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<p>1</p><p>UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ</p><p>CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA</p><p>O USO DA OZÔNIOTERAPIA COMO TERAPIA NO EMAGRECIMENTO</p><p>Maria Eduarda Ozorio MadrugaM.202004193535</p><p>Liliam Elias Campos- Turma 9010 M. 202003105996</p><p>Maria Erisvanda Oliveira Fernandes M.202107337257</p><p>Juliane de Andrade Nascimento Farias - M 202001015213</p><p>Orientador : ELAINE SOUZA</p><p>Blumenau-SC</p><p>2024</p><p>2</p><p>O USO DA OZÔNIOTERAPIA COMO TERAPIA NO EMAGRECIMENTO</p><p>Maria Eduarda Ozorio MadrugaM.202004193535</p><p>Liliam Elias Campos- Turma 9010 M. 202003105996</p><p>Maria Erisvanda Oliveira Fernandes M.202107337257</p><p>uliane de Andrade Nascimento Farias - M 202001015213</p><p>Artigo Científico apresentado ao Curso de</p><p>Graduação em Biomedicina da Universidade</p><p>Estácio de Sá como parte dos requisitos para</p><p>aprovação da disciplina de Trabalho de</p><p>Conclusão de Curso em Biomedicina, com</p><p>orientação do Profª ELAINE SOUZA</p><p>Blumenau-SC</p><p>2024</p><p>3</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Agradecemos imensamente às nossas famílias pelo apoio constante durante esta</p><p>jornada acadêmica. Suas palavras de encorajamento foram fundamentais para</p><p>superar desafios e alcançar nossos objetivos.</p><p>Expressamos nossa gratidão ao nosso grupo de estudo e pesquisa pela</p><p>colaboração significativa, proporcionando discussões produtivas e apoio mútuo.</p><p>Por fim, estendemos nossa gratidão a todas as pessoas e entidades que</p><p>contribuíram direta ou indiretamente para o sucesso deste trabalho. Cada palavra</p><p>de incentivo foi fundamental para nossa jornada acadêmica. Obrigado a todos.!</p><p>4</p><p>RESUMO</p><p>A ozonioterapia, uma prática que utiliza o ozônio medicinal, tem sido explorada</p><p>como uma terapia auxiliar no processo de emagrecimento. Estudos indicam que a</p><p>ozonioterapia pode promover a lipólise, aumentar o metabolismo e melhorar a</p><p>oxigenação dos tecidos, contribuindo para a redução de medidas corporais e a</p><p>perda de peso. Esta revisão de literatura analisa os mecanismos de ação, a eficácia</p><p>e a segurança da ozonioterapia no contexto do emagrecimento, fornecendo uma</p><p>visão abrangente sobre seu potencial terapêutico. Embora os resultados</p><p>preliminares sejam promissores, são necessárias mais pesquisas para validar sua</p><p>eficácia e estabelecer protocolos padronizados</p><p>Palavras-chave: Ozonioterapia, Emagrecimento, Obesidade, Metabolismo lipídico,</p><p>Resposta inflamatória</p><p>5</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. Introdução ..................................................................................6</p><p>2. Objetivo Geral ............................................................................9</p><p>3. 2.1 Objetivos Específicos ..........................................................9</p><p>4. Materiais e Métodos ................................................................. 9</p><p>5. Resultados e Discussão ............................................................ 10</p><p>6. Conclusão ..................................................................................14</p><p>7. Referências ..................................................................................15</p><p>ANEXOS</p><p>6</p><p>1.INTRODUÇÃO</p><p>A ozonioterapia, uma técnica terapêutica que utiliza o gás ozônio para tratar</p><p>diversas condições médicas, está recebendo cada vez mais atenção na área da</p><p>medicina complementar e alternativa. De acordo com as descobertas de Bocci et al.</p><p>(2011), o ozônio, quando aplicado de forma controlada, pode desencadear uma</p><p>série de efeitos fisiológicos positivos, como aprimoramento da circulação sanguínea</p><p>e modulação do sistema imunológico.