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<p>INTELIGÊNCIA EMOCIONAL</p><p>Desenvolver a inteligência emocional e demonstrar sua importância no ambiente pessoal e profissional</p><p>entenda seu projeto</p><p>O que você precisa fazer para desenvolver inteligência emocional? Ao final deste projeto, você será capaz de responder a essa pergunta.</p><p>A inteligência emocional é uma capacidade necessária para todas as áreas da vida. No ambiente de trabalho, ela pode refletir na maneira como você se comporta diante de situações difíceis e como estabelece relações inteligentes com sua equipe.</p><p>Neste projeto, você entenderá como as emoções e pensamentos são formados, influenciando no comportamento de cada um. Também terá a oportunidade de fazer diversos exercícios que te ajudarão a se conhecer melhor e identificar as lacunas que precisa preencher para desenvolver a inteligência emocional.</p><p>Bons estudos!</p><p>Ao final você será capaz de resolver o seguinte problema:</p><p>O que você precisa fazer para ser uma pessoa consciente das suas emoções, regular o que sente e compreender as emoções dos outros para estabelecer uma relação saudável?</p><p>Fase 1</p><p>Entrega 31/12/2024</p><p>o que você vai aprender.</p><p>Compreender o que é inteligência emocional e sua importância, percebendo o estado atual da própria inteligência emocional.</p><p>o que você precisa entregar.</p><p>Assimilação do aprendizado</p><p>Fase 2</p><p>Entrega 31/12/2024</p><p>o que você vai aprender.</p><p>Analisar, compreender as próprias emoções e expressá-las de maneira adequada, praticando à autorregulação emocional.</p><p>o que você precisa entregar.</p><p>Assimilação do aprendizado</p><p>Fase 3</p><p>Entrega 31/12/2024</p><p>o que você vai aprender.</p><p>Analisar e compreender as emoções dos outros, desenvolvendo maneiras saudáveis de se relacionar.</p><p>o que você precisa entregar.</p><p>Assimilação do aprendizado</p><p>Entrega Final</p><p>Entrega 31/12/2024</p><p>o que você aprendeu.</p><p>Compreender o que é inteligência emocional e sua importância, percebendo o estado atual da própria inteligência emocional.</p><p>Analisar, compreender as próprias emoções e expressá-las de maneira adequada, praticando à autorregulação emocional.</p><p>Analisar e compreender as emoções dos outros, desenvolvendo maneiras saudáveis de se relacionar.</p><p>o que você precisa entregar.</p><p>Assimilação do aprendizado - Avaliação final</p><p>Fase 1</p><p>Compreender o que é inteligência emocional e sua importância, percebendo o estado atual da própria inteligência emocional.</p><p>O indivíduo, as emoções e a inteligência emocional</p><p>A inteligência emocional e os seus pilares</p><p>Hora de se conhecer</p><p>Desafio</p><p>Quiz de autoconhecimento</p><p>Referências</p><p>O INDIVÍDUO, AS EMOÇÕES E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL</p><p>Embora existam emoções ditas como “negativas” ou “positivas”, o fato é que todas elas têm funções vitais para o nosso corpo.</p><p>Ao compreender como elas funcionam, você consegue desenvolver a capacidade de perceber, controlar e avaliar, não apenas suas próprias emoções, como também as do outro. Compreender isso é o pontapé para desenvolver a sua inteligência emocional.</p><p>Para introduzir este assunto, convidamos você a assistir ao filme “Divertida Mente”, disponível na plataforma de streaming Disney+. Por meio de uma história emocionante, ele mostra o que pode acontecer a nossa mente quando uma dessas emoções entram em desequilíbrio com as demais.</p><p>Quem somos nós?</p><p>O que será que acontece com você quando, ao sentir tristeza, enrijece os músculos da face até que lágrimas escorram dos seus olhos?</p><p>De Morais (2020) tem uma explicação científica para isso. De maneira bem simples, quando algo acontece ao seu redor (seja algo externo, como uma briga, por exemplo, ou de origem interna, como uma lembrança), as células recebem essa informação e transformam-na em um processo químico, conduzindo ao sistema nervoso central. Este, por sua vez, a processa, junto de outros sistemas celulares, e a conduz até as células responsáveis por gerar a resposta emocional. Essa integração entre células e estruturas específicas é denominada de sistema límbico.</p><p>Figura 1: O sistema límbico. Fonte: De Morais (2020, apud Kandel et al., 2014, p. 942).</p><p>Cada uma das partes compostas pelo sistema límbico tem um papel em nosso sistema emocional. Então, ao receber um estímulo, o sistema nervoso envia mensageiros para levar essas informações ao sistema responsável por gerar a resposta necessária ao funcionamento do corpo humano, como muscoesquelético, endócrino e sensorial.</p><p>Esses mensageiros são chamados de neurotransmissores. A dopamina, por exemplo, é um neurotransmissor responsável por ativar circuitos de recompensa no cérebro. Isso resulta em prazer, motivação, libido, atenção, memória e diversas outras funções.</p><p>Ao compreendê-los, você passa a ficar mais consciente sobre suas emoções, permitindo tomar decisões que ajude a equilibrá-las.</p><p>As emoções e seus papéis na vida</p><p>Em 1994, alguns cientistas começaram a estudar uma mulher americana denominada “paciente S.M.” por um fato raríssimo: suas amígdalas cerebrais foram completamente destruídas desde a infância devido a uma doença rara. E se a amígdala é a responsável pelo medo e a ansiedade, consequentemente, a paciente demonstrou dificuldades em perceber situações de perigo, como fugir de animais peçonhentos ou se proteger de alguém armado.</p><p>Segundo De Morais (2020, p.34), “as emoções são reações psicofisiológicas que o organismo humano produz diante de situações intrínsecas e extrínsecas”. Sendo assim, se qualquer estrutura do seu sistema límbico for comprometida, isso implicará em dificuldades para lidar com as emoções. E esse comprometimento não acontece somente de forma física, como foi o caso da paciente S.M., mas também pode acontecer por comportamentos recorrentes ou situações traumáticas.</p><p>Por exemplo, se um indivíduo for colocado em uma situação de estresse recorrente, sua amígadala será “treinada” a identificar situações ameaçadoras até mesmo quando elas não existem. Da mesma forma, se uma criança for criada por pais que demonstram algum tipo de nojo moral, ela tende a desenvolver preconceito.</p><p>Ekman (2011) explica que temos seis emoções básicas: alegria, tristeza, medo, raiva, surpresa e nojo. O autor explica que cada um desses termos “corresponde a uma família de emoções e afins”, variando em diferentes intensidades que são demonstradas através de sinais, como acontece em uma voz trêmula ou nas sobrancelhas levantadas.</p><p>Essas emoções são as respostas dos neurotransmissores e estão divididas em três bases principais:</p><p>Fisiológica: Alterações no corpo, como alteração no batimento cardíaco.</p><p>Comportamental: Ações, movimentos, reflexos, expressões e atitudes.</p><p>Cognitiva: Memória, percepção, raciocínio e interpretação.</p><p>Quando você consegue reconhecer e compreender suas emoções, fica mais fácil gerenciá-las para lidar com os desafios e conflitos, além de aproveitar as oportunidades. Isso é ter inteligência emocional.</p><p>O que é inteligência emocional</p><p>Quando você ouve a expressão “fulano é inteligente”, o que vem à sua cabeça? A etimologia vem do latim intelligentia, que significa “capacidade de entender”. Para o Dicionário Michaelis (s.d), inteligência é a “Capacidade de resolver situações novas com rapidez e êxito, adaptando-se a elas por meio do conhecimento adquirido”.</p><p>Embora o termo “inteligência” traga a ideia de alguém com a capacidade elevada de raciocínio, Daniel Goleman, autor do Best-seller Inteligência Emocional, afirma que a “inteligência acadêmica pouco tem a ver com a vida emocional”. Até mesmo as pessoas consideradas brilhantes na vida profissional podem ser péssimas ao lidar com suas próprias emoções.</p><p>Sendo assim, Goleman (1995) apresenta a inteligência emocional como a capacidade de se motivar e persistir, apesar das dificuldades. É, ainda, sobre manter o controle das atitudes impulsivas e ter paciência, gerenciando a ansiedade. É ter autoconfiança e desenvolver empatia com as pessoas.</p><p>Diferentemente do que acontece com outros tipos de inteligência, a emocional influencia todas as áreas da sua vida. Você aumenta seu intelecto, desenvolve relacionamentos saudáveis, previne doenças, fortalece a fé e melhora os vínculos familiares. Não é incrível?!</p><p>respostas, que variam de acordo com cada questão.</p><p>Cada acerto deve ser contabilizado com 1 (um) ponto. Ao final, os pontos devem ser somados, indicando o resultado baseado nas questões assinaladas.</p><p>Vimos que a comunicação não verbal é importante para fornecer informações sobre os sentimentos do outro, e isso inclui movimentos corporais, gestos e outras expressões faciais.</p><p>Será que você consegue interpretar a linguagem das pessoas através do olhar? Faça o teste a seguir para descobrir.</p><p>O teste é composto por 36 imagens que refletem diferentes linguagens visuais. Portanto, assinale a resposta que melhor se identifica com o que cada olhar o quer dizer.</p><p>Esse teste foi produzido pelo psicólogo Simon Baron-Cohen, autor do livro Diferença Essencial (2004, p.215-227).</p><p>Questão 1</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Diversão.</p><p>b) Solidariedade.</p><p>c) Irritação.</p><p>d) Tédio.</p><p>Questão 2</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Terror.</p><p>b) Contrariedade.</p><p>c) Arrogância.</p><p>d) Abatimento.</p><p>Questão 3</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Gracejo.</p><p>b) Confusão.</p><p>c) Desejo.</p><p>d) Convicção.</p><p>Questão 4</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Gracejo.</p><p>b) Insistência.</p><p>c) Divertimento.</p><p>d) Relaxamento.</p><p>Questão 5</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Irritação.</p><p>b) Sarcasmo.</p><p>c) Apreensão.</p><p>d) Amabilidade.</p><p>Questão 6</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Espanto.</p><p>b) Devaneio.</p><p>c) Impaciência.</p><p>d) Alarme.</p><p>Questão 7</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Desculpa.</p><p>b) Simpatia.</p><p>c) Desconforto.</p><p>d) Desânimo.</p><p>Questão 8</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Desalento.</p><p>b) Alívio.</p><p>c) Timidez.</p><p>d) Excitação.</p><p>Questão 9</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Chateação.</p><p>b) Hostilidade.</p><p>c) Horror.</p><p>d) Preocupação.</p><p>Questão 10</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Cautela.</p><p>b) Insistência.</p><p>c) Tédio.</p><p>d) Espanto.