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DERMATOLOGIA Feridas Úlcera crônica é rompimento da barreira cutânea de longa duração (> 6 semanas). Causadas por estase venosa, arterial, pés diabéticos, vasculite, leishmaniose tegumentar, estima, paracoccidiodomicose. Úlcera venosa: comum nas feridas das extremidades inferiores. Mais comuns em mulheres e idosos. Relacionada com hipertensão venosa (refluxo nas válvulas e trombose venosa). Edema e dor nos MMII. Comum no maléolo medial, bordas irregulares, leito raso e purulento. Maiores. Pele circunjacente com edema, endurecimento, hemossiderose, varicosidades, lipodermatoesclerose, atrofia branca e dermatite de estase Ùlceras arteriais: causada por fluxo inadequado para a pele pela doença arterioesclerótica. Risco aumentado em fumantes, diabéticos, idosos. Sintoma clássico – claudicação intermitente e dor em repouso que alivia com pernas pendentes. Exame físico: pés frios, pulsos pediosos fracos ou ausentes, enchimento capilar lento. Úlceras são pálidas, arredondadas (talhadas a pique), distais/laterais e sobre proeminência óssea. Pele em torno é atrófica e com rarefação de pelos. Dor aumenta com elevação do membro. Úlcera nos pés diabéticos: consequência da neuropatia periférica ou doença vascular associada ao diabetes. Neuropatia motora (enfraquecimento dos músculos) e sensitiva (perda sensibilidade) somadas com estresse mecânico constante forma a úcera. Há dificuldade de cicatrização pela glicemia elevada, baixa oxigenação tecidual e comprometimento da resposta imunológica à lesão. Pés diabéticos sujeitos à amputação. Úlceras por pressão: causada por fluxo sanguíneo inadequado devido à pressão prolongada ou fricção. Sacro, maléolo, quadris, occipital, cotovelos. Em indivíduos imóveis, inconscientes, paralisados, idosos ou desnutridos. I – pele intacta com eritema, calor e infiltração. II – úlcera rasa (epiderme e derme) com alterações pigmentares. III – perda da pele de espessura total poupando a fáscia. Ulcera necrótica IV – perda da pele total atingindo fáscia. Tratamentos para úlceras: Gazes Seca: pode grudar na ferida, com NaCl: evita proliferação bacteriana Filmes – semioclusivas (possibilita troca de vapor de oxigênio e impermeáveis aos líquidos e bactérias externas). Para feridas com pouco exsudato Hidrogel – a base de água. Mantem a cicatriz úmida. Para feridas secas ou com pouco exsudato. Hidrocoloides – impermeáveis. Absorvem o exsudato. Para feridas com exsudato leve a moderado. Necessidade de troca pouco frequente Alginatos – derivados de algas marrons. O Cálcio de alginato em ambiente úmido forma uma massa gelatinosa. Altamente absorventes. Indicado para feridas com exsudato intenso. Não são aderentes. Requerem curativo secundário. Não pode ser aplicado em feridas secas. Espumas: semioclusivos, moderadamente absorvente. Provoca isolamento térmico, protegem contra o atrito. Colágenos: atrai tipos celulares necessários à cicatrização. Inativa proteases e radicais livres permitindo a cicatrização Antimicrobianos – antibióticos e antissépticos tópicos podem ser usados para reduzir a colonização bacteriana facilitando a cicatrização. Ex: íons de prata, Complementos Compressão. Ex: bota de unna (com óxido de Zinco), meias para compressão. Em pacientes com ulcera venosa. Pressão negativa ou fechamento assistido por vácuo – acelera a cicatrização por removerem o exsudato, manterem o ambiente úmido, reduzir a carga bacteriana, aumentar o fluxo sanguíneo e formação de tecido de granulação Enxerto Oxigenoterapia hiperbárica – 100% de oxigênio a alta pressão. Em úlceras arteriais Queimadura Necrose de coagulação da epiderme e em profundidade variável da derme e de tecidos subjacentes Causada por: frio, radiação solar, eletricidade, combustível, agentes radioativos Classificação: 1º grau: acomete epiderme. Lesão eritematosa, quente e dolorosa ex: queimadura solar 2º grau: Superficial – superficial. Acomete epiderme e parte da derme sem comprometer os anexos. Com bolhas, eritema, exsudação e dor intensa. Quando bolhas estouram, expõe superfície rosada Profunda - acomete epiderme e praticamente toda derme comprometendo os anexos. Menos dolorosa e menos rosada. Epitélio é friável acarretando ulcerações e cicatrização hipertrófica 3º grau: acomete a totalidade da pele. Lesão é seca, branca nacarada, rígida, indolor por destruir as terminações nervosas. Pode chegar aos ossos 4º grau: lesões elétricas e áreas carbonizadas. Podem levar a mutilações Calcular a extensão: Regra dos nove de Wallace: mais rápida Cabeça, cada membro superior: 9% Parte anterior do tronco, parte posterior do tronco e cada membro inferior: 18% Períneo 1% Na criança, há proporcionalidade diferente da utilizada no adulto (pag 45 do livro Azulay 6ª ed) Estimativa das queimaduras dispersas A região palmar equivale a 1% da superfície corporal. Então analisar a porcentagem das queimaduras despersas em relação a palma da mão. Esquema de Lund-Browder: considera a proporção corporal de acordo com a idade (tabela pág 46 Azulay 6ª ed) Cuidados: Imediatamente após queimadura, enrolar paciente em lençol úmido por alguns minutos para resfriar o corpo. Depois trocar para um lençol seco evitando hipotermia Na emergência: uso de dipirona oral, tramadol ou Nubain como analgésico, fazer curativo pra controlar crescimento bacteriano ( creme de sulfaziazina de prata a 1%). Prata tem espectro de ação Gram +, Gram – e fungos Curativos de acordo com o grau de exsudação e colonização da ferida. O de 1º precisa de curativo aberto, limpeza com sabonete neutro e hidratação. Posteriormente uso de filtro soltar. Na ferida de 2º grau o curativo é importante na cicatrização. Na de 3º grau precisa de enxerto. Condutas imediatas: ABCDE A - vias respiratórias e imobilizar sempre o paciente evitando lesão de coluna vertebral B – respiração C – circulação D - consciencia e orientação E – remoção de roupas e acessórios Reposição volêmica A liberação de mediadores químicos gera aumento da permeailidade capilar com extravasamento de proteínas e fluidos Antibióticos: somente em caso operatório. Não usado como profilaxia Aula 1: LESÕES ELEMENTARES Modificação da pele normal Mecanismos indutores das alterações: natureza circulatória, inflamatória, metabólica, degenerativa ou hiperplástica Manifestações de doenças específicas da pele, doenças infecciosas e de doenças sistêmicas Classificação de Schulmann: 1) Lesões que modificam a cor; 2) Lesões por alterações vasculares; 4) Lesões de conteúdo sólidas; 5) Lesões de conteúdo líquidas; 6) Eflorescência por solução de continuidade; 7) Eflorescência por lesões elementares caducas. Mancha ou mácula: sem relevo; modificação da cor Melanina Acrômica: ausência de melanina. Ex: vitiligo - em cotovelo, pés, mãos. Bordas mais hipercrômicas. Hipocrômica: diminuição de melanina Ex: hanseníase (com perda de sensibilidade), Ptiríase versicolor Hipercrômica: excesso de melanina Ex: nevo Substâncias endógenas - caroteno (xantocromia) e bilirrubina, Dermatite ocre – depósito de hemossiderina Substâncias exógenas - tatuagem, prata Obs: Quanto ao tamanho, utiliza-se também: Máculas puntiformes: do tamanho de um ponto. Máculas lenticulares: do tamanho de uma lentilha. Máculas numulares: do tamanho de uma moeda. Máculas reticuladas (não homogêneas, como uma rede) Quanto tempo demora para um bronzeado? 1 mês: tempo para o queratinócito Ex: melasma – mácula hipercômica reticulada localizadas na face Sardas (efélides) – máculas hipercrômicas puntiformes a lentiformes localizadas na região malar, nariz e palpebras Ptiríase alba: máculas hipocrômicas mal delimitadas Melanoma: tumoração hipercrômica, de várias cores diferentes, de limites irregulares e assimétrica. Hanseníase: máculas hipocrômicas mal delimitadas. Deve-se testar sensibilidade Vitiligo: máculas acrômicas bem delimitadas e irregulares. Pode ser tricolor. Sequelas de trabalho com produtos cáusticos: máculas acrômicasLúpus eritematoso discóide: placa atrófica com regiões de hipercromia, hipocromia, eritema e hiperceratose ostial. Lesão Vascular: Transitório – desaparece à vitropressão Rubor – vasodilatação Cianose - Figurado: desenhados. Doença de Lyme. Eritema marginatum na febre reumática Eritema na pele pelo afluxo maior de sangue arterial por uma hiperemia ativa (dilatação de arteríolas). Ex: rubéola, parvovírus Enantema – na mucosa Exantema – generalizado Permanente – desaparece à vitropressão Angioma – aumento do número de capilares Telangectasia – dilatação permanente do calibre de pequenos vasos. Ex: insuficiência hepática Púrpuras: casos de hemorragias; extravasamento de sangue; não desaparece à vitropressão Petéquias – puntiformes Víbice: púrpura linear Equimose – grandes dimensões; sem relevo Hematoma – abaulamento local. Origem traumática Cianose na pele e cianema na mucosa pelo aumento de hemoglobina reduzida ( maior que 5%). Central quando há alteração cardiopulmonar e periférica quando há consumo aumentado por perturbação circulatória Constricção funcional Ex: nevos acrômicos Obs: digitopressão: se a mancha for vascular, ao comprimir ela desaparecerá por segundos. Se a mancha for por extravasamento de sangue (púrpura), ela não desaparecerá. OBS: equimose e hematoma NÃO SÃO as mesmas classificações. Nas equimoses não há sangue coagulado, ele encontra-se na pele. Equimose não tem relevo. Hematoma tem relevo. Lesões sólidas: alterações por acúmulo de células ou espessamento Pápula: consistência dura, superficial, com elevação. Menor que 0,5 cm. Involui sem deixar cicatriz Cupuliformes: forma de cúpulas Não confluentes Confluentes Anulares Geográficas Placa – conjunto de pápulas; em forma de discos; superfície em platô. Exemplos: Hanseníase bordeline – infiltração (sensação de edemaciado. Bastante eritema) Infiltrada – aumento de células da derme. espessamento