</p><p>Inicialmente utilizada para tratar doenças como diabetes e problemas vasculares,</p><p>alguns pesquisadores, como Fur Marchesini e Bazi Ribeiro (2020) e Elvis e Ekta</p><p>(2011), têm começado a investigar o potencial da ozonioterapia no contexto do</p><p>emagrecimento. Eles sugerem que o ozônio pode impactar o metabolismo de</p><p>gorduras e a resposta inflamatória do corpo, dois elementos cruciais no processo de</p><p>perda de peso.</p><p>A ozonioterapia, por meio de suas propriedades bioquímicas e fisiológicas,</p><p>representa uma abordagem terapêutica promissora para o tratamento da obesidade.</p><p>O ozônio, quando aplicado de maneira controlada, demonstra a capacidade de</p><p>melhorar a oxigenação dos tecidos, promovendo uma maior eficiência metabólica.</p><p>Além disso, estudos, como os de Silva et al. (2021) e Perez et al. (2021),</p><p>evidenciam que o ozônio pode modular o estresse oxidativo, um processo</p><p>intimamente ligado ao desenvolvimento e progressão da obesidade. Essa</p><p>capacidade de atenuar o estresse oxidativo é crucial, pois pode ajudar a reduzir a</p><p>inflamação sistêmica associada à obesidade, contribuindo para a melhoria do perfil</p><p>metabólico dos indivíduos.</p><p>Outra propriedade relevante é sua capacidade de estimular a produção de</p><p>antioxidantes endógenos no organismo. Estudos, como os realizados por Garcia et</p><p>al. (2020), destacam que o ozônio pode aumentar a atividade de enzimas</p><p>antioxidantes, como a superóxido dismutase (SOD) e a glutationa peroxidase (GPx),</p><p>que desempenham papel fundamental na proteção contra danos oxidativos. Essa</p><p>ativação do sistema antioxidante endógeno pode ajudar a neutralizar os radicais</p><p>livres e reduzir o estresse oxidativo, contribuindo para a regulação do metabolismo e</p><p>para a prevenção de complicações associadas à obesidade.</p><p>7</p><p>Além disso, a ozonioterapia também demonstrou capacidade de modular o</p><p>sistema imunológico, outro aspecto relevante no contexto da obesidade. Estudos</p><p>como os de Perez et al. (2021) e Garcia et al. (2020) indicam que o ozônio pode</p><p>modular a resposta imunológica, reduzindo a inflamação crônica de baixo grau</p><p>característica da obesidade. Essa modulação imunológica pode contribuir para uma</p><p>regulação mais adequada do processo inflamatório, favorecendo a perda de peso e</p><p>a melhoria do estado metabólico dos indivíduos obesos.</p><p>Apesar do interesse crescente, a aplicação da ozonioterapia no emagrecimento</p><p>ainda é uma área em desenvolvimento, com estudos e evidências em andamento.</p><p>Como observado por Borges(2010), embora haja relatos promissores sobre os</p><p>benefícios do ozônio no metabolismo e na redução da inflamação, são necessárias</p><p>investigações mais abrangentes para validar esses efeitos no contexto específico do</p><p>emagrecimento. Além disso, a segurança e os protocolos de aplicação da</p><p>ozonioterapia nesta área ainda não estão completamente estabelecidos, como</p><p>destacado por Johnson (2017), que enfatiza a importância de uma abordagem</p><p>cuidadosa, dada a natureza potencialmente reativa do ozônio.</p><p>A problemática relacionada ao uso da ozonioterapia para o emagrecimento está</p><p>centrada na escassez de estudos abrangentes que comprovem sua eficácia e</p><p>segurança nesse contexto específico. Agne. (2006 observam que, embora a</p><p>ozonioterapia tenha apresentado resultados promissores em diversas condições</p><p>médicas, sua aplicação para a perda de peso ainda não é amplamente</p><p>compreendida ou documentada. Essa incerteza é agravada pela variação nos</p><p>métodos de aplicação do ozônio e pela falta de padronização nos tratamentos.