</p><p>Questão 11</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Terror.</p><p>b) Divertimento.</p><p>c) Arrependimento.</p><p>d) Sedução.</p><p>Questão 12</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Indiferença.</p><p>b) Embaraço.</p><p>c) Ceticismo.</p><p>d) Desânimo.</p><p>Questão 13</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Decisão.</p><p>b) Expectativa.</p><p>c) Ameaça.</p><p>d) Timidez.</p><p>Questão 14</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Irritação.</p><p>b) Desapontamento.</p><p>c) Depressão.</p><p>d) Acusação.</p><p>Questão 15</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Contemplação.</p><p>b) Confusão.</p><p>c) Encorajamento.</p><p>d) Divertimento.</p><p>Questão 16</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Irritação.</p><p>b) Meditação.</p><p>c) Encorajamento.</p><p>d) Simpatia.</p><p>Questão 17</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Dúvida.</p><p>b) Afeto.</p><p>c) Diversão.</p><p>d) Espanto.</p><p>Questão 18</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Decisão.</p><p>b) Divertimento.</p><p>c) Espanto.</p><p>d) Tédio.</p><p>Questão 19</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Arrogância.</p><p>b) Gratidão.</p><p>c) Sarcasmo.</p><p>d) Hesitação.</p><p>Questão 20</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Amabilidade.</p><p>b) Simpatia.</p><p>c) Culpa.</p><p>d) Horror.</p><p>Questão 21</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Embaraço.</p><p>b) Devaneio.</p><p>c) Confusão.</p><p>d) Pânico.</p><p>Questão 22</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Preocupação.</p><p>b) Gratidão.</p><p>c) Insistência.</p><p>d) Súplica.</p><p>Questão 23</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Contentamento.</p><p>b) Enaltecimento.</p><p>c) Desafio.</p><p>d) Curiosidade.</p><p>Questão 24</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Melancolia.</p><p>b) Irritação.</p><p>c) Excitação.</p><p>d) Hostilidade.</p><p>Questão 25</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Pânico.</p><p>b) Incredulidade.</p><p>c) Desalento.</p><p>d) Interesse.</p><p>Questão 26</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Alarme.</p><p>b) Timidez.</p><p>c) Hostilidade.</p><p>d) Ansiedade.</p><p>Questão 27</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Gracejo.</p><p>b) Cautela.</p><p>c) Arrongância.</p><p>d) Certeza.</p><p>Questão 28</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Interesse.</p><p>b) Gracejo.</p><p>c) Afeto.</p><p>d) Contentamento.</p><p>Questão 29</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Impaciência.</p><p>b) Espanto.</p><p>c) Irritação.</p><p>d) Reflexão.</p><p>Questão 30</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Gratidão.</p><p>b) Sedução.</p><p>c) Hostilidade.</p><p>d) Desapontamento.</p><p>Questão 31</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Vergonha.</p><p>b) Confiança.</p><p>c) Gracejo.</p><p>d) Desânimo.</p><p>Questão 32</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Seriedade.</p><p>b) Vergonha.</p><p>c) Perturbação.</p><p>d) Alarme.</p><p>Questão 33</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Embaraço.</p><p>b) Culpa.</p><p>c) Devaneio.</p><p>d) Inquietação.</p><p>Questão 34</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Espanto.</p><p>b) Frustração.</p><p>c) Desconfiança.</p><p>d) Terror.</p><p>Questão 35</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Perplexidade.</p><p>b) Nervosismo.</p><p>c) Insistência.</p><p>d) Contemplação.</p><p>Questão 36</p><p>Este é um olhar de...</p><p>a) Vergonha.</p><p>b) Nervosismo.</p><p>c) Suspeita.</p><p>d) Indecisão.</p><p>Chave de resultado:</p><p>Abaixo de 22 pontos:</p><p>Parece que você tem dificuldades em lidar com a linguagem não verbal. Expressões faciais, olhares e sinais devem passar despercebidos.</p><p>De 22 a 30 pontos:</p><p>Essa é a pontuação média da maior parte das pessoas que conseguem, na maioria das vezes, interpretar a linguagem visual.</p><p>Acima de 30 pontos:</p><p>Sua pontuação ficou acima da média. Isso indica que consegue decodificar com precisão as expressões faciais pela área em torno dos olhos.</p><p>GABARITO:</p><p>Questão 1: a) Diversão.</p><p>Questão 2: b) Contrariedade.</p><p>Questão 3: c) Desejo.</p><p>Questão 4: b) Insistência.</p><p>Questão 5: c) Apreensão.</p><p>Questão 6: b) Devaneio.</p><p>Questão 7: c) Desconforto.</p><p>Questão 8: a) Desalento.</p><p>Questão 9: d) Preocupação.</p><p>Questão 10: a) Cautela.</p><p>Questão 11: c) Arrependimento.</p><p>Questão 12: c) Ceticismo.</p><p>Questão 13: b) Expectativa.</p><p>Questão 14: d) Acusação.</p><p>Questão 15: a) Contemplação.</p><p>Questão 16: b) Meditação.</p><p>Questão 17: a) Dúvida.</p><p>Questão 18: a) Decisão.</p><p>Questão 19: d) Hesitação.</p><p>Questão 20: a) Amabilidade.</p><p>Questão 21: b) Devaneio.</p><p>Questão 22: a) Preocupação.</p><p>Questão 23: c) Desafio.</p><p>Questão 24: a) Melancolia.</p><p>Questão 25: d) Interesse.</p><p>Questão 26: c) Hostilidade.</p><p>Questão 27: b) Cautela.</p><p>Questão 28: a) Interesse.</p><p>Questão 29: d) Reflexão.</p><p>Questão 30: b) Sedução.</p><p>Questão 31: b) Confiança.</p><p>Questão 32: a) Seriedade.</p><p>Questão 33: d) Inquietação.</p><p>Questão 34: c) Desconfiança.</p><p>Questão 35: b) Nervosismo.</p><p>Questão 36: c) Suspeita.</p><p>Referências</p><p>Bibliografia</p><p>BBC NEWS BRASIL. As 3 habilidades de pessoas com alta inteligência emocional no trabalho. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-53291959. Acesso em: 13 jul. 2023.</p><p>DE SISTO, L. Escuta ativa. São Paulo: Simplíssimo, 2022.</p><p>FALCONE, E. A avaliação de um programa de treinamento da empatia com universitários. Periódicos Eletrônicos de Psicologia: Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, São Paulo, v.01, n.01, jun.1999. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1517-55451999000100003&script=sci_arttext. Acesso em: 13 jul. 2023.</p><p>GOLEMAN, D. What Makes a Leader. Northampton: More Than Sound, 2014.</p><p>GOLEMAN, D. Inteligência emocional. 2 ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2018.</p><p>MICHAELIS DICIONÁRIO DE PORTUGUÊS ON-LINE. Cultura. São Paulo: Melhoramentos, 2022. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/cultura/. Acesso em: 13 jul. 2023.</p><p>NORTON, C. How each generation’s strengths can transform the workplace. Brisbane: Go1, 2021. Disponível em: https://www.go1.com/blog/how-each-generations-strengths-can-transform-the-workplace. Acesso em: 13 jul. 2023.</p><p>ROSENBERG, M. B. Comunicação não-violenta. 4 ed. São Paulo: Ágora, 2006.</p><p>ROBBINS, S. P. Fundamentos do comportamento organizacional. 7 ed. Pearson: São Paulo, 2004.</p><p>SELIGMAN, M.; RASHID, T. Psicoterapia positiva. Porto Alegre: Artmed, 2019.</p><p>WERNER, E. Resilience and recovery: findings from the Kauai longitudinal study. Focal Point. Portland: Regional Research Institute for Human Services, 2005 Spring. v. 19, n. 1, p. 4-10. Disponível em: https://www.pathwaysrtc.pdx.edu/pdf/fpS0504.pdf. Acesso em: 19 jul. 2023.</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.jpeg</p><p>image16.jpeg</p><p>image17.jpeg</p><p>image18.jpeg</p><p>image19.jpeg</p><p>image20.jpeg</p><p>image21.jpeg</p><p>image22.jpeg</p><p>image23.jpeg</p><p>image24.jpeg</p><p>image25.jpeg</p><p>image26.jpeg</p><p>image27.jpeg</p><p>image28.jpeg</p><p>image29.jpeg</p><p>image30.jpeg</p><p>image31.jpeg</p><p>image32.jpeg</p><p>image33.jpeg</p><p>image34.jpeg</p><p>image35.jpeg</p><p>image36.jpeg</p><p>image37.jpeg</p><p>image1.png</p><p>image38.jpeg</p><p>image39.jpeg</p><p>image40.jpeg</p><p>image41.jpeg</p><p>image42.jpeg</p><p>image43.jpeg</p><p>image44.jpeg</p><p>image45.jpeg</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>Agora que você já sabe como a inteligência emocional se relaciona com a sua vida, o primeiro passo para a desenvolver é aprender a reconhecer suas próprias emoções. E tudo começa com o autoconhecimento. Pare esse estudo por alguns minutos e reflita:</p><p>O que você deseja alcançar ao final deste processo? Como seria seu dia a dia no trabalho se você fosse uma pessoa emocionalmente inteligente? Quais emoções estaria sentindo?</p><p>Para finalizar este estudo, procure uma imagem na internet que represente exatamente o seu objetivo. Pode ser uma paisagem, uma foto ou qualquer outra que traga essa mesma emoção. Depois de encontrá-la, coloque em um local onde possa visualizar todos os dias, como no plano de fundo do computador, em um porta-retrato ou na tela do seu celular.</p><p>Essa simples visualização funcionará como um lembrete de onde você pode chegar.</p><p>Saiba Mais</p><p>Vimos que ocorrem diversas alterações em nosso corpo durante nossos estados emocionais. Elas podem ser percebidas através do comportamento, das expressões que discorrem dos sentimentos e até mesmo de indicadores fisiológicos.</p><p>Em 2009, a Globo News entrevistou o John Sarno, autor de vários livros sobre doenças psicossomáticas. No vídeo John Sarno e os Transtornos Psicosomaticos Parte 1 de 3, você entenderá a relação entre corpo, mente e emoções.</p><p>https://youtu.be/VDgtXIaIB3U</p><p>A inteligência emocional e os seus pilares</p><p>A inteligência emocional é um conjunto de aptidões que, juntas, permitem gerir suas próprias emoções e se relacionar com as emoções dos outros. Essas aptidões são tratadas como pilares para a construção dessa competência.</p><p>Toda a construção desse desenvolvimento se dá praticando cada um desses pilares, de modo que se tornem uma habilidade natural e recorrente. Para iniciar este tema, convidamos você a ler o artigo A importância da inteligência emocional da liderança, publicado pela Revista Científica Semana Acadêmica.</p><p>É uma leitura interessante para você perceber o potencial dessa competência no ambiente de trabalho.</p><p>Boa leitura!</p><p>Os pilares da inteligência emocional</p><p>Goleman (2018) explica que a inteligência emocional é percebida a partir da aptidão em conhecer as próprias emoções, lidar com as emoções, motivar-se, reconhecer emoções nos outros e lidar com relacionamentos. Ele resume essas aptidões em quatro pilares: autoconsciência, autogerenciamento, consciência social e gerenciamento de relacionamento. Entenda observando o quadro a seguir.</p><p>Quadro 1: Os pilares da inteligência emocional. Fonte: Adaptado de Goleman (2018, p. 72-73).</p><p>Pilar</p><p>Significado</p><p>Autoconsciência (conhecer as próprias emoções)</p><p>Ter autoconsciência emocional para reconhecer um sentimento quando ele ocorre.</p><p>Autogerenciamento (lidar com as emoções)</p><p>Praticar a autorregulação emocional lidando com os próprios sentimentos mantendo o foco e a resiliência.