Buscar

642_ARH II - 2013 1 - Seçao 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Elaborado por
Seção 2VERSÃO 2013-1
Administração de 
Recursos Humanos II
Prof. Clovis Bueno de Azevedo 
Prof. Leopoldo Antonio de Oliveira Neto
Seção 2
Conteúdo da Seção
� Dilemas Éticos: o confronto entre ética e eficiência (ou 
eficácia)
– Os conceitos de ética
– Os conceitos de eficiência organizacional
– Razão Substantiva e Razão Instrumental
– Imperativos Categóricos e Imperativos Hipotéticos ou 
Condicionados
– O confronto entre o Comportamento Ético e a Ação 
“Racional” 
2
Seção 2
Conteúdo da Seção (Cont.)
– As concepções e o tratamento de trabalhadores tidos 
como recursos organizacionais
– As múltiplas formas de alienação das pessoas nas 
organizações e no processo de trabalho
– Os impasses atuais nas concepções e no tratamento 
dos trabalhadores
– As perspectivas pseudo-humanistas e as perspectivas 
humanistas, efetivamente emancipadoras
– As relações entre a gestão ético-humanista, a 
construção de organizações democráticas e a 
conquista da eficiência e da eficácia organizacionais 
3
Seção 2
Objetivos
� Conhecer e refletir acerca do(s) conceito(s) de ética
� Conhecer e refletir acerca do(s) conceito(s) de eficiência 
organizacional
� Identificar as contradições entre as demandas éticas e a 
busca da eficiência
� Debater a respeito dos dilemas éticos na gestão das 
organizações
4
Seção 2
Objetivos (cont.)
� Debater a respeito dos dilemas e limites éticos 
concernentes à gestão de “recursos humanos”
� Debater e refletir acerca dos limites, das possibilidades e 
da obrigatoriedade de conciliar as demandas éticas com a 
conquista da eficiência organizacional
� Debater e refletir acerca dos limites, das possibilidades e 
da obrigatoriedade de conciliar a gestão ética de “recursos 
humanos” com a conquista da eficiência organizacional
5
Seção 2
Razão Substantiva 
� Funda-se na ética
� Baseia-se na solidariedade, no diálogo, na eqüidade
� Assenta-se na concretização, na busca de resultados que 
se legitimam e justificam por si mesmos
� Os comportamentos substantivos não são meios, passos 
intermediários, meros caminhos para a conquista de 
outros resultados
� O comportamento “A” se justifica em face de sua validade 
intrínseca: faço “A” porque desejo “A”
6
Seção 2
Razão Instrumental
� Está referida aos propósitos de controle e dominação 
� Funda-se no cálculo utilitário
� Busca a maximização de resultados
� Há clara distinção entre os propósitos imediatos da ação -
ou seus resultados intermediários - e os objetivos ou 
resultados últimos (são esses os que efetivamente 
interessam)
� Os comportamentos e seus resultados intermediários 
(imediatos) não se justificam por si mesmos, mas apenas 
em função da capacidade de com eles atingir outros 
propósitos: faço “A” porque desejo “B”
7
Seção 2
Imperativos Categóricos
� Há uma analogia entre a Razão Substantiva e o que 
Kant denominou de “Imperativos Categóricos”
– Segundo essa lógica - e tal qual na “Racionalidade 
Substantiva” - uma determinada ação ou 
comportamento se impõe, ou se justifica, por ele 
mesmo (conforme Kant determinadas ações ou 
comportamentos são necessários - são um “Imperativo 
Categórico” - por que eles se constituem em uma “lei 
universal da natureza”)
– Eles se obrigam por serem eticamente necessários; por 
serem intrinsecamente válidos 
– Por exemplo, “trate bem seu funcionário, pois isso é 
moralmente justo e necessário” 
8
Seção 2
Imperativos Hipotéticos
� Há, igualmente, uma analogia entre a “Razão 
Instrumental” e o que Kant denominou de 
“Imperativos Hipotéticos ou Condicionados”
– Segundo essa lógica - e tal qual na “Racionalidade 
Instrumental” - uma determinada ação ou comportamento 
não se justifica por si só
– Eles somente se impõem, ou se justificam, quando, ou se, 
por meio deles se atinge um outro resultado, aquele que 
realmente interessa
– Por exemplo, “trate bem seu funcionário, pois ele retribuirá 
com dedicação ao trabalho” 
– Isso equivale a: “trate bem seu funcionário apenas se ele, 
em face disso, trabalhar com mais eficiência e dedicação” 
9
Seção 2
O Comportamento Ético
� O comportamento ético é:
– Auto-determinado (autônomo)
– Consciente 
– Deliberado
– Moldado e concretizado em conformidade com valores
– Voltado para a realização de objetivos conformes com 
juízos de valor (o bem, o certo, o verdadeiro, o justo, o 
legítimo...)
