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* DOENÇAS SISTÊMICAS Retinopatia da Prematuridade Hemoglobinopatias Toxoplasmose Oftamopatia Tireoideana Prof. Carlos Henrique de T. Magalhães * RETINOPATIA DA PREMATURIDADE Conceito- É uma enfermidade vasoproliferativa secundária a proliferação anormal dos vasos sanguíneos da retina em desenvolvimento de prematuros, podendo em alguns casos levar a cegueira. 2ª causa de cegueira infantil no BR * RETINOPATIA DA PREMATURIDADE Incidência: inversamente ao peso de nascimento e idade gestacional. RN pré-termo < 1.250g- 66% RN pré-termo <1.000g- incidência de 80% * Patogênese Os vasos da retina nasal atingem a periferia pelo 8° mês de gestação, Retina temporal torna-se vascularizada ~1mes após o nascimento. Estes vasos imaturos na presença de oxigênio sofrem vasoconstricção. Como resultado ocorre uma obliteração dos vasos induzindo a neovascularização. (Hipoxia induz a produção de VEGF o qual induz a neovascularização ). * EXAME * Estagios : Estagio I : Uma discreta linha de demarcação separa a retina avascular imatura anterior,da retina madura vascularizada. * Estagio II : A linha de demarcação torna-se espessada e esbranquiçada, elevando-se do plano da retina e com cominicações AV. * Estágio III : Ocorre proliferação fibrovascular extraretiniana a partir da linha de demarcação extendedo-se para o vítreo * Estagio IV : Descolamento parcial da retina. * RETINOPATIA DA PREMATURIDADE Estágio V – deslocamento total da retina. Mal prognóstico. Plus Disease Refere-se a presença de vasos dilatados no polo posterior em qualquer estágio da ROP. Significa tendência a progreção. * * Critérios de exame Ref: I Workshop de ROP, Outubro 2002, Rio de Janeiro * RETINOPATIA DA PREMATURIDADE Acompanhamento: quinzenalmente até a vascularização atingir a zona III; Semanalmente, se houver doença, até a sua regressão; * Prognostico Em 80 % dos caso resolve-se espontaneamente com restauração da vascularização da retina, enquanto que o restante desenvolvem sequelas. * RETINOPATIA DA PREMATURIDADE Tratamento Fotocoagulação com laser portátil Crioterapia: congelamento da retina com o uso de sonda fria, por fora do olho, atingindo a retina anormal (avascular) Estágios mais avançados: introflexão escleral e vitrectomia, indicada para refixar a retina * HEMOGLOBINOPATIAS * Grupo de doenças hereditárias com formação anormal da hemoglobina (HB). Alterações: Quantitativas- com menor produção de cadeias alfa ou beta, originando as alfa ou beta talassemias Qualitativas - o número de cadeias é normal mas a sua composição química está alterada. * * HEMOGLOBINOPATIAS QUALITATIVAS Alterações estruturais das hemoglobinas (Hb com estrutura da cadeia de globina anormal): HbS, (ácido glutâmico da posição 6 da cadeia beta é substituído pela valina) HbC (ácido glutâmico da posição 6 da cadeia beta é substituído pela lisina), * HEMOGLOBINOPATIAS QUANTITATIVAS Síntese deficiente de cadeias globínicas alfa símiles ou beta símiles Talassemias Alfa Beta * OS GENÓTIPOS MAIS COMUNS SÃO Anemia falciforme (doença SS), onde os indivíduos são homozigotos para o gene da hemoglobina S. ( S S ) Causa um distúrbio hemolítico intenso pela tendência das hemácias a adquirirem uma forma anormal (forma de foice) sob condições de baixa tensão de oxigênio. * Traço Falciforme (doença AS), heterozigoto um gene sintetiza cadeias polipeptídicas globínicas normais (A ) e um gene anormal (S). Doença SC (Hb SC), dois genes de cadeia beta alterados (S e C ). (tem sintomas da ANEMIA FALCIFORME podendo ser grave ), Beta talassemia (defeito na formação das cadeias ) * EPIDEMIOLOGIA A prevalência de portadores é de 20-40 % entre os africanos tropicais e de 8-10% nos afro-caribenhos e afro-americanos. No Brasil alguns estudos encontraram prevalência de 4-5% de recém-nascidos com traço falciforme (Bragança Paulista). * CLINICA Alterações da retiniana e vítrea não proliferativa proliferativa Manifestações clínicas sistêmicas, anemia e fenômenos vaso-oclusivos. os pacientes do tipo