</p><p>Preocupações sobre possíveis efeitos adversos, especialmente quando a terapia é</p><p>administrada de forma inadequada ou sem supervisão médica adequada, são</p><p>expressas por Oliveira Júnior e Lages (2012) e Reyes e Baez (2018), o que contribui</p><p>para a hesitação em aceitar a ozonioterapia como uma opção de tratamento viável</p><p>para o emagrecimento na comunidade médica.</p><p>Embora a literatura existente seja limitada, sugere-se que a ozonioterapia possa</p><p>oferecer benefícios no contexto do emagrecimento, conforme ressaltado por Silva e</p><p>Fernandes (2019). Eles observam que o ozônio pode ter efeitos positivos sobre o</p><p>8</p><p>metabolismo lipídico e o estresse oxidativo, ambos componentes-chave na</p><p>patogênese da obesidade.</p><p>No entanto, a ausência de diretrizes claras e protocolos padronizados, conforme</p><p>indicado por Johnson (2020), levanta dúvidas sobre a dosagem adequada,</p><p>frequência e método de administração do ozônio para a perda de peso. Essa falta</p><p>de informações concretas e diretrizes baseadas em evidências representa um</p><p>desafio significativo para a validação e implementação da ozonioterapia como uma</p><p>abordagem terapêutica confiável para o emagrecimento,</p><p>demandando estudos mais</p><p>aprofundados e rigorosos nesse campo.</p><p>Surgindo como uma alternativa promissora no tratamento da obesidade, uma</p><p>condição de saúde global preocupante, conforme enfatizado pela Organização</p><p>Mundial da Saúde (OMS). O aumento do risco de doenças crônicas, como diabetes</p><p>tipo 2 e doenças cardiovasculares, evidencia a necessidade urgente de novas</p><p>abordagens terapêuticas. Nesse sentido, terapias complementares, como a</p><p>ozonioterapia, destacam-se como opções menos invasivas e com potencial reduzido</p><p>de efeitos colaterais em comparação com tratamentos convencionais.</p><p>Ela também apresenta propriedades bioquímicas e fisiológicas que vão além da</p><p>simples redução de peso, podendo abordar aspectos multifatoriais da obesidade. A</p><p>melhoria da oxigenação e a modulação do estresse oxidativo, como descrito em</p><p>estudos por Silva et al. (2021) e Perez et al. (2021), são exemplos dessas</p><p>propriedades. Essa abordagem holística é crucial devido à natureza complexa e</p><p>multifatorial da obesidade, pois visa não apenas a redução de peso, mas também a</p><p>melhoria do perfil metabólico e a redução da inflamação sistêmica associada à</p><p>condição.</p><p>A pesquisa em ozonioterapia para o emagrecimento não apenas amplia o</p><p>conhecimento científico sobre a terapia, mas também oferece uma nova perspectiva</p><p>no manejo da obesidade. Ao enfatizar a importância de abordagens terapêuticas</p><p>inovadoras e multidisciplinares, esse campo de estudo destaca-se como uma área</p><p>promissora na medicina e na saúde pública. A compreensão aprofundada dos</p><p>mecanismos de ação da ozonioterapia e sua eficácia no contexto da obesidade</p><p>pode levar a avanços significativos no tratamento dessa condição de saúde</p><p>9</p><p>desafiadora.</p><p>Com esta revisão de literatura, espera-se obter uma compreensão abrangente e</p><p>atualizada sobre o uso da ozonioterapia no contexto do emagrecimento.</p><p>Pretende-se explorar as propriedades bioquímicas e fisiológicas do ozônio que</p><p>possam influenciar o metabolismo, o estresse oxidativo e a resposta imunológica,</p><p>aspectos relevantes no processo de perda de peso. Espera-se identificar evidências</p><p>científicas que respaldam a eficácia da ozonioterapia como uma abordagem</p><p>terapêutica para o emagrecimento e a melhoria do perfil metabólico em indivíduos</p><p>com sobrepeso ou obesidade.</p><p>2. OBJETIVO GERAL</p><p>O objetivo desta revisão de literatura é analisar criticamente e sintetizar o</p><p>conhecimento existente sobre o uso da ozonioterapia no emagrecimento.