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377 CAPÍTULO XXXIII - EPISTAXE Victor Eulálio de Sousa Campelo Vanessa Noeme Correa Isadora Maria de Carvalho Marques DOI-Capítulo: 10.47538/AC-2021-10.33 QUESTÕES 1. (FUNCAB/GO-2016-Médico Otorrinolaringologista) O local mais comum na fossa nasal de epistaxe é: a) Corneto inferior. b) Corneto médio. c) Septo posterior. d) Corneto superior. e) Septo anterior. 2. (UNIFESP – 2018- Médico Otorrinolaringologista/Pronto Socorro) Paciente com epistaxes recorrentes, em grande quantidade. Realizou algumas visitas ao Pronto Atendimento, recebendo tamponamentos anteriores com controle do quadro. Muitas vezes, já sem sangramento ativo durante a consulta de urgência. Em exames laboratoriais realizados nas consultas de urgência, há evidência de queda de 4 g/dL nos níveis de hemoglobina. Qual a origem mais provável do sangramento e a melhor conduta, considerando que está sem sangramento ativo e sem tamponamento no momento? a) Artéria etmoidal anterior. Internação, avaliação endoscópica sob anestesia geral e cauterização do ponto de sangramento. b) Artéria esfenopalatina. Internação, avaliação endoscópica sob anestesia geral e cauterização da artéria esfenopalatina. c) Artéria etmoidal anterior. Tamponamento anterior da região superior do nariz com gazes. d) Artéria esfenopalatina. Tamponamento anteroposterior com sonda Foley e cauterização endoscópica da artéria esfenopalatina. e) Nenhuma das alternativas. 3. (UNIFESP – 2018- Médico Otorrinolaringologista/Pronto Socorro) Assinale a alternativa que correlaciona as características com a origem da epistaxe: A. Epistaxe de grande monta, de origem posterior. B. Epistaxe autolimitada, sem gravidade. C. Tratada geralmente com cauterização química. D. Seu tratamento cirúrgico pode falhar se todos os seus ramos não forem abordados. E. Epistaxe de grande monta, porém intermitente. F. Um parâmetro importante para sua identificação é a crista etmoidal. 1.Plexo de Kiesselbach. 2.Artéria esfenopalatina. 3.Artéria etmoidal anterior. a) A-2; B-1; C-2; D-3; E-2; F-3. 378 b) A-2; B-3; C-1; D-2; E-2; F-3. c) A-2; B-3; C-3; D-2; E-2; F-3. d) A-2; B-1; C-1; D-2; E-3; F-2. e) A-2; B-3; C-2; D-3; E-3; F-2. 4. A epistaxe é definida como sangramento proveniente da mucosa nasal. Estima-se que cerca de 60% da população já apresentou ao menos 1 episódio durante a vida, em sua maioria autolimitado. Em relação a esse assunto, marque a alternativa incorreta: a) Cerca de 90% dos sangramentos da mucosa nasal são de origem posterior. b) O sangramento anterior é mais frequente em hipertensos e adultos acima de 40 anos. c) Dentre os fatores predisponentes sistêmicos, incluem: hipertensão arterial, doenças hematológicas e medicamentos anticoagulantes. d) A epistaxe posterior a aterosclerose dos vasos sanguíneos é um dos principais fatores etiológicos. e) Em casos de epistaxe recorrente, é extremamente importante investigar com nasofribrolaringoscopia para descartar tumores. 5. Epistaxe é a urgência otorrinolaringológica mais frequente, definida como qualquer sangramento proveniente da mucosa nasal. Dentre os fatores predisponentes, marque a alternativa incorreta: a) Hipertensão Arterial. b) Desvio de septo nasal. c) Síndrome de Rendu-Osler-weber. d) Inalação de ar quente e úmido. e) Doenças Hematológicas. 6. A Síndrome de Rendu-Osler-Weber é uma das principais doenças vasculares causadoras de uma urgência otorrinolaringológica, em relação a isso afirma-se: a) É uma doença autossômica recessiva. b) A síndrome apresenta um grande espectro clínico, havendo sempre vários órgãos envolvidos. c) Caracteriza-se clinicamente por: telangiectasias, epistaxe recorrente e história familiar. d) Não há relação com malformações arteriovenosas. e) É uma displasia fibrovascular frequente. 7. A epistaxe é definida como um sangramento de origem na mucosa nasal e decorre de uma alteração da hemostasia normal do nariz. Esta hemostasia pode estar comprometida devido a anormalidades na mucosa nasal, à perda da integridade vascular ou a alterações de fatores de coagulação. Ela pode ser anterior ou posterior, uni ou bilateral. Sobre a epistaxe, é incorreto afirmar: a) O trauma digital é o maior responsável pelos sangramentos nasais em crianças, sendo a rinite alérgica um desencadeador da manipulação digital. b) Nas crianças, geralmente, o sangramento é proveniente da região posterior da cavidade nasal e de difícil controle. c) A epistaxe é uma das principais emergências otorrinolaringológicas. d) A epistaxe pode determinar consequências como: aspiração, anemia, hipóxia e IAM. e) A epistaxe é rara em crianças menores de dois anos de idade e deve ser considerado doenças como a trombocitopenia, traumas e maus tratos. 