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É o contexto em que há a manifestação de um eu, expressa suas emoções, ideias, mundo interior, são textos subjetivos e a musicalidade das palavras é explorada:
Dramático.
Sonoro.
Narrativo.
Lírico.
Épico.

Que a poesia assumiu desde cedo propensão educativa, prova-o o fato de Psístrato, modernizador da sociedade ateniense durante o século VI a.C., ter organizado os concursos de declamação das epopeias: com isso, reconheceu que elas ofereciam ao povo padrões de identificação, imprescindíveis para ele se perceber como uma comunidade, detentora tanto de um passado comum, quanto de uma promessa de futuro, constituindo uma história que integrava os vários grupos étnicos, geográficos e linguísticos da Grécia.
Com é passível de perceber no trecho acima de Regina Zilberman, a literatura tinha uma “propensão educativa” na Grécia antiga. É justamente por isso que acaba rechaçada por Platão.
Por não corresponder a verdade das formas ideais não podia ser boa fonte de conhecimento e ensino.
Por ser não corresponder a verdade das formas ideais mesmo que afastada apenas uma vez dessas.
Por ser demasiadamente imagética e não chocar os aprendizes não podia ser boa fonte de conhecimento e ensino.
Por ser corresponder ao discurso filosófico e se aproximar das formas ideais não podia ser boa fonte de conhecimento e ensino.
Por ser demasiadamente realista e chocar os aprendizes não podia ser boa fonte de conhecimento e ensino.

O texto abaixo, de Antonio Candido, exemplifica o trabalho do crítico. Em Gonçalves Dias, sentimos que o espírito pesa as palavras, em Castro Alves, que as palavras arrastam o espírito na sua força incontida. Situado não apenas cronologicamente entre ambos, Álvares de Azevedo é um misto dos dois processos. Na melhor parte de sua obra, as palavras se ordenam com medida, indicando que a emoção logrou realizar-se pelo encontro da expressão justa. Infelizmente, porém, (...) se na sua obra propriamente lírica existe não raro uma serena contenção, a que lhe deu fama e definiu a sua maneira própria se caracteriza pela tendência à digressão e à prodigalidade verbal, que o tornaram, com o passar do tempo, o poeta desacreditado de nossos dias.
Considere as afirmacoes que seguem: I. a crítica implica uma valoração, resultante das relações que o crítico estabelece entre os elementos constitutivos da obra analisada e a série literária. II. em cada situação específica, a crítica incide na análise independente de um dos três aspectos do fenômeno literário: ou o produtor, ou a obra, ou o público. III. é tarefa do crítico prescrever leituras que, ao suprirem certas necessidades do ser humano, atendam às expectativas do público. Confirma-se no texto de Antonio Candido o que se declara corretamente sobre a crítica APENAS em
I.
III.
II e III.
II.
I e II.

O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca existe ad eterno. Dessa verdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. (...) Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o consultou e é análogo a um deus.
Associe a gravura abaixo ao texto de Borges, transcrito acima.
O espaço descrito no texto e o espaço representado na gravura têm em comum a fantasia intelectual e a composição geométrica.
o efeito de claro-escuro e o sentimento da natureza.
a rejeição do irreal e o engajamento político.
a emotividade e a negação da simetria.
a vida idealizada e o sentimento do provisório.

Por isto, Wolfgang Iser reconhece a necessidade da literatura neste efeito de perspectiva, vale dizer, na sua propriedade de obrigar o leitor, ao identificar-se com um personagem, ou com o narrador, a olhar-se, e ao mundo por um ângulo novo, por um ângulo inusitado – por uma nova perspectiva. As consequências estéticas, psicológicas e éticas desta perspectivação podem ser radicais, obrigando-nos não só a compreendermos que a realidade, em última instância, nos é inacessível – só temos acesso, no máximo, à sua sombra. A realidade nos é inacessível porque ela engloba tudo o que existe e todas as perspectivas possíveis.
Ao dizer que a realidade nos é inacessível, que apenas acessamos a sua sombra, Gustavo Bernardo refere-se
à mimeses aristotélica.
à ideia de peripécia e catarse.
à teoria da contingência platônica.
ao mito grego de Narciso.
à teoria da ideia platônica.

A literatura brasileira constitui-se de peculiaridades distintas, que marcam a sua divisão ou periodização. Nesse viés, os aspectos políticos e econômicos do Brasil estão diretamente relacionados com os diferentes momentos de nossa literatura, a qual se divide, de modo geral, em duas fases. A primeira, ____________, refere-se às manifestações durante o período e vai da descoberta – 1500 – até 1822 – ano da Proclamação da Independência. Nessa fase, mesmo distante das metrópoles europeias, artistas brasileiros receberam influência do que se produzia lá e usaram tal influência para suas produções locais. Exemplo disso é ___________, escola literária marcada com traços do Iluminismo. A segunda fase, também denominada _____________, compreende a fase que vai da independência até os dias de hoje e buscou, no seu início, estabelecer uma identidade nacional, tarefa de que se ocuparam os poetas da primeira geração do ___________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do seguinte texto.
Pré-Colonial – o Quinhentismo – Nacional – Barroco.
Informativa – a Literatura de Catequese – Colonial – Real-Naturalismo.
Colonial – o Arcadismo – Nacional – Romantismo.
Indianista – o Romantismo – Social – Parnasianismo.
Colonial – o Barroco – Contemporânea – Modernismo.

Há características do gênero “ensaio” nesse texto sobretudo porque ele: A função (e o poder sedutor) dos carnavais líquido-modernos está no ressuscitamento momentâneo do convívio que entrou em colapso. Tais carnavais são sessões espíritas para as pessoas se reunirem, darem as mãos e invocarem do outro mundo o fantasma da falecida comunidade.
Há características do gênero “ensaio” nesse texto sobretudo porque ele:
tece conjecturas sobre um assunto sociológico sem a pretensão de esgotá-lo.
tematiza o problema da alienação coletiva frente aos autoritarismos da cultura.
constitui-se de uma fonte de alerta para comportamentos sociais condenáveis.
estrutura-se em sequências textuais dos discursos expositivo e argumentativo.
apresenta acepções de termos teóricos importantes para as ciências humanas.