difuso da pele. Urticada – não tem proliferação de células. Some em 6h Tubérculo – consistencia dura; elevada; maior que 0,5 cm e menor que 1 cm; pode ser manifestação de doença granulomatosa. Alteração dérmica somente. Pode deixar cicatriz. Lesão mais elevada ex: sarcoidose, sífilis, hanseníase, leishmaniose, tuberculose, granuloma anular Líquen plano – específico da pele. Superfície ceratosa, formato poligonal cursa com isomorfismo (quando coça, espalha a lesão) Nódulo: mais palpável que visível. Atinge derme profunda ou subcutâneo. Eritema nodoso: micoplasma, Nódulo ulcerado, Nódulo vinhoso Tumoração – lesão maior que 3 cm. Visível. Mias direcionada quando há malignidade Ceratose: lesão sólida relacionada ao espessamento da epiderme devido ao acúmulo de queratina e proliferação apenas da camada córnea Ceratodermia marginada de Ramos e Silva: causada por exposição solar Paraceratose: ceratose marginada. Vegetação: hipertrofia das papilas dérmicas que cresce para o exterior com aspecto similar ao de couve-flor. Verrucosa: é seca Condilomatosa: é úmida. Ocorre nas dobras e nas mucosas Obs: doenças infecciosas vegetantes : PLECT Paracoccidiomicose Leishmaniose Esporotricose Cromotricose Tuberculose Esclerose: endurecimento da pele impedindo o pregueamento Liquenificação: espessamento da pele que passa a evidenciar todos os sulcos. Consequente ao ato de coçar cronicamente Infiltração: espessamento por infiltrado inflamatório, tumoral, infeccioso ou por depósito Lesão com conteúdo líquido Vesícula: conteúdo claro. Menos de 0,5 cm e intraepidérmico Bolha: elevação bem maior. Saliência em abóbada Intraepidérmica Subepidérmica – maiores Pústula – com conteúdo líquido purulento. Pus é causado, geralmente, por bactérias e pelo acúmulo de neutrófilos Foliculares – foliculite Interfoliculares – impetigo Abcesso: coleção de pus em camadas profundas (subcutânea ou dermo-hipodérmica). Lesão eritematosa, flutuante e purulenta em cavidade neoformada, circunscrita e com sinais flogísticos Ex: Miliária cristalina - vesícula Herpes: vesículas agrupadas em cacho de uva sobre uma base eritematosa Eflorescência por solução de contato: ocorre devido ao rompimento da barreira da pele. Escoriação: rompimento superficial da barreira da pele causada por agente externo. Toda escoriação é uma erosão. Atinge epiderme Exulceração: erosão profunda que acomete a derme papilar Ulceração: rompimento da barreira da pele mais profundo do que derme superficial. Por isso, cicatriza com vestígio, independe do tratamento adotado. Fissura (ragádia): perda de epiderme e derme, linear e estreira, no contorno de orifícios naturais. Fístula: rompimento que leva à comunicação do meio interno do corpo ao meio externo. Trajeto linear sinuoso e profundo. Há eliminação de material necrótico. Lesões caducas - caduca significa que vai cair. Escama: desprendimento de lamínulas epidermias de queratina. Pitiriásica ou furfurácea laminares Crosta: ressecamento de exsudato cutâneo. Serosa Purulenta – melicérica (cor de mel – Impertigo) Hemática – ectima Escara ou ulcera de decúbito: descamação de material decorrente de necrose tecidual. Sequelas a. Cicatriz: reparação conjuntiva e epitelial da pele traumatizada i. Atrofia ii. Hipertrofia iii. queloide ASPECTOS CLÍNICOS Tipo de erupção Tempo de evolução Época de surgimento Distribuição Organização Morfologia lesional Progressão Tipos de erupção Monomorfas: único elemento eruptivo Ex: herpes simples Polimorfas: vários tipos de elementos eruptivos Ex: Lúpus (presença de eritema, púrpura, bolha, atrofia, escara e úlcera ao mesmo tempo) Tempo de evolução Aguda Subaguda Crônica Época de surgimento Relacionada à estação do ano Faixa etária Distribuição Simétrica ou assimétrica Regional, segmentada Universal, generalizada Linhas de Blaschko Em áreas expostas Organização Linear Zosteriforme (segue dermátomo) Herpetiforme (conteudo líquido agrupadas) Reticulares (em rede) Arranjo lesional Anular (em anel) Circinada (em círculo) Policíclica (confluência em vários círculos) Numular (em forma de moeda) Gutata (em gota) Em placa Arciforme (um arco) Serpiginosa ( um S) Em íris ou alvo Relevo Arredondado Pedunculado Plano Umbilicada (deprimida no centro) Acuminado Formato das bordas Regular Irregular Tipo de exsudato Seroso Hemático Purulento Forma de progressão da lesão Fagedênica (destruição dos tecidos) Telebrante (perfurante) Centrífuga Serpiginosa Fenômeno de Koebner ou isomórfico - Um trauma em região de pele sã desencadeia, nesta, o surgimento de lesões do mesmo tipo das encontradas em outro local do corpo, nos portadores de doenças como psoríase, vitiligo e líquen plano Fenômeno isotópico de Wolf - Aparecimento de uma nova doença dermatológica no local de ocorrência de doença cutânea prévia, já curada e sem relação entre elas. Ex: lesões urticariformes sobre estrias Alterações de anexos Glândulas sudoríparas: anidrose ou hiperidrose Glandulas sebáceas: esteatorreia Unhas: anoníquia Pelos: HANSENÍASE Conhecida como lepra, surgiu na Índia e na China e se expandiu durante as Cruzadas. No Brasil, existem ainda colônias Infecção crônica, granulomatosa, curável. Agente etiológico: Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen Descrito em 1873 Bacilo alcool ácido resistente (BAAR) Parasita intracelular obrigatório com predileção pelas células do sistema reticuloendotelial (células de Schwann – SNP, da pele e da mucosa nasal) Quando em grande quantidade nas lesões forma aglomerados bacilares (globias) Não pode ser cutivado in vitro Multiplicação lenta – incubação de 5 anos e preferencia por ambientes com temperaturas baixas Homem é o único reservatório natural Via aérea superior é a principal via de inoculação e eliminação de bacilo. Deve ser um transmissor com muitos bacilos. Soluções de continuidade podem ser porta de entrada eventual. Secreções orgânicas (leite, suor) podemeliminar bacilos mas não tem importancia para disseminação Com elevada infectividade e baixa patogenicidade Bacilo localizado nas partes profundas da derme Se não houver tratamento há manifestações dermatológicas e neurológicas (deformidades, mutilações) Tem notificação compulsória em todo território nacional É de investigação obrigatória Epidemiologia: relacionada com imunização com BCG, desenvolvimento econômico e controle da hanseníase Tratamento: poliquimioterapia (PQT): Atingem pessoas de todas id ades e ambos os sexos, mas raramente ocorre em crianças abaixo de 5 anos de idade Patogênese: período de incubação média de 2 a 5 anos, podendo ser de 10 anos ( reprodução por divisão binária simples a cada 14 dias) bacilo se localiza nas células de Schwann e na pele. Pode disseminar para outros tecidos defesa ocorre pela imunidade celular classificação De madri – mais usada no Brasil pólos estáveis Virchowiano Tuberculoide Grupos instáveis Indeterminado Dimorfo Ridley Tuberculoide Dimorfo Dimorfo-dimorfo Dimorfo-tuberculoide Dimorfo-vircowiana Operacional Paucibacilar – até 5 lesões Multibacilar – acima de 5 lesões Clínica: Perda de sensibilidade cutânea nas áreas com lesão cutânea ou áreas inervadas por nervos periféricos ( ao tato, dor, calor ou frio) – mais comum em paubacilar Manchas hipocrômicas Podem ser observadas em forma de placas, nódulos, tubérculos ou infiltração Em pacientes HIV positivos, o curso da doença não se altera Hanseníase indeterminada Manchas hipocrômicas, anestésicas e anidróticas com bordas imprecisas Leões únicas ou em pequeno número Baciloscopia negativa Diagnóstico diferencial: pitiríase versicolor, vitiligo, pinta, leucodermia gutata, nevo acrômico, nevo anêmico, hipomelanose idiopática do tronco Forma indeterminada – fase inicial. Instável. Se o paciente não for tratado pode evoluir pra alguma forma. Hanseníase tuberculoide Forma um granuloma: com células epitelioides + células gigantes + linfócitos ao redor Lesões bem delimitadas e circundadas, eritematosas, com perda da sensibilidade e distribuição assimétrica Poucas lesões Encontra poucos bacilos Organismo faz um granuloma para conter o bacilo Inicialmente máculas que evoluem para placas com bordas papulosas e áres de pele eritematosa ou hipocrômica Crescimento centrífugo lento descamação das bordas e interior atrófico Nervos mais acometidos: ulnar e mediano Sinal de raquete: espessamento neural emergindo da placa Sindromes de nervo periférico Ulnar: mão em garra Mediano: mão do pregador Radial: queda do punho Trigeminal do facial: lagoftalmia Fibular comum: queda do pé Hanseníase virchowiana Multibacilar Chamada de lepra ou hanseniase lepromatosa Baixa resistência imunológica ao bacilo Pode evoluir a partir da forma indeterminada ou apresentar desde o início Infiltração progressiva e difusa da pele, mucosas das vias aéreas superiores, olhos, nervos e mais acenturada na face e nos membros Na pele: máculas, pápulas, nódulos e tubérculos Há rarefação dos cílios, dos pelos dos membros e da cauda da sobrancelha (madarose) e infiltração da face e pavilhao auricular fácie leonina Acometimento dos testículos gera diminuição de testosterona ginecomastia Acometimento da câmara anterior do olho glaucoma e catarata HV avançada pode ocorrer perfuração do septo nasal e desabamento nasal Baciloscopia positiva Importante foco infeccioso Aglomerado de bacilos nas camadas profundas da derme (globias) Vejo o citoplasma com “buracos” contendo gordura - aspecto espumoso do citoplasma do histiócitos células de Wirchow Na derme apresenta infiltrado com grande proliferação histiocitárias com quantidade enorme de bacilos dentro da célula. Podem se agrupar dentro célula – globia Apresenta grandes infiltrações na pele e nódulos (lepromas) na doença virchowiana Hanseníase dimorfa ou bordeline Instabilidade imunológica Lesões numerosas com morfologia que mescla HV e HT Infiltração facial e orelha assimétrica, lesões no pescoço e