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ALEITAMENTO MATERNO
 • AM exclusivo: até 6 meses 
 • AM complementado: pelo menos até os 2 anos 
 • Fases: Colostro (+ proteína e fatores de proteção) - Leite de Transição - Leite Maduro 
(mais lipídio, carboidrato e caloria) 
 • Fatores de proteção: IgA, fator bífido, pré e pró bióticos, oligossacarídeos)
 • Chave do sucesso: TÉCNICA ADEQUADA (Pega e posicionamento) 
 • Armazenamento: medidas de higiene, armazenar em geladeira por até 12 horas e 
congelador por até 15 dias 
 • Dificuldades: sempre corrigir técnica e manter AM
 • - Ingurgitamento: esvaziar as mamas
 • - Mastite: atb 
 • - Candidíase: antifúngico tópico para mãe e oral para bebê
 • - Baixo ganho de peso: avaliar diurese, evacuação e hidratação 
 • Contraindicações: 
 • Absolutas: mãe com HIV ou HTLV, RN com galactosemia 
 • Suspensão temporária: herpes na mama, hepatite C com fissura, uso de substância 
 • Manter com uso de máscara: tuberculose, influenza, COVID 
1. DEFINIÇÕES 
 • Aleitamento materno (AM) exclusivo: apenas leite 
materno (LM), independente se mama direto ao 
seio ou se recebe o leite ordenhado. Também pode 
receber medicações.
 • Aleitamento materno predominante: LM e outros 
líquidos, como água ou chá. Mas não recebe outros 
tipos de leite. 
 • Aleitamento materno complementado: LM e 
alimentação (entra em vigor após o início da 
introdução alimentar). 
 • Aleitamento misto ou parcial: LM e outros 
tipos de leites. 
2. ORIENTAÇÕES 
 • Deve ser exclusivo até os 6 meses de idade. 
 • Deve ser em livre demanda, ou seja, sem intervalo 
definido e sem duração de mamada definida. 
 • Deve ser complementado (LM + alimentação) após 
os 6 meses até pelo menos 2 anos de vida. 
 • Deve se iniciado em sala de parto, ainda na 1ª hora 
de vida (Golden Hour), trazendo benefícios como : 
 • Favorecer o vínculo da mãe com o bebê.
 • Favorecer a descida mais rápida do leite.
3. LACTOGÊNESE 
3.1 Fases
Fase I: 2ª metade da gestação 
 • Os dois hormônios principais nesta fase são 
o estrogênio e a progesterona, os quais são 
responsáveis pelo preparo da mama para a 
lactação. 
 • A prolactina está inibida nessa fase, devido a 
progesterona elevada.
Fase II: Primeiros dias após o parto
 • Com a saída da placenta há uma queda da 
progesterona e aumento da prolactina 
 • Ocorre a apojadura (descida do leite), entre o 3º e 
4º dia pós-parto
 • Esse processo independente da sucção. 
Fase III: Galactopoiese
 • Fase de manutenção da lactação. 
 • Depende de dois fatores: sucção e esvaziamento 
adequado da mama
3.2 Hormônios envolvidos 
Prolactina 
 • Produzida pela hipófise anterior 
 • Responsável pela produção láctea 
Patrícia Silveira Sartori - patsartori8@gmail.com - 11449868690-715
PUERICULTURA2
Ocitocina
 • Produzida pelo hipotálamo e armazenada na 
hipótese posterior 
 • Responsável pela ejeção do leite
 • Estímulos positivos: contato com RN 
 • Estímulos negativos: estresse, dor 
4. CARACTERÍSTICAS DO LEITE MATERNO 
4.1 Colostro:
 • Até 3 a 5 dias.
 • Rico em fatores de proteção 
(imunoglobulinas-IgA).
 • Contém mais proteínas, eletrólitos, vitaminas 
(+ vitamina A) e menos gorduras e carboidratos 
em relação ao leite maduro.
4.2 Leite de transição: 
 • Mudança do colostro até o leite maduro.
4.3 Leite maduro: 
 • Após 10-15 dias. 
 • Mais lipídeos, calorias e lactose em relação ao 
colostro. 
 • Função: dar energia para o crescimento e 
desenvolvimento da criança. 