Sobre o gênero lírico, estão corretas, exceto:
Os poemas do gênero lírico podem apresentar forma livre ou estruturas formais.
Gênero marcado pela subjetividade dos textos. Presença de um eu-lírico que manifesta e expõe seus sentimentos e sua percepção acerca do mundo.
As mais conhecidas estruturas formais do gênero lírico são a elegia, o soneto, o hino, a sátira, o idílio, a écloga e o epitalâmio.
São longos poemas narrativos em que um acontecimento histórico protagonizado por um herói é celebrado.
Nota-se, no gênero lírico, a predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade das palavras.

A literatura é manifestada no mundo da arte através da PALAVRA, seja ela falada ou escrita. Quando falamos em gêneros literários, estamos falando do conteúdo e da estrutura do texto. Dependendo de como se estruturam, e do seu conteúdo, eles são classificados.
De acordo com essa classificação, analise as afirmativas abaixo:
I - Os textos literários são divididos em três grandes gêneros: lírico, épico e dramático. Esta divisão existe desde os artistas clássicos, tendo origem na Grécia através de Aristóteles e subsistindo até hoje.
II - O gênico lírico vem da palavra “lira”, o instrumento musical utilizado pelos gregos para acompanhar seus cantos. Por muito tempo as poesias eram cantadas, mas depois veio a ser produzida para ser declamada, sem o acompanhamento do instrumento musical. Não perdeu, porém, a musicalidade, e até hoje faz uso de recursos como rima, rítmica, métrica, estrofes e versos, combinações de palavras, figuras de linguagem, dentre outros recursos que são essencialmente musicais.
III - Gênero dramático: caracteriza-se por expressar emoções, sentimentos e sensações, sendo um texto subjetivo. Neste caso, as narrativas não são apresentadas em versos, e sim em prosa. As principais manifestações literárias deste gênero são o romance, a novela e o conto.
IV - O gênero épico: vem do grego “épos” (verso) + “poieô” (faço), e faz referência à narrativa feita em forma de versos. Geralmente conta histórias de fatos grandiosos e heroicos sobre a história de um povo. Tem como característica a presença de um narrador que fala do passado, o que faz com que os verbos apareçam no tempo pretérito.
I, II, III e IV.
I, II e III.
I, II e IV.
II, III e IV.
Nenhuma das alternativas.

O termo teoria da literatura ou teoria literária só começou a ser utilizado a partir da década de 1940, com a publicação de um livro que se tornou um clássico dos estudos literários.
Considerando o trecho acima assinale a alternativa correta.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1930, com a publicação do manual homônimo de René Wellek e Tzvetan Todorov é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado em diversas faculdades de Letras. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1950, com a publicação do manual homônimo de René Wellek e Austin Warren é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado na USP. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1949, com a publicação do manual homônimo de Terry Eagleton e Umberto Eco é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado em diversas faculdades de Letras. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1949, com a publicação do manual homônimo de René Wellek e Austin Warren é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado em diversas faculdades de Letras. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1990, com a publicação do manual homônimo de René Wellek e Austin Warren é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado em diversas faculdades de Letras. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.

Observe o fragmento abaixo de um conto de Clarice Lispector: “Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos. Ao mesmo tempo que imaginário – era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante. As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia. Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral do jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas. As pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e escarlates. A decomposição era profunda, perfumada... Mas todas as pesadas coisas, ela via com a cabeça rodeada por um enxame de insetos, enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa se insinuava entre as flores. Ana mais adivinhava que sentia o seu cheio adocicado... O jardim era tão bonito que ela teve medo do Inferno.”
A personagem Ana, uma dona de casa comum, tem um momento privilegiado de revelação quando desce errado do ponto e acaba indo parar quase sem querer no Jardim Botânico. Neste momento, várias imagens vão configurando um universo de sensações inesperadas em contato com uma natureza que sempre esteve no mesmo lugar. Por que agora a percepção desse mundo se torna diferente?
Porque a personagem vive um momento psicótico que pode levá-la ao suicídio.
Porque a autora conduz a personagem a um conto-de-fadas onde apenas cabe a mentira de suas aspirações pessoais.
Porque a autora reforça a condição alienada da personagem.
Porque a autora permite que a personagem desloque para o Jardim Botânico as suas aspirações frustradas que apenas empobrecem aquele espaço.
Porque a personagem consegue perceber uma verdade que estava escondida dentro dela mesma.

Em texto de 1972, Algirdas-Julien Greimas acentua a relatividade do conceito, ao vincular a interpretação da "literariedade", ou seja, das características que tornam "literário" um texto, "a uma conotação sociocultural e sua consequente variação no tempo e no espaço humanos". E, no ano seguinte, Michel Arrivé, reitera o posicionamento, ao afirmar que "a literatura é o conjunto dos textos recebidos como literários numa sincronia sociocultural dada". Paralelamente, o caráter ficcional que, durante largo tempo, foi considerado uma das características básicas do texto de literatura, entendida a ficção como fingimento, resultante do ato de fingir, tem sido posto em questão. Para alguns especialistas contemporâneos, o ficcional não se confunde com o falso: nele se abriga alguma coisa captada da realidade. A conceituação da literatura, assim, permanece em aberto, na medida em que acompanha o dinamismo da cultura em que se insere. A questão fundamental, e que continua desafiando os especialistas, é a caracterização da natureza das propriedades estéticas do texto literário e quais as ligações entre ambas. Se é difícil, entretanto, conceituar ou definir, por meio de palavras, certas realidades do mundo, isso não significa que deixem de existir os elementos que as singularizem.
Tomando como referência o texto acima, avalie as afirmacoes que se seguem:
I – O conceito de literatura se subjaz, além da literariedade, aos elementos socioculturais.
II – Para definir o que é ou não literatura é preciso apenas observar o uso particular que se faz da linguagem.
III – O que é ou não Literatura relaciona-se não apenas com o uso estético da linguagem, mas pela leitura e juízo que determinada época e sociedade fazem da obra literária.
IV – Apesar de não podemos desvincular a literatura dos contextos históricos, sociais e culturais, é possível caracterizar alguns de seus elementos estéticos recorrentes.
Apenas I , III, IV estão corretas.
Apenas I e II estão corretas.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas I e III estão corretas.
Apenas II e III e IV estão corretas.

