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<p>Terapia nutricional em:</p><p>hepatopatia</p><p>O fígado</p><p>O fígado é o maior órgão do corpo humano</p><p>Está localizado no lado superior direito do abdômen, protegido pelas costelas.</p><p>É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto e na mulher adulta, entre 1,2 e 1,4 kg.</p><p>Exerce papel central na manipulação e na metabolização dos nutrientes</p><p>Funções do Fígado:</p><p>Formação da bile</p><p>Armazenamento e liberação de glicose</p><p>Metabolismo dos lipídeos</p><p>Metabolismo das proteínas (conversão de amônia em uréia)</p><p>Síntese de proteínas plasmáticas</p><p>Processamento de drogas e hormônios</p><p>Destruição das células sanguíneas desgastadas</p><p>Armazenamento de vitamina B12 e vitaminas lipossolúveis(A, D, E e K, além de minerais como o ferro e o cobre</p><p>Participa da regulação do volume sanguíneo</p><p>Possui importante ação antitóxica contra substâncias nocivas ao organismo como o álcool, a cafeína, gorduras, etc.</p><p>Hepatopatia</p><p>De modo geral, o termo hepatopatia ou hepatopatia crônica são usados como sinônimos para descrever a presença de doença crônica do fígado.</p><p>Causas</p><p>As principais doenças do fígado que podem levar a hepatopatia crônica e progredir para hepatopatia são:</p><p>Hepatite autoimune;</p><p>Lesão hepática induzida por drogas ou toxinas;</p><p>Lesão hepática induzida pelo álcool.</p><p>Hepatites virais - Atualmente, há pelo menos cinco vírus identificados como os principais causadores da hepatite:</p><p>1. vírus A (HAV)</p><p>2. vírus B (VHB)</p><p>3. vírus C (VHC)</p><p>4. vírus D (HDV ou Delta)</p><p>5. vírus E (HEV)</p><p>Cirrose</p><p>Cirrose biliar primária;</p><p>Cirrose biliar secundária a obstrução crônica;</p><p>Colangite esclerosante primária;</p><p>Insuficiência congênita de ductos intra-hepáticos.</p><p>Complicações nutricionais</p><p>O dano hepático  impacto nutricional  processos digestivos e absorvidos, na metabolização e no armazenamento dos nutrientes</p><p>Pacientes com DHC  ingestão dietética inadequada, alterações dos indicadores antropométricos, bioquímicos e clínicos  comprometimento nutricional</p><p>Hepatopatia descompensada  retenção hídrica com presença de ascite e edema periférico, associada à hipoalbuminemia e à desnutrição</p><p>Deficiência nutricional é uma constante no paciente com hepatopatia</p><p>HEPATOPATIAS CRÔNICAS:</p><p>Podem induzir alterações no metabolismo intermediário de macro e micronutrientes</p><p>Alteram o equilíbrio dos processos anabólicos</p><p>Gasto Energético de Repouso (GER) , associado à ingestão alimentar insuficiente  balanço energético negativo e desnutrição do paciente</p><p>INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA:</p><p>Menor reserva de glicogênio  hipoglicemia</p><p>Perda de vitaminas hidrossolúveis</p><p>Aumento de até 20% na TMR  hipermetabolismo</p><p>Catabolismo</p><p>Icterícia, encefalopatia hepática, ascite, baixa albumina sérica, insuficiência renal e infecções</p><p>CIRROSE HEPÁTICA</p><p>Hipermetabolismo  sexo, depleção protéica, ascite, tumor, etiologia e gravidade da doença</p><p>O álcool possui alto valor energético  7,1 kcal/g  calorias consideradas “vazias”</p><p>Modificação de hábitos alimentares, biodisponibilidade e oxidação anormal dos nutrientes  anorexia, náusea, vômitos e diarréia</p><p>A substituição crônica da ingestão alimentar normal pelo etanol frequentemente está associada á perda de peso e á desnutrição.