nuca sugestivo Lesões neurais precoces Bordeline tuberculoide (BT) Placas ou manchas eritematosas Maior extensão e distribuição assimétrica Lesões pouco numerosas Baciloscopia negativa Lesão bem definida Bordeline bordeline (BB): Lesões em queijo suiço Bordos cor ferruginosa Lesões mais numerosas que BT Baciloscopia positiva Internamente com características tuberculoide e externamente com caracterísitcas virchowiana Bordeline vircowiana Multiplas lesões elevadas eritematoinfiltradas Baciloscopia positiva Hanseníase reacional: Episódios inflamatórios que se intercalam no curso da hanseníase Com evolução aguda Seguem-se a fatores desencadeantes: infecções, vacinação, gravidez, puerpério, medicamentos iodados, alterações emocionais. Reação do tipo I (reversa) Surge no 2º a 6º mês de tratamento Na hanseníase dimorfa Reação mediada por imunidade celular Caracteriza-se por exacerbação das lesões pré-existentes que se tornam edemaciadas, eritematosas, brilhantes Manifestações: febre baixa e neurite – afeta nervo ulnar e mediano, fibular comum, tibial e facial principalmente Exacerbação de lesões pré existente Neurite Tto: Corticoesteroide Reação do tipo II (eritema nodoso hansênico): Observado nas formas multibacilares (virchowiana ou dimorfas) após 6 meses de tratamento Ocorre uma paniculite lobular (inflamação da hipoderme) e vasculite Síndrome desencadeada por depósito de imunocomplexos nos tecidos e vasos Manifestações: neurite (no nervo ulnar é mais comum), uveíte, orquite, glomerulonefrite. Na pele tem eritema nodoso. O . o ite. Na pele tem eritema nodosoanatornam edemaciadas, eritematosas, nódulo pode ulcerar Eritema nodoso menores e afeta qq parte do corpo, febre, dof articular, neurite aguda (dor intensa a palpação do nervo). Uso de talidomida e corticoesteroide. Fenômeno de Lúcio: ocorre antes do tratamento em alguns pacientes com hanseníase virchowiana. Lesões eritematosas ulceram. A histopatologia demonstra necrose isquêmica da epiderme e derme superficial. Recaída: nova manifestação da lesão em doentes tratados com PQT completo anteriormente. Não pode incluir os que abandonaram o tratamento ou que fizeram monoterapia. Ocorre pela reinfecção do doente ou reativação do bacilo dormente. Observa o aparecimento de novas lesões ou o aumento de lesões pré-existentes. Ex: resistência aos medicamentos, medicamento vencidos, doente não tomou doses autoadministradas, doses baixas do medicamento. Pode ser também uma reação ao invés de recaída. Prevenção de incapacidade: Grau 0 – nenhuma incapacidade Grau 1 – perda de sensibilidade das mãos e dos pés – apresenta então lesão do tronco nervoso periférico Grau 2 – danos visíveis – ex: lesões ulceradas no pé, perda da mobilidade ocular Diagnóstico: clínico + basiloscopia + histologia Lesão na pele com alteração de sensibilidade Espessamento dos nervos periféricos Baciloscopia positiva para Mycobacterium leprae: coleta-se raspado de tecido dérmico nos lóbulos das orelhas, cotovelos e em lesão suspeita Testar sensibilidade 1º térmica 2º dolorosa 3º tátil Observar espessamento do nervo Nervos: ulnar, fibular comum. Facial. Menos que 5 lesões: palcibacilar Mais que 5 lesões: multibacilar Teste Mitsuda - mais ativa no falcibacilar – positivo. Não faz parte do diagnóstico. Virchowiana tem teste negativo. Mas pode ser usado para diferenciaras formas Tratamento: Palcibacilar: rifampicina + dapsona Multibacilar: rifampicina + dapsona + clofazemina Clofazimina- escurecimento em áreas lesadas e ressecamento da pele Pós tratamento: bacilos não viáveis. ECZEMA Dermatoses inflamatórias, pruriginosas com características clínicas e histopatológicas comuns e definidas Lesões: eritema, edema, vesículas, crostas, descamação, liquenificação Na fase aguda atinge derme e epiderme formando espongiose (edema intercelular da epiderme). Na fase subaguda as vesículas se tornamvisíveis, se rompem liberando o exsudato e coça. Ao secar formam crostas. Na fase crônica há a liquenificação com espessamento das camadas da epiderme (hiperceratose) e endurecimento. O eritema é justificado pela vasodilatação. O edema intercelular altera a ceratinização normal – paraceratose (permanência de núcleos achatados nas lâminas mais exteriores) Manifestação subjetiva sempre presente é o prurido DERMATITE DE CONTATO POR IRRITANTE PRIMÁRIO Irritante primário é qualquer agente químico capaz de produzir inflamação quando aplicado sobre a pele sem que haja participação de mecanismo de memória imunológica com propriedade de provocar dano tecidual Causado por substâncias alcalinas ou ácidas fracas Fica restrita ao local de contato Uma das principais causas de doença ocupacional. Ex: dermatite de mão da doméstica que inicia nas polpas digitais e eminências palmares e causa xerodermia, fissura e descamação Variáveis: concentração da substância, tempo de exposição, suscetibilidade dos indivíduos, local (depende da espessura da camada córnea). Pode também ser influenciada por atrito, umidade e exposição solar. Queima e arde. Prurido é discreto ou ausente Dermatite de contato por plantas Aroeira, erva de bicho, carobinha. Agem como irritantes. Antígeno ativo: urushiol. Diagnostico: aspecto erupção eritematosa, edematosa, vesiculosa e escamosa somente no local que teve contato com o alérgeno Tratamento – retirada do contato com os agentes causadores e uso de corticoide Dermatite das fraldas (dermatite amoniacal) Reação inflamatória aguda Acomete regiões cobertas pela fralda Em crianças com menos de 2 anos de idade Etiopatogenia: oclusão constante da pele pela fralda + contato com a urina + pH alcalino das fezes. As irritações química e fricconal provocam aumento da sensibilidade facilitando infecção secundária por Candida albicans, Proteus, Pseudomonas Ocorre mais nas regiões convexas. Poupa as dobras 1º eritema com pregueamento e brilho característicos 2º edemas, pápulas, vesículas, erosões e ulcerações 3º descamação Podem surgir nódulos e pápulas – dermatite de fraldas erosiva de Jacquet Quando infectado por cândida: pele fica brilhante, descamação fina e esbranquiçada, com lesões satélites vesiculopustulosas. Acomete primordialmente as dobras Uso inapropriado de sabonetes, antissépticos e loções exacerba o processo inflamatório Tratamento: uso de emolientes espessos (barreiras contra urina e fezes) com óxido de zinco (anti-inflamatório), cremes com nistatina ou cetoconazol se houver infecção com Cândida. Se houver infecção bacteriana tratar com antibióticos tópicos. Nos casos intensos, hidrocortisona 1% por curto tempo. Uso de corticoide não é recomendado Tratamento contínuo com corticoide pode causar granuloma glúteo infantil – presença de nódulos assintomáticos de coloração acastanhada ou violácea DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA Com muito prurido 3 maneiras: Aguda: eritema, vesículas, exsudato e crostas Subaguda: eritema, pápulas, escamas e crostas Crônica: liquenificação Reação ocorre em pessoas predispostas – reação de hipersensibilidade do tipo celular (tipo IV na classificação de Gel e Coombs) – hipersensibilidade retardada ou mediada por células Tempo entre contato e reação alérgica pode levar de poucos dias para alérgenos com alto poder de sensibilização e muito dias/anos para outros. Geralmente paciente relata que sempre usou determinado produto e nunca tinha havia alergia. Normalmente hipersensibilidade adquirida permanece pela vida toda, mas pode ocorrer desenvolvimento de tolerância com exposição contínua Diagnóstico: avaliar morfotopografia: punho pode ser relógio, pálpebras pode ser esmalte, etc. Eventualmente encontramos lesões longe da origem devido a disseminação do alérgeno pelas mãos do paciente ao se coçar. Recall dermatitis – previamente sensibilizados e ao se expor sistematicamente ao agente há desencadeamento de reativação de lesões em locais já apresentados Síndrome do babuíno: Substâncias químicas também podem causar liquenificação e urticária de contato Teste de contato: 30 elementos. Paciente deve estar na fase inativa da dermatose. Não deve estar usando corticoide no local do teste ou sistêmico. Retiradas a leitura das fitas 48h e 96h. Classificação: (-) negativo, (+) discreto eritema com pápulas, (++) eritema, pápulas e vesículas, (+++) intenso eritema, pápulas e vesículas confluentes. Múltipla positividade relacionada à síndrome da pele excitada – falso positivo. Reação cruzada por substâncias com mesmos radicais Diagnóstico diferencial: outros eczemas, dermatofitose, psoríase, farmacodermias, parapsoríase Prevenção: uso de EPI no trabalho, uso de produtos hipoalergênicos Tratamento: afastar dos produtos que causam alergia, tratar infecções secundárias, uso de emolientes. Na fase aguda uso de antisséptico (permanganato de potássio). Na fase subaguda uso pasta d’água ou corticoide tópico. Na fase crônica uso de corticoide em pomada, fita oclusiva. Em casos generalizados usar corticoide sistêmico. Anti-histamínico pode ser usado para diminuir o prurido e sedação DERMATITE ATÓPICA Doença crônica Depende menos de agressores exógenos, e mais de um distúrbio imunitário endógeno Doença de herança genética poligênica, com alterações imunológicas influenciadas por fatores ambientais e eventualmente emocionais Aumentado sua ocorrência na população mundial É uma dermatose de evolução flutuante que ocorre em qualquer idade a partir do 3º mês Prurido intenso e sempre presente Tende a ser exsudativa na infância e liquenificada nas faixas etárias avançadas Alterações vasculares: vaso constrição de pequenos vasos, diminuição da temperatura de extremidades e perioral, dermografismo branco Alterações sudorais: alterações do manto lipídico da pele e baixo limiar ao prurido. Sudorese no atópico é acompanhada de prurido atribuída a uma eliminação de alergenos pelo suor Xerose – diminuição da secreção sebácea Estresse provoca