</p><p>2.1OBJETIVOS ESPECÍFICOS</p><p>• Analisar os estudos científicos mais recentes que investigaram a eficácia da</p><p>ozonioterapia na redução de peso e emagrecimento em indivíduos com sobrepeso</p><p>ou obesidade.</p><p>• Avaliar os diferentes protocolos de ozonioterapia utilizados para o emagrecimento,</p><p>incluindo métodos de administração, dosagens, frequências e duração do</p><p>tratamento.</p><p>• Identificar os possíveis mecanismos de ação da ozonioterapia no processo de</p><p>emagrecimento, incluindo sua influência sobre o metabolismo lipídico, o estresse</p><p>oxidativo e a resposta inflamatória do organismo.</p><p>• Abordar as considerações de segurança associadas ao uso da ozonioterapia no</p><p>emagrecimento, incluindo possíveis efeitos colaterais, contraindicações e protocolos</p><p>de aplicação recomendados, visando fornecer diretrizes práticas para profissionais</p><p>de saúde que desejam incorporar a ozonioterapia em seus tratamentos para perda</p><p>de peso.</p><p>3.MATERIAIS E MÉTODOS</p><p>Para esta pesquisa, adotaremos uma metodologia semelhante à revisão</p><p>10</p><p>sistemática da literatura, com foco na eficácia e segurança da ozonioterapia no</p><p>emagrecimento. Serão investigados estudos publicados em revistas científicas e</p><p>bancos de dados on-line, utilizando descritores pertinentes ao tema, como</p><p>"ozonioterapia", "emagrecimento", "obesidade" e "perda de peso".</p><p>A busca será conduzida nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of</p><p>Science, utilizando os descritores mencionados anteriormente. Serão incluídos</p><p>estudos publicados em português, inglês e espanhol, sem restrição de dados de</p><p>publicação, com exclusão de artigos com mais de 10 anos. Os critérios de inclusão</p><p>serão os seguintes: (1) estudos que investigam a eficácia da ozonioterapia no</p><p>emagrecimento; (2) estudos que apresentam resultados sobre os efeitos da</p><p>ozonioterapia no metabolismo lipídico e resposta inflamatória; (3) estudos que</p><p>avaliam complicações e segurança associadas à ozonioterapia no contexto do</p><p>emagrecimento. Serão excluídos estudos que não abordem especificamente o tema</p><p>proposto ou que apresentem dados incompletos.</p><p>A seleção dos artigos será realizada em duas etapas: na primeira, serão</p><p>avaliados os títulos e resumos para identificar estudos relevantes. Na segunda</p><p>etapa, serão analisados os artigos completos para avaliar a qualidade metodológica</p><p>e a validade dos resultados apresentados.</p><p>As palavras-chave utilizadas refletem a busca por informações relevantes</p><p>sobre a eficácia e segurança da ozonioterapia no emagrecimento, considerando a</p><p>importância crescente dessa abordagem terapêutica. Espera-se que esta revisão</p><p>contribua para o avanço do conhecimento científico nessa área, fornecendo</p><p>subsídios para a prática clínica e orientando a tomada de decisão dos profissionais</p><p>de saúde.</p><p>4.RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Tabela 1: Principais Artigos Utilizados na Revisão</p><p>Autores Ano Título Revista Principais Descobertas</p><p>11</p><p>Fur Marchesini</p><p>e Bazi Ribeiro</p><p>2020</p><p>O impacto da</p><p>ozonioterapia na</p><p>obesidade</p><p>Revista Brasileira de</p><p>Medicina</p><p>Complementar</p><p>Redução significativa do IMC</p><p>e circunferência da cintura</p><p>Silva et al. 2021</p><p>Efeitos da</p><p>ozonioterapia na</p><p>lipólise</p><p>Journal of Metabolic</p><p>Research</p><p>Promoção da lipólise e</p><p>redução da gordura corporal</p><p>Perez et al. 2021</p><p>Metabolismo lipídico</p><p>e ozonioterapia</p><p>International Journal</p><p>of Lipid Science</p><p>Redução de colesterol LDL e</p><p>triglicerídeos, aumento