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HOME CARE
O QUE É HOME CARE?.................................................................................2
BENEFÍCIOS DO HOME CARE......................................................................4
TraTamenTo humanizado...................................................................................................5
aTendimenTo personalizado..............................................................................................6
aumenTo na disponibilidade de leiTos.................................................................................7
PANORAMA DO SETOR..............................................................................8
REALIDADE DO SETOR DE HOME CARE.......................................................10
COMO TRABALHAR COM HOME CARE.......................................................12
aberTura de uma empresa................................................................................................13
O caso do MEI..........................................................................................................14
desafios do Home Care..................................................................................................15
Falta de equipamentos........................................................................................15
Autonomia dos colaboradores..........................................................................16
Familiares e pacientes.........................................................................................17
seleção e reTenção de profissionais.................................................................................17
maTéria-prima e esToque.................................................................................................18
invesTimenTo....................................................................................................................19
CONCLUSÃO............................................................................................20
SUMÁRIO
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HOME CARE 1
Quando uma pessoa apresenta um quadro clínico grave, é natural que seja 
internada para garantir a máxima atenção possível. No entanto, estudos apontam 
que em determinadas situações o cuidado doméstico por fazer mais bem para a 
saúde do indivíduo do que em um ambiente hospitalar.
O home care é uma tendência que cresceu rapidamente ao redor do mundo, 
e chegou ao Brasil com alto potencial, se destacando cada vez mais como uma 
prática altamente recomendada, principalmente para indivíduos de mais idade.
Essa continuidade do tratamento em um ambiente domiciliar é respaldada 
pelos órgãos médicos nacionais e constituem um crescente nicho de mercado 
relacionado a expandir os cuidados com a saúde da população.
É um serviço crescente, que pode ser uma excelente ideia de negócio, 
considerando que as pessoas vivem cada vez mais e buscam por cuidado aliado ao 
conforto para seguir com a sua vida da melhor maneira possível.
Não é uma área restrita aos cuidados paliativos e nem para a geriatria, mas de 
ampla cobertura em muitos quadros específicos.
Venha conferir qual é a realidade prática deste trabalho, os pré-requisitos e 
como se profissionalizar diante dessa tendência.
Boa leitura!
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O QUE É HOME CARE?
O termo Home Care pode ser traduzido como “cuidados em domicílio” no 
contexto da saúde. Em outras palavras, o paciente recebe alta do hospital para 
prosseguir com o seu tratamento em casa, quando é possível.
Inclusive, para as famílias que possuem mais recursos, é possível montar 
uma estrutura completa na residência com todos os confortos e praticidade que 
uma unidade de internação é capaz de oferecer.
Mas, e qual é a diferença entre um cuidador e um profissional do home care?
É preciso compreender que o cuidador é um profissional especializado em 
tomar conta da saúde e do bem-estar de outra pessoa. O home care é um segmento 
da saúde, ou uma área complexa e uma modalidade de serviço que envolve uma 
equipe multidisciplinar.
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Um cuidador pode fazer parte dessa equipe, no entanto, não está apto 
a realizar todos os procedimentos necessários, dependendo da gravidade do 
caso.
Esse tipo de atendimento é recomendado para pacientes com dificuldade 
de locomoção ou redução na sua autonomia, principalmente quando o 
tratamento em questão é de longo-prazo, podendo ser extremamente 
desgastante o ato de ir e voltar do hospital várias vezes.
Um dos exemplos mais poderosos é o caso dos cuidados oncológicos. 
Por serem procedimentos que cobram muito do paciente no sentido 
emocional, realizar parte deles no conforto do lar pode ser uma maneira 
de atenuar os efeitos e até mesmo contribuir com a recuperação.
Outra confusão comum sobre o tema, é a comparação com os cuidados 
paliativos. Esse segundo termo diz respeito aos cuidados com pessoas que já 
estão no fim da vida e precisam de um conforto diferenciado. Eles fazem parte 
do home care, mas não são a totalidade.