eritema e prurido nas áreas de eczema Labilidade emocional, insegurança, agressividade reprimida Etiologia: Aumento da atividade da enzima fosfodiesterase (degrada AMPc) níveis de AMPc intracelular diminuídos geram aumento da liberação de histamina, diminuição de linfócitos T supressores e aumento na produção de IgE. Anormalidades no metabolismo do ácido araquidônico provoca persistência da inflamação Imunidade humoral: elevação na produção de IgE ( quantidade relacionada com a gravidade Imunidade celular: há diminuição de linfócitos T supressores alterando quantidade de CD4 (aumentado). Aumento de null cels circulantes. O infiltrado linfocitário dérmico das lesões eczematosas é composto por linfócitos auxiliares CD4 preferencialmente Há diminuição das células de Langerhans em estimule linfócitos. Aumento da liberação de histamina por basófilos e mastócitos. Desenvolvimento das lesões está relacionado inicialmente por citocinas derivadas da célula Th2 (específicas) ativando macrófagos e eosinófilos na pele. Estes liberam IL-12 que ativam as células Th1 não específicas. As células Th1 ativadas produzem IFN gama cronificando a lesão. TH2 – FASE AGUDA E TH1 FASE CRÔNICA Lesões acentuadas em áreas de grande exposição a antígenos, áreas de maior vascularização e áreas de pele fina. Lesões morfologicamente eczematosas, com lesões eritematosas, papulosas, papuloedematosas, vesiculares e exsudativas na fase aguda; com eritema, pápulas, vesículas e crosta na fase subaguda; e liquenificação e descamação na fase crônica. Em todas as fases da dermatite o prurido é extremamente intenso. Aeroalérgenos penetram na pele (devido alterações na barreira epidérmica) induz lesões eczematosas Exacerbação das lesões associadas com S. aureus – liberação de superantígenos Fases: Infantil – até 2 anos. Em geral surge entre 3 e 6 meses. Áreas eritematocrostosas na região malar disseminando para couro cabeludo, pescoço e fronte, punhos, área de fraldas e área de extensão demembros. Agravadas por infecção, dentição, imunização, estados emocionais. Após 2º ano de vida, pode haver resolução espontânea ou as lesões tornam-se menos exsudativas, mais papulosas e tendem a liquenificação nas dobras cubitais e poplíteas, punhos, pálpebras, face e pescoço. Aumenta a hipersensibilidade a inalantes. FACE EXTENSORA Na adolescência: lesões papulodescamativas e liquenificadas sujeitas a surtos de agudização. No adulto: distribuição típica nas dobras cubitais e poplíteas, punhos, pálpebras, face e pescoço. FACE FLEXORA. Tende a atenuar com a idade Infantil Face – bochecha vermelha com crosta, exsudativa Área da fralda Dobras Lesão tende a ficar menos aguda quando ele cresce Na fase adulta: tem agudização. Liquenificação Dobras extensoras Adolescente Áreas flexoras Pele ressecada Placa espessa com liwuenificacao Manifestações de asma e rinite presentes em alguns casos de DA Frequente urticária e reações anafiláticas Estigmas: Dupla prega infraorbital de Dennie-Morgan Sinal de Hertoghe (rarefação dos cílios no terço distal pela coçadura) Tubérculo de Kaminsky (protuberância centrolabial superior), Ceratose pilar. Escurecimento periocular Palidez perioral Ocorre aumento de suscetibilidade a infecções virais, bacterianas, fúngicas Erupção variceliforme de Kaposi no eczema herpeticum e eczema vaccinatum – vesículas generalizadas umbilicais e de início súbito Atópicos são competitivos, sensíveis, facilmente depressivos, tensos, hiperativos. Há agravamento da DA por distúrbios emocionais Diagnóstico clínico: 3 critérios maiores + 3 critérios menores Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica, dermatite de contato, eczema numular, escabiose, psoríase Tratamento: evitar coçadura e xerodermia, afastar agravantes. Uso de emolientes (óleo de amêndoa doce ou alfa-hidroxiácidos) associados ou não a corticoides tópicos. Anti-histamínico. Nas fases muito intensas- usar imunossupressor (ciclosporina Fototerapia com UVB. Há algumas indicações de antibiótico tópico antiestafilocócico. Ureia deve ser contra-indicada por causar ardor. Uso de anti-histamínico pela ação periférica e ação sedativa central. Casos extensos fazer corticoterpia sistêmica e pUVAterapia. Imunomoduladores macrolídeos de uso tópico que atuam semelhantes ao corticoide com menos efeitos colaterais. Em casos graves usado omalizumabe Lesão seca – pomada Lesão úmida – creme Compressa com SF Dermatite seborreica Dermatite crônica de caráter constitucional Alta incidência em pacientes HIV Etiopatogênese: alterações dinâmica epidérmica (aumento de mitoses e do trânsito transepidérmico) + Malassezia sp São lesões maculopapulosas, eritematosas ou amareladas, sem brilho, delimitadas e recobertas por escamas de aspecto gorduroso Ocorre no couro cabeludo, face, asa do nariz, regiões pré-esternal, interescapular, flexuras axilares Na face: parte interna dos supercílios, glabela, sulco nasolabial, asas do nariz e região paranasal, blefarite marginal (eritema e descamação ciliar) No tronco: lesões petaloides nas regiões interescapular e pré-esternal. São pápulas eritematodescamativa que originam lesões de aspecto figurado, com descamação fina central e bordas mais elevadas e eritematosas Regiões flexurais axilares, anogenitais, inframamárias e umbilial. Nessas áreas há infecção secundária por candida e bactérias Eritema, descamação e fissuras retroauriculares e do ouvido externo são comuns O prurido quando presente é discreto, exceto nas lesões do couro cabeludo A pitiríase capitis (caspa) parece ser a fase inicial da DS nessa região podendo progredir gradualmente com surgimento de eritema e aumento da quantidade e espessura das camadas. Há transgressão da orla do couro cabeludo com comprometimento da pele adjacente formando a coroa seborreica. Pode haver nos casos crônicos a queda do cabelo reversível Crosta láctea – escamas no vértice do couro cabeludo de recém-nascidos. Pacientes queixam de pontos dolorosos causados pela coçadura. A doença tende a cronicidade e recorrência – podendo evoluir para eritrodermia esfoliativa Há agravamento por estresse emocional ou físico e frio Exposição ao sol diminui sua intensidade Diagnóstico: clínico. Deve considerar infecção por HIV nos casos mais intensos e abruptos. Solicitar sorologia para HTLV Diagnóstico diferencial: tinea capitis no couro cabeludo. Nas flexuras com candidíase, dermatofitose, eritrasma e dermatite de contato ao vestuário. Com lúpus eritematoso, acrodermatite enteropárica, farmacodermias, ptiríase vesicolor, rosácea, psoríase Tratamento: shampoo à base de LCD. Se houver infecção secundária usar antibióticos sistêmico e tópico Dermatite seborreica infantil Não há relação entre apresentação infantil e adulta Entre 1ª e 2ª semana de vida e desaparece em semanas ou meses Compromete área de fralda, face e couro cabeludo Lesões eritematodescamativas não pruriginosas podendo disseminar pra outras áreas seborreicas Diagnóstico diferencial com crosta láctea, intertigo, dermatite de fraldas por irritante primário, dermatite atópica, psoríase, síndrome de Leiner, imunodeficiência primária, infecção por HIV Tratamento semelhante ao da dermatite da área das fraldas. Evitar o uso de ácido salicílico Pitiríase alba Dermatite de origem desconhecida Mais comum nos atópicos Aparecimento entre 3 a 16 anos Áreas arredondadas ou ovais, eritematosas ou cor da pele, com descamação fina. Desaparecem espontaneamente deixando hipocromia com leve descamação, mais evidente após exposição solar (agravante ou desencadeante) Localizadas principalmente na face, na porção lateral dos braços e no tronco Tratamento: uso de emoliente e baixa concentração de coaltar ou corticoide não potente Diagnóstico diferencial: ptiríase versicolor Síndrome de Leiner Erupção eritematosa ou eritematoescamosa generalizada Nas primeiras semanas de vida Associado a diarreia, perda de peso e infecções recorrentes Acredita que seja pela falta de biotina no leite materno Diagnóstico diferencial: eritodermia ictiosiforme não bolhosa, eritrodermia atópica e psoriásica Eczema microbiano Provocado por microrganismos e seus produtos que funcionam como antígenos Eczema ao redor de lesão de molusco contagioso e de feridas infectadas Tratamento: tratar a infecção junto com compressas de permanganato de potássio se houver exsudação Eczema asteatósico (craquelê) Associado à xerodermia Causado pela diminuição do manto lipídico da superfície cutânea Mais frequente em idosos Precipitado no tempo frio e seco, uso de diuréticos, antilipêmicos, hipotireoidismo, deficiência de zinco, excesso de banho ou sabões Distribuição nas pernas preferencialmente Pele xerótica, com fissuras, raramente hemorrágicas, com bordas levemente elevadas e eritematosas. Com prurido. Coçadura agrava o quadro Tratamento: aumentar a umidade do ambiente, diminuir a frequência dos banhos, usar emoliente de ureia, vaselina, óleos e às vezes corticoide Eczema numular Placa eritematosa circular ou oval com bordas demarcadas Colonização maciça por estafilococos agrava a evolução Xerodermia e estresse emocional desencadeia o quadro Lesão em forma de moeda, eritematosa, com vesículas de parede fina, muitas vezes pruriginosas e na fase aguda apresenta componente exsudatocrostoso. Evolui para estágio menos vesicular e mais descamativo com clareamento central e extensão periférica. Eczema de estase Consequente à hipertensão venosa que provoca diminuição no fornecimento de oxigênio aos tecidos, com liberação de enzimas proteolíticas e radicais livres. Estes causam lesão tecidual e reação inflamatória. Placas eritematodescamativas pruriginosas Surgem na face interna do terço distal da perna Acompanhada de outras manifestações de insuficiência venosa crônica Surgimento abrupto ou insidioso Tratamento dirigido para a insuficiência venosa e prescrição de corticoide de baixa potência e