4.4 Caracterização do leite anterior e do 
leite posterior
 • O leite posterior teria maior presença de lipídios e 
de calorias, em relação ao leite anterior, e ele seria 
liberado somente ao final da mamada. 
 • No entanto, atualmente essa definição não é mais 
utilizada, pois durante toda a mamada é liberado 
tanto leite anterior quanto leite posterior. 
4.5 Componentes principais do leite: 
 • Principal componente: Água (90% )
 • Principal carboidrato: Lactose (leite humano tem 
mais lactose que o leite de vaca).
 • Principal proteína: Lactoalbumina. Proteína do 
soro, mais facilmente digerida pelo bebê e com 
potencial alergênico menor quando comparada 
à caseína. O leite materno tem uma relação de 
proteínas do soro/caseína mais elevada em relação 
ao leite de vaca. 
 • LC-PUFA (Ácidos graxos poli-insaturados 
de cadeia longa) - DHA, ARA: Participam da 
mielinização do sistema nervoso, fazendo parte do 
desenvolvimento neurológico e retiniano. 
4.6 Fatores de proteção: 
 • IgA: principal imunoglobulina do leite materno, 
conferindo proteção das mucosas. 
 • Oligossacarídeos: impedem a ligação de bactérias 
na mucosa e modulam a microbiota intestinal. 
 • Pré/probióticos: modulam a microbiota intestinal 
favorecendo a proliferação de bactérias boas 
e reduzindo a proliferação de bactérias com 
potenciais patogênicos. 
 • O fator bífido: estimula o crescimento de 
lactobacilos bífidos, levando a acidificação das 
fezes, o que dificulta a proliferação de bactérias 
patogênicas
 • Lisozima, lactoferrina e leucócitos: também são 
fatores de proteção. 
4.7 Comparando o leite de vaca com o 
leite humano: 
Leite Humano Leite de Vaca
Proteína + +++ (caseína)
Lipídio ++ +++
Caloria ++ +++
Lactose +++ +
Eletrólitos + +++ 
(excesso Ca, P, Na)
Ferro Bem absorvido Mal absorvido
Vitamina Pouca Vit D, K Pouca Vit. A, C
 • O leite de vaca é um leite excessivo para o RN. 
 • O leite de vaca tem todos os componentes em 
maior quantidade em relação ao leite humano, com 
a exceção da lactose, que é mais presente no leite 
humano.
 • Os eletrólitos em excesso no leite de vaca, causam 
uma sobrecarga proteica e eletrolítica no RN 
humano, que tem TGI e rins imaturos. 
 • Para lembrar: as vitaminas em pouca quantidade 
no leite humanosão as mesmas que se faz 
reposição. Vitamina K na sala de parto, ferro e 
vitamina D nos dois primeiros anos de vida. 
 • LM de mães de RN pré-termo possui mais proteína, 
lipídio, caloria, fatores de proteção, eletrólitos e 
vitaminas; mas possui menos lactose que o LH do 
RN termo. É mais adequado às demandas do bebê 
prematuro. 
 • A fórmula infantil é feita de leite de vaca 
modificado com intuito de ser mais semelhante 
ao LM, mas ainda assim não se compara ao leite 
materno. 
Patrícia Silveira Sartori - patsartori8@gmail.com - 11449868690-715
ALEITAMENTO MATERNO 3
 • Composição nutricional adequada à demanda 
e à capacidade digestiva/renal. 
 • Diminuição da mortalidade infantil, porque 
reduz a ocorrência de quadros diarreicos e de 
infecções respiratórias. 
 • Reduz processos alérgicos (ex.: dermatite atópica). 
Bem como a incidência de doenças crônicas na 
vida adulta (sobrepeso, obesidade e DM2). 
 • Melhor desenvolvimento cognitivo e intelectual. 
 • A sucção estimula o desenvolvimento adequado 
da cavidade oral. 
 • Desenvolvimento adequado do vínculo da mãe 
com o bebê.
5. BENEFÍCIOS PARA O BEBÊ 
6. BENEFÍCIOS PARA A MÃE 
 • Vínculo mãe-bebê. 
 • Reduz a incidência de hemorragia pós-parto.
 • Economia e praticidade (fórmulas tendem a ser bem 
caras e andar com mamadeira é menos prático).
