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DIREITO PENAL I QUESTIONÁRIO

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DIREITO PENAL I QUESTIONÁRIO 
1 - TIBÚCIO ESCUTOU NA TV QUE O CIDADÃO TINHA SIDO CONDENADO POR UM 
HOMICÍDIO DE MOTIVAÇÃO TORPE. EXPLIQUE A ELE O SIGNIFICADO JURÍDICO DO 
TERMO APRESENTANDO QUATRO SIGNIFICAÇÕES. 
 RESPOSTA: Motivo torpe: por motivo fútil; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia 
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; à traição, de 
emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a 
defesa do ofendido; ou para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de 
outro crime: Pena - reclusão, de 12 a 30 anos". culposo. Os tipos dolosos de homicídio se 
encontram previstos no art. 121, caput, e § 1º e 2º. O homicídio culposo possui duas formas: 
simples (§ 3º) e qualificada (§ 4º). mal permissiva. O § 5º do art. 121 do CP prevê o perdão 
judicial: "Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena se as 
consequências da infração atingir o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se 
torne desnecessária". provocação da vítima.Torpe é o motivo que ofende gravemente a 
moralidade média os princípios éticos dominantes em determinado meio social. O CP inciso I 
do art. 121, parágrafo segundo, exemplificativamente se se refere ao homicídio praticado 
mediante paga ou promessa de recompensa ou o praticado por cobiça, para excitar ou saciar 
desejos sexuais. 
2 - O CRIME DO ARTIGO 124 É DE MÃO PRÓPRIA? NÃO SENDO, INDIQUE A 
CLASSIFICAÇÃO. RESPOSTA: Crimes comuns são aqueles que podem ser cometidos por 
qualquer pessoa, não havendo necessidade de qualificação especial. 
Exs: homicídio, lesão corporal e furto. 
Os crimes próprios ou especiais só podem ser cometidos por pessoas que contem com 
determinada qualificação. De acordo com Damásio Evangelista de Jesus, essa qualificação 
pode ser "jurídica (acionista funcionário público); profissional (comerciante, empregador, 
empregado, médico, advogado); de parentesco (pai, mãe, filho); ou natural (gestante, homem)". 
Assim, o auto-aborto (CP, art. 124) só pode ser cometido pela gestante e o infanticídio (art. 
123) é praticado pela mãe. 
Os crimes funcionais são uma espécie de crimes próprios, pois só podem ser cometido por 
funcionários públicos, tal como definidos no art. 327 do Código Penal. Crimes funcionais 
próprios são aqueles cuja ausência da qualidade de funcionário público torna o fato atípico (ex: 
prevaricação - art. 319). Já nos crimes funcionais impróprios ou mistos, a ausência dessa 
qualidade faz com que o fato seja enquadrado em outro tipo penal (ex: concussão - art. 316; se 
o sujeito ativo não for funcionário público, o crime é de extorsão - art. 158).Os crimes de mão 
própria ou de atuação especial só podem ser cometidos pessoalmente pelo sujeito ativo, sem a 
possibilidade de que terceiro aja em seu lugar. Existe a possibilidade de participação, mas não 
de co-autoria. Assim, somente a testemunha em pessoa pode ser autora do crime de falso 
testemunho (art. 342), não podendo pedir que terceiro o faça em seu lugar, mas o terceiro pode 
influenciá-la a mentir, respondendo pelo crime como partícipe. Diferenciam-se dos crimes 
próprios, em que o sujeito ativo específico pode utilizar-se de outra pessoa em sua execução. 
Ex: o funcionário público pode determinar a um particular que cometa o crime de peculato (art. 
312). 
3 - EXISTE A POSSIBILIDADE JURÍDICA DE UM HOMICÍDIO SER SIMULTANEAMENTE 
PRIVILEGIADO E QUALIFICADO? 