tratamento de infecção. Diagnóstico diferencial:outros eczemas, psoríase, líquen plano e dermatofitose Dermatose plantar juvenil Dermatite xerótica fissurada na superfície plantar, associada a eritema e dor. Mais intensa na porção anterior dos pés, poupando interpododáctilos. É simétrica. Ocorre entre os 3 e 14 anos Deve-se ao uso de material de baixa porosidade e baixa capacidade de absorver suor Melhora espontaneamente Disidrose (síndrome eczematosa das mãos e/ou pés) Agudo: vesículas e bolhas Crônico: descamação e fissuras; liquenificação Restrita a essas regiões de forma simétrica Mais comum nos meses quentes e se associa com hiper-hidrose Nas fases agudas, as vesículas surgem sob a camada córnea. Migração para a superfície dura 3 semanas, se tornam secas e ocorre descamação fina nos casos leves. Nos casos intensos surgem bolhas. Quando crônico surge liquenificação (acantose, ceratose e paraceratose) aparecendo descamação intensa e fissuras dolorosas As vesículas na fase aguda surgem na face lateral e dorsal dos dedos Prurido quase sempre presente e doloroso Ocorre comumente infecção por Staphylococcus aureus e pustulização do conteúdo líquido das lesões Quando perto do aparelho ungueal gera paroníquia. Cria um espaço virtual entre dobra ungueal proximal e lâmina ungueal propiciando desenvolvimento de bactérias e leveduras Diagnóstico diferencial: Tratamento: lavagem das mãos limitadas. Na fase aguda o uso de permanganato de potássio até melhorar as lesões 3x/dia. Depois inicia o uso de corticoide EXTRA: Eczemas Melhora com corticoide Eczema atópico Eczema de contato Eczema seborreico Eczema seborreico infantil Eczema numular Espongiose – edema entre os queratinócitos só na fase aguda. Diminui a fase subaguda. E não tem na fase crónica Escurecimento e espessamento da epiderme na fase crônica pela coceira formando a liquenificação Alteração imunológica Dermatite atótipca ou eczemanatópico Desordem inflamatória com prurido crónico persistente Associado a causas como alergia, rinite, asma Evolução flutuante, podendo ocorrer em qualquer idade a partir do 3º mês Fase infantil Face, área da fralda, área extensora, couro cabeludo (semelhante à escabiose) Surge entre 3 e 6 meses Associado a alergia a certos alimentos Não tomar vacina de vírus vivo na fase aguda – criança passa a ter os sintomas da vacina Fase pré-puberal Ao término do 2º ano: resolução espontânea Lesoes tornam menos exsudativa, mais papulosas e com tendencia a liquenificacao, comprometendo as dobras antecubitais e poplíteas, punhos pálpebras, face e pescoço Areas liquenificadas com pele endurecida Fade adolescente Lesões papulo-descamativas e liquenificadas, sujeitas a surtos de agudizacao A doenca tende a atenuar com a idade Rara sua persistência após os 30 Pele perde muita água transepidérmica – uso de produtos emolientes que mimetizam a barreira do organismo para manter a água Pele oleosa do adolescente ajuda no tratamento Fase adulta Liqueinificacao “mina água” – exsudato Linhas da pele se tornam mais visíveis Critérios de diagnósticos Maiores Prurido Morfologia e distribuicao História familiar Dermatite crônica e recidivante Menores – 3 ou mais Dermografismo: eczema atópico ficz brando na região que risco Etiopatogenia Liberacao de histamina aumentada, aumento de ige, mdiminuicao de linfócitosnT supressores ( fosfodiesterase degrada mito AMPc que geram o quadro citado) Alteração di metabolismo do ácidi araquidónico Alteração vasculares Diminui a sudorese Xerodermia – pele seca com alteracoes do manto lipídico Extremidades frias Pregra infra-orbitaria Perfil de personalidade atópico – labilidade emocional Penetração dos aeroalérgenos atraves da pele por disfunção da barreira epidérmica junto com a perda da agua Exarcebacao das lesoes: S. Aureaus e S. Pyogenes Devem tomar menos banho com sabonete Colonização da pele do atópico pelo S aureus provoca processo inflamatorio oor ativacao dos linfócitos T agravando o processo eczematoso S aureus isolado da pele com DA secreta superantigenos: enterotoxinas estafilolóciccica Há diminuição do limiar ao prurido (mais intenso, extenso e duradouro) População de S aures está aumentado nas lesões ativas Há aumejto das celulas apresentadoras de antígenos quimiotaxia de neutrófilos hiperatividade das células B Padrao de resosta imunologica inicial/aguda th2. E na fase de liquenificacao/crónica Th1 Tem aumento de ige. De modo geral, quanto mais alto o ige, mais grave Diagnóstico diferencial Dermatite seborreica Dermarite de contato Escabiose Excezema numular Psoriase Sarna crostosa – lesao parecida mas tem lesao interdigital e proximo às axilas Dermatite infecciosa ligada ao HTLV1 Complicações Dermatite esfoliativa Febre, crostas, toxicidase, linfad3nooatia Erupção variceliforme de Kaposi Tratamentos Descolonização de população de S. Aureus Fase aguda – pasta dagua, compressas Fase subaguda- locao cremosa Fase cronica – tratar com pomada, unguento Terapia sistemica – antihistaminico com sedante. Ciclosporina via oral em casos de resistencia Eczema de contato Por irritante primario (DCIP) Causada por exposição a agentes com propriedade de provocar dano tecidual Queima e arde Prurido é discreto ou ausente Dermatose de caráter ocupacional Dermatite de contato por plantas – aroeira, erva de bicho, carobinha. Agem como irritantes, antígeno ativo: urushiol, erupção eritematovesicoescamosa por sensibilização Fotodermatose Fototoxicidade – semelhante a etiopatogenia da derrmatite de contato. Sente queimadura, não tem pruridi Fotoalergica – semelhante a dermatite de contato alérgica. Dermatite de fraldas Pode ser causado pelo lenço umedecido eppor deixar sempre abafado na fralda Excesso de umidade Urina, fezes, calor, umidade Dermatite das fraldas erosiva de Jacquet – diferencial Tto- arejar, usar oxido de zinco Diferencial – acrodermatite pela falta de zinco Dermatite de contato alérgico Só fica na área de contato Uso de meeicamento/pomada no mesmo ougar por muito tempo Seborreico Não tem vesícula Pouco prurido Retroaricular, pubes, axila, sobrancelha, atras da orelha, couro cabeludo, conduto auditivo, cílios, sulco nasogeniano, interescapular, esternal (semelhança de pétala) Comum em pacientes com HIV Caspa um grau leve de dermatite seborreica Malassezia – fungo. Gera processo inflamatório Mais comum na adolescência Tto: cetoconazol, sulfeto de selênio, corticoide tópico, Eczema seborreico infantil Ezcema numular Abaixo do joelho Uso excessivo de sabão e água Ptiríase alba Dermatite de orige desconhecida Áreas esbranquiçadas Sol agrava ou desencadeia Braços e pernas após sol Tto: corticoide não potente, hidratante, filtro solar Diferencial: hanseníase GRANULOMA ANULAR Dermatose benigna, autolimitada Etiologia desconhecida – reação inflamatória Th1 com resposta celular do tipo IV levando às alterações degenerativas. Ocorre tanto em adultos quanto em crianças – preferencialmente criança e adulto jovem do sexo feminino. Quadro: com degeneração do colágeno ao centro e formação de granuloma periférico Lesão inicial é uma pápula eritematosa única ou múltipla em disposição anular. A pápula cresce centrifugamente mantendo a periferia elevada e centro deprimido. Pode ou não apresentar prurido Localizada preferencialmente nos membros superiores e inferiores Formas clínicas: Localizado – pápulas dispostas em anel com crescimento centrífugo. Coloração da borda é cor da pele ou discretamente eritematosa ou amarelada. Parte central do anel é deprimida hiperpigmentada ou atrófica ou com aspecto normal. Lesões assintomáticas. Comumente ocorre no dorso das mãos, antebraço, cotovelos, pés e joelhos Disseminada– inúmeras lesões papulonodulares, eritematosas dispostas simetricamente no tronco e nos membros Generalizada – pápulas eritematosas que coalescem formando anéis. Acomete pescoço, tronco, antebraço e coxas simetricamente Umibilicada– pápulas normo ou hipocrômicas, assintomáticas. No dorso das mãos de crianças, com umbilicação central sem extrusão transepidérmica Perfurante – lesões papulosas, com pequena perfuração central. No dorso das mãos e nas extremidades. Subcutânea – lesão nodular endurecida, móvel e assintomática única ou múltipla. Em crianças Com resolução espontânea entre meses a anos Pode estar relacionado com doenças endócrinas (diabetes mellitus e doença de Graves), doenças reumatológicas, pós picada de inseto, infecções virais (HIV, Epstein-Baar e Herpes Zoster), irradiação ultravioleta A forma generalizada mostra um curso mais crônico, com maior tempo de evolução, dificuldade de resolução espontânea e pouca resposta ao tratamento vigente quando comparada a forma localizada Diagnóstico: clínico confirmado pela histologia Histológico: Ocorre degeneração do colágeno central (necrobiótica do colágeno) com mucina envolta por um granuloma de células epitelioides em paliçada e fibroblasto. Pode haver presença de células gigantes. Epiderme está normal, exceto na forma umbilicada e perfurante Tratamento: quando houver sintomatologia e cosmético – aplicar corticoide intralesional. Evolução: regressão espontânea em até 2 anos, podendo apresentar recorrência. Granuloma anular elastolítico (granuloma actínico) Desencadeado por radiação UV, calor fibras elásticas se tornam antigênicas reação imune celular Ocorre nas áreas fotoexpostas Predomina no sexo feminino na 3ª e 4ª décadas de vida. Inicialmente pápula eritematosa isolada ou agrupada. Estas confluem formando placas. Por fim dispõem em forma anular. O centro da lesão é atrófico e hipopigmentado Involução espontânea Histologia: infiltrado dérmico com histiócitos, linfócitos e células gigantes multinucleadas que fagocitam material elastótico na periferia da lesão. No centro não aparece material elastótico. Não há depósito de mucina Diagnóstico clínico e confirmado pela histologia Tratamento: evitar exposição