SS apresentam quadro clínico sistêmico mais severo do que os do tipo SC. Entretanto os efeitos oclusivos oculares são mais predominantes no tipo SC. * Fisiopatologia Oclusão arteriolar na periferia da retina Formação de neovasos. * RETINOPATIA NÃO PROLIFERATIVA Salmon patch Oclusão de uma arteríola de tamanho intermediário , (rolha de eritrócitos) > hemorragia (por necrose isquêmica da parede do vaso). Hemorragia tem a forma redonda ou ovalada e de cor vermelho vivo alaranjado * “Black sunburst", Lesões corioretinianas escuras ovais localizadas na periferia da retina Representa zonas de hiperplasia, hipertrofia e migração do EPR. É conseqüente a oclusão arteriolar, * RETINOPATIA PROLIFERATIVA Goldberg (seqüência de eventos) I - Oclusões arteriolares na periferia da retina; II - Anastomoses artério-venosas na periferia da retina; * III - Proliferações fibrosas e neovasculares "sea fan" ou "cabeça de medusa". * IV - Hemorragias no vítreo; V - Descolamento de retina. Diagnóstico Eletroforese de Hemoglobina * TOXOPLASMOSE Toxoplasma gondii, Parasita intracelular obrigatório. protozoário Altamente prevalente– Em algumas regiões 40 a 70 % dos adultos estão infectados. Zoonose mais difundida no mundo. Na grande maioria é uma infecção assintomática raras vezes ocorrendo doença Causa comum de uveíte podendo levar à perda da visão Pode provocar doença congênita grave * ETIOLOGIA Toxoplasma gondii: existe em três formas: trofozoita: taquizoito cisto: contendo bradizoitas viáveis: latente, persiste indefinidamente (infecção crônica), particularmente no tecido nervoso (cérebro e retina) e muscular (músculo esquelético e cardíaco), resistem à digestão péptica e tríptica, são mortos pelo congelamento e pelo aquecimento acima de 60ºC. Oocisto ( esporozoitos) forma de resistência * TAQUIZOÍTO Forma invasiva que aparece durante a infecção aguda e infecta através do sangue e da linfa praticamente todas as células dos mamíferos; Toxon -arco * MORFOLOGIA 4 a 8 µm 2 a 4 µm * CISTOS TECIDUAIS Contêm milhares de bradizoítos. Os cistos podem, durante a fase latente da infecção, persistir nos mais variados tecidos, músculos, miocárdio e cérebro etc. * OOCISTO É o produto do ciclo sexual no intestino delgado do gato e só se torna infectante após esporulação e excreção no meio ambiente; Esporozoitos * BIOLOGIA: Ciclo Biológico: Ocorre em 2 fases: Fase assexuada: tecidos de vários hospedeiros. Fase sexuada: epitélio intestinal de gatos . Gato ( hospedeiro definitivo) ciclo sexuado e assexuado Homem outros mamíferos e aves- (hospedeiros intermediários)- ciclo assexuado. * Ciclo biológico * TRANSMISSAO Ingestão ou inalação - Oocistos- terra, água, vegetais, frutas, alimentos, disseminação moscas , baratas esporozoitos invadem células epiteliais do intestino delgado > taquizoitos * Cistos O modo mais comum de transmissão da toxoplasmose é a ingestão de alimentos contaminados, com taquizoitos ou bradizoitos principalmente carnes cruas e mal cozidas. * - Taquizoitos- ingestão de leite não pasteurizado, carnes cruas e mal cozidas, esperma, urina. Via transplacentária - Mãe adquire a primoinfecção durante a gestação, taquizoitos podem passar pela placenta e infectar o feto Transfusão sanguínea e transplante de órgãos . * Fase aguda – lesão tecidual Podem ocorrer sinais clínicos no momento da infecção inicial ou à partir da reativação da infecção encistada Os taquizoítos ao multiplicarem-se rompem a célula parasitada gerando focos de necrose e inflamação. * Entretanto raramente tornam-se suficientemente extensas para causar doença clínica sintomática. * FASE CRÔNICA - CISTOS Com a imunidade os parasitos extracelulares desaparecem e há uma diminuição da multiplicação intracelular. Os parasitos restantes evoluem para formação de cistos teciduais. Mais prevalentes no tecido muscular (musculatura esquelética e cardíaca), neural (cérebro) e globo ocular. Cistos podem permanecer viáveis por muitos anos, protegidos da resposta imunológica. * 1. Toxoplasmose ADQUIRIDA Quadro clínico Em 80% dos