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Questões resolvidas

É o contexto em que há a manifestação de um eu, expressa suas emoções, ideias, mundo interior, são textos subjetivos e a musicalidade das palavras é explorada:
Dramático.
Sonoro.
Narrativo.
Lírico.
Épico.

Que a poesia assumiu desde cedo propensão educativa, prova-o o fato de Psístrato, modernizador da sociedade ateniense durante o século VI a.C., ter organizado os concursos de declamação das epopeias: com isso, reconheceu que elas ofereciam ao povo padrões de identificação, imprescindíveis para ele se perceber como uma comunidade, detentora tanto de um passado comum, quanto de uma promessa de futuro, constituindo uma história que integrava os vários grupos étnicos, geográficos e linguísticos da Grécia.
Com é passível de perceber no trecho acima de Regina Zilberman, a literatura tinha uma “propensão educativa” na Grécia antiga. É justamente por isso que acaba rechaçada por Platão.
Por não corresponder a verdade das formas ideais não podia ser boa fonte de conhecimento e ensino.
Por ser não corresponder a verdade das formas ideais mesmo que afastada apenas uma vez dessas.
Por ser demasiadamente imagética e não chocar os aprendizes não podia ser boa fonte de conhecimento e ensino.
Por ser corresponder ao discurso filosófico e se aproximar das formas ideais não podia ser boa fonte de conhecimento e ensino.
Por ser demasiadamente realista e chocar os aprendizes não podia ser boa fonte de conhecimento e ensino.

O texto abaixo, de Antonio Candido, exemplifica o trabalho do crítico. Em Gonçalves Dias, sentimos que o espírito pesa as palavras, em Castro Alves, que as palavras arrastam o espírito na sua força incontida. Situado não apenas cronologicamente entre ambos, Álvares de Azevedo é um misto dos dois processos. Na melhor parte de sua obra, as palavras se ordenam com medida, indicando que a emoção logrou realizar-se pelo encontro da expressão justa. Infelizmente, porém, (...) se na sua obra propriamente lírica existe não raro uma serena contenção, a que lhe deu fama e definiu a sua maneira própria se caracteriza pela tendência à digressão e à prodigalidade verbal, que o tornaram, com o passar do tempo, o poeta desacreditado de nossos dias.
Considere as afirmacoes que seguem: I. a crítica implica uma valoração, resultante das relações que o crítico estabelece entre os elementos constitutivos da obra analisada e a série literária. II. em cada situação específica, a crítica incide na análise independente de um dos três aspectos do fenômeno literário: ou o produtor, ou a obra, ou o público. III. é tarefa do crítico prescrever leituras que, ao suprirem certas necessidades do ser humano, atendam às expectativas do público. Confirma-se no texto de Antonio Candido o que se declara corretamente sobre a crítica APENAS em
I.
III.
II e III.
II.
I e II.

O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca existe ad eterno. Dessa verdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. (...) Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o consultou e é análogo a um deus.
Associe a gravura abaixo ao texto de Borges, transcrito acima.
O espaço descrito no texto e o espaço representado na gravura têm em comum a fantasia intelectual e a composição geométrica.
o efeito de claro-escuro e o sentimento da natureza.
a rejeição do irreal e o engajamento político.
a emotividade e a negação da simetria.
a vida idealizada e o sentimento do provisório.

Por isto, Wolfgang Iser reconhece a necessidade da literatura neste efeito de perspectiva, vale dizer, na sua propriedade de obrigar o leitor, ao identificar-se com um personagem, ou com o narrador, a olhar-se, e ao mundo por um ângulo novo, por um ângulo inusitado – por uma nova perspectiva. As consequências estéticas, psicológicas e éticas desta perspectivação podem ser radicais, obrigando-nos não só a compreendermos que a realidade, em última instância, nos é inacessível – só temos acesso, no máximo, à sua sombra. A realidade nos é inacessível porque ela engloba tudo o que existe e todas as perspectivas possíveis.
Ao dizer que a realidade nos é inacessível, que apenas acessamos a sua sombra, Gustavo Bernardo refere-se
à mimeses aristotélica.
à ideia de peripécia e catarse.
à teoria da contingência platônica.
ao mito grego de Narciso.
à teoria da ideia platônica.

A literatura brasileira constitui-se de peculiaridades distintas, que marcam a sua divisão ou periodização. Nesse viés, os aspectos políticos e econômicos do Brasil estão diretamente relacionados com os diferentes momentos de nossa literatura, a qual se divide, de modo geral, em duas fases. A primeira, ____________, refere-se às manifestações durante o período e vai da descoberta – 1500 – até 1822 – ano da Proclamação da Independência. Nessa fase, mesmo distante das metrópoles europeias, artistas brasileiros receberam influência do que se produzia lá e usaram tal influência para suas produções locais. Exemplo disso é ___________, escola literária marcada com traços do Iluminismo. A segunda fase, também denominada _____________, compreende a fase que vai da independência até os dias de hoje e buscou, no seu início, estabelecer uma identidade nacional, tarefa de que se ocuparam os poetas da primeira geração do ___________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do seguinte texto.
Pré-Colonial – o Quinhentismo – Nacional – Barroco.
Informativa – a Literatura de Catequese – Colonial – Real-Naturalismo.
Colonial – o Arcadismo – Nacional – Romantismo.
Indianista – o Romantismo – Social – Parnasianismo.
Colonial – o Barroco – Contemporânea – Modernismo.

Há características do gênero “ensaio” nesse texto sobretudo porque ele: A função (e o poder sedutor) dos carnavais líquido-modernos está no ressuscitamento momentâneo do convívio que entrou em colapso. Tais carnavais são sessões espíritas para as pessoas se reunirem, darem as mãos e invocarem do outro mundo o fantasma da falecida comunidade.
Há características do gênero “ensaio” nesse texto sobretudo porque ele:
tece conjecturas sobre um assunto sociológico sem a pretensão de esgotá-lo.
tematiza o problema da alienação coletiva frente aos autoritarismos da cultura.
constitui-se de uma fonte de alerta para comportamentos sociais condenáveis.
estrutura-se em sequências textuais dos discursos expositivo e argumentativo.
apresenta acepções de termos teóricos importantes para as ciências humanas.

