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Alterações Cervicais Profa. Ma. Thuany Cavalcante Ectopia Cervical • Caracteriza-se pela presença de epitélio colunar, incluindo glândulas na ectocérvice, sendo observado frequentemente em adolescentes e adultos jovens. Embora seja de natureza benigna, a presença de ectopia pode favorecer a instalação de algumas ISTs, como clamídia, gonorreia e o HPV. Ectopia Cervical • A presença de epitélio colunar na ectocérvice é conhecida como ectrópio ou ectopia. Esta é uma condição fisiológica induzida pelo efeito do estrogênio no colo do útero. • Um ectrópio é visível como uma mancha vermelha no centro do colo do útero e tem uma aparência suave e aveludada. Ectopia Cervical • As características do epitélio colunar (vilosidades e fissuras) são melhor visualizadas após a aplicação do ácido acético. Muitas vezes, a JEC é claramente demarcada como uma fina linha branca. Ectopia Cervical • O epitélio colunar na ectocérvice pode ter evidências de alterações metaplásicas de graus variáveis. Com o avançar da idade, o epitélio metaplásico substitui gradualmente o ectrópio e este desaparece. Ectopia Cervical • Às vezes, o estiramento do colo do útero pelas lâminas do espéculo pode dar origem à falsa aparência de ectrópio. O fechamento das lâminas do espéculo permite que os lábios do colo uterino recuem e o epitélio colunar não seja mais visível. Ectrópio é uma condição fisiológica e nenhum tratamento é necessário. No entanto, o epitélio colunar exposto pode ser infectado repetidamente, causando corrimento vaginal excessivo, ou pode causar um sangramento pós-coito incômodo. Em tais situações, a ablação do epitélio colunar por crioterapia ou termocoagulação pode acelerar a substituição do epitélio colunar por epitélio escamoso maduro. Displasia ou Neoplasia Intraepitelial Cervical • A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta um longo período de lesões precursoras, assintomáticas, curáveis na quase totalidade dos casos quando tratadas adequadamente, conhecidas como NIC II/III (ou lesões de alto grau) e AIS (adenocarcinoma in situ). • A NIC I representa a expressão citomorfológica de uma infecção transitória produzida pelo HPV e têm alta probabilidade de regredir, de tal forma que atualmente não é considerada como lesão precursora do câncer do colo do útero Displasia ou Neoplasia Intraepitelial Cervical • A história natural do câncer do colo do útero geralmente apresenta um longo período de lesões precursoras, assintomáticas, curáveis na quase totalidade dos casos quando tratadas adequadamente, conhecidas como NIC II/III (ou lesões de alto grau) e AIS (adenocarcinoma in situ). • A NIC I representa a expressão citomorfológica de uma infecção transitória produzida pelo HPV e têm alta probabilidade de regredir, de tal forma que atualmente não é considerada como lesão precursora do câncer do colo do útero Nomenclatura Citopatológica e Histopatológica • Em 1988 o National Cancer Institute (USA) em Bethesda, Maryland propôs um sistema de guia para a interpretação dos esfregaços cervicovaginais. • Esse sistema foi modificado em 2001 e aprovado no Congresso Americano. • Esse sistema baseia- se em uma classificação bimodal que divide as lesões intraepiteliais escamos em BAIXO (correspondendo a NIC I) e ALTO GRAU (correspondendo ao NIC II e NIC III). • Em 2006, o Brasil fez uma adaptação do Sistema de Bethesda, Nomenclatura Brasileira para Laudos Citopatológicos Cervicais. • Para uma descric ̧ão completa das categorias diagnósticas atualmente utilizadas no Brasil, recomenda- se a consulta a ̀ Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais. N o m en cl a tu ra C it o p a to ló g ic a e H is to p a to ló g ic a Siglas: neoplasia intraepitelial cervical (NIC); lesões intraepiteliais de baixo grau (LSIL); lesões intraepiteliais de alto grau (HSIL). N o m en cl a tu ra C it o p a to ló g ic a e H is to p a to ló g ic a Recomendações de Conduta Inicial na Atenção Primária em Saúde Adequabilidade da Amostra Amostra insatisfatória para avaliação: É considerada insatisfatória a amostra cuja leitura esteja prejudicada pelas razões: • Material acelular ou hipocelular (75% do esfregaço) por presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular. • Nestes casos não é possível se dar algum diagnóstico. Recomendações: • O exame deve ser repetido em 6 a 12 semanas com correção, quando possível, do problema que motivou o resultado insatisfatório. Adequabilidade da Amostra Amostra satisfatória para avaliação: Designa amostra que apresente células em quantidade representativa, bem distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que sua observação permita uma conclusão diagnóstica. Células presentes na amostra (representativas dos epitélios do colo do útero): − Células escamosas. − Células glandulares (não inclui o epitélio endometrial). − Células metaplásicas (Junção Escamocolunar - JEC) - sua presença na amostra tem sido considerada como indicador da qualidade da coleta, pelo fato de essa coleta buscar obter elementos celulares representativos do local onde se situa a quase totalidade dos cânceres do colo do útero. Epitélios do Colo do Útero Resultado citológico normal, alterações benignas e queixas ginecológicas • Resultado citológico dentro dos limites da normalidade no material examinado. • Alterações celulares benignas (reativas ou reparativas): • Inflamação sem identificação de agente; • Resultado citológico indicando metaplasia escamosa imatura; • Resultado citológico indicando reparação; • Resultado citológico indicando atrofia com inflamação; • Resultado citológico indicando alterações decorrentes de radiação ou quimioterapia; • Achados microbiológicos (Lactobacillus sp., Cocos., outros Bacilos); • Citologia com células endometriais normais fora do período menstrual ou após a menopausa. Consulta de Retorno • Interpretação do resultado do exame e condutas. • Orientação sobre periodicidade de realização do exame. • Comunicação da alteração detectada no exame para a mulher e realização de apoio emocional e esclarecimento de suas dúvidas. • Abordar, a depender do resultado, sobre a necessidade de acompanhamento por meio de exame citopatológico, colposcopia ou outros procedimentos. • É comum a remissão espontânea de lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LSIL). • Garantia da continuidade do cuidado em momento oportuno e encaminhamento para serviços de referência em diagnóstico e/ou tratamento do câncer de colo do útero, conforme necessidade. Acompanhamento • Realizar encaminhamento dos casos que necessitam de avaliação nos serviços de referência de acordo com os critérios estabelecidos. • Contato contínuo com mulheres com resultado alterado, para estimular a adesão ao tratamento e detectar as faltosas. • Realização de busca ativa de mulheres dentro da população-alvo e com exame em atraso. • Seguimento de casos alterados. Slide 1: Alterações Cervicais Slide 2: Ectopia Cervical Slide 3: Ectopia Cervical Slide 4: Ectopia Cervical Slide 5: Ectopia Cervical Slide 6: Ectopia Cervical Slide 7: Displasia ou Neoplasia Intraepitelial Cervical Slide 8: Displasia ou Neoplasia Intraepitelial Cervical Slide 9 Slide 10 Slide 11: Nomenclatura Citopatológica e Histopatológica Slide 12: Nomenclatura Citopatológica e Histopatológica Slide 13 Slide 14: Recomendações de Conduta Inicial na Atenção Primária em Saúde Slide 15: Adequabilidade da Amostra Slide 16: Adequabilidade da Amostra Slide 17: Epitélios do Colo do Útero Slide 18: Resultado citológico normal, alterações benignas e queixas ginecológicas Slide 19: Consulta de Retorno Slide 20: Acompanhamento