ao sol e uso de fotoprotetor. Esclerodermia É uma colagenose - doença autoimune Manifestação na pele principalmente – pele endurecida devido à fibrose (fibras colágenas mais espessas) Mancha – por alteração vascularização e pigmentar apresenta eritema (por congestão que desaparece por vitropressão) e telangectasia Pode haver artralgia, fenômeno de Raynauld, depósito de cálcio Classificação: Esclerose localizada (morfeia) Esclerose sistêmica (esclerodermia sistêmica) Epidemiologia Não há prevalências raciais e geográficas. Predomínio no sexo feminino em geral adulto jovem Etiologia: Relacionada a fatores relativos à síntese do colágeno, alterações vasculares e alterações da imunidade --> há processo de fibrose (aumento da produção de colágeno), células imunes ativas e lesão endotelial vascular (oclusão microvascular/ vasoespasmo) Irradiação para tratamento de câncer de mama induz o aparecimento da morfeia Hipoperistalse esofágica decorre da atrofia dos músculos lisos devido aos fenômenos vasoespasticos Classificação clínica: Morfeia (esclerodermia localizada) – não tem telangectasia Em placas – lesões cutâneas localizadas. Em placa – mais frequente. Inicia com placa eritematosa, bem delimitada, com centro cor amarelo-marfim, de superfície lisa e brilhante, pregueamento difícil e halo eritemovioláceo. Posteriormente o halo desaparece. Sudorese diminuída. Há alopecia definitiva. Podem afetar qualquer parte do corpo. Pode encontrar um pequeno grau de hipoestasia Generalizada – coalescência de lesões em mais de dois locais. Em gotas – lesões múltiplas e pequenas. Localização preferencial no pescoço e tronco. Placas hipocrômicas, atróficas e com depressão central Nodular – com placas da cor da pele sobre as placas escleróticas Líquen esclerótico e atrófico - Bolhosa – bolhas subepidérmicas tensas, de conteúdo citrino sobre uma placa de esclerodermia Lineares ou em faixa – endurecimento linear que compromete derme, tecido subcutâneo, músculo. Preferencialmente em crianças e adolescentes. A lesão tende a ser única em uma extremidade do corpo golpe de sabre: lesão na região frontal formando um sulco que pode afetar toda a hemiface. Inicia no couro cabeludo, com alopécia cicatricial estendendo-se para nariz, lábio e língua. Pode acompanhar convulsões. Síndrome de Parry-Romberg ou hemiatrofia facial progressiva: Afeta derme, subcutâneo e músculo. semelhante ao golpe de sabre só que na parte inferior da face Profundas – placas difusas, escleróticas, deprimidas. Acomete todos os planos da pele Esclerodermia sistêmica Limitada – acometimento distal. Restrito a face, antebraços, pés, mãos e dedos. Acroesclerose – face e dedos das mãos e dos pés CREST (calcinose, Raynauld, esclerodactilia e telangectasia) Difusa – acometimento proximal das extremidades e do tronco. Inicialmente há: edema, artralgia, endurecimento cutâneo, com ou sem fenômeno de Raynauld. Discromia: sal e pimenta - hiperpigmentação e acromia circunscritas ou generalizadas face: mumificação - perda dos sulcos, dificuldade de abrir a boca e lábios finos esôfago: disfagia e refluxo crepitação tendínea sinal de Blackburn - espessamento da membrana periodontal visto na radiogragia dedos em garra pelo endurecimento e contração muscular fibrose pulmonar fbrose cardíaca Histopatologia: espessamento e hialinização das fibras de colágeno + focos de Linfócitos T + colagenização no panículo adiposo + ausência de anexos Diagnóstico: endurecimento da pele típico Ceratofitose Fungos na queratina da pele e dos pelos. Micose superficial Sem provocar hipersensibilidade Ptiriase versicolor Agente etiologico: Malassezia furfur – saprófita e lipofílica encontrada no couro cabeludo e regiões de pele glaba com muitas glândulas sebáceas (MMSS e metade superior do tronco principalmente). Pode ter na face, nádegas... Quadro clinico: lesões inicialmente arredondadas que podem confluir. São máculas hipocrômicas, hipercrômicas ou eritematosas, bem delimitadas, podem ser pruriginosas, descamativas, recidivantes, relacionada a oleosidade, sudorese, predisposição genética, uso de imunossupressor Hipocrômicas pela produção de ácidos que diminui a produção de melanina Hipercrômica: aumento da produção de melanossomos Eritemarosa: processo inflamatório causado pelo fungo Prurido após exposição solar na lesão eritematosa Ao estirar a pele (sinal de Zireli) ou atritamento com a cureta observo descamações furfuráceas a lesão se torna mais nítida Recidivas mais frequentes em pacientes com pele olesosa, que usam produtos oleosos, que tem lesões foliculares que o fungo está mais profundo dificultando ação do antifúngico tópico ou sistêmico Foliculite pitiroscópica ou foliculite por Malassezia – Mais comum em mulheres de 25 a 35 anos. Com prurido moderado a intenso Ocorre com maior frequência em pacientes com diabetes melitus e após tratamento prolongado com antibióticos ou corticoide Em países de clima quente e úmido Manifesta-se por pápulas foliculares e pústulas no pescoço, no tronco e nos membros inferiores. Pacientes acamados tendo maior ocorrência na área de maior atrito em que ocorre oclusão do folículo piloso Diagnóstico diferencial com foliculite por Demodex sp., foliculite bacteriana e acne medicamentosa Tratamento com antifúngico sistêmico mais prolongado que PV e tem maior chance de recidiva Malasseziose Introdução do fungo por cateter empregado na alimentação lipidica parenteral Febre é o sintomas mais comum Coração e pulmões são os órgãos mais afetados Diagnóstico: exame micológico direto com KOH Material coletado por fita gomada ou raspagem Observadas hifas curtas, curvas e espessas agrupadas em forma de cacho de uva ou apresentando aspecto de "espaguete com almôndegas" ao microscópio óptico. Meio de cultura: meio Sabouraud com azeite de oliva À luz de Wood, as lesões aparecem de cor amarelo-ouro Diagnóstico diferencial: Eczematide, leucodermia gutata (sol acumuladona pele), pseudocicatrizes estelares, vitiligo, morfeia, hanseniase indeterminada e líquen esclerose (apresentação gutata). Tratamento: Tópico: sulfeto de selênio, hipossulfito de sódio, cetoconazol ou outros derivados imidazólicos (tioconazol, isoconazol, amorolfina) aplicando em áreas mais extensas que a lesão. Refazer novo tratamento em 2 meses para evitar recidiva Sistêmico: cetoconazol (200 mg/dia 10 dias), itraconazol (150 mg/dia 10 dias) e fluxonazol ( 150mg/semana em 4 semanas) Piedra branca Trichosporon beigelii Quadro clinico: nódulos amarelados nos pelos genitais, bigode, barba, axilas e raramente no couro cabeludo Tratamento: antifúngico tópico como imidazolicos, cicllporox, olamina, piritionato de zinco Piedra negra Piedraia hortae Quadro clinico: nódulos escuros, duros, de difícil remoção no couro cabeludo assintomático, baixo contagio, areas tropicais Tinea nigra Phaeoannelomyces weneckii Quadro clinico: maculas hipercrômicas, aspecto arredondado, bordas bem delimitadas, não descamativas, geralmente nas regiões palmares ou plantares. Diagnostico diferencial com melanoma Tratamento: ceratolíticos, antifúngico tópico Candidíase Candida albicans e outras sp Candida é comensal das mucosas digestivas e vaginal Infecção ocorre por condição especial do hospedeiro Imunidade celular é importante na resistência a forma muco cutânea e os neutrófilos na resistência à candidíase sistêmica Quadro clinico na mucosas: placa pseudomembranosa, esbranquiçada única ou múltipla composta por células epiteliais, leveduras e pseudohifas Quadro clinico genital: placaeritematosa, exsudativa, recoberta por camada esbranquiçada, pruriginosa Queilite angular Intertrigo Mucocutânea Oral RN, oclusao da mandíbula, flacidez perioral, neoplasias, HIV, uso de imunossupressor Vaginal: diabetes, gravidez uso de antibiotico, aco Ungueal – ocupacional (contato cm água) Granulomatosa crônica – imunodeficiência congênitas, raras Sistêmica – neoplasias, uso de imunossupressores, HIV Diagnostico: exame direto Tratamento: Tópico: Nistatina – solução oral e cremes. Usar em cândidas cutâneas e de mucosas Clotrimazol, miconazol, toconazol, bifonazol, cetoxonazol, ciclopirox olamina Sistêmico Cetoconazol – absorção retsrdada pelos alimentos. Dose 200 a 400 mg/dL. Indicações: candidíase oral e vaginal e micoses superficiais, micoses profundas. Contra indicação na gravidez e lactação. Efeitos colaterais: nausea, vomitos dr abdminal, prurido, rash, febre, TGO e TGP elevadas, hepatite sntomárica Itraconazol Absorção aumentada pelos alimentos. Dose 200 a 400 mg/d. Indicacoes: micoses superficiais, histoplasmose, paracoccidiomicose, esporotricose e candida orak e vaginal. Efeitos olaterais: nausea, vomito, prurid, rash, tontura, TGO TGP aumentadas, hepatite sntomatica Fluconazol VO e IV. Indicações em criptococose e candidiase. Efeitos colaterais: nausea, vmito, rash, TGO TGP aumentadas. Hepatite sintmática Dermatofitoses Doenças causadas por um grupo de fungos parasitários que vivem à custa da queratina da pele, dos pelos e das unhas. Ceratinofilia – dermatófitos tem facilidade de cultivo na queratina. Os dermatófitos dispõem de queratinase que possibilita invasão na camada córnea, mas são impedidos de penetrar no organismo. Em casos raros por deficiência imunológica , os dermatófitos podem atingir a derme, a hipoderme e até ossos. Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton Exuberância das manifestações clínicas depende da hipersensibilidade celular (linfócitos T) do hospedeiro e a virulência do parasita. Classificações: Antropofílicos: não produzem reação de hipersensibilidade sendo mais resistentes ao tratamento exigindo dose maior de antifúngico ou tratamento mais prolongado. Recidivas são mais frequentes. É a principal etiologia das infecções crônicas Zoofílicos: mais inflamatórios e exuberantes que tendem à cura espontânea Geofílicos: provocam no homem quadros mais inflamatórios e exuberantes que tendem à cura espontânea. Fontes de infecção: o homem, animais e o solo Teste intradérmico à tricifitina: testa a hipersensibilidade celular com resposta papuloeritematosa em 24-48 h. Em pacientes com dermatofitose crônica existe modulação in situ. Existe também imunidade humoral. Dermotofitose do corpo (tinea corporis) Tricophyton rubrum e Microsporum canis Em pele glaba (sem cabelo) - braços, face e o pescoço Lesões clássicas: eritematoescamosas, circinadas, com bordas elevadas, isoladas ou confluentes, uma ou várias, com crescimento centrífugo. A parte externa é mais ativa. Por vezes com aspecto concêntrico. Em alguns casos com vesículas e pústulas. Outros com lesão em placa eritematoescamosa Evolução lenta. Prurido sempre presente Diagnóstico: exame micológico direto com amostra da periferia da lesão circinada Tratamento: antifungico tópico – imidazólicos (ticonazol, miconazol isoconazol)-, tiocarbamato sulfurados, terbinafina. Dermatofitose marginata (tinea cruris) Lesão eritematoescamosa a partir da prega inguinal com nitidez de borda avançando sobre a coxa. A lesão pode invadir o períneo e propagar para nádegas, região pubiana e baixo-ventre. Muito pruriginosa Liquenificação é frequente Não há acometimento da pele da bolsa escrotal – diagnóstico diferencial com candidíase. Dermatofitose dos pés – tinea pedis Formas: Intertriginosa (pé de atleta)– causada pelo T. mentagrophytes var interdigitale nas pregas interdigitais caracterizada por fissuras e maceração. T. rubrum pode acometer crianças na forma intertriginosa e tem como diagnóstico diferencial eczema atópico, eczema de contato e psoríase plantar Aguda – eczematoide, representada por vesículas plantares e digitais. Causada pelo T. mentagrophytes var mentagrophytes. Bastante pruriginosa. Crônica – com lesões descamativas pouco pruriginosas. Acomete toda a região plantar. Não necessariamente simétrica. Causada por T. rubrum. É peculiar e rara a apresentação em mocassim e/ou em luva. Diagnóstico diferencial – eczema de contato (mas o eczema é bilateral) Mais comum em homens jovens e em diabéticos Tratamento: imidazolico tópico (tioconazol, miconazol, isoconzol). Se infecção secundária usar antibiótico oral (tetraciclina) Porta de entrada para infecções secundária por Streptococo causar erisipela de repetição Sempre secar os dedos Dermatofitose imbricada (tinea imbricata) Lesões escamosas em círculos concêntricos ou que formam arabescos Atinge grande áreas do corpo Muito pruriginosa Agente etiológico: Trichophyton concentricum Típica da Polonésia No Brasil tem nome de chimberê Tem caráter genético Dermatofitose ungueal ou onicomicose Lesões destrutivas e esfarinhentas das unhas Inicia-se pela borda livre Há opacidade branco-amarelada, como marfim velho Há ceratose do leito ungueal. Com a progressão da infecção para o interior da unha, esta vai se tornando cada vez mais distrófica e espessada Crônica e resistentes à terapia Acomete uma ou mais unhas. Mais frequente nas unhas dos pés. O acometimento ungueal é geralmente secundário ao plantar Agentes: T rubrum, T mentagroohytes var interdigitale, E floccosum e T tonsurans Apresentação mais comum é subungueal distal ou lateral. Tem início pela camada córnea do hiponíquio (embaixo da unha) e do leito ungueal distal Em HIV positivos é mais frequente o tipo subungueal proximal e superficial branca marcador de imunossupressão. Inicia na dobra subungueal proximal. Há opacidade esbranquiçada/bege que progride até surgir ceratose subungueal, leuconíquia e onicólise proximal. Tratamento sistêmico e mais demorado Uso de tioconazol, miconazol, isoconazol Dermatofitose da face Lesões eritematoescamosas de crescimento centrífugo, Às vezes com disposição em asa de borboleta – Prurido discreto Diagnostico diferencial: lúpus e dermatite seborreica Dermatofitose do couro cabeludo (tinea capitis) Lesões eritematoescamosas do couro cabeludo Agentes principais: M. canis(ectothrix) e T. tonsurans (endothrix) Tinea tonsurante Comprometimento dos cabelos – estes são fraturados próximos à pele áreas de tonsura (pequenos cotos de cabelo ainda implanatados) Na tinea tricofítica – áreas de deglabração pequenos Tinea microsporicas – área única e grande. Fica esverdeada na luz de Wood Cabelos voltam ao normal após tratamento ou involução espontânea na época da puberdade na tinea tricofítica e microscópica Tratamento: terapia sistêmica: griseofulvina e terbinafina Tinea favosa ocorre atrofia com alopecia definitiva ou cicatricial crônico Lesões crostosas crateriforme ao redor do óstio folicular - godet – com descamação e supuração acometimento do bulbo alopecia definitiva Fica esverdeado n luz de Wood Tratamento: terbinafina ou griseofulvina Classificação em função do local de comprometimento do pelo: Parasitismos ectothrix – acometimento da cutícula do pelo. produção de artrosporos se dá na superfície externa da bainha do pelo. Quando matriz do pelo encontra recheada de esporos grandes é causada por Trichophyton. Quando pequenos esporos por Microsporum que pode evoluir para endothrix. Parasitismo endothrix – acometimento da haste do pelo. hifas fragmentam em artrosporos confinados no interior da bainha do pelo. Os pelos afetados tornam-se frágeis e quebradiços sofrendo então fratura. Os black-dots são os pontos enegrecidos que surgem no local da fratura dos pelos – sinal do ponto de exclamação. Dermatoscopia: cabelo em vírgula e também pelos em saca-rolha Dermatofitose inflamatória Tipos: Kerion – no couro cabeludo ou barba. Placas de foliculite aguda ou subaguda eminentemente hiperérgica, com intensa supuração e cura espontânea. Às vezes com alopecia cicatricial Sicose tricofítica – pústulas com pelo central na área do bigode e da barba. Às vezes isoladas e outras vezes conglomerada. Evolução crônica Foliculitis capitis abscedens et suffodiens – lesões de foliculite com túneis intercomunicando abcessos. No couro cabeludo. Etiologia estafilocócica. Porém quando micótica o agente é T tonsurans e denomina-se perifoliculite abscedante de Hoffman Dermatofitoses granulomatosas Dermatófito na derme com reação granulomatosa Com ou sem hipersensibilidade à tricofitina Localizadas: Majochi: situações de oclusão ou uso indiscriminado de corticoides levando à quebra da barreira cutânea. Nódulos com tendência à fistulização. Na face, queixo, punhos. Histopatologia: hifas no interior de folículos distendidos e infiltrado inflamatório granulomatoso Wilson-Cremer: Generalizada : 524 Tinea incógnita Uso de corticoide tópico ou sistêmico pode mascarar o quadro falta de características clinicas da lesão Pruriginosa História de recidivas quando há suspensão do corticoide caracteristica! Diagnóstico comprovado com exame micológico Dermatofitides Reações de hipersensibilidade que se manifestam longe do local da lesão original Quadros hiperérgicos, agudos ou subagudos Morfologia variada Tendência à simetria Decorrente de disseminação hematogênica de produtos antigênicos de dermatófito Aspecto disidrosiforme é o mais comum Lesões são desabitadas + fungo demonstrado em foco a distância + quadro desaparece com a cura da dermatofitose Diagnóstico Exame direto (micelos septados e artroporos) Cultura para diagnosricar a espécie Material obtido por raspado ou fita gomada aplicada na lâmina + KOH Luz de Woods – torna os cabelos fluorescentes esverdeados nas tineas favosa e microspórica. A tricofitica não fluoresce Diagnóstico diferencial: psoríase plantar ou vulgar, eczema de contato, eczema numular, alopecia areata, onicodistrofia, dermatite seborreica Tratamento: Processos infamatórios mais intensos são causados pelas espécies zoofílicas e geofílicas e são de fácil tratamento. Pode haver cura espontânea. Fungos antropofílicos são recorrentes e crônicos ex: tinea pedis e onicomicoses pelo T rubrum. Tópico: terbinafina, imidazólicos (miconazol, oxiconazol, tioconazol, isoconazol), tolciclato, ciclopiroxolamina e amorolfina Sistêmico: junto com tratamento tópico. Mandatório nos casos de Tinea capitis, Tinea corporis extensa, tinea pedis crônica e onicomicose com acometimento maior que 50% da superfície ungueal. Griseofulvinas. Tempo depende do local. Corporis por 20 dias, capitis por 30-45 dias, pedis 45 dias. Fluconazol, itraconazol, terbinafina DERMATO PRÁTICA Acne (716) Epidemiologia: Doença dos adolescentes Localização pilossebácea Doença genético-hormonal, autolimitada Fatores emocionais são agravantes Parâmetros: aumento da secreção sebácea Hiperceratose do canal folicular estreitamento retenção do sebo Colonização do ducto sebáceo pelo Propionibacterium acnes, staphilococus epidermitis, fungo Malassezia sp. Inflamação Hormônio aumento da produção de sebo fica retido devido à ceratose folicular comedões, pápulas, pústulas e lesões nodulocísticas com grau variado de inflamação cicatriz Dependendo da intensidade do processo inflamatório há a formação de abscessos e cistos intercomunicantes e posterior cicatriz Classificação: Acne comedoniana – grau I Acne papulopustulosa – grau II Acne nodulocística – grau III Acne conglobata – grau IV Acne fulminans – grau V Acne comedoniana Inicia com comedão não inflamatório Comedões contém sebo e queratina Tipos de comedões: Microcomedões – não perceptíveis clinicamente Micracomedões - Comedões pretos – abertos com poros dilatados. Apresenta a cor escura pela oxidação da melanina e lipídios da superfície Comedões brancos – poros pequenos e fechados Acne papulopustulosa As pápulas e pústulas ocorrem pela inflamação dos comedões Acne nodulocística Nódulos decorrem de processo inflamatório mais profundo Responsável pelo aparecimento das cicatrizes Cicatrizes surgem pela destruição completa do folículo ou em comedões de longa duração As cicatrizes geralmente são pequenas e deprimidas, podem ser também atróficas, queloide ou bridas