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AD2 Educação Inclusiva e cotidiano escolar

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Pedagogia Séries Iniciais – modalidade EAD 
AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 2 – 2015.1 
Disciplina: Educação Inclusiva e Cotidiano Escolar 
1) No processo de ensino-aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais matriculados em turmas comuns é fundamental a flexibilização escolar. Você concorda ou discorda? Justifique. 
Concordo.
	A flexibilização escolar é um ponto fundamental para que seja garantida a inclusão de alunos com necessidades educacionais (AEE) às turmas comuns. A escola precisa possibilitar aos docentes e gestores uma capacitação e formação continuada, bem como rever sua estrutura e seu projeto Político-Pedagógico. Para que a inclusão seja efetuada com sucesso nas escolas é preciso o fortalecimento quanto à formação dos professores e criar um apoio mútuo entre professores, alunos, família, escola, gestores escolares e profissionais da saúde. 
	A flexibilização escolar exige que as mudanças na estrutura do currículo e na prática pedagógica caminhem junto ao do projeto Político-Pedagógico, no intuito de proporcionar um ensino de qualidade a todos os alunos.
	Segundo Carvalho, “Com muita propriedade, afirma-se que o currículo escolar traduz as intenções de um sistema educativo para com seu alunado. Em outras palavras, definir um currículo significa eleger princípios e valores considerados significativos para a qualidade de formação a ser oferecida na escola, a todos os alunos, indiscriminadamente”. 
	A escola deve ser comprometida ao atendimento dos AEE nas classes comuns, pois, a Lei de Diretrizes da Educação Nacional assegura às pessoas com necessidades educacionais especiais o direito à educação, de preferências na rede regular de ensino. 
	Para a flexibilização ocorrer de fato é necessário que sejam feitas adaptações curriculares, ajustes no tempo e modo de ensinar determinado conteúdo, priorizar ou eliminar conteúdos, realizar avaliações diferenciadas. Os AEE necessitam de um tempo diferenciado para aprender e realizar as atividades, por isso o corpo docente necessita de práticas pedagógicas alternativas, a fim de proporcionar a todos uma aprendizagem significativa, que façam sentido e transforme a compreensão de mundo desses alunos.
2) Imaginemos um aluno que apresente dificuldades de aprendizagem, mas que não possua deficiência ou algum outro comprometimento orgânico. Sugira algumas estratégias que o professor poderia realizar para favorecer sua aprendizagem e inclusão escolar? 
	Para qualquer criança que apresente uma necessidade educacional especial, é de grande importância adequar as práticas pedagógicas, incluindo a didática, metodologia, conteúdos e a avaliação.
	O trabalho por “projetos” é uma excelente opção metodológica para que esses alunos tenham condições de plena participação nas atividades escolares. Esse tipo de trabalho permite ao professor fazer a mediação em pequenos grupos, além de favorecer que a ajuda mútua e cooperativa entre os alunos. Os conteúdos são contextualizados, geralmente em função de uma temática de interesse curricular ou evento atual, como por exemplo: olimpíadas, copa, educação ambiental, independência do Brasil, dia da árvore, etc. O aluno é incentivado a participar do planejamento das atividades, elaborar objetivos, levantar hipóteses e fazer pesquisas sobre o tema em questão, além de avaliar se os objetivos foram atingidos. O professor deve ser um orientador, um mediador entre o aluno e o conhecimento.
	Outra opção é a utilização de recursos didáticos e tecnologias como televisão, computadores e vídeos que podem garantir a participação e permanência desses alunos na sala de aula. Materiais como o ábaco, Material Dourado e Réguas de Cuisinare podem auxiliar numa aprendizagem significativa dos alunos.
3) Existem várias condições orgânicas que afetam o processo de ensino aprendizagem, entre elas, dislexia, discalculia, disgrafia, disortografia, transtorno do processamento auditivo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Escolha uma dessas condições, descreva sucintamente as principais características, e sugira algumas estratégias para se trabalhar com um aluno que apresente esta condição em classe.
	A Dislexia é um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade na aprendizagem e na aquisição da leitura e da escrita. O aluno com dislexia terá dificuldade em todas as disciplinas que envolvam leitura e interpretação (história, geografia, problemas de matemática). 
	Suas produções escritas dessas pessoas costumam ser curtas, pois escreve pouco para errar menos. Não gosta de ler e escrever, a família diz que é "preguiçoso" para estudar.
	O professor pode utilizar-se das estratégias abaixo para trabalhar com o aluno que apresenta a dislexia:
	Incentivar o aluno a restaurar o confiança em si próprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito;
	Ressaltar os acertos, ainda que pequenos, e não enfatizar os erros;
	Valorizar o esforço e interesse do aluno;
	Atribua-lhe tarefas que possam fazê-lo sentir-se útil;
	Evitar usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no momento;
	Falar francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las;
	Respeitar o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu e ouviu.
	Leve em consideração as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir as atividades;
	Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;
4) A partir da análise do Sistema de Suportes proposto pela AAMR (2002) para alunos com deficiência intelectual (apresentado no texto da Aula 9), comente, exemplificando a seguinte afirmação: 
“ Talvez o aspecto mais importante deste sistema, é que ele reforça a ideia de que a deficiência intelectual não é uma condição estática e permanente. Muito pelo contrário, independente das características inatas do indivíduo, pode ser mais ou menos acentuada conforme os apoios ou suportes recebidos em seu ambiente”.
	A entrada do aluno com deficiência intelectual numa sala comum, na perspectiva inclusiva, proporciona um momento novo a todos os envolvidos com a educação, sejam eles alunos, professores, gestores, funcionários das instituições, etc.. Com esse novo momento há uma busca por mudanças no sentido de realizar a inclusão dos AEE nas classes comuns, bem como o acesso à escola e ao conteúdo. As novas estratégias vão surgindo no intuito de proporcionar uma aprendizagem significativa aos alunos, onde todos possam aprender e descobrir o seu potencial, sendo respeitadas as suas diferenças e ao mesmo tempo levando-os à inserção no mundo da cultura e na vivência histórica enquanto homem presente e atuante em seu tempo.
	A condição de deficiência intelectual não pode nunca predeterminar qual será o limite de desenvolvimento do indivíduo, ou seja, ela não é estática e permanente. Os estudos apontam que são vários os fatores que podem intervir no ensino-aprendizagem de um aluno, como o fato de conviver e trocar experiências com outras pessoas. O desenvolvimento de um aluno com necessidade educacional especial depende de muitos fatores, como flexibilização do currículo, adaptações e também de estímulos e suportes recebidos no seu ambiente, seja ele familiar ou escolar. Frequentar a escola, ter contato com outras pessoas e receber o suporte necessário pode trazer ao aluno com deficiência intelectual o desenvolvimento e uma aprendizagem significativa, onde esse aluno possa trabalhar sobre suas potencialidades e vencer as dificuldades. 
Referências Bibliográficas:
Acesso em <http://www.nre.seed.pr.gov.br/cascavel/arquivos/File/educacao_especial/materialflexibilizacacurricular.pdf>
12/04/2015 às 15h e 13min.
Acesso http://escolasinclusivas.blogspot.com.br/2010/10/dicas-de-como-trabalhar-com-alunos.html> 12/04/2015 às 16h e 13 min.

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