379 8. A epistaxe é o sangramento da mucosa nasal de característica autolimitada, decorrente de uma alteração da hemostasia normal do nariz. Em relação a isso, é incorreto afirmar: a) Área de Woodruff é responsável pelos sangramentos posteriores, localizando-se posteriormente à concha média. b) Lesões que levam à perda da integridade da mucosa nasal levam ao extravasamento de sangue dos seios cavernosos para o espaço extravascular, e daí para o exterior da mucosa nasal. c) Na área de Little ocorrem anastomoses entre o sistema Carotídeo Interno e o sistema Carotídeo Externo, também conhecido como Plexo de Kisselbach. d) A artéria carótida interna é o maior responsável pelo fluxo sanguíneo no nariz, através dos ramos maxilar e facial. e) São causas sistêmicas de epistaxe: coagulopatias, hipertensão arterial sistêmica, anti- inflamatórios não-hormonais e anticoagulantes. 9. Em relação à etiologia da epistaxe, marque a alternativa incorreta: a) Todos os tumores da cavidade nasal podem provocar epistaxe, sendo um sinal tardio dessas neoplasias. b) Corpos estranhos podem ser considerados quando o sangramento estiver associado a uma coriza purulenta, sendo o diagnóstico diferencial a rinossinusite. c) Processos inflamatórios da mucosa nasal podem alterar o muco protetor, levando à invasão por agentes patogênicos que lesam a mucosa e levam à formação de crostas, exposição de vasos e consequentemente epistaxe. d) Na epistaxe posterior, os principais fatores etiológicos são a aterosclerose dos vasos sanguíneos, levando ao rompimento dos mesmos por pico hipertensivo. e) Angiofibroma nasofaríngeo é um exemplo clássico de tumor maligno que causa sangramento nasal, e deve sempre ser investigado em paciente acima de 50 anos, do sexo feminino, com hemorragia recidivante. 10. A epistaxe é uma urgência otorrinolaringológica, com diversos fatores etiológicos. Em relação a isso, afirma-se: a) Cerca de 60% da população apresentará pelo menos um episódio de epistaxe na vida b) Sangramento em crianças menores de 2 anos é frequente c) Sangramento posterior é mais frequente em crianças e adultos jovens. d) A hipertensão arterial não é um fator sistêmico de grande relevância. e) Os sangramentos anteriores são mais graves e necessitam de medidas invasivas para seu controle. 11. A epistaxe se caracteriza por um pico bimodal em relação à sua incidência, com maiores picos em crianças menores de 10 anos e idosos na faixa entre 70 a 79 anos. Em relação à epistaxe, marque a alternativa verdadeira: a) Lesões dos seios paranasais, da órbita e ouvido médio, podem se manifestar como hemorragia nasal. b) Fraturas de base de crânio podem levar à lesão da artéria labial superior com epistaxe persistente e severa. c) A área de Little está situada na porção mais posterior do Septo nasal. d) O plexo de Kisselbach está localizado na área de woodruff. e) Os traumas digitais são causas de epistaxe devido à sua proximidade com a área de woodruff. 380 12.Epistaxe é um sinal muito frequente no ambulatóriootorrinolaringológico, sendo considerado uma urgência com diversos fatores etiológicos. Sobre esse assunto, afirma- se: I. Pacientes com epistaxes espontâneas e recorrentes devem ser investigadas as discrasias sanguíneas, principalmente a hemofilia e a Doença de Von Willebrand. II. Sangramentos posteriores podem ser decorrentes de aneurisma ou malformação vascular da cabeça e pescoço. III. Na anamnese, deve-se tentar quantificar a intensidade do sangramento, a frequência, se é uni ou bilateral, hábitos e vícios, uso de medicações (antiagregantes plaquetários e anticoagulantes), doenças associadas e história de trauma nasal. IV. A maioria dos sangramentos se originam na área de Woodruff. a) todas estão corretas. b) todas estão incorretas. c) I, II e III estão corretas. d) I, II e IV estão corretas. e) I e III estão corretas. 