casos é assintomática Nos casos em que produz sintomas encontramos febre, mialgia, mal estar, fadiga linfadenopatia (cervical, sub occiptal,supraclaviculares,axilares e inguinais), dor de garganta, hepatoesplenomegalia, rash máculo papular, coriorretinite Os sintomas regridem sem tratamento em cerca de 4 a 6 semanas * 3. Toxoplasmose Congênita (transplacentária) Infecção materna no 1° Trimestre: a infecção fetal é menos freqüente porém mais grave pode resultar em aborto, natimorto, prematuridade não provoca mal formações congênitas pois não afeta o DNA (tétrade de Sabin) hidrocefalia, calcificações cerebrais, coriorretinite, retardo mental * * Retinocoroidite ativa Retinocoroidite focal necrotizante placas algodonosas elevadas branco-amareladas, margens imprecisas, associada a reação vítrea Clinica * Precipitados ceráticos Injeção ciliar * SINTOMAS visão borrada dor e fotofobia * Retinocoroidite crônica * Lesão Satélite * DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Testes sorológicos São os mais utilizados. A presença de anticorpos da classe IgM indica infecção aguda e da classe IgG infecção antiga * PREVENÇÃO Cozinhar a carne completamente (66º C); Após ter manuseado carne crua, lavar bem as mãos, toda a superfície que entrou em contato com o alimento e todos os utensílios utilizados; Lavar muito bem as frutas e os vegetais antes de ingeri-los; Evitar leite cru, não pasteurizado, seja de vaca ou de cabra; Usar luvas ao trabalhar no jardim; Limpar a caixa de areia do gato (use luvas ao trocar a caixa de areia) diariamente; Combater os insetos principalmente as baratas. VBCA, ABRIL DE 2009 * Alteração extra tireoideana mais comum da doença de Graves 5 vezes mais comum em mulheres 3 e 4 décadas de vida Oftalmopatia de Graves Ligação de auto-anticorpos estimulatórios ao receptor TSH na tireóide. * Tireotoxicose Nervosismo Instabilidade emocional Fadiga Sudorese excessiva Emagrecimento Tremores Taquicardia Sintomas VBCA, ABRIL DE 2009 * VBCA, ABRIL DE 2009 * MOURITS et al., 1989 Fase Ativa - Inflamatória ___________________________________ Processo auto–imune Inflamação com produção de glicosaminoglicanos pelos fibroblastos (subst hidrofilicas) edema aumento do volume do tecido orbital, mms extraoculares, VBCA, ABRIL DE 2009 * Tratamento Corticoterapia Ações imunosupressiva e anti-inflamatoria Diminui a síntese e secrecao de GAG pelos fibroblastos Orbitais Altas doses (prednisona 60~100mg/dia), periodos prolongados (vários meses) * Radioterapia Efeito anti-inflamatório inespecífico Os linfócitos infiltrantes do espaco orbital são altamente radio sensíveis Reduz a produção de GAG Drogas imunossupressivas. ciclosporina, metrotexate Antagonistas das Citocinas- Pentoxifilina Colchicina- Anti-inflamatório * Fase Inativa - Não Inflamatória MOURITS et al., 1989 Estéticas: Visuais: Proptose Retração palpebral Estrabismo Déficit visual neuropatia óptica, ceratite de exposição diplopia IV a – deslocamento subtotal da retina não envolvendo a fóvea. O descolamento ocorre na periferia, não envolvendo a mácula, melhor prognóstico; IV b –deslocamento subtotal da retina envolvendo a fóvea. Forma-se uma prega até a zona III. \prognóstico reservado; * tais como miopia, fibrose fitreoretiniana temporal com tração do disco ou tecido retrolental parcial ou extensivo . Glaucoma secundário de fechamento angular , descolament o de * * Em alguns casos de substituição de um aminoácido na cadeia de globina não há significante alteração na sua função e outros casos há comprometimento fisiológico da integridade da hemoglobina. : lembrando que a hemoglobina normal carrega oxigênio do sangue para os pulmões, quando há a produção de uma hemoglobina anormal isso pode gerar uma diminuição na afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. A hemoglobina instável pode gerar: Diminuição na afinidade pelo oxigênioExemplos: Hb Seattle, Hb Vancouver e Hb Mobile. Aumento na afinidade pelo oxigênio: raramente acontece. Exemplos: Hb Chesapeake e HbJ Capetown. Metahemoglobina: a hemoglobina neste caso apresenta íon férrico no estado oxidado (Fe+++) ao invés do ferroso normal (Fe++).Acontece em caso de HbM. Hemoglobina instável: Ocorre a formação de inclusões dentro das hemácias chamadas corpúsculos de Heinz. Cristalização: Ocorre em casos de HbS e HbC. Falcização: Em casos de HbS HbD) Variantes com fenótipo talassêmico: E, Lepore, Constant Spring. * Hemoglobina Falcêmica (HbS) A hemoglobina falcêmica decorre de alteração de apenas 1 dos 146 aminoácidos da b-globina. A homozigose para esta mutação é a causa da anemia falciforme. A anemia falciforme é um distúrbio hemolítico intenso caracterizado pela tendência das hemácias a adquirirem uma forma anormal (isto é, em forma de foice) sob condições de baixa tensão de oxigênio. Os pacientes graves costumam apresentar-se nos 2 primeiros anos de vida com anemia (níveis de hemoglobina de 6 a 10g/dl), atraso do crescimento, esplenomegalia, infecções repetidas e, episodicamente, a síndrome da "mão-pé", que se caracteriza por uma tumefação dolorosa das mãos ou pés. * Traço Falciforme (doença AS), heterozigoto um gene sintetiza cadeias polipeptídicas globínicas normais (A ) e um gene anormal (S), com produção de ambas as hemoglobinas (A e S), predominando a Hemoglobina A (Hb A). * As manifestações oculares são representadas por alterações orbitárias, conjuntivais, uveais, papilares e retinianas(10-11). * Oclusão arteriolar na periferia da retina conseqüente novo arranjo dos capilares adjacentes que podem dilatar e formar comunicações artério-venosas, com a formação de neovasos entre a retina vascular e avascular. * esta sempre associada a alteração da arquitetura vascular * Neovascularização periférica da retina geralmente associada a casos de Drepanocitose na sua forma SC, e que se forma devido à isquemia retiniana crônica provocada por crises de falciformação. * Ocorrendo em mais de 300 espécies de animais entre mamíferos e aves Importante causa de doença oportunista em pacientes infectados pelo HIV * Complexo apical: Anéis polares – são dois, permitem a passagem do conteúdo parasitário Conóides – definem a extremidade apical e têm motilidade micronemas – organelas secretoras, auxiliam na adesão e invasão celular roptrias – organelas secretoras, auxiliam na invasão grânulos densos – organelas secretoras, necessárias para multiplicação Complexo apical: Anéis polares – são dois, permitem a passagem do conteúdo parasitário Conóides – definem a extremidade apical e têm motilidade micronemas – organelas secretoras, auxiliam na adesão e invasão celular roptrias – organelas secretoras, auxiliam na invasão grânulos densos – organelas secretoras, necessárias * Em imunodeprimidos o cisto pode se romper, os bradizoítos readquirem as características invasivas dos taquizoítos. Embora possa se observar cistos nos órgãos viscerais como pulmões, rins, fígado, estes são * O tratamento é necessário nos casos que cursam com coriorretinite * Infecção materna no primeiro trimestre: a infecção fetal é menos freqüente porém mais grave pode resultar em aborto, natimorto, prematuridade pode provocar encefalite, pneumonite, convulsões, miocardite não provoca mal formações congênitas pois não afeta o DNA (tétrade de Sabin) hidrocefalia, calcificações * Um único título alto de IgM ou o aumento de pelo menos quatro vezes nos títulos de IgG em sorologias pareadas com 2 a 3 semanas de intervalo suportam o diagnóstico de toxoplasmose ativa. * * * Alteração extra tireoideana mais comum da doença de Graves / Inicialmente ocorre Fase inflatória induzida pelo processo auto–imune duraçao meses ou anos caracterizado Calor, edema ,rubor. O processo inflamatorio estimula a producao de glicosaminoglicanos pelos fibroblastos( subst hidrofilicas) edema aumento do volume do tecido orbital, mms estra- oculares, sendo responsáável por grande parte das alterações clínicas da OG * Seguido fase Inativa (em que fibrose dos mms tec conectivo retrobulbar) Tto pcte cirúrgico z
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