Sobre o gênero lírico, estão corretas, exceto:
Os poemas do gênero lírico podem apresentar forma livre ou estruturas formais.
Gênero marcado pela subjetividade dos textos. Presença de um eu-lírico que manifesta e expõe seus sentimentos e sua percepção acerca do mundo.
As mais conhecidas estruturas formais do gênero lírico são a elegia, o soneto, o hino, a sátira, o idílio, a écloga e o epitalâmio.
São longos poemas narrativos em que um acontecimento histórico protagonizado por um herói é celebrado.
Nota-se, no gênero lírico, a predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade das palavras.

A literatura é manifestada no mundo da arte através da PALAVRA, seja ela falada ou escrita. Quando falamos em gêneros literários, estamos falando do conteúdo e da estrutura do texto. Dependendo de como se estruturam, e do seu conteúdo, eles são classificados.
De acordo com essa classificação, analise as afirmativas abaixo:
I - Os textos literários são divididos em três grandes gêneros: lírico, épico e dramático. Esta divisão existe desde os artistas clássicos, tendo origem na Grécia através de Aristóteles e subsistindo até hoje.
II - O gênico lírico vem da palavra “lira”, o instrumento musical utilizado pelos gregos para acompanhar seus cantos. Por muito tempo as poesias eram cantadas, mas depois veio a ser produzida para ser declamada, sem o acompanhamento do instrumento musical. Não perdeu, porém, a musicalidade, e até hoje faz uso de recursos como rima, rítmica, métrica, estrofes e versos, combinações de palavras, figuras de linguagem, dentre outros recursos que são essencialmente musicais.
III - Gênero dramático: caracteriza-se por expressar emoções, sentimentos e sensações, sendo um texto subjetivo. Neste caso, as narrativas não são apresentadas em versos, e sim em prosa. As principais manifestações literárias deste gênero são o romance, a novela e o conto.
IV - O gênero épico: vem do grego “épos” (verso) + “poieô” (faço), e faz referência à narrativa feita em forma de versos. Geralmente conta histórias de fatos grandiosos e heroicos sobre a história de um povo. Tem como característica a presença de um narrador que fala do passado, o que faz com que os verbos apareçam no tempo pretérito.
I, II, III e IV.
I, II e III.
I, II e IV.
II, III e IV.
Nenhuma das alternativas.

O termo teoria da literatura ou teoria literária só começou a ser utilizado a partir da década de 1940, com a publicação de um livro que se tornou um clássico dos estudos literários.
Considerando o trecho acima assinale a alternativa correta.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1930, com a publicação do manual homônimo de René Wellek e Tzvetan Todorov é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado em diversas faculdades de Letras. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1950, com a publicação do manual homônimo de René Wellek e Austin Warren é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado na USP. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1949, com a publicação do manual homônimo de Terry Eagleton e Umberto Eco é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado em diversas faculdades de Letras. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1949, com a publicação do manual homônimo de René Wellek e Austin Warren é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado em diversas faculdades de Letras. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.
A despeito de a expressão Teoria da Literatura já haver sido utilizada anteriormente, é em 1990, com a publicação do manual homônimo de René Wellek e Austin Warren é que Teoria emerge propriamente como disciplina ao ser adotado em diversas faculdades de Letras. Foi um marco porque estabelecia uma distinção entre uma abordagem extrínseca e intrínseca do literário.

Observe o fragmento abaixo de um conto de Clarice Lispector: “Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos. Ao mesmo tempo que imaginário – era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante. As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia. Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral do jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas. As pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e escarlates. A decomposição era profunda, perfumada... Mas todas as pesadas coisas, ela via com a cabeça rodeada por um enxame de insetos, enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa se insinuava entre as flores. Ana mais adivinhava que sentia o seu cheio adocicado... O jardim era tão bonito que ela teve medo do Inferno.”
A personagem Ana, uma dona de casa comum, tem um momento privilegiado de revelação quando desce errado do ponto e acaba indo parar quase sem querer no Jardim Botânico. Neste momento, várias imagens vão configurando um universo de sensações inesperadas em contato com uma natureza que sempre esteve no mesmo lugar. Por que agora a percepção desse mundo se torna diferente?
Porque a personagem vive um momento psicótico que pode levá-la ao suicídio.
Porque a autora conduz a personagem a um conto-de-fadas onde apenas cabe a mentira de suas aspirações pessoais.
Porque a autora reforça a condição alienada da personagem.
Porque a autora permite que a personagem desloque para o Jardim Botânico as suas aspirações frustradas que apenas empobrecem aquele espaço.
Porque a personagem consegue perceber uma verdade que estava escondida dentro dela mesma.

Em texto de 1972, Algirdas-Julien Greimas acentua a relatividade do conceito, ao vincular a interpretação da "literariedade", ou seja, das características que tornam "literário" um texto, "a uma conotação sociocultural e sua consequente variação no tempo e no espaço humanos". E, no ano seguinte, Michel Arrivé, reitera o posicionamento, ao afirmar que "a literatura é o conjunto dos textos recebidos como literários numa sincronia sociocultural dada". Paralelamente, o caráter ficcional que, durante largo tempo, foi considerado uma das características básicas do texto de literatura, entendida a ficção como fingimento, resultante do ato de fingir, tem sido posto em questão. Para alguns especialistas contemporâneos, o ficcional não se confunde com o falso: nele se abriga alguma coisa captada da realidade. A conceituação da literatura, assim, permanece em aberto, na medida em que acompanha o dinamismo da cultura em que se insere. A questão fundamental, e que continua desafiando os especialistas, é a caracterização da natureza das propriedades estéticas do texto literário e quais as ligações entre ambas. Se é difícil, entretanto, conceituar ou definir, por meio de palavras, certas realidades do mundo, isso não significa que deixem de existir os elementos que as singularizem.
Tomando como referência o texto acima, avalie as afirmacoes que se seguem:
I – O conceito de literatura se subjaz, além da literariedade, aos elementos socioculturais.
II – Para definir o que é ou não literatura é preciso apenas observar o uso particular que se faz da linguagem.
III – O que é ou não Literatura relaciona-se não apenas com o uso estético da linguagem, mas pela leitura e juízo que determinada época e sociedade fazem da obra literária.
IV – Apesar de não podemos desvincular a literatura dos contextos históricos, sociais e culturais, é possível caracterizar alguns de seus elementos estéticos recorrentes.
Apenas I , III, IV estão corretas.
Apenas I e II estão corretas.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas I e III estão corretas.
Apenas II e III e IV estão corretas.