</p><p>Consciência social (reconhecer emoções nos outros)</p><p>Perceber as emoções dos outros através da empatia.</p><p>Gerenciamento de relacionamento (lidar com os outros)</p><p>Desenvolver habilidades sociais para interagir de forma construtiva.</p><p>Para desenvolver a inteligência emocional, é preciso compreender quais são os sinais de uma pessoa emocionalmente inteligente. O que você deseja desenvolver, afinal?</p><p>Características de uma pessoa com inteligência emocional</p><p>Certo, já entendemos os pilares propostos por Goleman (2018) sobre inteligência emocional. Mas, na prática, o que eles representam? Quais atitudes refletem?</p><p>Imagine que você foi mordido por um cachorro quando criança e, por isso, sente medo toda vez que um cãozinho se aproxima de você (ainda que seja dócil). Um dia, enquanto andava na rua, um cachorro de porte grande e com aparência de feroz, começa a correr em sua direção.</p><p>Em um primeiro momento, você começa a sentir medo, uma emoção que se manifesta no seu corpo. Sua frequência cardíaca aumenta, a pressão abaixa e um suor frio começa a escorrer por cada extremidade do seu corpo. Uma reação automática e involuntária do seu corpo, claro. Sua amígdala informa ao seu cérebro que você está em ameça, se comunicando com diferentes sistemas, como seu muscoesquelético (ao correr), e seu sistema endócrino (ao produzir noradrenalina para ficar em alerta).</p><p>No entanto, o tal cão feroz passa por você e pula no colo do dono. É quando você percebe que o cachorro só tem tamanho e não passa de um companheiro brincalhão. Ufa! Uma sensação de alívio domina todo o seu corpo.</p><p>Um tempo depois, ao chegar ao trabalho, um cliente atrasa 15 minutos para chegar à reunião. Logo em seguida, seu gestor cobra a entrega de um relatório adiantado, que, até então, poderia ser enviado ao final do dia. Tudo poderia até terminar bem, se você não tivesse identificado vários dados incompletos no relatório, indicando falta de atenção do seu colega de trabalho. Uma mistura de sentimentos que faz você explodir!</p><p>Ter inteligência emocional é conseguir perceber que aquela raiva súbita tem uma origem (autoconsciência emocional). Você não julga seus sentimentos, mas os aceita e os acolhe. Depois, decide ficar a sós por alguns minutos para respirar fundo, beber uma água e se acalmar (autorregulação emocional). Você controla seus impulsos porque entende que não é sobre as pessoas, e sim sobre você.</p><p>Por fim, ao perceber todos os fenômenos ao seu redor, compreende perfeitamente por que seu colega de trabalho gritou contigo. Afinal, sua grosseria pode ter despertado gatilhos emocionais nele, assim como aquele cão feroz despertou em você (empatia). Com isso, procura o colega para conversar, explicando como se sente em relação a sua grosseria e pedindo ajuda para acertarem o relatório juntos (habilidades sociais) Percebeu como a inteligência emocional é mais possível do que parece? E a boa notícia é que ela pode ser aprendida.</p><p>Você é emocionalmente inteligente?</p><p>Já vimos quais são as características de uma pessoa inteligente. Agora, é preciso dar o primeiro passo para reconhecer quais são seus pontos fortes e fracos.</p><p>E nada melhor do que começar revisitando a sua história de vida. Portanto, convidamos você a fazer o exercício a seguir.</p><p>Escolha um lugar calmo para ficar a sós com seus pensamentos. Depois, pegue um caderno para escrever uma linha do tempo da sua vida.</p><p>Faça uma retrospectiva desde o seu nascimento até o ano atual, em ordem cronológica. Separe pelos anos em que ocorreram eventos que marcaram você.</p><p>O objetivo desse exercício é identificar aspectos das suas memórias e como elas influenciam no seu comportamento emocional. É um passo importante para exercitar o autoconhecimento e identificar possíveis dificuldades para desenvolver sua inteligência emocional.</p><p>Tudo começa em você.</p><p>Saiba Mais</p><p>Já sabemos que, quando uma pessoa é inteligente emocionalmente, demonstra características relacionadas aos quatro pilares propostos por Goleman (2018). Mas na prática não é tão fácil administrar tudo isso, não é? Afinal, passamos anos adotando pensamentos e comportamentos que precisam se repensados.</p><p>No episódio Como cuidar da sua saúde mental, do podcast Os Sócios, você terá a oportunidade de ouvir especialistas da área explicando como perceber sinais de que suas emoções precisam de atenção e adotar mudanças simples. Está disponível nas plataformas de streaming Spotify, Dezeer, Anchor, Apple Podcasts e Google Podcasts</p><p>HORA DE SE CONHECER</p><p>O autoconhecimento e a autoconsciência são peças-chave no desenvolvimento emocional. Enquanto o autoconhecimento permite reconhecer os próprios sentimentos e pensamento, a autoconsciência vai além ao perceber como essas características afetam a si mesmo e as pessoas ao redor.</p><p>Goleman (2015) explica que “(...) autoconhecimento é saber quem você é; autoconsciência é saber quem você é enquanto interage com outra pessoa”. Em outras palavras, é o que você faz com suas próprias descobertas.</p><p>Confira um vídeo que aponta os 10 sinais da falta de autoconhecimento, produzido pelo canal Seja Uma Pessoa Melhor. Uma maneira lúdica que levará você a refletir sobre sua individualidade.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=xKKVE3L-bhc&pp=ygUmMTAgc2luYWlzIGRhIGZhbHRhIGRlIGF1dG9jb25oZWNpbWVudG8%3D</p><p>O caminho que leva à inteligência emocional se chama autoconhecimento. Enquanto o primeiro permite identificar, compreender e gerir as próprias emoções e a dos outros, o segundo é essencial para trazer clareza sobre quem você é, permitindo conhecer melhor suas forças e fraquezas.</p><p>Sem essa visão integral, você não conseguirá reconhecer os próprios limites, muito menos o que precisa desenvolver. Por outro lado, quanto mais você se conhece, mais confiança sente em lidar com situações desafiadoras. Portanto, o autoconhecimento é a sua dose diária de coragem.</p><p>Pensando assim, quais mudanças você deseja promover na sua vida para ser uma pessoa inteligente emocionalmente? Onde pretende chegar?</p><p>A ferramenta, a seguir, lhe ajudará a construir esse caminho.</p><p>Figura 2: Roadmap Fonte: Elaborado pela autora (2023).</p><p>Para a preencher, siga o passo a passo:</p><p>1. No topo do degrau, inclua qual o seu objetivo daqui a um ano.</p><p>2. Depois, no meio do degrau, insira o que você deve ter alcançado seis meses antes para ter chegado ao objetivo final.</p><p>3. em seguida, no primeiro degrau, coloque o que você precisa alcançar três meses antes da meta semestral.</p><p>4. por fim, inclua os indicadores respondendo a seguinte pergunta para cada meta: como saberei que cheguei lá? Qual será o “sinal”?</p><p>Ao longo dos estudos, você perceberá que cada meta traçada levará à criação de micrometas para serem realizadas. Então, anote essas ações sempre que identificá-las, combinado?</p><p>Para finalizar, vamos a uma reflexão. Pense, agora, em um jardim bem florido. Esse jardim tem um jardinheiro elegante e cheio de ânimo para cuidar de cada flor, regar as plantas e adubar a terra. O jardim representa o nosso mundo interior, onde cultivamos as nossas emoções, pensamentos, valores e objetivos. O jardineiro representa a nossa capacidade de cuidar desse mundo interior, de forma a mantê-lo saudável, bonito e harmonioso.</p><p>É o autoconhecimento que nos permite conhecer todo o nosso jardim. Por meio dele, conseguimos saber onde está cada planta, quais são suas características e como elas se comportam em cada estação do ano. Ele também nos ajuda a perceber quais são as flores que estão prestes a desabrochar, os frutos que desejamos colher e as ervas daninhas que precisamos arrancar.</p><p>A inteligência emocional é a força que precisamos para cuidar do nosso jardim. Agora que já conhecemos como ele funciona, ela nos impulsiona a ter atenção ao regar as plantas, podar as folhas com cuidado para não as machucar e gerenciar as pragas que podem prejudicar o nosso jardim.</p><p>E quando aprendemos a manter um jardim florido e radiante, nossa capacidade se expande permitindo que possamos interagir com outros jardins. Aprendemos a respeitar nossas diferenças, apreciar a beleza uns dos outros e compartilhar nossa rotina de cuidados.</p><p>Portanto, assim como um jardim precisa de um jardineiro para se manter vivo e florido, lembre-se de que o seu mundo interior também precisa tanto do autoconhecimento quanto da inteligência emocional para se manter equilibrado. Quanto mais você se conhecer e cuidar das suas emoções, mais poderá desfrutar das suas características únicas e contribuir para o bem-estar coletivo.</p><p>Saiba Mais</p><p>Você já parou para pensar o que é uma pessoa “normal”? Não parece um conceito subjetivo? O fato é que todos nós temos traços importantes da nossa personalidade e que podem ser utilizados como pontos fortes para lidar com as adversidades da vida.</p><p>Essa proposta foi feita pela série Tudo bem não ser normal, disponível pela plataforma de streaming Netflix. É um convite para entender melhor quem somos e aproveitar ao máximo o perfil da nossa personalidade.</p><p>Aproveite para assistir aos episódios em paralelo com seus estudos!</p><p>Desafio</p><p>Desafio</p><p>Para dar continuidade ao seu processo de autoconhecimento, pegue um papel e uma caneta e faça o seguinte desafio, proposto por Seligman e Rashid (2019):</p><p>Procure um lugar calmo para escrever e comece a respirar fundo. Em seguida, pense em um momento em que você lidou com uma situação difícil de uma forma positiva. Você não precisa encontrar um grande acontecimento que mudou a sua vida. Talvez, o que venha a sua mente seja um pequeno evento que desencadeou o melhor em você. Escreva sobre essa situação. Faça na forma de uma história com começo claro, meio e um final positivo.</p><p>QUIZ DE AUTOCONHECIMENTO</p><p>O quiz trará 12 perguntas que apresentam traços de inteligência emocional no indivíduo. As respostas devem apresentar uma escala de 1 a 5, conforme segue:</p><p>1: Nunca</p><p>2: Raramente</p><p>3: Às vezes</p><p>4: Normalmente</p><p>5: Sempre</p><p>Ao final do quiz, o resultado apresentado será baseado na no peso de cada questão. A pontuação deve ser somada para apresentar a resposta final.</p><p>Respostas:</p><p>A lógica do quiz deve obedecer às regras a seguir:</p><p>Questões 1, 2, 5, 7, 8, 9, 11 e 12:</p><p>Escala</p><p>Pontuação</p><p>1: Nunca</p><p>0</p><p>2: Raramente</p><p>1</p><p>3: Às vezes</p><p>2</p><p>4: Normalmente</p><p>3</p><p>5: Sempre</p><p>4</p><p>Questões 3, 4, 6 e 10:</p><p>Escala</p><p>Pontuação</p><p>1: Nunca</p><p>4</p><p>2: Raramente</p><p>3</p><p>3: Às vezes</p><p>2</p><p>4: Normalmente</p><p>1</p><p>5: Sempre</p><p>0</p><p>Qual o estado atual da sua inteligência emocional? Goleman (2018) propôs um teste autoavaliativo para fazer essa medida através do QE (nível de quoeficiente emocional).