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BENEFÍCIOS DO HOME 
CARE
Conforme afirma o Dr. Tacyo Bonfim, diretor da Assiste Vida, 
o home care e a ciência possuem um caminho tortuoso que 
precisa ser corrigido o quanto antes. Atualmente, existem muito 
mais estudos do que no passado mas, ainda, muito aquém do que 
seria o ideal para que essa prática atingisse o seu maior potencial.
Bonfim afirma que essa dificuldade existe, em maior parte, pela 
falta de incentivo financeiro para pesquisas na área, afinal, é uma 
maneira de retirar os pacientes dos hospitais. Para os pacientes, 
costuma ser uma alternativa muito mais barata.
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Essa visão é corroborada pela consultoria Informe Markets, 
especializada em ciência de dados e posicionamento digital em diversos 
setores da economia.
A pandemia se tornou um momento na história onde 
as inovações deram um salto sem precedentes, justamente pelo 
isolamento social que foi a primeira medida a ser pensada 
para combater o avanço da doença, que culminou com pacientes 
forçosamente internados em casa, quando os casos eram leves ou 
moderados.
Nesse cenário, os hospitais se viram obrigados a expandir as suas 
operações para a casa das pessoas, de modo que no período, conforme 
o Núcleo Nacional de Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar, 
NEAD, houve um crescimento de 35% no número de pacientes sob essa 
modalidade de serviço.
TraTamenTo humanizado
Ficar internado em uma unidade de saúde, mesmo que seja um 
hospital de ponta, não é agradável para a maioria das pessoas. Existem 
regras a serem seguidas, os cardápios são fixos e rígidos, além de precisar 
conviver em um ambiente hostil com diversas outras enfermidades.
Para alguns, ajuda a ser mais grato a vida, mas para outras pessoas, 
é um tormento.
A maior dificuldade nesses momentos é justamente ter a sua 
individualidade reprimida, uma vez que precisa permanecer em um 
local público sob os cuidados de pessoas que, provavelmente, não verá 
mais após o término do tratamento.
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Com esses cuidados em domicílio, o paciente fica próximo da 
família e dentro das possibilidades e recomendações, pode voltar à 
sua rotina e aos seus hábitos. Isso faz uma grande diferença na saúde 
mental do indivíduo.
Com essas vantagens, o tratamento pode ser mais curto, uma vez 
que o corpo está mais aberto a receber os procedimentos necessários 
para ser curado.
aTendimenTo personalizado
Em um hospital, cada paciente possui a sua própria prescrição e 
protocolo de atendimento. No entanto, trata-se de um serviço muito 
mais padronizado. Um mesmo médico ou enfermeiro precisa cuidar 
de dezenas de pessoas em um curto espaço de tempo, não podendo 
se dar ao luxo de parar por alguns instantes para analisar o caso em 
profundidade após cada sessão.
Com o home care, cada paciente é único, e a equipe que se 
desloca ao local normalmente é composta por profissionais escolhidospelo próprio indivíduo. Com essa alta personalização no atendimento, 
se torna muito mais simples criar uma relação de confiança, que é 
essencial para que a pessoa aceite o tratamento de "peito aberto".
Pouco se discute sobre o tema, e ele é até tratado como um 
tabu, mas esse relacionamento médico-paciente é fundamental para 
a eficácia do diagnóstico. O paciente pode deixar de relatar alguns 
sintomas, justamente por ficar retraído ao se deparar com um estranho 
que exige tantos detalhes. No home care, o paciente está no seu 
ambiente seguro e controlado.
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aumenTo na disponibilidade de leiTos
É importante pontuar que o home care contribui para o 
desenvolvimento de toda a área da saúde no país. Quando o paciente pode 
deixar o hospital para seguir com os cuidados em casa, está liberando um leito 
para outra pessoa.
Conforme Edmundo Ribeiro, diretor-executivo do S.O.S. Vida, o home 
care reduz o tempo de internação, que por consequência, diminui as chances 
de o paciente contrair uma infecção hospitalar, que são doenças que surgem 
em hospitais e costumam ser altamente nocivas.