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Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 1/12
SELMA LÚCIA DE
ARAUJO
Avaliação Online (Curso Online - Automático)
Atividade finalizada em 01/04/2025 17:53:03 (2981404 / 1)
LEGENDA
Resposta correta na questão
# Resposta correta - Questão Anulada
X Resposta selecionada pelo Aluno
Disciplina:
TEORIA LITERÁRIA [1380992] - Avaliação com 20 questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - Todos]
Turma:
Segunda Graduação: Licenciatura em Letras - Português p/ Licenciados - Grupo: NOVEMBRO/2024 - SGice0A311024 [148644]
Aluno(a):
91636972 - SELMA LÚCIA DE ARAUJO - Respondeu 20 questões corretas, obtendo um total de 50,00 pontos como nota
[370631_42]
Questão
001
(FCC - 2014 – TRT)
O caldo cultural do Nordeste, particularmente do sertão, foi primordial na formação do
paraibano Ariano Suassuna. A infância passada no sertão familiarizou o futuro escritor
e dramaturgo com temas e formas de expressão artística que mais tarde viriam a
influenciar o seu universo ficcional, como a literatura de cordel e o maracatu rural. Não
só histórias e casos narrados foram aproveitados para o processo de criação de suas
peças e romances, mas também todas as formas da narrativa oral e da poesia
sertaneja foram assimiladas e reelaboradas por Suassuna. Suas obras se
caracterizam justamente por isso, pelo domínio dos ritmos da poética popular
nordestina.
Com apenas 19 anos, Suassuna ligou-se a um grupo de jovens escritores e artistas.
As atividades que o grupo desenvolveu apontavam para três direções: levar o teatro ao
povo por meio de apresentações em praças públicas, instaurar entre os componentes
do conjunto uma problemática teatral e estimular a criação de uma literatura dramática
de raízes fincadas na realidade brasileira, particularmente na nordestina.
No final do século XIX, surgiu no Nordeste a chamada literatura de cordel. A primeira
publicação de folheto no Nordeste, historicamente comprovada, aconteceu em 1870.
O nome cordel originou-se do fato de os folhetos serem expostos em cordões, quando
vendidos nas feiras livres. O principal nome do cordel foi Leandro Gomes de Barros,
considerado por Ariano Suassuna “o mais genial de todos os poetas do romanceiro
popular do Nordeste”.
A peça Auto da Compadecida, de Suassuna, é uma releitura do folclore nordestino em
linguagem teatral moderna. O enredo da peça é um trabalho de montagem e
moldagem baseado em uma tradição muito antiga, que remonta aos autos medievais e
mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao gênero do
cordel.
As apropriações de Suassuna tanto do folheto nordestino quanto de outras fontes
literárias são possíveis porque a palavra imitação, usada por Suassuna, remete-nos ao
conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa apenas uma repetição
à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de uma realidade. Suassuna
já fez diversos elogios da imitação como ato de criação e costuma dizer que boa parte
da obra de Shakespeare vem da recriação de histórias mais antigas.
Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é torná-la
sua, porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma vez contada,
torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio público. Autoral é apenas a
forma textual dada à história por cada um que a reescreve.
Depreende-se do contexto que o autor lança mão do conceito de “mimesis” para
diferenciar o plágio do processo por meio do qual se parte de uma forma artística já
existente para parodiá-la, como fez Shakespeare.
X
explicitar que, em sua obra, Suassuna se apropria da literatura sertaneja,
reelaborando-a com um estilo próprio.
retratar a obra de Suassuna como pertencente a um modelo literário propenso a ser
reproduzido em simulacros do folclore nacional.
Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 2/12
enaltecer a erudição de autores como Suassuna, capazes de revelar a essência de
uma realidade por meio da literatura de cordel.
sugerir que Suassuna valoriza autores do romanceiro nacional que, diferentemente de
Shakespeare, foram consagrados pelo gosto popular.
[370631_3031
33]
Questão
002
É o contexto em que há a manifestação de um eu, expressa suas emoções, ideias,
mundo interior, são textos subjetivos e a musicalidade das palavras é explorada:
Dramático.
Sonoro.
Narrativo.
X Lírico.
Épico.
[370631_26]
Questão
003
(UECE-CEV - 2018 - SECULT-CE - Analista de Cultura - Letras)
Concebendo a Literatura como uma forma de apreensão do real, podemos dizer que
esta capacidade de apreender o real chama-se literariedade. Assim, a literatura tem
esta propriedade devido a dois fatores: a linguagem, enquanto aquilo que nos capacita
dizer o que dizemos; e a ideia ou ideologia, entendida como a apreensão do real que
há naquilo que dizemos. Assinale a opção que faz digressão ao conceito de Literatura
e aos fatores da literariedade.
Pode-se assegurar que linguagem e ideologia são duas faces da mesma moeda, pois
se a linguagem é aquilo que nos capacita dizer o que dizemos, seu dizer não se dá
sobre um vazio semântico, o que ele diz é ideológico, e sua capacidade de dizer
manifesta a linguagem.
Sendo a Literatura uma forma de apreensão do real, é ideológica, pois a sua mimese
passa por um código ideológico. Os dois fundamentos – linguagem e ideologia –
caracterizam a escrita do texto de arte literária.
Segundo Eco, a Literatura não tem função na sociedade, portanto, não tem serventia
pragmática para além da estética.
X
O termo literariedade nasceu com os críticos conhecidos como formalistas. O destino
desse termo se dirigiu à Linguística, ciência da linguagem humana, não como crítica
da escrita, mas como crítica literária.
A Literatura fala do mundo através de uma imagem do mundo. Segundo Sartre (1973),
só apreendemos o real se sairmos do real, pela imaginação.
[370631_4]
Questão
004
Sobre o conceito de Literatura é correto afirmar:
O conceito de Literatura depende exclusivamente do autor consultado.
A Literatura é todo texto escrito independente do gênero textual.
X O conceito de Literatura é sempre contingencial.
O conceito de Literatura é algo fixo, universal e imutável.
A Literatura é uma disciplina que se estuda na escola e no curso de Letras.
Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 3/12
[370631_8]
Questão
005
Que a poesia assumiu desde cedo propensão educativa, prova-o o fato de Psístrato,
modernizador da sociedade ateniense durante o século VI a.C., ter organizado os