</p><p>O teste tem 12 afirmações. Para cada afirmação, você deverá responder o quanto se identifica com ela através da escala a seguir:</p><p>1: Nunca</p><p>2: Raramente</p><p>3: Às vezes</p><p>4: Normalmente</p><p>5: Sempre</p><p>Ao final do teste, você terá uma ideia de como está a sua inteligência emocional. Lembrando que este não é um teste científico e não substitui a opinião de um especialista em saúde emocional.</p><p>Vamos lá?</p><p>Questão 1</p><p>Tenho sempre consciência até mesmo das mais tênues emoções assim que elas acontecem.</p><p>Questão 2</p><p>Uso meus sentimentos para ajudar a tomar decisões importantes na vida.</p><p>Questão 3</p><p>O mau humor me abate.</p><p>Questão 4</p><p>Quanto estou bravo, das duas uma: estouro ou fico remoendo a ira em silêncio.</p><p>Questão 5</p><p>Sei esperar pelos elogios ou gratificações quando alcanço meus objetivos.</p><p>Questão 6</p><p>Quando estou ansioso em relação a um desafio, como falar em público ou fazer um teste, tenho dificuldade de me preparar adequadamente.</p><p>Questão 7</p><p>As pessoas não precisam me falar o que sentem. Posso perceber sozinho.</p><p>Questão 8</p><p>Meu senso afiado sobre os sentimentos alheios me faz compreensivo em relação aos momentos difíceis dessas pessoas.</p><p>Questão 9</p><p>Meu senso afiado sobre os sentimentos alheios me faz compreensivo em relação aos momentos difíceis dessas pessoas.</p><p>Questão 10</p><p>Tenho problemas para lidar com conflitos e com baixo astral em relacionamentos.</p><p>Questão 11</p><p>Posso sentir o pulso de um grupo ou de uma relação entre pessoas e expor sentimentos não ditos.</p><p>Questão 12</p><p>Posso acalmar ou conter sentimentos aflitivos de forma que isso não me impeça de continuar fazendo as coisas que tenho que fazer.</p><p>Chave de correção</p><p>Menos de 24 pontos: Merece aprimoramento</p><p>Parece que você tem dificuldades em identificar suas emoções e lidar com sentimentos pessoais. É hora de iniciar essa prática, e você está no lugar certo.</p><p>De 25 a 35 pontos: Você tem um bom nível de inteligência emocional.</p><p>Parece que você já conhece alguns dos seus pontos fortes e limitações, e isso ajuda a perceber suas emoções e compreender as do outro. Mas ainda se perde em algumas situações que se relacionam com seus gatilhos emocionais. É hora de treinar o desenvolvimento dessa competência para aprender a regular suas emoções e se relacionar melhor com as pessoas.</p><p>Acima de 36 pontos: Você provavelmente tem uma inteligência emocional superior.</p><p>Parece que você é uma pessoa emocionalmente inteligente, conseguindo manter o foco e a resiliência. Além disso, sabe ter empatia e se relacionar de forma saudável. Continue exercitando sua autoconsciência emocional para aprofundar seu nível e ajudar outras pessoas.</p><p>Referências</p><p>Bibliografia</p><p>EKMAN, P. A linguagem das emoções. 1 ed. São Paulo: Lua de papel, 2011.</p><p>FEINBERG, C. Fearless woman lacks key part of brain. Science,</p><p>2010. Disponível em: https://www.science.org/content/article/fearless-woman-lacks-key-part-brain. Acesso em: 04 jul. 2023.</p><p>GOLEMAN, D. Inteligência emocional. 2 ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2018.</p><p>MICHAELIS: DICIONÁRIO DE PORTUGUÊS ONLINE. Inteligência. São Paulo: Melhoramentos, 2022. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/intelig%C3%AAncia/. Acesso em: 04 jul. 2023.</p><p>MORAIS, E. A. Neurociência das emoções. Curitiba: InterSaberes, 2020.</p><p>SELIGMAN, M.; RASHID T. Psicoterapia Positiva. Porto Alegre: Artmed, 2019.</p><p>ATIVIDADES FASE 2</p><p>Analisar, compreender as próprias emoções e expressá-las de maneira adequada, praticando à autorregulação emocional.</p><p>Como compreender as próprias emoções?</p><p>Praticando a autorregulação emocional</p><p>Os sabotadores e os padrões mentais</p><p>Estudo de caso</p><p>Quiz de autoconhecimento</p><p>Referências</p><p>Como compreender as próprias emoções?</p><p>O desenvolvimento da inteligência emocional começa trabalhando a autoconsciência sobre as emoções, e ele atua proporcionando a capacidade de compreender seus sentimentos, motivações e pensamentos, entendendo como eles se relacionam com suas reações emocionais.</p><p>Ao aprender a autorregular as emoções, você conseguirá equilibrar os seus sentimentos para tomar decisões mais sábias e assertivas.</p><p>Convidamos você a acompanhar a tirinha seguir e refletir: o que de pior pode acontecer na sua vida se você ignorar seu processo de autoconhecimento?</p><p>Figura 1: A importância do autoconhecimento. Fonte: Feed do Bem (2021).</p><p>As emoções e os sentimentos</p><p>Perceber a diferença entre emoção e sentimento é um passo importante para desenvolver a inteligência emocional. Segundo Goleman (2018), enquanto a emoção é uma resposta rápida e involuntária sobre um evento, o sentimento é a experiência gerada através daquela emoção.</p><p>Por exemplo, quando você recebe a notícia da perda de um ente querido, aquele evento desencadeia uma série de reações no seu corpo. Estamos falando tanto de reações fisiológicas quanto de comportamentais e expressivas.</p><p>A tristeza é gerada por meio dessas reações, sendo demonstrada através das suas lágrimas, do seu grito e até do enrijecimento dos seus músculos. É algo automático e involuntário.</p><p>O sentimento é a interpetação da sua mente em relação ao evento. Ele reflete sensações expressadas através da experiência adquirida com o que ocorreu. É a resposta da pergunta: “como você está se sentindo?” Então, dando continuidade ao exemplo da perda do ente querido, podemos dizer que o sentimento poderia ser uma dor forte na região do peito, profundo desânimo e angústia.</p><p>Figura 2: Pessoa triste. Fonte: Unplash (2023).</p><p>Agora, sabe o que é mais interessante? Ao ver essa imagem acima, o que você sentiu? Algo semelhante também?</p><p>Existe uma explicação para isso: nosso sistema cerebral não consegue perceber se o estímulo recebido vem de algo real ou imaginário. O mesmo processo acontece quando você vê um filme de terror ou revisita um álbum de fotografias.</p><p>É por isso que precisamos falar sobre gatilhos emocionais.</p><p>O que são gatilhos emocionais?</p><p>Segundo a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBIE), gatilhos emocionais são uma resposta mental a uma situação ou estímulo que remete a algo vivido no passado. Isso significa que uma simples imagem, mensagem ou notícia, por exemplo, pode trazer à memória alguma situação vivida, permitindo que seu sistema cerebral busque conexões e libere carga emocional semelhante.</p><p>As emoções são respostas naturais decorrentes ao estímulo externo identificado pelo sistema cerebral. Contudo, lembre-se de que o seu corpo só quer proteger você do perigo e da ameaça detectados.</p><p>O que isso tem a ver com inteligência emocional? Nem todas as pessoas têm clareza de que tal evento é um gatilho, e dificilmente conseguem regular as emoções que estão sentindo. Quando você não conhece seus próprios gatilhos, a tendência em responder de forma impulsiva é bem maior.</p><p>Praticando a autoanálise</p><p>A prática da análise é a base da Psicanálise, abordagem clínica desenvolvida por Sigmund Freud. Ele explica que ela “consiste essencialmente em dois elementos: uma técnica para induzir o paciente a comunicar seus processos mentais ocultos e uma série de regras para permitir ao médico interpretar essas comunicações”. (FREUD, 1912/2012, p. 115)</p><p>A análise em si envolve tratar o sofrimento o psíquico. No entanto, a autoanálise pode ser praticada para expandir seu nível de autoconsciência sobre pensamentos, desejos, conflitos e traumas. Ao ter essa consciência, você conseguirá regular suas emoções quando seus gatilhos forem despertados.</p><p>Praticar a autoanálise é fazer uma auto-observação sobre suas emoções, pensamentos e padrões mentais, gerando informações para que possa interpretá-las através da reflexão, senso crítico e mente aberta.</p><p>Existem duas bases para a autoanálise: fazer perguntas, questionando seus próprios pensamentos e sentimentos, e responder tudo o que vier à mente para fazer associação livre (SAIGH, 2007).</p><p>Uma prática ótima para isso é escrever. Existe um exercício, inclusive, praticado no tratamento de estresse pós-traumático, que é a escrita expressiva (Rachid e Seligman, 2019). Mas, diferente desse exercício, que foca especificamente no trauma a ser trabalhado, podemos usar a escrita livre para percebermos nossos pensamentos e sentimentos diante das situações do cotidiano.</p><p>Vamos praticar?</p><p>Por quatro dias consecutivos, escreva livremente por, pelo menos, 15 minutos, sobre uma situação que o incomoda. É importante se soltar e explorar os seus pensamentos e sentimentos mais profundos sobre o que o incomoda.</p><p>Você pode ligar essa experiência a outros momentos da vida durante a escrita, ou focar apenas no que ocorreu. Além disso, também pode escrever sobre situações diferentes, se quiser.</p><p>Depois de passar os quatro dias, leia tudo o que escreveu e compreenda o que as situações relatadas significam para você, percebendo suas habilidades em lidar com elas e olhando os seus relacionamentos por outro ângulo.</p><p>Repita esse exercício sempre que uma situação o incomodar. Ele lhe ajudará a entender quais gatilhos estão sendo acessados e quais ações podem ser feitas para regular suas emoções diante delas.</p><p>Saiba Mais</p><p>A inteligência emocional é uma habilidade importante em todos os contextos da vida, e no ambiente de trabalho não é diferente. Por isso, é preciso estar alerta a alguns indícios de que as emoções estão descontroladas a ponto de precisar de ajuda especializada, como de um psicólogo ou de um psiquiatra.</p><p>A CNN Sinais Vitais aborda alguns desses sinais na reportagem Cuidados em saúde mental no ambiente de trabalho. Confira!</p><p>PRATICANDO A AUTORREGULAÇÃO EMOCIONAL</p><p>Assim como temos alguns traços disfuncionais que podem prejudicar o desenvolvimento da inteligência emocional, também temos recursos internos que nos impulsionam a desenvolvê-la. Esses recursos são denominados forças de caráter.</p><p>As forças de caráter estão presentes em todos os indivíduos e refletem virtudes que podem se caracterizar em sabedoria, coragem, justiça, temperança, humanidade e transcendência.</p><p>Portanto, ao entender os níveis das suas forças de caráter, sobretudo, conhecer as mais fortes para você (denominadas forças de assinatura), fica mais fácil utilizá-las para aprender a regular as emoções diante de situações desafiadoras.