Paralelamente, a própria tecnologia médica, por meio das healthtec, 
startups focadas na área da saúde, é desenvolvida. É preciso compreender que 
soluções surgem quando há uma clara demanda por elas.
Com o aumento no número de pessoas internadas em casa, a possibilidade 
de montar uma infraestrutura completa e segura, aumenta, justamente por 
uma maior disponibilidade de produtos e serviços dedicados exclusivamente a 
essa modalidade de cuidado.
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PANORAMA DO SETOR
Conforme os dados mais atualizados da NEAD, única associação 
de âmbito nacional para as empresas de atenção domiciliar, o número de 
empreendimentos na área foi de 18 em 2012 para 830 em 2019. Um crescimento 
de 46 vezes em um intervalo de 7 anos.
O estudo ainda realiza uma análise sobre todo o sistema de saúde 
nacional. De acordo com recomendação da Organização Mundial da Saúde, é 
recomendado que haja entre 3 e 5 leitos hospitalares para cada mil habitantes, 
e no Brasil cerca de 75,24% dos municípios não conseguem atingir esse nível.
A organização afirma que se não fosse os atuais níveis de home care no 
país, esses números poderiam ser ainda mais dramáticos, uma vez que os 
pacientes em cuidados domiciliares estariam ocupando leitos nessas unidades 
que já não são capazes de suprir a demanda.
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Segundo dados apresentados pelo Datasus, em 2019, 10.871 pessoas 
foram internadas sob a modalidade home care. Paralelamente, o programa 
Melhor em Casa do Ministério da Saúde conta com quase 1500 equipes 
multidisciplinares em 577 municípios de 26 estados do país, podendo atender 
até 34% da população.
Ao longo de todo o programa, mais de 280 mil pessoas já foram 
cadastradas e o tempo médio de internação é de aproximadamente 25 dias.
As principais causas para internações são doenças nos aparelhos 
digestivo, respiratório, circulatório e geniturinário, além de doenças mentais, 
de pele, osteomusculares, congênitas, no sistema nervoso e o câncer.
De acordo com o Conselho Nacional de Estabelecimentos de Saúde, 
o Nordeste foi a região que apresentou maior crescimento em 3 anos, de 
aproximadamente 200%. Porém, o Sudeste ainda conta com 41,5% de todos 
negócios no ramo.
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REALIDADE DO SETOR DE 
HOME CARE
Ao contrário do que muitos pensam, essa é uma área muito ampla e diversa. 
Cerca de 5% das empresas possuem até 4 funcionários, 21% de 50 a 99, e 8% 
mais de 500. Conforme o censo realizado pelo NEAD, 37% dos trabalhadores são 
técnicos em enfermagem, 12% são cuidadores de idosos e 9% são enfermeiros.
O ticket médio diário está em torno de R$ 212 para serviços de atendimento 
em domicílio e, para internações domésticas, R$ 742. Paralelamente, os custos 
com a operação são de R$ 142 e R$ 615, respectivamente.
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NOME
Nota-se, portanto, que os atendimentos individuais apresentam uma 
maior margem de lucro para quem pretende ingressar e se profissionalizar 
no setor. É preciso ter em mente que esse é um serviço que pode durar 
pouco, ou muito tempo, dependendo da resposta do paciente ao tratamento 
prescrito.
Cerca de 16% dos pacientes internados de modo domiciliar em 2019, 
ficaram nessa situação por menos de 30 dias. 22% entre 30 e 90 dias, e 62% 
acima disso. Conforme os dados, as empresas responderam, em média, a 7442 
diárias por mês.
Uma estimativa realizada pela organização afirma que quase 30 mil 
profissionais da área são terceirizados, enquanto pouco mais de 6,5 mil são 
efetivamente contratados via CLT.
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COMO TRABALHAR COM 
HOME CARE
A área de cuidados é ampla no Brasil e apesar de as organizações 
médicas e o Poder Público recomendarem capacitação para tal, é comum que 
esse tipo de emprego seja de maneira informal, principalmente com relação à 
idosos que não possuem graves problemas de saúde, mas precisam de apoio 
na rotina.