– No comportamento ético os fins não justificam os meios 
(ao contrário, eventualmente, os meios é que justificam 
ou invalidam os fins ou resultados)
10
Seção 2
O Comportamento 
“Econômico-Racional” 
� O comportamento “econômico-racional”, assim como o 
comportamento ético, é:
– Auto-determinado (autônomo)
– Consciente
– Deliberado
� Mas:
– Não é moldado ou concretizado em conformidade com valores 
(em que os meios justificam os fins)
– Volta-se para a realização do auto-interesse
– É utilitarista
– É maximizador
� No comportamento “econômico-racional”, os fins 
justificam os meios
11
Seção 2
Objetivos organizacionais
� Os objetivos das empresas (organizações privadas 
mercantis) pode ser (alternativamente) definidos 
como:
– produtividade: a maximização da relação entre insumos e 
resultados físicos ou materiais (a capacidade de gerar a 
maior quantidade possível de bens ou serviços com a menor 
quantidade de recursos); e/ou
– lucratividade: a maximização da relação entre recursos 
financeiros investidos (despesas e capital) e os resultados 
auferidos (receita); e/ou
– qualidade: a maximização da satisfação das múltiplas 
necessidades de seus “stakeholders” (consumidores, 
comunidade em seu entorno, sociedade, proprietários, 
dirigentes e trabalhadores) 
12
Seção 2
Objetivos organizacionais 
(Cont.)
� Há relações conflituosas e contraditórias entre os objetivos de 
produtividade, lucratividade e qualidade
� A produtividade contribui, mas não garante automaticamente a 
lucratividade 
� Esta última também depende de:
– subsídios governamentais – no próprio país ou em outros países
– taxas de câmbio e taxas de juros
– relações entre oferta e demanda
– existência de monopólios ou oligopólios
– impostos e tributação
– eficiência de campanhas publicitárias
� É possível, assim, que uma empresa tenha boa produtividade, 
mas não seja, todavia, lucrativa; ou que uma empresa não 
produtiva seja, no entanto, lucrativa
13
Seção 2
Objetivos organizacionais 
(Cont.)
� A lucratividade pode ser atingida não “apesar” mas justamente 
em detrimento da qualidade
� Ela pode se obter por meio da venda de produtos:
– de baixa qualidade, com rebaixamento de custos e com preços 
igualmente baixos
– de baixa qualidade, com preços altos, mas com financiamentos de 
longo prazo para a população de baixa renda
– rigorosamente inúteis, ou mesmo socialmente nocivos (o cigarro, 
por exemplo...)
– cuja utilidade é artificialmente construída por meio de campanhas 
publicitárias (por meio da sedução ou “convencimento” do 
consumidor) 
� Ou então:
– de luxo e de qualidade cujos preços todavia os deixam somente 
acessíveis às camadas ricas da população 
14
Seção 2
Objetivos organizacionais 
(Cont.)
� Conforme Aktouf, se o lucro fosse objetivo suficiente 
de uma organização, não importando os meio pelos 
quais ele se obtém, Al Capone poderia concorrer ao 
título de empresário do século nos Estados Unidos
15
Seção 2
Objetivos organizacionais 
(Cont.)
� As organizações precisam, portanto (sob um ponto de vista 
ético), aliar produtividade, lucratividade e qualidade. 
� Embora a lucratividade seja uma exigência para as empresas 
(para as organizações mercantis) ela só é admissível se obtida 
por meios legítimos, civilizados, honestos e corretos
16
Seção 2
Objetivos organizacionais 
(Cont.)
� Isso requer:
– A produção de bens e serviços de que as pessoas 
efetivamente necessitem
– A oferta de produtos (bens e serviços) de boa qualidade aos 
consumidores
– A venda de produtos a preços não-extorsivos, e, sim, 
compatíveis com os custos de produção
– A obediência aosCódigos de Proteção dos Direitos do 
Consumidor
– O tratamento correto e educado para com os clientes e os 
consumidores
– Relações honestas e civilizadas com os concorrentes 
– O respeito à ecologia, ao meio-ambiente e à natureza
17
Seção 2
Objetivos organizacionais 
(Cont.)
� Isso requer (cont.):
– O não-financiamento de campanhas políticas por meio de 
caixa-2
– A inexistência de contabilidade paralela
– Uma relação correta e honesta (não corrupta) com as 
entidades governamentais, assim como os órgãos de 
fiscalização
– Em síntese, comportamentos socialmente responsáveis 
18
Seção 2
Humanismo
� Para a perspectiva verdadeiramente humanista (cf. 
Aktouf):
– O Humanismo é um sistema centrado no homem, em 
sua integridade, em seu desenvolvimento, em sua 
dignidade, em sua liberdade
– O Homem é, por vocação, um ser dotado de 
consciência, de julgamento próprio e de livre arbítrio 
que aspira à sua própria elevação, o que o particulariza 
em comparação com o restante dos seres vivos
– O Homem deve ser considerado como um “ser 
gerador”, criador daquilo que constitui seu meio, criador 
de sua sociedade, logo criador dele mesmo 
19
Seção 2
Humanismo (Cont.)