</p><p>Confira o vídeo a seguir para introduzir esse tema:</p><p>https://youtu.be/5ynsUBqCxF0</p><p>Por que regular as emoções?</p><p>A regulação emocional diz respeito à capacidade de controlar a postura, expressão e comportamentos diante das próprias emoções, sejam elas positivas ou negativas (BATISTA E NORONHA, 2018). Sendo assim, autorregulação é a habilidade de exercer controle sobre si mesmo para atingir objetivos ou cumprir boas práticas (RACHID E SELIGMAN, 2019).</p><p>Em outras palavras, ela acontece quando você consegue refletir sobre seus sentimentos ao invés de agir impulso. Por exemplo, ao ouvir um comentário que o incomoda, é entender o que está sentindo, exatamente, e qual a origem do incômodo, em vez de gritar para se defender</p><p>ou chorar por se sentir inferior.</p><p>Regular as próprias emoções é o segundo pilar da inteligência emocional. Essa habilidade o ajuda a redirecionar suas emoções para manter o equilíbrio e a postura diante de situações difíceis. Na prática, a autorregulação permite que você esteja consciente do que está acontecendo na sua mente e no seu corpo através das reações emocionais, adaptando-as para manter o foco no que realmente importa.</p><p>Por outro lado, Rachid e Seligman (2019) explicam que a falta dessa autorregulação gera sobrecarga emocional, permitindo que você diga ou faça coisas sem pensar. Alguns exemplos são ofender outras pessoas ou fazer uso de substâncias que prejudicam a sua saúde.</p><p>E como desenvolver a autorregulação emocional?</p><p>Práticas de autocuidado</p><p>Para Rachid e Seligman (2019), a autorregulação emocional pode ser entendida como o uso moderado da persistência, prudência, senso de justiça, autenticidade, perspectiva e coragem. Batista e Noronha (2018) a explicam como um conjunto de quatro fatores, com a identificação das seguintes ações: consciência e compreensão das próprias emoções; aceitação das emoções; controle dos comportamentos impulsivos para manter o foco; acesso a estratégias de autorregulação emocional.</p><p>Para desenvolver a autorregulação emocional, primeiro, você precisa aceitar seus sentimentos e querer compreendê-los. Então, sempre que estiver em uma situação desafiadora, pergunte-se o que está sentindo e dê um nome as suas emoções. Depois, busque entender por que a situação está incomodando você.</p><p>Nesse sentido, existem várias estratégias que podem lhe ajudar a regular suas emoções, mas todas dependerão do tipo de emoção que você deseja regular.</p><p>Então, considerando as seis emoções básicas que já aprendemos, confira as práticas que você pode utilizar para cada uma delas.</p><p>Alegria</p><p>Embora a alegria seja considerada uma emoção positiva, o excesso dela pode levar à sensação de euforia, impulsividade e irritabilidade. Sempre que se sentir assim, você pode liberar o excesso da energia através da arte ou do esporte, como correr, dançar, pintar, cantar e nadar. Procure a atividade mais prazerosa para você.</p><p>Tristeza</p><p>A tristeza nos ajuda a processar informações para nos adaptar. Mas, quando intensa, pode gerar pensamentos de pessimismo e comprometer sua saúde física (como diminuir sua imunidade e alterar seu sono).</p><p>Uma alternativa para lidar com os dias tristonhos é assistir a algo engraçado. Você pode manter uma playlist atualizada com vídeos, filmes, séries e stand up comedy para esses momentos.</p><p>Medo</p><p>O medo é uma emoção que pode ter duas origens: racional (fugir de um leão) ou irracional (fugir de falar em público). Em ambas, ele atua como resposta a uma sensação de perigo ou ameaça.</p><p>O medo racional é válido, mas o irracional pode gerar ansiedade, alterações fisiológicas e até transtornos mentais. Nesses momentos, você pode praticar a atenção plena por um minuto. Veja o passo a passo:</p><p>1. Sente-se em uma posição confortável com os pés no chão. Mantenha o tronco em uma linha reta e com as mãos apoiadas sobre a perna.</p><p>2. Foque na sua respiração. Observe o ar entrando e expandindo seu tórax. Depois, o ar saindo dos seus pulmões e contraindo seu peito.</p><p>3. Enquanto respira com essa concentração, leve sua respiração cada vez mais até seu abdômen bem devagar. Tente fazer cada inspiração e expiração durar entre 6 e 8 segundos.</p><p>4. Continue repetindo o exercício enquanto presta a atenção na sua respiração. Sua tarefa é trazer sua atenção de volta sempre que ela vaguear. E sempre que se distrair, reinicie esse processo até que consiga manter a atenção contínua por um minuto.</p><p>Raiva</p><p>A raiva é uma reação emocional para defender e proteger nossos interesses, liberando hormônios como adrenalina e cortisol. Quando em excesso, pode gerar conflitos pessoais, violência e diversos problemas físicos e psicológicos.</p><p>A prática de mindfulness também é uma ótima opção para regular a raiva. Mas existe outra que também é interessante e lhe ajudará a ter uma nova perspectiva sobre a situação:</p><p>1. Registre o pensamento que o leva a ter raiva de uma determinada situação;</p><p>2. Reflita sobre ele, pensando por um outro ângulo que ainda não havia observado. Você pode pedir a opinião de outras pessoas que pensam diferente, por exemplo, ou analisar exemplos que contradizem sua opinião.</p><p>3. Escreva esse novo pensamento pelo novo ângulo e encontre, ao menos, cinco motivos que justifiquem o seu sentido. Por fim, desenhe setas ao redor da frase e escreva as justificativas que encontrou.</p><p>Surpresa</p><p>A surpresa acontece para nos colocar em alerta diante de alguma situação. No entanto, quando intensa, pode provocar desorientação, ansiedade, tristeza e até reações de ataque ou fuga.</p><p>Além da prática de mindfulness, você também pode fazer a técnica a seguir quando as sensações de surpresa estiverem tomando o controle:</p><p>1. Apoie-se com os cotovelos na mesa.</p><p>2. Coloque sua mão esquerda na sua testa, enquanto sua mão direita pressiona a sua nuca.</p><p>3. Feche olhos, respire fundo e inspire lentamente. Repita o processo até que suas emoções se estabilizem.</p><p>Nojo</p><p>O nojo é uma resposta de repulsa ou evitação a algo contagioso ou perigoso, como proteção natural do nosso sistema cerebral. É graças a ele que nos protegemos de situações que não se encaixam às nossas expectativas.</p><p>Quando o nojo é intenso, além de provocar alterações fisiológicas e psicológicas (como perda de apetite e vergonha), também pode causar problemas sociais em decorrência da dificuldade de aceitar ou lidar com a situação. O preconceito é um exemplo desses problemas.</p><p>Diante de possibilidades imaginárias, ou seja, quando não há perigo real, uma das maneiras de regular o nojo é utilizar técnicas de reestruturação cognitiva, como a no exemplo a seguir.</p><p>1. Pense no objetivo que deseja alcançar e escreva qual pensamento está trazendo esse sofrimento.</p><p>2. Reflita quais são as evidências a favor desse pensamento e, depois, as confronte. Escreva frases em um post-it com cada uma das evidências que identificou.</p><p>3. Analise todas elas e faça um filtro, permanecendo apenas com as frases que o ajudam a alcançar seu objetivo. Descarte aquelas que não contribuem.</p><p>Para finalizar, faça uma lista de situações que despertam emoções intensas em você, situações essas que trazem a sensação de perder o controle. Depois de listá-las, escreva, ao menos, uma estratégia para neutralizar as emoções de cada situação.</p><p>Mantenha essa lista em um local de fácil acesso para consultar da próxima vez que vivenciar as mesmas reações emocionais. Combinado?</p><p>Saiba Mais</p><p>Depois de entender como surgem suas emoções e qual o papel delas, o próximo passo é adotar práticas que estimularão seu sistema cerebral a regulá-las. Esses exercícios devem ser feitos quando as emoções se tornarem tão intensas a ponto de controlar seu estado físico e psicológico.</p><p>No vídeo 8 técnicas de controle emocional que muitos usam, produzido pelo Canal Minutos Psíquicos, você tem a oportunidade de conhecer algumas delas e aplicar as que fizerem mais sentido para você.</p><p>https://youtu.be/AwxYSQGT734</p><p>Os sabotadores e os padrões mentais</p><p>Um padrão mental é como um caminho que o leva em direção a algo, e todo caminho é construído através das marcações indicadas no local. Sendo assim, cada marcação pode ser entendida como as memórias que você armazena ao longo da vida, levando a uma intepretação.</p><p>Quando você faz essa interpretação, leva informações ao seu sistema cerebral automaticamente, que as processa e reage de diferentes maneiras. Assim, surgem as reações emocionais e as comportamentais.</p><p>Para introduzir nesse tema, confira a figura, a seguir.</p><p>Figura 2: Processo cognitivo. Fonte: Elaborado pela autora (2023).</p><p>Identificando os sabotadores</p><p>No dicionário Michaelis (s.d), a palavra “sabotar” significa “prejudicar alguém (...); dificultar ou impedir qualquer tipo de serviço ou de atividade (...); agir de modo sorrateiro para prejudicar alguém ou algo”.</p><p>É estranho pensar que esse “alguém” seja você mesmo, não é? Os comportamentos sabotadores são pensamentos</p><p>distorcidos que levam o indivíduo a resistir às mudanças e comprometer o próprio desempenho, sabotando seus esforços (YOUNG, 2008). Por ser uma ação inconsciente, requer muita autoconsciência emocional para ser identificado.</p><p>A autossabotagem é mais comum do que você possa imaginar. Ela acontece na procrastinação de uma tarefa, na resistência a mudanças, na sensação de inferioridade em relação a outras pessoas e em muitos outros momentos.</p><p>Para desenvolver sua inteligência emocional, você precisa identificar quais são os pensamentos sabotadores que estão impedindo você de mudar os padrões que levam a falta de consciência sobre si, ter instabilidade emocional e gerar conflitos interpessoais.</p><p>Como desenvolver novos padrões mentais</p><p>Young (2008) explica, em outras palavras, que um padrão mental pode ser formado por memórias, emoções e sensações corporais referentes ao próprio indivíduo ou ao relacionamento com outras pessoas. Além disso, ele pode ter sido desenvolvido na infância ou na adolescência, sendo elaborado ao longo da vida.</p><p>Quando um padrão mental gera sofrimento e o impede de ser uma pessoa emocionalmente inteligente, temos um padrão mental disfuncional.</p><p>Para desenvolver padrões mentais funcionais que o ajude a se desenvolver, primeiro, é preciso identificar quais são os pensamentos que sabotam o seu processo de inteligência emocional.</p><p>Então, vamos praticar um exercício.