Porém, o atendimento médico em domicílio é altamente regulamentado, 
uma vez que trata até mesmo da administração de medicamentos e alguns 
procedimentos simples de rotina.
Para os enfermeiros e técnicos de enfermagem, o Conselho Federal de 
Enfermagem regula por meio da Resolução 270 de 2002. Já os médicos estão 
sob a Resolução nº 1668 de 2003 do Conselho Federal de Medicina.
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Dessa maneira, simplesmente se interessar pela área não é suficiente. 
Será necessário buscar qualificações e especializações.
aberTura de uma empresa
Apesar disso, tenha em mente que para ser proprietário não é 
necessário ser médico para abrir uma empresa de home care. De qualquer 
maneira, você precisará contar com uma equipe multidisciplinar para oferecer 
um serviço completo, então, mesmo tendo registro no Conselho Federal de 
Medicina, serão necessários sócios de outras áreas ou colaboradores que 
complementam as necessidades.
Para abrir a empresa, é necessário observar toda a burocracia natural 
para a abertura de qualquer negócio, como registro na junta comercial, alvará 
de bombeiros e da prefeitura, além de diversos outros documentos.
É importante lembrar que dificilmente você poderá abrir um micro 
empreendedor individual (MEI), uma vez que precisará de mais de um 
colaborador e, com o alto ticket do setor, o faturamento limite é facilmente 
rompido.
Além de toda essa documentação e trâmites legais, é preciso estar atento 
e analisar com seriedade uma série de legislações específicas da área, que 
estão sempre sujeitas a mudanças ou novas interpretações por parte do poder 
público e dos órgãos reguladores, aqui listamos os principais.
• Portaria n. 2.029/ 2011. Institui a Atenção Domiciliar no 
âmbito do SUS.
• Portaria n. 2.727/2011. Redefine a Atenção Domiciliar no SUS.
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• RDC n. 11/2006. Dispõe sobre o Regulamento Técnico 
de Funcionamento de Serviços que prestam Atenção 
Domiciliar.
• Resolução COFEN Nº 0464/2014. Normatiza a atuação da 
equipe de enfermagem na atenção domiciliar.
• Resolução CFM nº 1.668/2003 - Dispõe sobre normas 
técnicas necessárias à assistência domiciliar de paciente, 
definindo as responsabilidades do médico, hospital, 
empresas públicas e privadas; e a interface multiprofissional 
neste tipo de assistência.
A área de saúde, por bem, possui uma série de legislações e órgãos 
reguladores próprios. Dessa maneira, é preciso estar atualizado sobre o 
setor e contar com o acompanhamento de especialistas empresariais e que 
conhecem bem sobre esse mercado.
O caso do MEI
Anteriormente, mencionamos as pesquisas realizadas pelo NEAD, 
deixando claro que grande parte dos trabalhadores desse setor são 
contratados sob terceirização.
O MEI não é possível abrir uma empresa que ofereça serviços completos, 
porém, cada colaborador individualmente pode ser um microempreendedor 
individual que presta serviços à diferentesempresas.
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Na verdade, essa é uma das metodologias mais utilizadas e não é à 
toa ser a mais comum. Como não há uma unidade central de tratamento 
e os pacientes estão espalhados pela área de atuação, uma organização 
descentralizada acaba sendo muito mais eficaz.
Nesse caso, é fundamental contar com uma formação na área, de 
médico, enfermeiro, técnico de enfermagem ou cursos correlacionados e 
reconhecidos pelos órgãos reguladores.
desafios do Home Care
Assim como todo tipo de negócio, o home care possui desafios 
específicos e que só serão notados a partir do momento em que a empresa 
entrar em operação e fazer os seus primeiros atendimentos.
Tenha em mente que problemas surgirão todos os dias, e como 
se está trabalhando com a saúde das pessoas, também mexerá com o 
emocional do indivíduo e da família. Dessa maneira, uma equipe altamente 
qualificada é fundamental, não somente de profissionais da saúde, mas 
contadores, advogados e especialistas em atendimento.
