ela motivava seus alunos a realizarem os trabalhos, dizendo que a mamãe ia adorar e ficar muito feliz (embora tenha me relatado em particular que muitas mães na realidade, não se importavam).
	Auxiliei na maioria dessas atividades, recortando, colando, dobrando, levando materiais para as crianças e dando o suporte quando me era solicitado pela professora. Foi muito rica essa experiência em termos de aprendizado sobre a prática de sala de aula, especialmente desta faixa etária. As crianças, ao terminarem os trabalhos vinham me mostrar para ver se estava bom e era evidente a necessidade que tinham de uma “aprovação” da minha parte, o que obviamente acontecia.
	Como a escola reflete muito da realidade que vivemos atualmente no aspecto familiar, com a desestruturação de várias famílias, gostaria de registrar um episódio ocorrido em um dos Momentos Cívicos (significado em página posterior): uma criança de outra sala, que morava na “Casa Abrigo” (instituição que acolhe menores em situação em de abandono familiar, material, intelectual e/ou que sofrem algum tipo de violência) teve uma crise de choro, a ponto de ser amparada pela professora, no momento em que era exibido um vídeo em homenagem ao Dia das Mães.
	Até na própria sala estagiada por mim, era visível crianças que recebiam maior ou menor cuidado por parte das famílias. Isso se refletia no modo como eram preparadas para vir para a escola e no próprio Caderno de Tarefas, sempre realizado de “qualquer jeito” e incompleto por parte dessas especificamente. 
Segundo me relatou a própria professora, essas crianças eram as que também apresentavam maior dificuldade na realização das atividades em sala de aula e uma maior dependência, o que, na sua opinião, revelava certa carência dos alunos.
	O cotidiano da sala de aula seguia uma rotina e a professoraaproveitava vários desses momentos para ir introduzindo uma noção das letras e dos números às crianças. É o caso do Calendário, que era colocado na lousa, iniciando-se com o nome da cidade, no caso, “Assis”: ela ia indagando qual era a letra inicial e fazia relações de outras palavras que também começavam com “a”, e assim seguia letra por letra, perguntando que aluno da sala possuía essa letra em seu próprio nome, por exemplo. Havia também o momento da Contagem, feita sempre após a chamada. Nessa ocasião ela envolvia dois alunos, um menino e uma menina para pendurar no varal próximo à janela, o número que representava a quantidade de alunos de cada sexo presentes naquele dia. 
A hora da História era um capítulo à parte: a professora primeiro chamava bastante a atenção para o próprio livro, grande ou pequeno, título, autor, editora, tema, para então iniciar a leitura propriamente dita. A reação dos alunos era, na maioria das vezes, de interesse pela obra, o que demonstra a necessidade de se apresentar o livro à criança, despertando sua curiosidade. Quase sempre, após a leitura, ela pedia para que fizessem uma ilustração da história contada e o resultado às vezes surpreendia.
Ainda no que se refere à leitura, outro recurso utilizado era a pseudoleitura, o que ocorria quando ela pedia que um aluno fosse até a frente para “ler”, recontar a história lida anteriormente por ela. Foi um dos momentos mais marcantes no meu ponto de vista, em que pude observar a riqueza de detalhes com que as crianças realizavam essa atividade e realmente aprendiam com ela.
A escola desenvolvia também o projeto “Roda Leitura”, que funcionava assim: toda sexta-feira as crianças levavam, numa sacolinha um livro para ser lido com a família; pedia-se aos pais que lessem para as crianças e ao final que elas também “lessem” para seus pais. O livro era devolvido na segunda-feira. Muito interessante, na minha opinião, uma forma de envolver as famílias com a escola e com o próprio aprendizado de suas crianças.
O Alfabeto Móvel era também uma das formas de iniciar a o processo de alfabetização e tinha boa aceitação. Além disso as crianças tinham um Caderno de Tarefas, visto e corrigido pela professora todos os dias.
Participei também em alguns momentos de atividades externas, como no “Momento Cívico”, em que todas as salas se reuniam no pátio para cantar o Hino Nacional e ver vídeos infantis. Foi interessante notar como os alunos ficam atentos e participam. Houve também idas à Biblioteca, não para a consulta de livros mas para as crianças cantarem músicas ao som do violão da professora Cristina, devido ao espaço físico ser ideal para que se sentassem no chão, devidamente coberto com tapetes emborrachados.
O Dia da Fruta, era outro projeto em que os alunos tinham o dia certo da semana para fazer um lanchinho no refeitório com as frutas que eles próprios traziam de casa e compartilhavam com os colegas. Através deste momento elas aprendiam a comer frutas diferentes e também a dividir com os amiguinhos da sala. 