</p><p>Com base em tudo o que aprendeu até aqui, escreva uma frase definindo o que você precisa fazer para desenvolver sua inteligência emocional. Depois de escrevê-la, responda à pergunta: “o que eu faço no lugar disso?”</p><p>Por exemplo, se a sua frase for “pensar antes de agir por impulso”, talvez, a resposta da pergunta poderia ser “grito quando estou com raiva”.</p><p>Depois que tiver essa resposta, veja-a como um pensamento sabotador. E, então, responda a outra pergunta: “mas por que estou fazendo isso?” Formule sua resposta e a questione, logo em seguida: “mas por quê ...?”</p><p>Repita esse processo até encontrar, pelo menos, cinco respostas. Se perceber que tem mais respostas para encontrar, continue. Quando não conseguir encontrar mais respostas, significa que chegou o momento de mudar essa perspectiva.</p><p>Para isso, imagine que a pessoa mais importante da sua vida chegue até você sofrendo. Ela diz que não consegue ser inteligente emocionalmente devido à última resposta que você deu, pois tem o mesmo pensamento que você.</p><p>O que você diria a ela? Escreva sua resposta. Depois, leia a resposta para si mesmo.</p><p>Esse exercício demonstra que é possível mudar nossos pensamentos, ainda que, num primeiro momento, eles pareçam uma verdade absoluta. Mas não são.</p><p>Afinal, o que aconteceria no mundo se todos pensassem da mesma maneira? Se todos pensassem como você? Será que haveria alguém emocionalmente inteligente?</p><p>O rompimento dos padrões comportamentais só acontece quando você os substitui por novos, mais adaptativos e com opções mais saudáveis (Young, 2008). É uma prática diária que, depois de um tempo, se transformará em um hábito, ou seja, em uma habilidade.</p><p>Saiba Mais</p><p>A perspectiva é uma habilidade importante na desconstrução de padrões mentais disfuncionais. Por meio dela, você consegue avaliar a mesma situação por diferentes ângulos, evitando suposições e tomando decisões mais realistas.</p><p>No filme Poder além da vida (2006), escrito por Kevin Bernhardt e dirigido por Victor Salva, é possível observar essa mudança de perspectiva, na prática. Vale a pena conferir. O filme está disponível no YouTube.</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>Leia a história a seguir:</p><p>Joana é uma gerente de vendas em uma empresa de cosméticos. Ela é responsável por uma equipe de 10 vendedores, que devem cumprir metas mensais e atender bem os clientes. Joana sempre foi uma profissional competente, dedicada e simpática, mas nos últimos meses ela mudou seu comportamento.</p><p>Ela está passando por um problema pessoal: seu marido perdeu o emprego e está com depressão. Ele não procura ajuda profissional e nem se esforça para encontrar uma nova oportunidade. Joana se sente sobrecarregada, pois tem que sustentar a casa sozinha, cuidar do marido e ainda lidar com as cobranças do seu trabalho.</p><p>Ela não consegue se desligar do problema quando está na empresa e acaba descontando nas pessoas. Ela se tornou uma chefe autoritária, exigente e impaciente. Ela grita com os vendedores, critica seus resultados e não reconhece seus esforços. Ela também trata os clientes com indiferença e grosseria.</p><p>Esse comportamento de Joana está afetando negativamente o clima organizacional e o desempenho da equipe. Os vendedores estão desmotivados, estressados e insatisfeitos. Eles pensam em pedir demissão ou fazer uma reclamação formal contra Joana. Os clientes também estão insatisfeitos e deixam de comprar os produtos da empresa.”</p><p>Com base em tudo o que você aprendeu até aqui, essa história relata um caso comum do dia a dia e as dificuldades de perceber as emoções para lidar com elas. Portanto, diante disso, quais medidas você recomendaria para Joana regular suas emoções?</p><p>QUIZ DE AUTOCONHECIMENTO</p><p>O quiz será composto de um questionário com 48 afirmações que permite 5 possibilidades de respostas. Ao todo, serão duas afirmações para cada tema, totalizando 24 temas (que chamamos de forças).</p><p>Cada afirmação terá uma pontuação, de 1 a 5, e a soma dos pontos deverá ser feita apenas entre as duas questões de cada tema, tirando uma média final entre elas.</p><p>Obs: O valor dos pontos não deve ser mencionado nas respostas. Além disso, a questões devem ser apresentadas em ordem eleatória (sem seguir a ordem disposta no texto do quiz).</p><p>As possibilidades de respostas devem ser:</p><p>Opção de resposta</p><p>Pontuação</p><p>1. Não tem nada a ver comigo</p><p>1</p><p>2. Não tem muito a ver comigo</p><p>2</p><p>3. Não tem muito a ver comigo</p><p>3</p><p>4. Tem a ver comigo</p><p>4</p><p>5.Tem tudo a ver comigo</p><p>5</p><p>Embora seja importante entender os padrões mentais para os ressignificar, saiba que você já tem alguns mecanismos natuais para superar desafios. Para a Psicologia Positiva, esses mecanismos são suas forças de assinatura.</p><p>Elas são consideradas como suas cinco forças de caráter mais marcantes. Enquanto as forças de caráter são traços universais presentes em qualquer ser-humano, as forças de assinatura são as cinco centrais de cada indivíduo que melhor ser relacionam com sua personalidade (RACHID E SELIGMAN, 2019).</p><p>O Dr. Seligman disponibiliza um questionário para identificação dessas forças de assinatura. O resultado, em si, é minucioso. Mas, fizemos uma adaptação que pode ser utilizada como oportunidade de conhecer algumas das suas forças de caráter mais marcantes.</p><p>Para fazer o teste, siga as instruções a seguir: você encontrará 48 afirmações sobre situações do cotidiano. Sendo assim, assinale o quanto cada afirmação se aplica a você.</p><p>Tema 1</p><p>Questão 1)</p><p>“Gosto de pensar em maneiras novas de fazer as coisas”.</p><p>Questão 2)</p><p>“A maioria de meus amigos é mais imaginativa do que eu”.</p><p>Tema 2</p><p>Questão 1)</p><p>Estou sempre curioso em relação ao mundo.</p><p>Questão 2)</p><p>Fico entediado facilmente.</p><p>Tema 3</p><p>Questão 1)</p><p>Quando o assunto exige, posso ser um pensador altamente racional.</p><p>Questão 2)</p><p>Tendo a fazer julgamentos apressados.</p><p>Tema 4</p><p>Questão 1)</p><p>Fico empolgado quando aprendo uma coisa nova.</p><p>Questão 2)</p><p>Nunca me desvio de meu caminho para visitar um museu</p><p>Tema 5</p><p>Questão 1)</p><p>Eu sempre consigo olhar as coisas e ver o panorama geral.</p><p>Questão 2)</p><p>As pessoas raramente vêm me pedir conselhos.</p><p>Tema 6</p><p>Questão 1)</p><p>Tenho frequentemente assumido posturas pessoais que enfrentam forte oposição.</p><p>Questão 2)</p><p>A dor e desapontamento frequentemente me desanimam.</p><p>Tema 7</p><p>Questão 1)</p><p>Eu sempre termino o que começo.</p><p>Questão 2)</p><p>Eu sempre me distraio quando trabalho.</p><p>Tema 8</p><p>Questão 1)</p><p>Sempre cumpro as promessas que faço.</p><p>Questão 2)</p><p>Meus amigos nunca dizem que sou prático ou honesto.</p><p>Tema 9</p><p>Questão 1)</p><p>Eu me atiro em tudo que faço.</p><p>Questão 2)</p><p>Eu me aborreço um bocado.</p><p>Tema 10</p><p>Questão 1)</p><p>Tenho pessoas em minha vida que se importam tanto com meus sentimentos e bem-estar quanto os delas próprias</p><p>Questão</p><p>2)</p><p>Tenho dificuldade em aceitar o amor que me oferecem</p><p>Tema 11</p><p>Questão 1)</p><p>Ajudei um vizinho voluntariamente no mês passado</p><p>Questão 2)</p><p>Eu raramente me interesso pela sorte dos outros tanto quanto pela minha.</p><p>Tema 12</p><p>Questão 1)</p><p>Qualquer que seja a situação social, eu me sinto à vontade</p><p>Questão 2)</p><p>Não tenho muita facilidade para perceber o que os outros estão sentindo</p><p>Tema 13</p><p>Questão 1)</p><p>Trabalho melhor quando faço parte de um grupo</p><p>Questão 2)</p><p>Hesito em sacrificar meus interesses em benefício dos grupos de que participo.</p><p>Tema 14</p><p>Questão 1)</p><p>Trato todas as pessoas da mesma forma, independentemente de quem possam ser.</p><p>Questão 2)</p><p>Se eu gostar de uma pessoa, tenho dificuldade em tratá-la com imparcialidade.</p><p>Tema 15</p><p>Questão 1)</p><p>Sempre consigo fazer com que as pessoas trabalhem juntas sem precisar insistir.</p><p>Questão 2)</p><p>Não me saio muito bem planejando atividades de grupos</p><p>Tema 16</p><p>Questão 1)</p><p>Eu acredito que o que passou, passou.</p><p>Questão 2)</p><p>Sempre procuro o empate ou o ajuste de contas.</p><p>Tema 17</p><p>Questão 1)</p><p>Quando as pessoas me elogiam, eu mudo de assunto</p><p>Questão 2)</p><p>Falo com frequência sobre minhas realizações</p><p>Tema 18</p><p>Questão 1)</p><p>Evito atividade físicas perigosas.</p><p>Questão 2)</p><p>Às vezes, escolho mal as amizades e os relacionamentos.</p><p>Tema 19</p><p>Questão 1)</p><p>Eu controlo minhas emoções.</p><p>Questão 2)</p><p>Raramente consigo manter uma dieta</p><p>Tema 20</p><p>Questão 1)</p><p>No mês passado, me emocionei com a excelência da música, da arte, de um filme, de um esporte, da ciência ou da matemática.</p><p>Questão 2)</p><p>Não criei nada de belo no ano passado.</p><p>Tema 21</p><p>Questão 1)</p><p>Eu sempre agradeço, mesmo pelas menores coisas.</p><p>Questão 2)</p><p>Eu raramente penso nas dádivas que recebo.</p><p>Tema 22</p><p>Questão 1)</p><p>Sempre vejo o lado bom das coisas.</p><p>Questão 2)</p><p>Raramente planejo com cuidado o que vou fazer.</p><p>Tema 23</p><p>Questão 1)</p><p>Sempre que posso, misturo trabalho e prazer.</p><p>Questão 2)</p><p>Raramente digo coisas engraçadas.</p><p>Tema 24</p><p>Questão 1)</p><p>Minha vida tem um firme propósito.</p><p>Questão 2)</p><p>Não tenho uma vocação espiritual na vida.</p><p>Fonte: Adaptado de Rashid e Seligman (2019); Seligman (2004). Disponível em: https://www.positivapsicologia.com.br/wp-content/uploads/2018/04/TESTE-DAS-24-FOR%C3%87AS-MANUAL-DO-CLIENTE.pdf. Acesso em 11 jul. 2023.</p><p>Bibliografia</p><p>BATISTA, H. H. V.; NORONHA, A. P. P. Instrumentos de autorregulação emocional: uma revisão de literatura. Periódicos Eletrônicos de Psicologia: Avaliação Psicológica, Campinas, v.17, n.03, jul./set. 2018. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167704712018000300013. Acesso em: 10 jul. 2023.</p><p>FREUD, S. (2012). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 12, pp. 111-120). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1912).</p><p>SAIGH, Y. A. A autoanálise 150 anos depois de Freud. Periódicos Eletrônicos de Psicologia: Psychê, São Paulo, v.11, n.20, jun. 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-11382007000100008. Acesso em: 10 jul. 202</p><p>SELIGMAN, M.; RASHID. T. Psicoterapia Positiva. Porto Alegre: Artmed, 2019.SOCIEDADE BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. Gatilhos emocionais: entenda o que são e como superá-los. Disponível em: https://www.sbie.com.br/gatilhos-emocionais/. Acesso em 16 jul. 2023.