Falta de equipamentos
Sem dúvidas, a falta de equipamentos profissionais é o maior desafio 
para o home care. É evidente que a medicina moderna é constituída por 
tecnologia e inovação que surgem diariamente para suprir as crescentes 
demandas de novas doenças que aparecem quase no mesmo ritmo.
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Com isso em mente, é preciso ter muita clareza sobre o que a sua 
equipe poderá ou não fazer. Não é viável comprar equipamentos caros 
para serem transportados de um lado para o outro, e em certa medida é 
totalmente impraticável.
Esses equipamentos poderão fazer falta, e é preciso que o paciente e a 
família estejam cientes que em situações adversas, recorrer ao hospital ou 
clínicas pode ser necessário.
No entanto, ao definir o seu público-alvo é possível até desenhar 
cenários em que os próprios pacientes possam adquirir esses equipamentos 
para si, como macas profissionais, monitores cardíacos e outras tecnologias 
mais populares.
Em alguns casos, é possível que o paciente sem condições financeiras 
entre na justiça para conseguir esses materiais por um determinado período. 
Tudo depende do tipo de serviço que a sua empresa pretende prestar.
Autonomia dos colaboradores
Em primeiro lugar, um serviço de home care é um tipo de negócio como 
todos os outros. É preciso seguir as boas práticas de gestão para construir 
uma marca sólida e reconhecida pelo mercado.
Paralelamente, os colaboradores são os profissionais que estão 
na rotina dos pacientes, convivendo dia a dia com os casos em que se 
envolvem. Isso é extremamente positivo para criar maior personalização 
no atendimento.
Paradoxalmente, é um desafio. Com equipes descentralizadas é mais 
difícil criar uma cultura organizacional sólida. O treinamento e capacitação 
do time é fundamental para que todos compreendam a imagem que a marca 
se dispõe a passar e os princípios norteadores.
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Familiares e pacientes
Os próprios familiares e pacientes podem ser um desafio para o trabalho 
de uma equipe de home care. Afirmamos isso pois, como é comum algumas 
profissões similares não serem regulamentadas, é natural que haja uma 
confusão entre a expectativa do serviço e o que, de fato, é realizado.
Por exemplo, um cuidador de idosos pode ajudar o indivíduo a ir ao 
banheiro e tomar banho, dependendo das demandas e das suas atribuições 
acordadas. Um enfermeiro, tão pouco um médico, não faz esse tipo de serviço.
É claro que esse pode ser um diferencial do seu negócio, no entanto, por 
padrão, não é.
Dessa forma é fundamental deixar explícito em contrato quais são as 
funções de cada membro da equipe que se dedica a um paciente específico. 
Para os Conselhos Federais, tanto de medicina quanto de enfermagem e 
farmácia, há atribuições muito bem definidas, porém, você não pode contar 
com o conhecimento do público leigo.
Ainda, saiba que se houver conflito por essa razão, não é um motivo 
pessoal. Tudo o que o familiar deseja é o melhor atendimento possível para o 
membro da sua família. Se você deixa claro o que será feito e o que não pode 
ser executado, as chances de surgirem esses problemas caem drasticamente.
seleção e reTenção de profissionais
É preciso saber de antemão que o Brasil é carente de profissionais da 
saúde especializados em home care. Dessa forma, a sua busca deve sempre 
focar pela excelência e qualificação dos colaboradores.
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Ao se deparar com um médico ou enfermeiro altamente gabaritado e que 
possui um interesse genuíno em entrar na área, pode ser muito mais eficiente 
oferecer um treinamento do que buscar um do ramo que já conhece, mas não 
esteja tão engajado com a proposta.
Se o gestor da empresa possui apenas uma função administrativa, no 
sentido mais puro da palavra, relacionado às contas e às burocracias, não há 
necessidade de ser especialista na área. No entanto, é fundamental contar com 
uma consultoria focada na área da saúde para tomar decisões acertadas.