13. Em relação a um sangramento de origem na mucosa nasal, afirma-se: a) Para avaliação da presença de epistaxe ativa, deve-se solicitar ao paciente que se posicione em decúbito dorsal. b) Quando se observa a saída de sangue pela orofaringe, com o auxílio da oroscopia, indica epistaxe ativa anterior. c) A cauterização do vaso é a primeira escolha de tratamento para epistaxe posterior. d) O tamponamento nasal é indicado para casos de epistaxe ativa intensa ou não localizada. e) A cauterização do vaso é muito efetiva em sangramentos ativos. 14. Epistaxe é uma urgência otorrinolaringológica frequente. Geralmente apresenta um quadro autolimitado, contudo, pode evoluir com complicações graves. Em relação ao tratamento, é incorreto afirmar: a) A embolização percutânea é indicada para epistaxe anterior. b) Quando for realizado o tamponamento nasal, deve-se ficar em alerta aos sinais da síndrome do choque tóxico. c) A cirurgia de ligadura da artéria esfenopalatina por via endoscópica é a mais indicada para sangramento nasal persistente. d) São complicações da cauterização: rinorreia, formação de crostas, ulceração e perfuração do septo. e) No tamponamento anteroposterior as complicações são mais graves, como septicemia e morte. 15. O sangramento proveniente da mucosa nasal possui diversos fatores etiológicos, apresentando-se desde um quadro autolimitado a um sangramento intenso e de difícil controle. A causa mais comum de epistaxe é: a) Trauma craniano. b) Discrasia sanguínea. c) Tumor de rinofaringe. 381 d) Microtrauma do plexo de Kiesselbach. e) Alterações anatômicas. 16. (UNIMONTES/MG - 2016- Médico Especialista I – Especialista em Otorrinolaringologia - Modificada) No tratamento específico das epistaxes, é CORRETO afirmar: a) Caso se trate de epistaxe de pequeno volume bem identificado no plexo de Kisselbach, na área de Little, a cauterização química não é uma boa opção. b) Todos os casos de epistaxe posterior devem ser submetidos à ligadura arterial. c) A angiografia digital e a embolização seletiva não têm valor em pacientes em condições clínicas desfavoráveis, com epistaxe grave e refratária ao tratamento conservador. d) Em um pronto atendimento médico, a utilização de tamponamento nasal anterior ou anteroposterior é uma opção de tratamento, pois é considerada de baixa mortalidade. e) O tamponamento nasal deve ser a última opção no tratamento das epistaxes. 17. (HUJB/UFCG/PB –2017-Médico) Paciente de 30 anos relata congestão nasal há dez anos, com formação de crostas e episódios de sangramento. Ao exame, há deformidade com selamento nasal e diminuição da pirâmide nasal. Presença de crostas hemorrágicas à rinoscopia e perfuração do septo nasal. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta. a) A principal suspeita clínica refere-se a uma infecção fúngica. b) Os dados clínicos são insuficientes para suspeita diagnóstica. c) A intradermorreação de Mitsuda deve confirmar a principal suspeita clínica. d) O encontro do agente etiológico em biópsia da mucosa nasal é bastante provável. e) Considerando-se a principal suspeita clínica, a droga de primeira escolha é o antimonial pentavalente. 18. (HUJB/UFCG/PB – 2017-Médico) Paciente de 30 anos com sangramento nasal em episódios recorrentes há uma semana, relacionados ao início do inverno. Os episódios são unilaterais, autolimitados, sem sintomas sistêmicos. Com base no exposto, assinale a alternativa correta. a) A utilização de ácido acetilsalicílico deve ser questionada na anamnese. b) É provável a presença de malignidade em cavidades nasais ou paranasais. c) Pelas características do sangramento, este deve ter origem arterial em região posterior da cavidade nasal. d) Hemorragia do plexo de Kiesselbach é incompatível com esse quadro clínico. e) A cauterização tópica é em geral ineficaz nesses casos, sendo necessárias medidas mais invasivas. 19. Hemorragia nasal é qualquer sangramento que se exterioriza pelas fossas nasais independente da origem. Dessa forma, o episódio de epistaxe pode ser um tipo de hemorragia nasal, quando o sangramento é de origem anterior. Em relação a isso, é incorreto afirmar: a) Epistaxe é classificada em anterior, central e posterior. b) Epistaxe anterior geralmente apresenta-se como um quadro autolimitado. c) As orientações gerais a pacientes com epistaxe consiste em: repouso, colocação de gelo e compressas frias no nariz, evitar banho e alimentos quentes, evitar medicações derivadas do ácido acetilsalicílico e não tomar sol.