</p><p>YOUNG, J. E.; KLOSKO, J.S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do esquema. Porto Alegre: Artmed, 2008</p><p>ATIVIDADES FASE 3</p><p>1</p><p>Analisar e compreender as emoções dos outros, desenvolvendo maneiras saudáveis de se relacionar.</p><p>Como compreender o outro?</p><p>Relacionamentos e comunicação inteligentes emocionalmente</p><p>Inteligência emocional no trabalho</p><p>Desafio</p><p>Quiz de autoconhecimento</p><p>Referências</p><p>Como compreender o outro?</p><p>Habilidades sociais como gentileza e compaixão são características fundamentais para desenvolver empatia, uma das competências da inteligência emocional.</p><p>O filme Um sonho possível, de John Lee Hancock (2009), é uma ótima oportunidade para perceber como a gentileza e a compaixão são utilizadas na prática. Aproveite para introduzir esse tema assistindo ao filme, que está disponível na plataforma de streaming Netflix.</p><p>O que não é empatia (e o que é)?</p><p>Ter empatia não é se sentir bem com o outro, nem tampouco ter pena ou tristeza pelo sofrimento alheio. Também não é projetar no outro suas características ou comportamentos.</p><p>Ter empatia significa respeitar e compreender as emoções e perspectivas do outro, ainda que sejam diferentes da sua. É entender o que as pessoas precisam e, então, agir em benefício delas.</p><p>De acordo com Goleman (2018), existe uma tese de que a empatia vem de um tipo de imitação física da angústia de outra pessoa, evocando os mesmos sentimentos em quem as sente. Diferente da simpatia, que expressa uma sensação pelo que o outro sente, contudo, sem sentir o que o outro está sentindo.</p><p>Para Falcone (1999), a empatia é uma habilidade de comunicação que inclui três outras habilidades: capacidade de compreensão dos sentimentos e perspectivas do outro, sentimentos de compaixão, simpatia e preocupação com o seu bem-estar e transmissão do entendimento explícito para esse outro de tal forma que ele se sinta compreendido.</p><p>Goleman (2018) explica, ainda, que quando o indivíduo não tem ideia dos próprios sentimentos, consequentemente também não consegue compreender os sentimentos das pessoas a sua volta. Portanto, podemos dizer que a empatia é a continuidade da autoconsciência emocional.</p><p>Para compreender os sentimentos dos outros, é preciso interpretar informações que vão além das palavras, como expressões faciais, tom de voz e gestos corporais.</p><p>Enquanto a “mente racional” se expressa através das palavras, a “mente emocional” se expressa através da comunicação não-verbal. Por isso, fique atento sempre que você perceber que as palavras estão em desacordo com a linguagem corporal e as reações emocionais.</p><p>A falta de empatia é, segundo Goleman (2018), a incapacidade de entender o que significa o ser humano. E isso traz sérias consequências para o relacionamento interpessoal. Diante disso, é preciso adotar práticas que estimulem o exercício da empatia para transformá-la em uma nova habilidade.</p><p>Treinando a empatia</p><p>Para desenvolver a habilidade empática, Falcone (1999) apresenta três ações que precisam ser incorporadas sempre que você interagir com alguém. São elas:</p><p>· Prestar atenção nas reações físicas e psicológicas, principalmente, na linguagem não-verbal.</p><p>· Ouvir sensivelmente, dando ao outro a oportunidade de ser ouvido.</p><p>· Verbalizar sensivelmente, compreendendo e encorajando o outro sem julgamentos.</p><p>É claro que estamos falando de ações que devem ser praticadas continuamente, até que se tornem um hábito. Nesse sentido, Rachid e Seligman (2019) apresentam a gentileza como a força contrária à indiferença alheia. A pessoa gentil vai além de apenas ter empatia, direcionando a atenção de si mesma para outras pessoas de uma forma adaptativa.</p><p>Então, que tal adotar algumas práticas para aumentar essa força?</p><p>Comece se comprometendo a fazer, ao menos, um ato de gentileza por semana para ajudar outras pessoas. Considere prestar atenção nas necessidades delas, ouvi-las e verbalizar seu apoio, externando através da ação que for praticar.</p><p>Depois, faça um checklist para rever sempre que for utilizar quaisquer canais de comunicação, como email, telefone ou chats. Garanta que o receptor perceba a gentileza na sua comunicação.</p><p>Em seguida, comece a ouvir as pessoas sem interrompê-las. Perceba seus pensamentos e sentimentos através das palavras e gestos. Você pode anotar os pontos que deseja abordar para falar assim que ela terminar.</p><p>Por fim, sempre que se sentir ofendido por alguém, considere as razões pelas quais ele pode ter se comportado de certa maneira. Então, fale de forma simples e direta sobre suas necessidades, permitindo que o outro possa se autoanalisar sem se sentir julgado.</p><p>Depois de entender o papel da empatia na construção de relacionamentos saudáveis, você estará pronto para desenvolver relacionamentos e comunicação</p><p>inteligentes emocionalmentes.</p><p>Fique por dentro</p><p>Embora sejam temas parecidos e que se relacionam, há diferenças entre empatia, gentileza e compaixão. É o que explica a Dra Ana Beatriz Barbosa, no vídeo Empatia, Gentileza e Compaixão. disponível no YouTube.</p><p>https://youtu.be/upGzHKfLGVs</p><p>A médica psiquiatra fala sobre o resultado de um estudo bem interessante que foi feito para identificar a aplicação dessas três ações na saúde emocional das pessoas. Vale a pena conferir para perceber como ambas são importantes no desenvolvimento da inteligência emocional.</p><p>Relacionamentos e comunicação inteligentes emocionalmente</p><p>A comunicação é uma capacidade que deve ser priorizada no desenvolvimento pessoal, uma vez que se relaciona com diversas áreas da vida. Talvez seja por isso que ela é uma das competências mais procuradas pelas empresas durante o processo seletivo, segundo a reportagem 5 habilidades de comunicação valorizadas nas empresas, publicada pela revista digital Você RH.</p><p>https://vocerh.abril.com.br/desenvolvimento/5-habilidades-de-comunicacao-valorizadas-nas-empresas</p><p>Sendo assim, é importante compreender os tipos de comunicação e as principais habilidades que se relaciona com elas. Confira a matéria para introduzir esse tema!</p><p>Desenvolvendo relacionamentos saudáveis</p><p>O relacionamento interpessoal é uma necessidade em todas as áreas da vida. Independente das tarefas que venhamos a desempenhar, sempre precisaremos nos relacionar com alguém, seja um familiar, colega, seja um cliente.</p><p>Contudo, nem sempre esse relacionamento é fácil por diversos fatores, como dificuldade em lidar com opiniões e personalidades diferentes, falta de confiança e excesso de expectativas (projetando seus ideais no outro). Sendo assim, a inteligência social também é uma habilidade necessária para a formação da inteligência emocional.</p><p>Rachid e Seligman (2019) propõem um exercício para reconhecer os pontos fortes das pessoas ao seu redor e perceber como você se encaixa dentro da sua rede. Ele se chama Árvore das Relações Positivas.</p><p>Para realizar esse exercício, você pode refazer o quiz sobre forças de caráter, mas, dessa vez, em vez de informar suas respostas, você precisa entrevistar as pessoas que incluiu no exercício para inserir as respostas delas.</p><p>Comece preenchendo a sua árvore, conforme a figura a seguir. Preencha com base nas pessoas mais próximas de você (por exemplo: mãe, irmão, amigo, marido etc.).</p><p>Figura 1: Árvore das relações positivas. Fonte: Adaptado de Rachid e Seligman (2018).</p><p>Depois que fizer o teste com elas, inclua as forças de caráter que mais se destacaram. Esse exercício lhe ajudará a obter novas percepções sobre os comportamentos dessas pessoas, sobretudo, aqueles que você desenvolveu uma compreensão equivocada.</p><p>Práticas de comunicação emocional</p><p>Existem duas competências vitais para se comunicar com as pessoas de maneira saudável, que são a escuta ativa e a comunicação não-violenta.</p><p>De Sisto (2021) conceitua a escuta ativa como a arte de ouvir por significado. Trata-se de ouvir atentamente o que o outro diz para entender o que ele quer dizer, de fato, através da sua própria observação. E, nos casos em que o sentido não ficou claro, você consegue fazer as perguntas certas porque escutou tudo com atenção.</p><p>Já a comunicação não-violenta é um conjunto de habilidades de linguagem e comunicação que nos permitem nos relacionar uns com os outros diante de situações difíceis, por exemplo, os conflitos (ROSENBERG, 2021). Isso é possível ao reformular a maneira como nos expressamos e ouvimos aos outros.</p><p>Por ambas serem a base de uma comunicação saudável, é importante adotar certos métodos que permitirão a você entender a mensagem do outro, ao mesmo tempo em que consegue expressar a sua mensagem de maneira emocionalmente inteligente.</p><p>Para isso, você pode incluir o roteiro, a seguir, em seus processos de comunicação:</p><p>Mantenha contato visual: Não interrompa o outro, isso serve para evitar que ele se desvie da conversa, ainda que inconscientemente. Além disso, só fale se for solicitado. Não importa se você concorda, ou não. Evite julgamentos ou conselhos em tom de “lições”. Vale repetir alguns trechos do que está entendendo, ou fazer perguntas, para o outro perceber que está sendo ouvido.</p><p>Observe suas emoções: Se a conversa precisar de um retorno da sua parte, comece prestando atenção em como você se sente diante do que o desagrada. Com base nisso, perceba também quais necessidades suas não foram atendidas, dando origem aos tais sentimentos. Nesse momento, a autoconsciência emocional se torna fundamental.</p><p>Expresse sua necessidade: Depois de ouvir o outro e entendê-lo, é o momento de comunicar o seu desejo sem julgamentos ou avaliações. Por exemplo, em vez de dizer: “Você não me deixa trabalhar!”, diga: “Augusto, fico irritada quando você come biscoito na sala, porque o barulho atrapalha minha concentração e o cheiro me enjooa”.</p><p>Com base nisso, faça uma lista das pessoas do seu local de trabalho que você identifica alguma dificuldade de relacionamento e coloque esse roteiro em prática, analisando suas emoções diante das necessidades que não foram atendidas.</p><p>Depois, escreva possíveis maneiras de expressar suas necessidades utilizando a comunicação não-violenta. Ainda que você não converse com elas, na prática, esse exercício lhe ajudará a desenvolver a empatia.</p><p>Gerindo relacionamentos e conflitos</p><p>Goleman (2018) apresenta quatro componentes que formam a inteligência interpessoal:</p><p>I. Organização de grupos: Decidir as funções, orientar e motivar o grupo.</p><p>II. Negociação de soluções: Criar ações que não só resolvem, mas também evitem conflitos, como acordos e mediações.