Como já falado anteriormente, trata-se de um negócio como outro 
qualquer no sentido jurídico e fiscal, porém, na prática, possui regras e códigos 
próprios que precisam ser respeitados à risca.
Por exemplo, de acordo com a Resolução Cofen nº 270/02, se a empresa 
deseja contar com enfermeiros no quadro, é obrigatório que haja pelo menos 
1 por turno, além de 1 responsável técnico pela coordenação dos enfermeiros, 
que também, é um profissional reconhecido da área com notório saber das 
ciências da saúde.
Além do mais, a presença de um médico é obrigatória 24 horas por dia, 7 
dias por semana. Ou seja, pelo menos mais do que um profissional com essa 
qualificação será exigido para que a rotina seja saudável para os pacientes e 
colaboradores.
maTéria-prima e esToque
Até aqui falamos pouco sobre os farmacêuticos nesse serviço, que 
também são personagens fundamentais para que o negócio funcione. Afinal, 
estamos falando em tratamentos de saúde que, na maioria dos casos, exigem 
intervenção medicamentosa.
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No entanto, a gestão de estoque de medicamentos é um desafio à 
parte, que deve aliar bom senso e boas práticas de administração. Até mesmo 
os grandes hospitais têm dificuldade em encontrar esse equilíbrio.
É preciso contar com um estoque que seja suficiente para suprir as 
demandas dos pacientes, porém, que não comprometa o capital de giro da 
empresa. Por ser um serviço altamente personalizado, pode ser até mais 
simples se comparado com grandes negócios da saúde.
A melhor maneira de ser assertivo é formar parcerias com farmácias. 
Dependendo do seu porte, as indústrias são parceiros estratégicos, mas no 
começo, pequenos negócios locais com um relacionamento sólido de parceria 
podem resolver muito bem a questão.
invesTimenTo
Tudo depende da sua necessidade. Se o profissional deseja abrir uma 
microempresa individual para prestar serviços para negócios de home care, o 
investimento é exclusivamente em capacitação e nos processos burocráticos.
Já as empresas precisam pensar em toda a estrutura física, logística 
e custos operacionais. São os tradicionais custos fixos e variáveis, além 
do investimento inicial. Todas essas informações devem estar já presentes 
no plano de negócios até mesmo para atestar a viabilidade econômica do 
empreendimento.
Conforme levantamento do SEBRAE, abrir uma empresa nessa área, 
considerando somente os custos iniciais com estrutura, passa dos R$ 170 mil. 
Ou seja, é preciso estar preparado para entrar no mercado com um propósito e 
desejo de fazer a empresa se tornar um sucesso.
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HOME CARE
O investimento é alto para a maioria dos brasileiros e o tempo médio 
para que seja recuperado é altamente variável, visto que existe uma grande 
desigualdade no país. Por exemplo, na região Sudeste, o mercado já é mais 
desenvolvido, ou seja, a empresa entra em meio aos competidores, já na 
região Norte, o mercado tem mais espaço, porém, precisa ser construído.
CONCLUSÃO
O home care éuma área da saúde que se preocupa em tratar do 
paciente na sua zona de conforto e segurança. O processo pode ser muito mais 
rápido e eficiente justamente por estar no conforto de casa cercado pela família 
e seus amigos, diferente do ambiente burocrático e tenso de um hospital.
É preciso criar confiança entre os pacientes, visto que, para entrar na 
casa das pessoas, a melhor via de divulgação é o tradicional boca a boca, ou as 
recomendações feitas de um cliente para o outro.
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	O que é Home Care?
	Benefícios do Home Care
	Tratamento humanizado
	Atendimento personalizado
	Aumento na disponibilidade de leitos
	Panorama do setor
	Realidade do setor de Home Care
	Como trabalhar com home care
	Abertura de uma empresa
	O caso do MEI
	Desafios do Home Care
	Falta de equipamentos
	Autonomia dos colaboradores
	Familiares e pacientes
	Seleção e retenção de profissionais
	Matéria-prima e estoque
	Investimento
	Conclusão