RESPOSTA: Na esteira do ensinamento do professor Guilherme de Souza Nucci, tem 
prevalecido na doutrina e na jurisprudência a admissão da forma privilegiada-qualificada, desde 
que exista compatibilidade lógica entre as circunstâncias (TJSP, Ap Crim 223.585-3/6). 
Via de regra, pode se aceitar a existência concomitante de qualificadoras objetivas com as 
circunstâncias legais do privilégio, que são de ordem subjetiva (motivo de relevante valor social 
e domínio de violenta emoção).O que não se pode acolher é a convivência pacífica das 
qualificadoras subjetivas com qualquer forma de privilégio, tal como seria o homicídio 
praticado, ao mesmo tempo, por motivo fútil e por relevante valor moral. 
Há divergências sobre a possibilidade de ser considerado privilegiado qualquer crime de 
homicídio qualificado, seja a circunstância qualificadora objetiva ou subjetiva, vez que o código 
penal dispõe ser o privilégio mera causa de diminuição de pena. 
A segunda orientação é a de que existe possibilidade legal da coexistência de circunstâncias 
qualificadoras objetivas com o homicídio privilegiado (como o praticado por relevante valor 
moral com veneno; o cometido por violenta emoção por meio de esganadura; e eutanásia 
praticada com asfixia). Parece ser a posição mais justa. 
Pacífica e indiscutível, porém, a regra de que é inadmissível a coexistência de homicídio 
privilegiado e qualificado por circunstâncias de natureza subjetiva (violenta emoção e motivo 
fútil, relevante valor social ou moral e motivo torpe). Quanto aos crimes hediondos, há 
verdadeira incompatibilidade entre a hediondez e o relevante valor social ou moral e quem 
DIREITO PENAL I 
 Página 2 pratica o crime por violenta emoção logo após injusta provocação da vítima não está 
agindo com aquele valor necessário para que se configure aquela classificação. Como não 
pode haver contradição na lei, a classificação de hediondo não alcança os autores de 
homicídio privilegiado ainda que praticado numa das circunstância previstas no § 2º do 121 do 
CP. Também não é hediondo o homicídio doloso praticado nas condições do § 4º só CP, que 
não é qualificado em sentido estrito, mas meramente agravado. 
4 - EXEMPLIFIQUE O SENTIDO DAS SEGUINTES EXPRESSÕES: 
 A) PERIGO DE VIDA 
B) ACELERAÇÃO DE PARTO C) DEFORMIDADE DE PERMANENTE 
Risco de vida ou de morte? Luciano Correia da Silva Da Equipe de Colaboradores Deixe-me 
escrever um pouco sobre a nossa lei guia portuguesa. A pergunta do título me é feita com 
frequência, as mais das vezes com a resposta do consulente, que optou por uma das formas 
sem a consciência do certo ou do errado.Pois, para responder à questão logo de início, devo 
dizer que ambas as construções estão corretas. Aliás, em matéria de linguagem três coisas 
costumam acontecer entre duas pessoas envolvidas numa discussão: uma só estar certa e a 
outra consequentemente errada; as duas estarem com a razão, pela possibilidade das opções; 
as duas estarem equivocadas. Mas é infinito o número de teimosos, que às vezes, por terem o 
título de mestre ou doutor, ou por ignorância mesmo, deitam falação de sabença. 
“Risco de vida” ou “perigo de vida” são as expressões que sempre se viram entre os cultores 
do idioma, e, para ter exemplos, vamos à literatura jurídica, na qual se lê, no art. 15 do Código 
Civil (Lei n. 10.406/2002) e no art. 129, § 1º, I, do Código Penal (Decreto-Lei n. 2.848/1940), 
respectivamente: “submeter-se, com risco de vida...” e “...se resulta: perigo de vida”. 