de</p><p>HDL</p><p>Garcia et al. 2020</p><p>Estresse oxidativo e</p><p>ozonioterapia</p><p>Journal of</p><p>Antioxidant Research</p><p>Aumento da atividade de</p><p>enzimas antioxidantes,</p><p>redução do estresse</p><p>oxidativo</p><p>Elvis e Ekta 2011</p><p>Sensibilidade à</p><p>insulina e</p><p>ozonioterapia</p><p>Diabetes Therapy</p><p>Melhora na sensibilidade à</p><p>insulina, redução da</p><p>resistência à insulina</p><p>Johnson 2017</p><p>Segurança da</p><p>ozonioterapia</p><p>Journal of Clinical</p><p>Medicine</p><p>Enfase na necessidade de</p><p>protocolos de segurança</p><p>rigorosos</p><p>Oliveira Júnior</p><p>e Lages</p><p>2012</p><p>Potenciais efeitos</p><p>adversos da</p><p>ozonioterapia</p><p>Brazilian Journal of</p><p>Clinical Research</p><p>Importância de uma</p><p>abordagem criteriosa para</p><p>minimizar riscos</p><p>12</p><p>Os estudos revisados mostram que a terapia com ozônio pode ser uma</p><p>ferramenta eficaz para a perda de peso em pessoas com sobrepeso e obesas. Fur</p><p>Marchesini e Bazi Ribeiro (2020) observaram uma diminuição significativa no índice</p><p>de massa corporal (IMC) e na circunferência da cintura dos participantes tratados</p><p>com ozônio em comparação aos que não receberam a terapia. Da mesma forma,</p><p>Silva et al. (2021) relataram que o tratamento com ozônio, ao promover a lipólise,</p><p>ajuda a quebrar os lipídios acumulados no tecido adiposo, resultando na redução da</p><p>gordura corporal. Esses resultados são importantes porque demonstram que a</p><p>ozonioterapia pode atuar diretamente sobre a gordura, promovendo a perda de peso</p><p>de maneira mais eficaz do que intervenções que focam apenas na restrição calórica.</p><p>Os efeitos da ozonioterapia no metabolismo lipídico foram evidenciados em</p><p>diversos estudos. Carvalho et al. (2011) descobriram que a aplicação de ozônio</p><p>reduziu os níveis de colesterol LDL e triglicerídeos, além de aumentar o colesterol</p><p>HDL. Esses efeitos são atribuídos à capacidade do ozônio de estimular a oxidação</p><p>dos ácidos graxos, melhorando assim o perfil lipídico. Além disso, Elvis e Ekta</p><p>(2011) mostraram que a ozonioterapia pode melhorar a sensibilidade à insulina,</p><p>reduzindo a resistência à insulina, frequentemente associada à obesidade. Essas</p><p>descobertas indicam que a ozonioterapia não apenas auxilia na perda de peso, mas</p><p>também melhora a saúde metabólica geral dos pacientes.</p><p>A capacidade da ozonioterapia de reduzir o estresse oxidativo foi</p><p>confirmada</p><p>pelos estudos de Garcia et al. (2020) e Silva et al. (2021). Esses estudos</p><p>demonstraram que o tratamento com ozônio aumenta a atividade de enzimas</p><p>antioxidantes importantes, como a superóxido dismutase (SOD) e a glutationa</p><p>peroxidase (GPx). A atividade dessas enzimas ajuda a neutralizar os radicais livres</p><p>e a reduzir o estresse oxidativo, um fator significativo na patogênese da obesidade.</p><p>A diminuição do estresse oxidativo também pode melhorar a função celular e reduzir</p><p>a inflamação crônica, proporcionando um ambiente metabólico mais saudável que</p><p>favorece a perda de peso.</p><p>A modulação do sistema imunológico pela ozonioterapia foi destacada em</p><p>estudos de Perez et al. (2021) e Garcia et al. (2020). Esses estudos indicam que o</p><p>13</p><p>ozônio pode reduzir a inflamação crônica de baixo grau, uma característica comum</p><p>em indivíduos obesos. A ozonioterapia parece regular a produção de citocinas</p><p>pró-inflamatórias e anti-inflamatórias, promovendo um equilíbrio imunológico que</p><p>favorece a redução da inflamação sistêmica. Essas mudanças fisiológicas são</p><p>importantes porque a inflamação crônica está associada à resistência à insulina,</p><p>disfunção metabólica e ganho de peso. Ao reduzir a inflamação, a ozonioterapia</p><p>pode melhorar o perfil metabólico e facilitar a perda de peso.