 • Reduz a chance de câncer de mama, ovário, 
endométrio.
 • Pode promover o status de amenorreia lactacional, 
desde que em aleitamento materno exclusivo nos 
primeiros 6 meses.
 • Reduz a incidência de DM2 e depressão pós-parto.
7. TÉCNICA 
7.1 Posicionamento: 
 • Relação do corpo do bebe em relação ao corpo da 
mãe. 
 • Rosto do bebê de frente para a mama (nariz do 
bebê de frente, em oposição ao mamilo).
 • Corpo do bebê próximo ao da mãe (“barriga com 
barriga”).
 • Bebê com cabeça, pescoço e tronco alinhados.
 • Bebê bem apoiado. 
7.2 Pega: 
 • Forma que o bebê se acopla ao mamilo para 
realizar a sucção. 
 • Bebê engloba toda a aréola, não só o mamilo. 
 • Aréola mais visível acima do que abaixo. 
 • Boca bem aberta. 
 • Lábio inferior evertido (pra fora). 
 • Queixo toca a mama, enquanto o nariz está livre 
7.3 Sinais de técnica inadequada: 
 • Bochecha encovada 
 • Ruídos/estalidos: quando abocanha a aréola deve 
haver uma vedação adequada, não emitindo 
nenhum ruído.
 • Mama esticada oudeformada: leite não sai e 
machuca a mama gerando fissuras. 
 • Mamilo achatado após a amamentação. 
 • Presença de dor e/ou fissuras. A mãe pode 
apresentar desconforto nos primeiros dias, mas 
não deve sentir dor e, com passar dos dias, deve 
haver melhora do desconforto. 
Observação: Essa técnica é a recomendação para 
o início da amamentação. Com o crescimento e 
desenvolvimento do bebê, apartir dos 6-9 meses, 
não precisamos interferir na técnica, desde que 
o bebe esteja ganhando peso e a mãe não tenha 
queixas. 
8. ORDENHA E ARMAZENAMENTO 
 • Relevância: a maioria das mães precisa ordenhar, 
já que a maioria das licenças de maternidade 
no Brasil duram 4 meses, enquanto que o AM 
exclusivo deve durar 6 meses. 
 • Passos:
 • Higiene (colocar touca e máscara cirúrgica, lavar 
as mãos e lavar a mama somente com água). 
 • Massagem da mama, para facilitar a ejeção do 
leite. 
 • Realizar a ordenha manual (em C) ou com bomba. 
 • Armazenar em frasco de vidro (esterelizado / 
fervido) com tampa de plástico. 
 • Tempo de duração do leite ordenhado: até 12 horas 
na geladeira (meio dia) e 15 dias no congelador 
(meio mês).
 • Descongelar em banho-maria com fogo desligado. 
 • Oferecer via copo ou colher dosadora. Evitar 
mamadeira pois esta está associada a desmame 
precoce e confusão de bico. 
Patrícia Silveira Sartori - patsartori8@gmail.com - 11449868690-715
PUERICULTURA4
O nosso objetivo é sempre manter o aleitamento. A 
chave do aleitamento é a correção da técnica. Então, 
sempre orientar a técnica e estimular o aleitamento, 
fortalecendo a mãe para que ela não desista. 
9.1 Trauma mamilar, fissura, dor: 
 • Ocorre por técnica inadequada
 • Além de corrigir a técnica, a mãe deve:
 • Manter o mamilo seco, pois o ambiente úmido 
dificulta a cicatrização.
 • Iniciar pela mama menos afetada. A sucção 
desencadeia o reflexo de ejeção na mama 
contralateral, facilitando a amamentação. 
 • Interromper a mamada adequadamente. 
Colocar o dedo no canto da boca do bebê para 
ele sugar o dedo e soltar a mama.
 • Ordenhar um pouco antes da amamentação A 
mama tensa dificulta a pega e sucção. 
 • Amamentar em diferentes posições. 
 • Não usar intermediários, pois estão associados 
a mais fissuras mamilares. 
 • Analgesia materna via oral. 