</p><p>A desnutrição, a perda de peso corporal e a depleção de massa muscular magra podem ocorrer em todos os estágios da doença</p><p>Ciclo vicioso entre a desnutrição e o curso da doença</p><p>A DESNUTRIÇÃO:</p><p>Prejudica o sistema imunológico</p><p>Aumenta o risco de complicações no pós-operatório de transplantes hepáticos e outras operações</p><p>abdominais</p><p> Interfere negativamente na evolução clínica</p><p>e está associada ao aumento da morbidade</p><p>e da mortalidade, com maior risco de</p><p>complicações infecciosas</p><p>Pacientes com doença hepática não alcoólica :</p><p>Cerca de 40% possuem deficiência vitaminas lipossolúveis</p><p>(vit A, D, E, K)</p><p>8 a 10% apresentaram falta de vitaminas do complexo B (niacina, tiamina, riboflavina, piridoxina e vitamina B12)</p><p>17% tem deficiência de ácido fólico</p><p>Pacientes com doença hepática alcoólica :</p><p>as deficiências de micronutrientes são mais predominantes</p><p>vitaminas hidrossolúveis ( ácido ascórbico, tiamina, riboflavina, niacina, ácido fólico e B12), lipossolúveis ( A e D) e a redução plasmática de minerais (magnésio, cálcio e zinco).</p><p>(Cuppari, 2005)</p><p>Avaliação nutricional</p><p>Ainda não existe método de avaliação nutricional para hepatopatas considerado padrão ouro. Portanto, o diagnóstico nutricional deve ser feito utilizando – se métodos:</p><p>antropométricos</p><p>bioquímicos</p><p>Clínicos</p><p>Levando -se em consideração vantagens, desvantagens e indicações de cada método.</p><p>Avaliação nutricional</p><p>Métodos Dietéticos</p><p>A anamnese com recordatório de 24 horas é considerada um bom método para avaliar a adequação da ingestão dietética em relação ás necessidades energéticas.</p><p> Questionamentos:</p><p>Local das das refeições</p><p>Número de refeições diárias</p><p>Substituições de refeições</p><p>Avaliação nutricional</p><p>Métodos clínicos</p><p> História clínica</p><p>Avaliação subjetiva global(ASG):</p><p>Face</p><p>Membros superiores</p><p>Tronco</p><p>Membros inferiores</p><p>Avaliação nutricional</p><p>Métodos bioquímicos</p><p>Indicadores bioquímicos usados rotineiramente na prática clínica:</p><p>Albumina</p><p>Pré-albumina</p><p>Tranferrina</p><p>Proteína carreadora de retinol</p><p>Contagem de linfócitos totais</p><p>Necessidades nutricionais</p><p>Os pacientes com doença hepática toleram uma dieta normal.</p><p>A maioria dos pacientes não precisa de restrições dietéticas e podem até ser prejudicados por esta prática.</p><p>Um padrão modificado de alimentação, com aumento do fracionamento e da redução do volume das refeições melhora a utilização de substratos em pacientes com cirrose hepática compensada.</p><p>Nutrientes	Pré-transplante	Pós-transplante imediato	Pós-transplante tardio</p><p>Sódio	 40 a 60 mEq/dia segundo retenção de fluidos	2 a 4 g/dia	2 a 4 g/dia</p><p>Cálcio	800 a 1200 mg/dia	800 a 1200 mg/dia</p><p>1000 a 1500 mg/dia</p><p>Potássio</p><p>Magnésio</p><p>Zinco</p><p>Cobre</p><p>Manganês Fósforo</p><p>Vitamina A 	Controle no uso de diuréticos</p><p>Medir níveis séricos Suplementar com alimentos fontes</p><p>Recomendações da RDA 	Medir níveis séricos Suplementar com alimentos fontes</p><p>Recomendações da RDA 	Medir níveis séricos</p><p>Suplementar com alimentos fontes</p><p>Recomendações da RDA</p><p>Vitamina D	50.000 UI/dia	Recomendações da RDA	Recomendações da RDA</p><p>Vitamina E	400 UI/dia	Recomendações da RDA	Recomendações da RDA</p><p>Água livre	1000 a 1500 mL/dia</p><p>1000 a 1500 mL/dia	1000 a 1500 mL/dia</p><p>NECESSIDADES NUTRICIONAIS EM MICRONUTRIENTES E LÍQUIDOS</p><p>Recomendações nutricionais</p><p>Calorias</p><p>Kcal/Kg/dia	PTN</p><p>g/Kg/dia	HC</p><p>%	Lipídios</p><p>%</p><p>Hepatite aguda ou crônica	 30 - 40	1,0 – 1,5	67 – 80	20 - 33</p><p>Cirrose não complicada	30 - 40	1,0 – 1,5	67 – 80</p><p>20 – 33</p><p>Cirrose complicada (desnutrição)	30 - 40	1,0 – 1,5	