concursos de declamação das epopeias: com isso, reconheceu que elas ofereciam ao
povo padrões de identificação, imprescindíveis para ele se perceber como uma
comunidade, detentora tanto de um passado comum, quanto de uma promessa de
futuro, constituindo uma história que integrava os vários grupos étnicos, geográficose
linguísticos da Grécia. (Regina Zilberman. Sim, a Literatura educa. In: Literatura e
Pedagogia, 1990, p. 12)
Com é passível de perceber no trecho acima de Regina Zilberman, a literatura tinha
uma “propensão educativa” na Grécia antiga. É justamente por isso que acaba
rechaçada por Platão.
X
Por não corresponder a verdade das formas ideais não podia ser boa fonte de
conhecimento e ensino.
Por ser não corresponder a verdade das formas ideais mesmo que afastada apenas
uma vez dessas.
Por ser demasiadamente imagética e não chocar os aprendizes não podia ser boa
fonte de conhecimento e ensino.
Por ser corresponder ao discurso filosófico e se aproximar das formas ideais não podia
ser boa fonte de conhecimento e ensino.
Por ser demasiadamente realista e chocar os aprendizes não podia ser boa fonte de
conhecimento e ensino.
[370631_57]
Questão
006
(Enade 2005) O texto abaixo, de Antonio Candido, exemplifica o trabalho do crítico.
Em Gonçalves Dias, sentimos que o espírito pesa as palavras, em Castro Alves, que
as palavras arrastam o espírito na sua força incontida. Situado não apenas
cronologicamente entre ambos, Álvares de Azevedo é um misto dos dois processos.
Na melhor parte de sua obra, as palavras se ordenam com medida, indicando que a
emoçãologrou realizar-se pelo encontro da expressão justa. Infelizmente, porém, (...)
se na sua obra propriamente lírica existe não raro uma serena contenção, a que lhe
deu fama e definiu a sua maneira própria se caracteriza pela tendência à digressão e à
prodigalidade verbal, que o tornaram, com o passar do tempo, o poeta desacreditado
de nossos dias.
(Formação da literatura brasileira: momentos decisivos)
Considere as afirmações que seguem:
I. a crítica implica uma valoração, resultante das relações que o crítico estabelece
entre os elementos constitutivos da obra analisada e a série literária.
II. em cada situação específica, a crítica incide na análise independente de um dos três
aspectos do fenômeno literário: ou o produtor, ou a obra, ou o público.
III. é tarefa do crítico prescrever leituras que, ao suprirem certas necessidades do ser
humano, atendam às expectativas do público.
Confirma-se no texto de Antonio Candido o que se declara corretamente sobre a crítica
APENAS em 
X I.
III.
II e III.
II.
I e II.
Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 4/12
[370631_3031
68]
Questão
007
Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o
público a representação. A palavra vem do grego “drao” (fazer) e quer dizer ação. A
peça teatral é, pois, uma composição literária destinada à apresentação por atores em
um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramático é complementado pela
atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura específica que se
distingue do gênero Narrativo devido a:
pelo número reduzido de personagens.
trama em torno de um conflito.
todas as alternativas anteriores.
o conserto da bicicleta não vai demorar, logo estará resolvido.
X presença abundante de diálogos.
[370631_58]
Questão
008
(Enade 2005)
O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e
talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro,
cercados por balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca existe ad eterno. Dessa
verdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente
razoável pode duvidar. (...) Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os
homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio perfeito de todos os
demais: algum bibliotecário o consultou e é análogo a um deus.
(Jorge Luís Borges, “A biblioteca de Babel”, Ficções)
Associe a gravura abaixo ao texto de Borges, transcrito acima.
O espaço descrito no texto e o espaço representado na gravura têm em comum 
X a fantasia intelectual e a composição geométrica.
o efeito de claro-escuro e o sentimento da natureza.
a rejeição do irreal e o engajamento político.
a emotividade e a negação da simetria.
a vida idealizada e o sentimento do provisório.
Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 5/12
[370631_39]
Questão
009
Por isto, Wolfgang Iser reconhece a necessidade da literatura neste efeito de
perspectiva, vale dizer, na sua propriedade de obrigar o leitor, ao identificar-se com um
personagem, ou com o narrador, a olhar-se, e ao mundo por um ângulo novo, por um
ângulo inusitado – por uma nova perspectiva. As consequências estéticas,
psicológicas e éticas desta perspectivação podem ser radicais, obrigando-nos não só a
compreendermos que a realidade, em última instância, nos é inacessível – só temos
acesso, no máximo, à sua sombra. A realidade nos é inacessível porque ela engloba
tudo o que existe e todas as perspectivas possíveis.
(BERNARDO, Gustavo. O conceito de Literatura. In: JOBIM, José Luís (Org.)
Introdução aos termos Literários. Rio de Janeiro: Eduerj, 1999).
Ao dizer que a realidade nos é inacessível, que apenas acessamos a sua sombra,
Gustavo Bernardo refere-se
à mimeses aristotélica.
à ideia de peripécia e catarse.
à teoria da contingência platônica.
ao mito grego de Narciso.
X à teoria da ideia platônica.
[370631_12]
Questão
010
(FUNDATEC 2018) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as
lacunas do seguinte texto.
A literatura brasileira constitui-se de peculiaridades distintas, que marcam a sua
divisão ou periodização. Nesse viés, os aspectos políticos e econômicos do Brasil
estão diretamente relacionados com os diferentes momentos de nossa literatura, a
qual se divide, de modo geral, em duas fases. A primeira, ____________, refere-se às
manifestações durante o período e vai da descoberta – 1500 – até 1822 – ano da
Proclamação da Independência. Nessa fase, mesmo distante das metrópoles
europeias, artistas brasileiros receberam influência do que se produzia lá e usaram tal
influência para suas produções locais. Exemplo disso é ___________, escola literária
marcada com traços do Iluminismo. A segunda fase, também denominada
___________, compreende a fase que vai da independência até os dias de hoje e
buscou, no seu início, estabelecer uma identidade nacional, tarefa de que se ocuparam
os poetas da primeira geração do ___________.