 • Aplicar o próprio leite materno, já que ele 
apresenta benefícios na cicatrização. Não 
aplicar outros produtos 
9.2 Ingurgitamento mamário
 • Pode ser Fisiológico ou patológico:
 • Fisiológico: logo após a apojadura, devido a 
produção maior do que o consumo. A mama 
pode ficar tensa e dolorosa.
 • Patológico: apresentações clínicas semelhantes 
ao fisiológico, porém exacerbadas (mamas 
quentes, pesadas, tensas e “empredradas”). 
 • Tratamento: esvaziar adequadamente as mamas 
(mamadas frequentes, além de massagem 
e ordenha antes e, se necessário, após as 
mamadas), analgesia via oral, compressas frias 
entre as mamadas, sutiã firme.
9.3 Candidíase Mamária
 • Apresentação: dor, prurido, ardor/fisgadas, pele 
friável, descamação 
 • Tratamento: manter mamilo seco, exposição 
transitória à luz solar, retirar bichos (chupeta e 
intermediários), antifúngico tópico na mama e 
antifúngico tópico oral para o bebê 
 • Diagnóstico diferencial: Fenômeno de Raynaud 
mamário, no qual ocorre isquemia intermitente dos 
mamilos, causando palidez, dor intensa, fisgadas 
e queimação. O manejo deve ser feito com a 
correção da pega, amamentação em ambiente 
aquecido, uso de compressas mornas e evitando 
expor mamilos ao frio.
9.4 Mastite puerperal 
 • Inflamação que pode ou não estar relacionada a 
infecção bacteriana (principal agente: S. aureus). [
 • Pode ser uma evolução da ingurgitação / fissura 
mamária. 
 • Quadro clínico: hiperemia, edema, calor local, 
normalmente em um só quadrante da mama, 
associado a dor e febre. 
 • Conduta: Manter aleitamento, esvaziar as 
mamas adequadamente (mamadas frequentes, 
se necessário ordenha), antibioticoterapia VO 
(cefalexina, amoxicilina + clavulanato), analgesia VO.
9.5 Abscesso mamário 
 • Evolução da mastite 
 • Quadro clínico: zona de flutuação, descarga 
purulenta, podendo ter sinais sistêmicos, inclusive 
sepse. 
 • Investigação: Ultrassom 
 • Conduta: drenagem, antibiótico EV, manter AM (se 
possível, nas 2 mamas), esvaziar as mamas.
9.6 Baixo ganho ponderal
 • Fortalecer a mãe que não existe “leite fraco”. 
 • Lembrar da perda de peso fisiológica do RN, 
perdendo até 10% do peso ao nascer, recuperando 
em até 10-14 dias de vida. 
 • Lembrar que no primeiro trimestre o bebê deve 
ganhar em torno de 25-30g/dia e no segundo 
trimestre por volta de 20g/dia. Caso bebê fora 
dessa faixa, vamos: 
 • Avaliar desidratação e alteração do exame 
físico.
 • Avaliar diurese e evacuações, deve ocorrer em 
torno de 5-8 diureses por dia após a descida do 
leite. Para a evacuação não temos uma medida 
específica, mas em média o bebê deve evacuar 
após cada mamada, após a saida de todo 
mecônio (até 5 dias de vida). 
 • Avaliar técnica de amamentação.
 • Examinar a mama materna. 
 • Conduta: orientar a técnica, manter o aleitamento 
e retorno precoce. 
9. DIFICULDADES 
Patrícia Silveira Sartori - patsartori8@gmail.com - 11449868690-715
ALEITAMENTO MATERNO 5
10.1 Absolutas: 
 • Materna: HIV, HTLV, Medicações (maioria dos 
quimioterápicos e alguns imunossupressores).
 • Bebê: Galactosemia.
10.2 Situações especiais:
 • Mãe com Tuberculose bacilífera, após início de 
tratamento materno: 
 • Manter amamentação.
 • A mãe deve adotar medidas de higiene 
(máscara cirúrgica, ambiente arejado), até que 
esteja abacilífera (2 semanas após início do 
tratamento).
 • Se mastite tuberculosa ou TB multidroga 
resistente: suspensão temporária. 
 • Mãe com influenza, COVID: 
 • Manter AM.
 • Medidas de higiene (higiene das mãos e 
máscara facial).
 • Mãe com CMV e RN

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