Por fim realizei o Plano de Ação desenvolvido conforme proposta do estágio, sobre o tema: “Respeito à diversidade”, conforme especificado no próprio relatório e descrito a seguir:
PLANO DE AÇÃO (EDUCAÇÃO INFANTIL)
IDENTIFICAÇÃO
Instituição: EMEIF “Profa.Angélica Amorim Pereira”
Professor (a): Maria Cristina
Estagiário (a): Daniela Aparecida Batista
Turma: Jardim II A (Manhã) Número de alunos: 18
Tempo de duração da aula: Duas horas.
EIXO DE TRABALHO E CONTEÚDO: O eixo é “Identidade e autonomia” e o conteúdo a ser trabalhado é: “Respeito à diversidade”.
OBJETIVOS: Estimular o respeito à diversidade e formar cidadãos preocupados com a coletividade.
MATERIAIS UTILIZADOS/RECURSOS: Espelho e massa de modelar.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/SÍNTESE DO ASSUNTO: Os pressupostos baseiam-se no conceito do reconhecimento e respeito à diversidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: A turma é reunida em círculo para ouvir a leitura de história que trate da diversidade e valoriza o respeito à diferença. Ao fim da leitura, pede-se que todos comentem, numa roda de conversa. As crianças são então convidadas a se olharem no espelho, que deve ser compartilhado; Esse momento deve ser aproveitado para debater eventuais conflitos gerados por preconceitos. 
REFERÊNCIAS:
MENEZES, Silvana de. A ovelha negra da Rita. São Paulo. Edições MMM, 2013.
ANEXOS: As atividades estão descritas no item “Encaminhamento Metodológico”.
	Sobre esta etapa posso afirmar ter sido de extrema relevância para a minha formação, pois foi o momento de planejar uma ação, pensar em seus objetivos e qual a melhor maneira de executá-la.
c) CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Ao chegar nestas Considerações Finais, gostaria de reafirmar a importância desta etapa da minha formação: o Estágio Supervisionado. 
	Através dele pude ter contato com a realidade vivenciada dentro e fora da sala de aula, neste caso relatado, de Educação Infantil. Pude também observar toda a dinâmica que envolve o funcionamento de uma escola, sua organização, regras e formas de convivência ali experimentadas. 
Observei as relações entre professor, aluno, coordenação pedagógica, direção e demais funcionários, percebendo que a escola é como uma engrenagem, que precisa ter cada parte funcionando para que o todo funcione plenamente.
Aprendi muito com a pedagogia utilizada pela professora Cristina, que segue suas aulas sempre muito aberta a seus alunos e consciente de seu papel como educadora.
Ao elaborar este artigo revisitei as teorias de autores, estudiosos da Educação e ficou mais claro a importância de todos eles que, de alguma forma contribuíram e enriqueceram o saber pedagógico. Graças a estes e a outros estudos, foi possível conhecer e explorar este universo tão rico que é a Educação Infantil e suas particularidades.
Foi possível identificar na pedagogia atual alguns aspectos das influências dos autores mencionados anteriormente, entre elas:
· A aprendizagem pela experiência;
· O conceito de Jardim de Infância;
· A criança como um ser social;
· O professor como mediador;
· A importância do lúdico;
· A importância da afetividade;
· A necessidade de uma educação para a autonomia.
Durante as leituras explorei a questão do lúdico, sempre presente quando se trata da Educação Infantil; essas reflexões foram essenciais para compreender que é através deste universo imaginário que a criança descobre a si e o mundo que a cerca, num processo de desenvolvimento motor e mental.
Ao consultar o próprio Referencial Curricular percebi que o mesmo apresenta uma concepção da criança como um ser singular em sua forma de sentir e pensar o mundo, que constrói o conhecimento a partir de suas interações com pessoas e com o meio em que vivem. 
No mesmo documento afirma-se que é através do brincar que a criança descobre sua capacidade de criar. 
No que diz respeito aos direitos, foi importante rever as leis e as concepções que as embasam, embora saibamos que no Brasil ainda há um longo percurso até que as políticas públicas coloquem realmente em prática aquilo que é garantido pelas leis. Acredito que o pedagogo também pode e deve contribuir ao ensinar e praticar atitudes de cidadania nesse sentido. 
Para além destas constatações, ficou a certeza de que só as teorias de nada valem se não houver por parte do pedagogo, da própria instituição e por que não dizer dos próprios gestores da administração pública, a motivação e empenho necessários para que as crianças tenham condições dignas de usufruir de todo o conhecimento acumulado e construído socialmente e se tornem verdadeiros cidadãos brasileiros. É na Educação Infantil que essa “semente” deve ser plantada.
REFERÊNCIAS
Legislação:
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.  
 Livros:
CARTAXO, Simone Regina Manosso. Pressupostos da educação infantil. Curitiba: InterSaberes, 2013.
MENEZES, Silvana de. A ovelha negra da Rita. São Paulo. Edições MMM, 2013.
LAGO, Samuel Ramos (ed.) PCNs da leitura à prática. Campina Grande do Sul: Lago, 1998. 
Sites:http://portal.mec.gov.br Acesso em 20/10/2017.
ANEXOS
	Não há anexos.

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