</p><p>III. Ligação pessoal: Reconhecer os sentimentos das pessoas e agir adequadamente diante deles.</p><p>IV. Análise social: Perceber, a fundo, o motivo que leva as pessoas a realizarem certas ações.</p><p>Pensando nisso, a mediação de conflitos é uma prática cada vez mais utilizada para solucionar problemas interpessoais.</p><p>A intenção da mediação vai além de fazer um acordo, ela busca criar um espaço de diálogo para as pessoas. O objetivo não é convencer o outro de que se está certo, ainda que existam fatos e provas, mas sim encontrar uma “verdade” que melhor atenda a todos os envolvidos.</p><p>Como você pode incluir essa prática para resolver seus próprios conflitos? Reflita sobre isso.</p><p>Fique por dentro</p><p>Vimos que a comunicação não-violenta é uma prática vantajosa para estabelecer relações saudáveis. Assim, a mediação de conflitos também pode ser utilizada aplicando essa técnica.</p><p>No vídeo CNV e a Mediação de Conflitos, disponível no YouTube, você pode conferir uma aula aberta abordando esse tema. Aproveite para anotar dicas que te ajudarão a resolver seus conflitos no ambiente de trabalho.</p><p>INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO TRABALHO</p><p>A cultura é o conjunto de valores, costumes linguagens, crenças e expressões que caracterizam um grupo de pessoas. É uma forma de resistir, de se expressar e de se transformar.</p><p>Na palestra O poder transformador da cultura, produzida pelo TEDx São Paulo, Flávia Dória fala como a cultura pode influenciar e modificar o modo que as pessoas pensam, sentem e reagem. Por isso, toda e qualquer mudança organizacional precisa começar na cultura.</p><p>https://www.ted.com/talks/flavia_doria_o_poder_transformador_da_cultura?subtitle=en&lng=pt-br&geo=pt-br</p><p>Despertando a consciência organizacional</p><p>Vimos que a autoconsciência emocional é o primeiro passo para regular nossas emoções e, assim, nos relacionarmos com o outro. No entanto, a inteligência emocional no trabalho precisa ir além ao desenvolver a consciência organizacional.</p><p>Consicência organizacional é, segundo Goleman (2014), a capacidade de entender o clima da empresa, as reações emocionais do grupo e suas relações de poder. Portanto, para desenvolver essa consciência, precisamos falar de cultura organizacional.</p><p>O dicionário Michaelis (s.d) define “cultura” como o “conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo social”.</p><p>Partindo desse princípio, Robbins (2004) adapta esse conceito para explicar a cultura organizacional. Ele a define como um conjunto básico de premissas, regras e convicções que orientam as atitudes e o comportamento dos colaboradores.</p><p>Figura 1: Formação da cultura organizacional. Fonte: Robbins (2004, p. 260).</p><p>Quando chega um colaborador novo na empresa, ele aprende a cultura organizacional por meio das histórias que ouve, dos costumes que observa ao entender como as atividades devem ser executadas e a maneira que aprende a se comunicar, desenvolvendo a mesma linguagem dos demais membros. Ao passar por essas três etapas ele, finalmente, consegue se adaptar.</p><p>Sendo assim, o comportamento individual é influenciado por três pilares: atitudes que refletem como ele se sente em relação a algo, a percepção que processa como ele a interpretou e a aprendizagem que define o que mudou com essa experiência (ROBBINS, 2004).</p><p>Por exemplo, enquanto uns preferem trabalhar em uma sala animada, pois veem isso como estímulo, outros têm dificuldade de concentração em ambientes barulhentos. Temos, portanto, comportamentos diferentes sobre a mesma situação no ambiente de trabalho.</p><p>Outro ponto que influencia essas relações são os perfis comportamentais de cada um. Ainda que as pessoas estejam inseridas na cultura organizacional e se identifiquem com ela, podem ter comportamentos diferentes devido ao repertório psicológico de cada um, ou seja, a personalidade e a experiência de vida que influenciam suas perspectivas e definem sua realidade.</p><p>No ambiente organizacional, esses perfis também podem se diferenciar dependendo da época que ingressaram no mercado de trabalho, a qual chamamos de geração. Cada época sofreu uma influência diferente, permitindo que pessoas de gerações distintas tragam perspectivas e expectativas variadas.</p><p>Figura 2: Valores de cada geração. Fonte: Adaptado de go1.com (2022).</p><p>Mas, como a inteligência emocional se relaciona com tudo isso?</p><p>Benefícios da inteligência emocional no trabalho</p><p>Em entrevista à BBC News Brasill, Goleman explicou que a inteligência emocional já é uma habilidade priorizada na contratação e no desenvolvimento dos funcionários, justamente por compor caraterísticas que melhoram essas relações e facilitam o convívio social.</p><p>E isso acontece devido a doze características desenvolvidas pela inteligência emocional que, segundo o autor, são: autoconsciência emocional, autocontrole emocional, adaptabilidade, orientação ao sucesso, visão positiva, empatia, consciência organizacional, influência, orientação e tutoria, gestão de conflitos, trabalho em equipe e liderança inspiradora.</p><p>Por isso, não podemos focar em apenas uma ou outra característica em detrimento das demais. Essas habilidades atuam em conjunto. Por exemplo, se você focar apenas em desenvolver a empatia, pode encontrar dificuldades para se posicionar diante de certas situações. É preciso ter equilíbrio, sempre.</p><p>Aplicando a prática no trabalho</p><p>Existe uma habilidade que pode ser entendida como a força-motriz para todas as outras: Resiliência; a capacidade que o indivíduo tem de se manter flexível diante das adversidades, encontrando nelas uma oportunidade (WERNER, 2005).</p><p>Quando uma pessoa é resiliente em uma área da vida, não significa que também seja na outra (já que estamos falando de circunstâncias diferentes). Portanto, você pode praticar a resiliência treinando sua mente para perceber os desafios no trabalho como oportunidade de desenvolver a inteligência emocional.Quando uma pessoa é resiliente em uma área da vida, não significa que também seja na outra (já que estamos falando de circunstâncias diferentes). Portanto, você pode praticar a resiliência treinando sua mente para perceber os desafios no trabalho como oportunidade de desenvolver a inteligência emocional.</p><p>Para isso, foque em desenvolver uma característica por vez. Vimos que a inteligência emocional é composta por quatro pilares, e a inteligência emocional no trabalho necessita de mais oito, totalizando doze. Mas é um erro pensar que você conseguirá desenvolvê-las todas de uma vez.</p><p>Crie metas e desenvolva sua resiliência para ter novas perspectivas diante dos desafios no trabalho. E você pode começar com o exercício a seguir.</p><p>Abaixo, você encontrará quatro mudanças para serem adotadas no seu dia a dia. Porém, sua tarefa é escolher apenas uma delas. Escolha aquela que você entende que deve ser priorizada no seu momento atual. As opções são:</p><p>Escreva sobre suas emoções: Separe um caderno para relatar diariamente os sentimentos que você experimenta ao longo do dia. Depois, retorne às suas anotações e identifique o nome de cada emoção presente nessas sensações. Para esse exercício, considere apenas as emoções primárias que aprendemos: alegria, raiva, tristeza, medo, nojo e surpresa.</p><p>Controle sua respiração: Pratique o controle da intensidade da sua respiração. Separe alguns minutos do seu dia para se concentrar na sua respiração. Comece inspirando profundamente pelo diafragma até que preencha todo o seu abdômen. Depois, solte o ar lentamente. Repita esse processo aumentando aos poucos o tempo que leva do momento que começa a soltar o ar até que todo o ar tenha se esvaziado dos seus pulmões.</p><p>Conheça outras histórias de vida: Faça uma sequência de descobertas de histórias diferentes. Você pode criar uma lista que envolva livros, seriados, filmes, documentários e outras coisas do gênero. Ao conhecer cada história, preste atenção nos sentimentos e pensamentos dos personagens envolvidos para se conectar com eles.</p><p>Envolva-se em uma equipe: Participe de um grupo com o qual você se identifica, pode ser de jogos, estudos, religiões, esportes e outros semelhantes. Busque colaborar com as atividades do grupo, ouvi-los e expressar suas necessidades de maneira gentil.</p><p>Qual opção escolheu? Depois de escolher, responda às quatro perguntas a seguir:</p><p>1. Por que você escolheu essa opção?</p><p>2. Quais ações específicas você vai tomar para colocar a opção em prática? Com qual frequência?</p><p>3. Que tipo de apoio você acha que precisa para implantar essa estratégia?</p><p>4. Se essa estratégia funcionar, o que seria diferente em três meses?</p><p>Não sei se você percebeu, mas cada mudança proposta se relaciona com um dos pilares da inteligência emocional. A opção escolhida demonstra qual desses pilares estão mais enfraquecidos neste momento.</p><p>Portanto, coloque essa estratégia em prática por três meses e compare os resultados com as respostas que você deu. Quando perceber que você já avançou nesse pilar, já pode escolher outro e repetir o mesmo processo.</p><p>Como vimos, o desenvolvimento da inteligência emocional no trabalho começa em você. Cada um desses pilares são fundamentais para conhecer seus próprios limites, suas forças, regular suas emoções e se relacionar com os outros de maneira saudável.</p><p>Não existe uma receita mágica. Então, continue colocando em prática todos os exercícios propostos aqui que, quando menos esperar, estará agindo emocionalmente inteligente sem nem perceber.</p><p>Fique por dentro</p><p>Uma das coisas que mais falamos, ao longo do curso, foi sobre a subjetividade de cada indivíduo e como cada um traz consigo repertórios diferentes. Agora, aqui fica um questionamento: como lidar com essas diferenças no ambiente de trabalho?</p><p>Na matéria Agilidade emocional no mundo corporativo, disponível na revista digital Você RH, o colunista Rafael Souto traz uma reflexão interessante sobre a diversidade emocional dentro das empresas. Confira!</p><p>https://vocerh.abril.com.br/coluna/rafael-souto/agilidade-emocional-no-mundo-corporativo</p><p>DESAFIO</p><p>Agora que você já conhece seus pontos fortes e pontos de melhoria, bem como as situações mais desafiadoras que enfrenta no ambiente de trabalho, chegou o momento de fazer um compromisso com você mesmo.</p><p>Para isso, preencha o quadro a seguir.</p><p>Fonte: Elaborado pela autora (2023).</p><p>Quiz de autoconhecimento</p><p>O teste tem 36 questões que trazem a imagem de uma expressão facial indicando uma linguagem não verbal através do olhar. Em cada questão, haverá quatro opções de</p>