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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * MASSAS * * * Introdução Importancias: - Quantidade produzida; - Valor econômico e nutricional; - Variedade e complexidade das transformações antes e após o preparo; - Possibilidade de desenvolver novos produtos. * * * Composição básica das massas Farinha e água (componentes essenciais); Outros ingredientes: Lipídios Fermento (químico e biológico) Ovos Leite Açúcares Aromatizantes e corantes * * * Transformações nas massas Farinha + água + ingredientes secundários Processamento mecânico Hidratação de proteínas, formação do glúten, formação de emulsões, formação de CO2, dissolução de sais, açúcares e incorporação de ar, atividade enzimática e crescimento da massa Processamento térmico Aumento da formação e da pressão do CO2 e do ar, formação de vapor de água e dilatação do seu volume, inativação enzimática, reação de Maillard, caramelização, desnaturação de proteínas, gelificação do amido e crescimento da massa Resfriamento Retrogradação do amido e envelhecimento da massa * * * Farinha de trigo e seus componentes Farinha: produto da moagem controlada do grão de trigo, com separação granulométrica do amido e proteínas dos demais componentes OBS:. Composição varia com o tipo de trigo, origem e época de plantio COMPOSIÇÃO DA FARINHA Lipídios (1-2%) 50 a 60% de ácido linoléico Polares Não polares * * * Açúcares solúveis (1 a 2%) Melibiose Maltose Glicose e frutose Proteínas (7 a 13%) Albuminas e globulinas (15%) Prolaminas e glutelinas (85% - 1:1) Amido (50 a 70%) Amilose (24%) Amilopectina (restante) Define a qualidade da massa * * * Pentosanas (2 a 4%) Participam da retenção de água e estrutura por interação com amido Água, sais, enzimas e outros (15 a 25%) Carotenóides (cor amarela) Antoxantinas OBS:. Farinha branca é resultado do tratamento com agentes oxidantes como cloro, mistura de cloro com cloreto de nitrosila ou azodicarbonamida * * * Formação do glúten e estrutura da massa Farinha de trigo + água Hidratação das proteínas Gliadinas + Gluteninas Associam (Ligações de H, Van der Waals e pontes dissulfeto -S-S-) GLÚTEN * * * ESQUEMA DO GLÚTEN * * * OBSERVAÇÕES Alta % de prolina evita formação de hélices completas, expondo os grupos para interligarem; Reações de quebra e formação de novas pontes dissulfeto modificam a estrutura do glúten (glutationa e ácido ascórbico) tornando-as mais estáveis -S1H + -S2-S3- -S2H + -S1-S3- -S3H + -S2-S1- * * * Durante o branqueamento com agentes oxidantes ocorre menor formação de -S-S-; Presença de agentes oxidantes (bromato e iodeto de potássio) torna o glúten mais resistente a ruptura; Agentes redutores fazem o contrário; OBS:. Agentes oxidantes apenas melhoram a resistência, mas não transformam trigo mole em duro * * * Fatores não fisiológicos que afetam o glúten Teor de água insuficiente; Excesso de manuseio mecânico; Excesso de oxidação; Enzimas proteolíticas; Falta de lipídios OBS:. Propriedades do glúten não dependem somente da ligação -S-S- * * * Função de outros ingredientes na massa Sal e açúcar Sabor e controle da atividade de água Proteínas do leite e ovo Permitem a massa maior consistência; Melhora a resistência à tração; Melhora capacidade de formar emulsão (lecitina da gema) * * * Lipídios Palatabilidade; Melhorar mastigação; Melhorar resistência do glúten (lubrificação); Melhoria do glúten facilita formação de bolhas e crescimento da massa * * * Fermento químico (Bicarbonato e fosfato) Melhora o crescimento da massa (desenvolvimento e dilatação de CO2, ar e vapor de água no interior da massa) Reações químicas produzem CO2. Fermento biológico (leveduras) Leveduras fermentam açúcares solúveis produzindo CO2, sabor e aroma específicos (outros componentes menores). * * * Crescimento das massas Inicia após homogeneização; Condicionado pela resistância do glúten, produção de CO2, liberação de ar e vapor de água; Equilíbrio entre esses fatores garante uma massa de qualidade; Quanto maior a expansão de gases e resistência do glúten, mais cresce a massa (porosa); Bolhas de ar formadas durante a homogeneização devem ser bem distribuídas (alojam o CO2); Dilatação das bolhas faz a massa crescer. * * * OBS:. Bolachas é essencial um crescimento pequeno e rápido somente durante o aquecimento (bicarbonato de amônio forma CO2 e NH3 já a 50 - 60ºC) * * * Estrutura das massas prontas Aquecimento desnatura proteínas e gelifica o amido (mantém a forma da massa pronta); Ação dos três agentes do crescimento aumentam o volume durante o aquecimento; Desnaturação do glúten e gelificação do amido mantém a forma e permite perda de boa parte dos gases; Muito fermento ou glúten fraco ocorre ruptura e perda de gases antes da estruturação (colapso); * * * Temperatura de cozimento inicial muito baixa promove perda de gases antes da estruturação (rigidez da massa); Temperatura de cozimento inicial muito alta promove rigidez na superfície e pouco crescimento; Cor e aroma são devido a reação de Maillard e caramelização * * * Funções das gorduras Proporcionam ar para o crescimento da massa, quando batida antes da incorporação; Atuam nas paredes das bolhas, melhorando sua impermeabilização e aumentando a resistência a saída de gases e vapor; Facilita ruptura pela mastigação (maciez); Ação lubrificante, permitindo o deslizamento das camadas de glúten (torna a massa quebradiça - massa folhada) * * * Envelhecimento das massa Inicia tão logo a massa cozida começa a ser resfriada; Retrogradação do amido; Redistribuição e perda de água livre; Diminuição da friabilidade (transforma em um produto duro e seco) * * * Controle do envelhecimento Apesar de não ser possível evitar o envelhecimento da massa, ele pode ser retardado da seguinte forma: Congelamento; Adição de monoacilgliceróis que retardam a retrogradação; Utilização de amido modificado * * * Outras farinhas Melhor é o trigo; Centeio + trigo (glúten do centeio tem baixa elasticidade); Arroz, milho ou soja (somente como aditivo ao trigo); Mandioca tem sido associada ao trigo para fabricar pão.
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