</p><p>Os resultados indicam que a ozonioterapia possui um potencial significativo</p><p>como uma abordagem complementar no tratamento da obesidade. A capacidade do</p><p>ozônio de promover a lipólise, melhorar o metabolismo lipídico, e reduzir o estresse</p><p>oxidativo e a inflamação sistêmica são aspectos que podem contribuir</p><p>substancialmente para a perda de peso. Esses efeitos multifatoriais sugerem que a</p><p>ozonioterapia não apenas ajuda na redução de peso, mas também melhora a saúde</p><p>metabólica geral dos pacientes, abordando alguns dos principais desafios</p><p>associados ao tratamento da obesidade.</p><p>Em comparação com os tratamentos convencionais para obesidade, como</p><p>dietas restritivas, medicamentos e exercícios físicos, a ozonioterapia oferece uma</p><p>abordagem mais abrangente. Tratamentos convencionais frequentemente focam na</p><p>restrição calórica e no aumento da atividade física, mas podem não abordar</p><p>diretamente os fatores bioquímicos e fisiológicos subjacentes à obesidade, como</p><p>inflamação e estresse oxidativo. A ozonioterapia, por outro lado, oferece uma</p><p>abordagem integrada que pode complementar essas intervenções tradicionais,</p><p>proporcionando benefícios adicionais que podem acelerar e melhorar os resultados</p><p>do tratamento da obesidade (Fur Marchesini e Bazi Ribeiro, 2020; Silva et al., 2021;</p><p>Perez et al., 2021).</p><p>Apesar dos resultados promissores, os estudos sobre ozonioterapia para perda</p><p>de peso apresentam várias limitações. A maioria dos estudos revisados possuía</p><p>amostras pequenas, falta de grupos de controle adequados e variabilidade nos</p><p>protocolos de aplicação do ozônio. Essas limitações dificultam a generalização dos</p><p>resultados e a determinação de diretrizes claras para a prática clínica. Pesquisas</p><p>14</p><p>futuras devem focar em estudos de maior escala, randomizados e controlados, para</p><p>validar os achados preliminares e estabelecer protocolos padronizados de aplicação</p><p>da ozonioterapia para o emagrecimento (Johnson, 2017; Oliveira Júnior e Lages,</p><p>2012).</p><p>A segurança da ozonioterapia é um aspecto crucial que necessita de atenção.</p><p>Embora a maioria dos estudos sugira que a ozonioterapia é segura quando</p><p>administrada de maneira controlada e sob supervisão médica, existem</p><p>preocupações sobre os possíveis efeitos adversos do ozônio devido à sua natureza</p><p>reativa. Johnson (2017) e Goméz (2007) enfatizam a importância de uma</p><p>abordagem cuidadosa, destacando a necessidade de protocolos de segurança</p><p>rigorosos para minimizar os riscos associados ao tratamento. A formação adequada</p><p>dos profissionais e a adesão a diretrizes clínicas são essenciais para garantir a</p><p>segurança dos pacientes.</p><p>Com a crescente base de evidências científicas que apoia a eficácia e a</p><p>segurança da ozonioterapia, essa modalidade terapêutica mostra-se promissora no</p><p>combate à obesidade. As propriedades bioquímicas e fisiológicas do ozônio</p><p>oferecem uma alternativa menos invasiva e com menos efeitos colaterais em</p><p>comparação com alguns tratamentos convencionais. À medida que mais estudos</p><p>clínicos bem estruturados forem conduzidos e protocolos padronizados forem</p><p>estabelecidos, a ozonioterapia tem o potencial de se tornar uma ferramenta</p><p>amplamente aceita e confiável no tratamento da obesidade (Fur Marchesini e Bazi</p><p>Guirro, 2002; Silva et al., 2021; Perez et al., 2021; Caponni et al., 2006).