72	28</p><p>Cirrose complicada</p><p>(Colestase)	40 – 50	1,0 – 1,5	73 – 80	20 – 27</p><p>Encefalopatia 1 e 2	30 – 40	0,5 – 1,2	75	25</p><p>Encefalopatia 3 e 4	25- 40	0,5 ( Rica em AACR)	75	25</p><p>Transplante hepático /pré	30 – 50	1,2 – 1,75	70 – 80	20 – 30</p><p>Transplante hepático/ pós	30 - 35	1,0 	>70	<= 30</p><p>dietoterapia</p><p>EVITAR:</p><p>Bebidas alcóolicas;</p><p>Líquidos durante a refeição;</p><p>Preparações gordurosas: feijoada, fritura, mocotó, molhos cremosos;</p><p>Achocolatados;</p><p>Embutidos: salame, salsicha, linguiça, mortadela, condimentos: catchup, maionese, mostarda, pimenta, molhos concentrados;</p><p>Carnes gordurosas, salgadas e defumadas;</p><p>Leite e derivados gordurosos;</p><p>dietoterapia</p><p>PREFERIR:</p><p>Fracionar a dieta em 5 a 6 vezes, com menor volume</p><p>Mastigar lentamente;</p><p>Dieta rica em proteína de boa qualidade;</p><p>Iniciar as refeições com salada crua;</p><p>Preferir carnes magras, peixe e aves sem pele ou gordura aparente;</p><p>Preferir queijos brancos e leite e derivados desnatados;</p><p>Pães, biscoitos e massas integrais;</p><p>Feijão, castanha, vísceras, amêndoas;</p><p>1 fruta cítrica por dia no mínimo;</p><p>Doces, mel, geléia de mocotó e de frutas</p><p>Óleos de soja, girassol e azeite de oliva</p><p>suplementos</p><p>Nutrison Advanced Hepato ( Support)</p><p>Nutrição enteral em pó, rica em aminoácidos</p><p>de cadeia ramificada (BCAA) , hipercalórica. Indicada para pacientes com insuficiência hepática com sinais de encefalopatia.</p><p>Fresubin Hepa (sistema fechado)</p><p>Fabricante: Fresenius</p><p>fórmula nutricionalmente completa, indicada para pacientes com insuficiência hepática com riscos ou presença de encefalopatia (cirrose hepática, pré-transplante de fígado). Fórmula rica em BCAA.</p><p>Considerações finais</p><p>Em virtude do papel fundamental que o fígado ocupa, as doenças hepáticas afetam praticamente todos os aspectos nutricionais.</p><p>A recuperação do estado nutricional ou sua manutenção em um nível mais próximo da normalidade é fundamental no prognóstico dos pacientes hepatopatas.</p><p>A avaliação antropométrica desses pacientes é complexa, mas fundamental.</p><p>O aporte nutricional deve fornecer ao paciente uma dieta alimentar balanceada</p><p>Com o advento do transplante hepático, a manutenção do estado nutricional, além de ser pré-requisito, proporciona melhora da sobrevida do paciente pós-transplante.</p><p>A terapia nutricional constitui importante recurso terapêutico na prática clínica diária, principalmente no que diz respeito ao paciente hospitalizado.</p><p>Uma terapia nutricional eficaz proporciona melhor qualidade de vida redução da taxa de morbidade e mortalidade e de complicações na doença hepática crônica.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2ª ed.,São Paulo, SP: Manole, 2005 293 pg</p><p>http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4336</p><p>http://www.portaldosblogs.com.br/blog/?p=152</p><p>http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/265--TN_doencas_hepaticas.pdf</p><p>http://www.racine.com.br/nutricao-clinica/portal-racine/alimentacao-e-nutricao/nutricao-clinica/nutricao-nas-hepatopatias</p><p>http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-figado/alimentacao-doencas-figado/Paginas/recomendacoes-nutrientes-doencas-hepaticas.aspx</p><p>http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=2819</p><p>http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/clinica/livro3/cap/cap12.htm</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p><p>image18.jpeg</p><p>image19.jpeg</p><p>image20.gif</p><p>image2.jpeg</p>

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