Pré-Colonial – o Quinhentismo – Nacional – Barroco.
Informativa – a Literatura de Catequese – Colonial – Real-Naturalismo.
X Colonial – o Arcadismo – Nacional – Romantismo.
Indianista – o Romantismo – Social – Parnasianismo.
Colonial – o Barroco – Contemporânea – Modernismo.
Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 6/12
[370632_3032
57]
Questão
011
Leia o texto e responda à questão:
A nova maneira de organização social, praticada pela sociedade líquido-moderna de
consumidores, provoca quase nenhuma dissidência, resistência ou revolta, graças ao
expediente de apresentar o novo compromisso (o de escolher) como sendo a liberdade
de escolha. Seria possível dizer que o mais considerado, criticado e insultado oráculo
de Jean-Jacques Rousseau – o de que “as pessoas devem ser forçadas a ser livres” –
tornou-se realidade, depois de séculos, embora não na forma em que tanto os
ardentes seguidores como os críticos severos de Rousseau esperavam que fosse
implementado.
Com muita frequência, a “localidade” a que os indivíduos permanecem leais e
obedientes não entra mais em suas vidas e se confronta com eles na forma de uma
negação de sua autonomia individual, ou de um sacrifício obrigatório. Em vez disso,
apresenta-se na forma de festivais de convívio e pertença comunais, divertidos,
prazerosos, realizados em ocasiões como a Copa do Mundo de futebol. Submeter-se à
“totalidade” não é mais um dever adotado com relutância, incomodidade e muitas
vezes oneroso, mas um “patriotenimento”, uma folia procurada com avidez e
eminentemente festiva.
Carnavais tendem a ser interrupções na rotina diária, breves intervalos animados entre
sucessivos episódios de cotidianidade enfadonha, pausas em que a hierarquia
mundana de valores é temporariamente invertida, os aspectos mais angustiantes da
realidade são suspensos por um breve período e os tipos de conduta proibidos ou
considerados vergonhosos na vida “normal” são ostensivamente praticados e exibidos.
A função (e o poder sedutor) dos carnavais líquido-modernos está no ressuscitamento
momentâneo do convívio que entrou em colapso. Tais carnavais são sessões espíritas
para as pessoas se reunirem, darem as mãos e invocarem do outro mundo o fantasma
da falecida comunidade.
(BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação de pessoas em mercadoria.
Rio de Janeiro: Zahar, 2008. Adaptado.)
Há características do gênero “ensaio” nesse texto sobretudo porque ele:
X tece conjecturas sobre um assunto sociológico sem a pretensão de esgotá-lo.
tematiza o problema da alienação coletiva frente aos autoritarismos da cultura.
constitui-se de uma fonte de alerta para comportamentos sociais condenáveis.
estrutura-se em sequências textuais dos discursos expositivo e argumentativo.
apresenta acepções de termos teóricos importantes para as ciências humanas.
[370632_3031
42]
Questão
012
Sobre o gênero lírico, estão corretas, exceto:
Os poemas do gênero lírico podem apresentar forma livre ou estruturas formais.
Gênero marcado pela subjetividade dos textos. Presença de um eu-lírico que
manifesta e expõe seus sentimentos e suaa partilha. Quero a boneca pra minha neta. Que
nada, ela é minha! Sem conversa o chefe saltou sobre o da boneca e dividiu sua cara
ao meio com uma giletada. O sangue quente nos dentes...Todos sacaram suas giletes
e retocaram uns aos outros. O velho barrigudo segurava a torneira da jugular. A
netinha aproveitou para tomar a boneca e correr, os cabelos espetando o vento, um
olho aberto e outro fechado, sorriso de brinquedo. Sãs e salvas, as duas moram no
sinal. A boneca, olho fechado, olho aberto, mão estendida recebe as moedas. O
sujeito do outro lado da rua tem planos para a menina. (PONTES, C.G. O sorriso de
brinquedo. In: FERNANDES, R. (org). Contos cruéis: as narrativas mais violentas da
literatura brasileira contemporânea. São Paulo: Geração Editorial, 2006 – adaptado)
Considerando os textos apresentados, conclui-se que a narrativa do texto 2 evidencia
X
uma perspectiva contra ideológica, manifestada pela elaboração de um discurso
narrativo sensível à violência que atinge sujeitos em situação de marginalidade e
vulnerabilidade social.
uma perspectiva ideológica e contra ideológica, marcada pela defesa dos sujeitos
marginalizados e pelo emprego de uma linguagem neutra na abordagem da violência.
uma perspectiva ideológica, identificada pelo interesse do narrador em combater a
violência contra crianças por meio da criação literária.
uma perspectiva ideológica, assinalada pela construção de um discurso panfletário a
favor das camadas populares, que sofrem violência social.
uma perspectiva contra ideológica, alicerçada pelo discurso entrecruzado de narrador
e personagens que lutam pela boneca.
Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 10/12
[370633_3031
62]
Questão
018
Observe o fragmento abaixo de um conto de Clarice Lispector: “Nas árvores as frutas
eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções,
como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos.
Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as
luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era
profundo. E a morte não era o que pensávamos. Ao mesmo tempo que imaginário –
era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas.
Os troncos eram percorridos por parasitas folhudos, o abraço era macio, colado. Como
a repulsa que precedesse uma entrega – era fascinante, a mulher tinha nojo, e era
fascinante. As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia.
Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-
lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral do jardim era
outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um
mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas. As pequenas
flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau
ouro e escarlates. A decomposição era profunda, perfumada... Mas todas as pesadas
coisas, ela via com a cabeça rodeada por um enxame de insetos, enviados pela vida
mais fina do mundo. A brisa se insinuava entre as flores. Ana mais adivinhava que
sentia o seu cheio adocicado... O jardim era tão bonito que ela teve medo do Inferno.”
(LISPECTOR, C. Amor. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. P. 25)
A personagem Ana, uma dona de casa comum, tem um momento privilegiado de
revelação quando desce errado do ponto e acaba indo parar quase sem querer no
Jardim Botânico. Neste momento, várias imagens vão configurando um universo de