Aurélio, em seu dicionário, observa que a preposição “de” é “partícula de larguíssimo emprego 
em português”, e Napoleão Mendes, em seu “Dicionário de Questões Vernáculas”, chancela as 
duas locuções: “perigo de morte” e “perigo de vida”. “Risco de vida”, isto é, no que concerne à 
vida, para a vida, ausente o artigo “a” pela freqüência do uso. Põe-se a vida em risco. Foi com 
este sentido que Ferreira Gullar usou recentemente a forma como título de sua crônica, de 2 de 
abril, na “Folha de S. Paulo”: “Risco de vida”.Assim, quem quiser dizer “risco de morte” que o 
diga, mas não venha com essa “lógica” de academia, aliás, crescente, que atinge outras 
palavras e construções, conspurcando a honra do vernáculo. Os modismos universitários, 
criados por alunos eprincipalmente por professores superabundam (deixem o verbo) nas 
monografias, nas teses, nas aulas, nas palestras e debates. Não faz muito ouvi um 
conferencista dizer “incêsto”, depois de um “exegêta”, quando deveria dizer “incésto” e 
“exegéta” (o “x” com som de “z”). Fiquei imaginando que daqui a pouco vão sair com “sêxo”, 
“sêxo masculino” e “sêxo feminino” (estou acentuando para explicar), ou com “zêro”, nota que 
merecem esses inventores. 
Já não me refiro aos erros de concordância, coisas do tipo “houve aulas” e “tratam-se de novas 
leis”, que notei num discurso de formatura. Do paraninfo, sim senhor. Aliás, depois de ouvir 
disparates dessa espécie, costumo reler como antídoto alguns trechos da “Oração aos Moços”, 
de Rui Barbosa, que, em outro pronunciamento, no senado, se dizia cansados “de tanto ver 
triunfar as nulidades...”. 
Profissional. Professores com “téxtil”, advogados com “mercância”, 
médicos com “forcéps” 
Eu nunca me esqueço 
do Dr. 
Bom seria que todos se preparassem melhor para não transmitir aos jovens cincas e vícios que 
os marcarão no exercício Inódoro (corruptela de “inodoro” — dó), apelido que acompanhou um 
colega de faculdade até o fim dos estudos. Então, “risco de vida” ou “risco de morte”. Eu prefiro 
“vida”. 
ACELERAÇÃO DE PARTO Em meu entender, a questão da antecipação do parto em um 
primeiro aspecto, me "induz" ao artigo 129, parágrafo 1, inciso IV, todavia, nos estudos sei que 
prevalece na doutrina que este artigo expressa hipóteses de crime preterdoso (dolo de lesionar 
e culpa no segundo resultado) e não teria como subsumir/amoldar este tipo penal ao delito 
acima (129, par. 1, IV, do CP). Punir um médico que antecipou um parto é de difícil 
comprovação, bem como, puni-lo pelo processo cirúrgico "sem dolo" e "sem culpa" seria uma 
espécie de responsabilidade objetiva. Seria um retrocesso a lei de talião, no qual o cirurgião 
mal sucedido pagaria com a vida. Entendo que há atipicidade do fato (art. 43, CPP) 
observação: questiona-se o nome "aceleração do parto” (certo seria antecipação do parto). "AD 
SENSURA" 
DEFORMIDADE PERMANENTE Deformidade permanente - Lesão corporal que acarreta 
prejuízo estético à vítima e não haja possibilidade de recuperação. 
Qualificadora do crime de lesão corporal e caracteriza a chamada lesão corporal gravíssima. 
Restando o laudo expresso 
Ou deformidade permanente, os peritos 
responderam que não. Ou seja, não ficou 
comprovada. 
Incapacidade permanente para o trabalho, 
mas apenas deformidade permanente. 
Caracteriza, portanto, crime de lesão corporal 
Deformidade não representa invalidez permanente , quando não comprovada a invalidez 
permanente, mas mera deformidade, gravíssima, pela deformidade permanente (art. 129 , 2º, 
inc. IV, do CP : Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: (...) 2º Se 
resulta: (...) IV - deformidade permanente). LFG - 15 de Outubro de 2009

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