� Para a Razão Substantiva, para as Ações em conformidade 
com os Imperativos Categóricos, para o Comportamento 
Ético (eticamente orientado): 
– Os Homens não são (não podem ser reduzidos a) um meio, 
uma ferramenta, um instrumento, um recurso por intermédio 
do qual se busca chegar a qualquer resultado que não seja 
a emancipação e a promoção da própria humanidade e da 
dignidade humana
– Os Homens carregam em si mesmos sua própria finalidade, 
seu propósito intrínseco.
– Os Homens não podem ser concebidos nem tratados como 
recursos organizacionais (recurso = ferramenta, meio, 
instrumento, capital...) 
20
Seção 2
Humanismo (Cont.)
� A Gestão de Recursos Humanos sob a perspectiva 
tradicional:
– Desde os primórdios da “moderna” administração 
(Taylor: administração “científica”; e Elton Mayo: 
administração “humanística”) e muitas vezes, ainda 
hoje, os trabalhadores foram reduzidos a meios, 
ferramentas ou instrumentos passivos, por intermédio 
dos quais se busca maximizar a lucratividade, 
entendida como sinônimo de eficiência;
– Por isso é que foram batizados de “recursos”;
– É o avesso ou a negação da perspectiva humanista. 
21
Seção 2
A Alienação
� Na perspectiva tradicional, os trabalhadores estão 
alienados:
– do domínio sobre o tempo (há controle de entrada, saída e 
permanência)
– do controle de seu espaço (o posto de trabalho é um lugar 
previamente determinado, do qual não se pode sair)
– do direto de pensar e decidir (cumprem-se ordens)
– da definição sobre as maneiras de trabalhar (as tarefas são 
padronizadas, previamente estipuladas)
– do conhecimento sobre o conjunto do processo de trabalho (na 
linha de montagem só se conhece uma pequena fração do 
processo)
– do resultado de seu trabalho (o produto gerado não lhes pertence) 
22
Seção 2
A Alienação (Cont.)
� A crítica instrumental à perspectiva tradicional: sob o ponto de 
vista da Razão Instrumental (dos Imperativos Hipotéticos ou da Ação 
Econômico-Racional):
– Os Empregados são reconhecidos como o ativo, o capital mais 
valioso da organização
– É indispensável conquistar a adesão dos trabalhadores aos 
valores, à missão e aos objetivos organizacionais
– É preciso contar com a criatividade, a inteligência, a dedicação e 
o compromisso ativo dos trabalhadores e dos empregados
– Eles deixam de ser chamados de recursos e passam a ser 
chamados de “colaboradores”
– Passam a ser tratados com mais cuidado
– E permanecem na condição de recursos... (mais sofisticados, 
cuja finalidade é extrínseca: garantir a lucratividade) 
23
Seção 2
A Alienação (Cont.)
� A crítica substantiva à perspectiva tradicional: sob o ponto de 
vista da Razão Substantiva (dos Imperativos Categóricos ou da 
Conduta Ética)
– Mesmo se estão ainda na condição de empregados (pois há 
outros modelos organizacionais), os homens não são ativo, ou 
capital da organização
– Os valores, a missão e os objetivos organizacionais são definidos 
de modo parceiro e por isso é que com eles há comprometimento
– A uso da criatividade, da inteligência, e do pensamento são 
direitos. Assim é que nasce a dedicação, o compromisso e a 
motivação
– Os trabalhadores deixam de ser “recursos” e passam à condição 
de “cidadãos organizacionais”
– Passam a ser tratados com respeito 
24
Seção 2
Questões para discussão
� As empresas devem adotar comportamentos socialmente 
responsáveis? Por que?
� Em que medida, e como, podem conciliar a eficiência e a 
lucratividade com ética? 
25
Seção 2
Pesquisa Complementar
� Pesquise e traga para a aula seguinte – para debate –
dois casos reais de comportamento organizacional, 
respectivamente, em desacordo e em conformidade com 
a postura ética apresentada.
26
Seção 2
Exercício em grupo
� As organizações devem mudar suas políticas de gestão 
de “recursos” humanos? Por que e para que? 
� Como justificar a mudança sob a perspectiva 
instrumental? 
� Como fazê-lo sob a perspectiva ética? 
27
Seção 2
Bibliografia
� Básica:
– AKTOUF, Omar. A economia-administração em face do humanismo: entre o empregado-
recurso e o empregado-parceiro”, in Pós-Globalização, Administração e Racionalidade 
Econômica: a síndrome do avestruz, São Paulo, Atlas, 2004.
– LACOMBE, Francisco, A importância da Ética, in Recursos Humanos: princípios e 
tendências, São Paulo, Saraiva, 2005
� Complementar:
– VALLS, Álvaro, O que é Ética, Coleção Primeiros Passos, São Paulo, Brasiliense, 1991
– VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002. 
– WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar, 1974
– RAMOS, Alberto Guerreiro. A Nova Ciência da Organizações. Rio de Janeiro, Fundação 
Getulio Vargas, 1981
28

Outros materiais