cicatriciais (cicatriz em ponte) As lesões evoluem em tempos diferentes podendo aparecer ao mesmo tempo todos os tipos de lesões Acne conglobata Forma grave de acne Afeta principalmente sexo masculino Predomina lesões císticas grandes Os fenômenos inflamatórios são exuberantes Formam- se abcessos e fleimões que se intercomunicam por fístulas Bridas cicatriciais são comuns, inclusive com hipertrofia Lesões predominam no tronco. Face, nádegas, abdome, pescoço, ombros e braços também podem ser acometidos Faz parte da tríade de oclusão folicular Acne fulminans Súbita e catastrófica Acometimento sistêmico: fadiga, febre, mal-estar, mialgia, artralgia, leucocitose Acomete preferencialmente o tronco Lesões dolorosas que logo ulceram deixando grandes cicatrizes Em jovens do sexo masculino Desencadeada por uso de isotretinoína oral em doses altas e que apresentam muitos comedões fechados Diagnóstico Clínico (com base na idade dos pacientes, polimorfismo, localizações habituais) SAPHO – sinovite, acne, pustulose palmoplantar, hiperostose e osteíte – acomete as articulações esternoclavicular e manubriocostoesternal SAHA – seborreica, acne, hirsutismo e alopecia. Associada a ovário policístico, obesidade e infertilidade. Manifestações cutâneas são andrógeno-dependente HAIR-NA – hiperandrogenismo, acne, insulinorresistência e acantose nigricans. É um subtipo da síndrome dos ovários policísticos. Há propensão para diabetes e doença cardiovascular Tem outras no livro (718) Evolução e prognóstico Doença crônica Fases de acalmia e exacerbação A lesão pode terminar com ou sem êxito cicatricial Cura espontânea ocorre poucos anos depois Importante pelo aspecto psicológico Complicação: edema sólido e persistente Tratamento Terapêutica múltipla Deve agir nas várias etapas da patogenia da acne: desobstrução dos comedões, diminuição do conteúdo bacteriano, acelerar esfoliação da epiderme, diminuição do sebo e da inflamação Tratamento local: loções e sabões desengordurantes2-3x/dia. Estes têm enxofre e ácido salicílico. Filtro solar. Comedolíticos: Ácido retinoico (só à noite porque degrada no sol) , isotretinoína, adapaleno, ácido azelaico. Antibacteriano: peróxido de benzoíla (manhã e noite se tiver lesões inflamadas), ácido azelaico, eritromicina tópico, clindamicina tópico. Os dois últimos podem induzir resitência bacteriana. Evitar monoterapia com antibióticos Tratamento sistêmico: Antibióticos orais – preferencialmente ciclinas: limeciclina (preferencialmente), doxiciclina, inociclina, tetraciclina (este é menos empregado devido à posologia. Não pode usar junto com retinoide). Azitromicina (usar junto com isotretinoína. Isotretinoína oral (Roacutan) nas formas graves e nas resistentes. É o padrão-ouro de tratamento. Pode haver em alguns pacientes o agravamento das lesões no início da terapia (flare-up) quando paciente usar mais que 0,5 mg/kg/dia e apresentar muitos comedões fechados ou grandes. O flare-up deve ser tratado com corticoterapia sistêmica na dose anti-inflamatória e redução ou suspensão da isotretinoína oral. A retirada do corticoide deve ser lenta e gradual. Efeitos colaterais: teratogenicidade pra mulher (não pode engravidar. Esperar 2 meses do término para engravidar). Ele provoca atrofia da glândula sebácea temporariamente e diminuição da quimiotaxia de neutrófilos, aumento de lipídio, de triglicerídeo, leucopenia, aumento de açúcar. Fazer acompanhamento mensal. Não beber bebida alcoólica. Gera ressecamento de pele e mucosa Isotretinoína + corticoide – evita flare-up Uso de antiandrógenos está indicada para mulheres com SAHA Cirurgia: drenagem cirúrgica do abcesso, retirada de lesões nodulares e cicatrizes. Uso de laser e dermabrasivos para tratamento das cicatrizes. Pacientes tratados com isotretinoína não devem usar dermoabrasão ou peeling profundis por pelo menos 6 meses pós término do tratamento. Extração dos comedões logo no início do tratamento da acne, semanalmente ou de 2 em 2 semanas é importante para evitar flare-up. Uso antes de ácido retinoico para ajudar a extração. Crioterapia – provoca descamação Fototerapia com luz visível (azul e vermelha) Terapia fotodinâmica Laser Peelings químicos (ácido retinoico, resorcina e ácido tricloroacético) usados na acne comedoniana extensa e na correção de cicatrizes Dieta: ingestão de chocolate, amendoim e outros pode ter relação com acne vulgar. Eles aumentam a secreção e resistência periférica à insulina. A produção de sebo é estimula por andrógenos e insulina. Usado em quantidade moderada não tem tanta influência Psicoterapia: perda da auto-estimo, depressão Acne neonatal: nas primeiras semanas de vida, apresenta poucas lesões que involuem totalmente. Estaria relacionada com a capacidade dos andrógenos maternos de estimular queratinócitos do infundíbulo proliferar. Acne infantil: 3 e 6 meses de idade. Devido às alterações hormonais da idade. Pode ser também quando ocorre mais tardiamente um fenômeno de virilização Acne escoriada: lesões discretas no sexo feminino por distúrbios emocionais que levam à compulsividade a traumatizar com as unhas a pele do rosto causando lesões erosivas com crostas hemáticas. Acne pré-menstrual: características da acne vulgar que aparecem no período pré-menstrual. Deve-se fazer investigação hormonal. Acne da mulher adulta surge na mulher acima de 20 anos e está relaciona a alguma disfunção hormonal. Não apresenta comedões, tem lesões inflamatórias escoriadas principalmente no terço inferior da face. Pode estar presente amenorreia ou ciclos irregulares, hirsutismo, seborreia intensa, alopecia androgênica e dificuldade de engravidar. Tratamento com bloqueadores de ação hormonal, pílula anticoncepcional, os medicamentos tópicos e antibióticos sistêmicos. A isotretinoína só é útil enquanto usada. Acne ocupacional ou acne verenata: de acordo com as substâncias com as quais o trabalhador entra em contato. Exemplo: coaltar, inseticidas, herbicidas, fungicidas. Acne solar (estival): acnes que se localizam na região deltoide e no tronco. Patogenia é o edema do óstio folicular pela própria queimadura, agravado pela oleosidade de protetores solares ou de outros produtos Acne medicamentosa: ingestão de vários medicamentos (androgênios, esteroides anabolizantes, corticosteroides, flúor, bromo, anticoncepcional, vitamina B12, ciclosporina Outros tipos de acne no livro Diagnostico diferencial: rosácea, erupção acneiforme, foliculite, efeito adverso do uso de antibiótico por tempo prolongado Carcinoma basocelular Tumor com células morfologicamente semelhante às células basais da epiderme, de crescimento muito lento, Não provoca metástase . E capacidade invasiva localizada e destrutiva.. É desfiguraste Neoplasia maligna mais comum Rara no negro. Sua frequência é maior quanto mais clara for a pessoa Ocorre principalmente em pessoas adultas (comum após 50 anos) Fatores etiológicos: radiações de todos os tipos, certas substâncias químicas (derivados do alcatrão e o arsênico) e cicatrizes antigas (raro se comparado ao carcinoma espinocelular). Fatores relevantes: cor da pele e maior exposição constante a longo prazo às radiações, síndrome do nevo basocelular (SNBC). Mais comuns em pessoas brancas com sardas que tiveram queimaduras solares na infância Etiologia: ligada a mutações genéticas Surgem com maior frequência em áreas que contém unidades pilossebáceas. Principalmente na face, especificamente no nariz Histopatologia: proliferação celular em paliçada na periferia das massas tumorais. Em geral, os núcleos são grandes, uniformes, pouco anaplásicos e com raras mitoses; as células não apresentam pontes intercelulares. São características e frequentes as lacunas contíguas às massas tumorais (retração justatumoral). O tumor pode apresentar diferenciação ou não. Quando indiferenciado é sólido e é a apresentação mais frequente; não guarda nenhuma relação com agressividade, ao contrário de todas as demais neoplasias. A diferenciação ocorre no sentido dos anexos: pelo (ceratótico), glândulas sudoríparas (adenoide) e glândula sebácea (cístico). A neoplasia é estroma-dependente, ou seja, necessita de tecido conjuntivo para seu crescimento. A cultura de células tumorais, na ausência do tecido conjuntivo, mostra a conversão dessas células em células basais normais, inclusive com capacidade de ceratinização. velocidade de crescimento do tumor é lenta; no entanto, a multiplicação das células neoplásicas é rápida, bem como é elevada a velocidade de morte dessas células, o que explicaria o achado frequente de amiloide intratumoral e/ou no estroma A lesão característica: lesão "perolada” lesão papulosa translúcida e brilhante de coloração amarelo-palha. Pode ser só uma pápula perolada ou a pérola ocorre na borda da lesão, que cresce centrifugamente; em outras a pérola cresce tornando-se uma lesão globosa tendo na superfície discretas telangiectasias -essa lesão globosa acaba por ulcerar-se; apresenta hiper pigmentação em pontos Possui crescimento lento e progressivo Lesões friáveis e podem sangrar quando irritadas Pode ter ulcera central Localização preferencial é na região cefálica, seguida do tronco e, finalmente, dos membros. Quando a localização é nas orelhas, tende a ser mais agressivo – é do tipo esclerodermiforme, infiltrativo, basoescamoso ou micronodular. Manifestações clínicas do CBC. Papulonodular, globosa ou nodulocística: a pápula é a lesão inicial com aspecto perolado. Seu crescimento, após anos, leva à forma globosa ou nodular, que se não for tratada, ulcerará. É a apresentação mais comum Ulcerada: Pode iniciar-se já como pequena úlcera ou em consequência do crescimento da forma globosa; a inflamação é mínima e a borda é sempre perolada. Terebrante (ulcus rodens) É uma forma ulcerada com invasão rápida, provocando grande destruição do
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