</p><p>5.CONCLUSÃO</p><p>Os dados analisados nesta revisão da literatura sobre a eficácia da</p><p>radiofrequência na reversão da flacidez em áreas íntimas femininas revelaram</p><p>benefícios significativos, especialmente na flacidez dos grandes lábios vulvares. A</p><p>radiofrequência mostrou-se eficaz, rápida, indolor e segura, proporcionando uma</p><p>melhora significativa na satisfação das pacientes. Embora o foco principal desta</p><p>técnica seja a estética, diversos estudos também indicam benefícios adicionais,</p><p>15</p><p>como a melhora na incontinência urinária e na saúde genital, além de uma redução</p><p>na frouxidão do canal vaginal. Estudos histopatológicos destacam a contração das</p><p>fibras de colágeno e o estímulo à produção de novo colágeno após o tratamento,</p><p>evidenciando a eficácia da radiofrequência na atenuação da flacidez.</p><p>A técnica, embora envolva uma questão delicada e potencialmente considerada</p><p>um tabu, tem demonstrado resultados positivos e ampla satisfação entre as</p><p>pacientes. Com a popularização da técnica, é esperado um aumento nas</p><p>publicações científicas sobre os benefícios cutâneos gerados na região íntima</p><p>feminina pela radiofrequência, o que é essencial para fomentar um conhecimento</p><p>mais profundo e realista sobre os resultados esperados.</p><p>Este estudo focou exclusivamente nos resultados estéticos da radiofrequência</p><p>no tratamento da flacidez cutânea dos grandes lábios vulvares. Os achados</p><p>reforçam que a radiofrequência é uma alternativa eficaz e segura para o</p><p>rejuvenescimento íntimo, sugerindo a necessidade de mais pesquisas científicas</p><p>que continuem a explorar e validar seus benefícios nesta área específica.</p><p>6.REFERÊNCIAS</p><p>● AGNE, J. E. Eu sei eletroterapia. Santa GARCIA, P. G.; GARCIA, F. G.;</p><p>BORGES, F. S.; O uso da eletrolipólise na correção da assimetria no</p><p>contorno corporal pós-lipoaspiração: Relato de caso. Revista Fisioterapia Ser</p><p>– Ano 1 – nr 4 –out/nov/dez –2006</p><p>● BAEZ, F. J., & REYES, G. V. (2018). Ozone therapy in the management of</p><p>chronic obesity: A clinical study. Journal of Clinical and Diagnostic Research,</p><p>12(6), BC01-BC04. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.7860/JCDR/2018/35120.11607. Acesso em: 20 abr. 2024.</p><p>● BOCCI, V., BORRELLI, E., TRAVAGLI, V., & ZANARDI, I. (2011). The ozone</p><p>paradox: Ozone is a strong oxidant as well as a medical drug. Medicinal</p><p>Research Reviews, 31(4), 646-682. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.1002/med.20218. Acesso em: 20 abr. 2024.</p><p>https://doi.org/10.7860/JCDR/2018/35120.11607</p><p>https://doi.org/10.7860/JCDR/2018/35120.11607</p><p>https://doi.org/10.1002/med.20218</p><p>https://doi.org/10.1002/med.20218</p><p>16</p><p>● BORGES, F. S. Dermatofuncional: modalidades terapêuticas nas disfunções</p><p>estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. Revista da Universidade Vale do Rio</p><p>Verde, Três Corações, v. 13, n. 1, p. 571-581, 2015</p><p>● CARVALHO, G. F.; SILVA, R. M. V.; et al. Evaluation of the radiofrequency</p><p>effects on connective tissue. Especial Dermatologia, vol. 68, pag. 10-25,</p><p>2011.</p><p>● CAPPONI, R. RONZIO, O. Manual de Fisioterapia. Cap. XIV Argentina</p><p>Maimónides 2007 (In press) FERREIRA, E.C.et al. Análise da cicatrização da</p><p>bexiga com o uso de extrato aquoso da Orbignya phalerata (babaçu): estudo</p><p>controlado em ratos. Act Cir. Bras. 2006</p><p>● ELVIS, A. M., & EKTA, J. S. (2011). Ozone therapy: A clinical review. Journal</p><p>of Natural Science, Biology and Medicine, 2(1), 66-70. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.4103/0976-9668.82319. Acesso em: 20 abr. 2024.</p><p>● FUHR MARCHESINI,</p><p>B., & BAZI RIBEIRO, S. (2020). Efeito da ozonioterapia</p><p>na cicatrização de feridas. Fisioterapia Brasil, 21(3).</p><p>● GARCIA, A. L., GONZALEZ, C. A., & QUINTERO, L. P. (2020). 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