sensações inesperadas em contato com uma natureza que sempre esteve no mesmo
lugar.
Por que agora a percepção desse mundo se torna diferente?
Porque a personagem vive um momento psicótico que pode levá-la ao suicídio.
Porque a autora conduz a personagem a um conto-de-fadas onde apenas cabe a
mentira de suas aspirações pessoais.
Porque a autora reforça a condição alienada da personagem.
Porque a autora permite que a personagem desloque para o Jardim Botânico as suas
aspirações frustradas que apenas empobrecem aquele espaço.
X
Porque a personagem consegue perceber uma verdade que estava escondida dentro
dela mesma.
Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 11/12
[370633_3031
50]
Questão
019
Leia o texto abaixo:
Uma mulher chamada guitarra
Um dia, casualmente, eu disse a um amigo que a guitarra, ou violão, era “a música em
forma de mulher”. A frase o encantou e ele a andou espalhando como se ela
constituísse o que os franceses chamam um mot d’espri. Pesa-me ponderar que ela
não quer ser nada disso; é, melhor, a pura verdade dos fatos.
O violão é não só a música (com todas as suas possibilidades orquestrais latentes) em
forma de mulher, como, de todos os instrumentos musicais que se inspiram na forma
feminina – viola, violino, bandolim, violoncelo, contrabaixo –, o único que representa a
mulher ideal: nem grande, nem pequena; de pescoço alongado, ombros redondos e
suaves, cintura fina e ancas plenas; a cultivada, mas sem jactância; relutante em
exibir-se, a não ser pela mão daquele a quem ama; atenta e obediente ao seu amado,
mas sem perda de caráter e dignidade; e, na intimidade, terna, sábia e apaixonada. Há
mulheres-violino, mulheres-violoncelo e até mulheres contra baixo.
[...] Divino, delicioso instrumento que se casa tão bem 3 com o amor e tudo o que, nos
instantes mais belos da natureza, induz ao maravilhoso abandono!
E não é à toa que um dos seus mais antigos ascendentes se chama viola d’amore3,
como a prenunciar o doce fenômeno de tantos corações diariamente feridos pelo
melodioso acento de suas cordas... Até na maneira de ser tocado – contra o peito –
lembra a mulher que 4 se aninha nos braços do seu amado e, sem dizer-lhe nada,
parece suplicar com beijos e carinhos que ele a tome toda, faça-a vibrar no mais fundo
de si mesma, e a ame acima de tudo, pois do contrário ela não poderá ser nunca
totalmente sua.
MORAES, Vinicius de. Para viver um grande amor. Rio de Janeiro: José Olympio,
1984.
Entre os elementos constitutivos dos gêneros, está o modo como se organiza a própria
composição textual, tendo-se em vista o objetivo de seu autor: narrar, descrever,
argumentar, explicar e instruir. No trecho, reconhece-se uma sequência textual: 
descritiva, em que se constrói a imagem de prima Julieta a partir do que os sentidos do
enunciador captam.
narrativa, em que se contam fatos que, no decorrer do tempo, envolvem prima Julieta.
X
argumentativa, em que se defende a opinião do enunciador sobre prima Julieta,
buscando-se a adesão do leitor a essas ideias.
explicativa, em que se expõem informações objetivas referentes à prima Julieta.
instrucional, em que se ensina o comportamento feminino, inspirado em prima Julieta.
Pincel Atômico - 24/04/2025 15:14:36 12/12
[370633_4]
Questão
020
Em texto de 1972, Algirdas-Julien Greimas acentua a relatividade do conceito, ao
vincular a interpretação da "literariedade", ou seja, das características que tornam
"literário" um texto, "a uma conotação sociocultural e sua consequente variação no
tempo e no espaço humanos"5.
E, no ano seguinte, Michel Arrivé, reitera o posicionamento, ao afirmar que "a literatura
é o conjunto dos textos recebidos como literários numa sincronia sociocultural dada"6.
Paralelamente, o caráter ficcional que, durante largo tempo, foi considerado uma das
características básicas do texto de literatura, entendida a ficção como fingimento,
resultante do ato de fingir, tem sido posto em questão. Para alguns especialistas
contemporâneos, o ficcional não se confunde com o falso: nele se abriga alguma coisa
captada da realidade. A conceituação da literatura, assim, permanece em aberto, na
medida em que acompanha o dinamismo da cultura em que se insere. A questão
fundamental, e que continua desafiando os especialistas, é a caracterização da
natureza das propriedades estéticas do texto literário e quais as ligações entre ambas.
Se é difícil, entretanto, conceituar ou definir, por meio de palavras, certas realidades do
mundo, isso não significa que deixemde existir os elementos que as singularizem.
(FILHO, Dominício Proença. A Linguagem Literária. São Paulo: Ática, 2007, p. 10).
Tomando como referência o texto acima, avalie as afirmações que se seguem:
I – O conceito de literatura se subjaz, além da literariedade, aos elementos
socioculturais.
II – Para definir o que é ou não literatura é preciso apenas observar o uso particular
que se faz da linguagem.
III – O que é ou não Literatura relaciona-se não apenas com o uso estético da
linguagem, mas pela leitura e juízo que determinada época e sociedade fazem da obra
literária.
IV – Apesar de não podemos desvincular a literatura dos contextos históricos, sociais e
culturais, é possível caracterizar alguns de seus elementos estéticos recorrentes.
 
Apenas II e III e IV estão corretas.
X Apenas I , III, IV estão corretas.
Apenas I e III estão corretas.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas I e II estão corretas.de existir os elementos que as singularizem.
(FILHO, Dominício Proença. A Linguagem Literária. São Paulo: Ática, 2007, p. 10).
Tomando como referência o texto acima, avalie as afirmações que se seguem:
I – O conceito de literatura se subjaz, além da literariedade, aos elementos
socioculturais.
II – Para definir o que é ou não literatura é preciso apenas observar o uso particular
que se faz da linguagem.
III – O que é ou não Literatura relaciona-se não apenas com o uso estético da
linguagem, mas pela leitura e juízo que determinada época e sociedade fazem da obra
literária.
IV – Apesar de não podemos desvincular a literatura dos contextos históricos, sociais e
culturais, é possível caracterizar alguns de seus elementos estéticos recorrentes.
 
Apenas II e III e IV estão corretas.
X Apenas I , III, IV estão corretas.
Apenas I e III estão corretas.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas I e II estão corretas.

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