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CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, Hoje resolveremos a prova de Analista Judiciário – Execução de Mandados do TRT de Goiás, que foi realizada em 2008. Noções de Direito do Trabalho: Questão 38: Considera-se salário in natura (salário utilidade) (A) seguros de vida e de acidentes pessoais, bem como a previdência privada. (B) a assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada mediante seguro-saúde. (C) a assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente pelo empregador. (D) a educação, em estabelecimento de ensino de terceiros, compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático. (E) o veículo fornecido pelo empregador e utilizado pelo empregado também em finais de semana e em férias. Comentários: Salário utilidade é aquele em que o pagamento do empregado ocorrerá, em parte, através do recebimento de bens econômicos. É importante ressaltar, que nem todo o salário poderá ser pago em utilidades, uma vez que 30%, necessariamente, do seu valor são pagos em dinheiro. O art. 458 da CLT é o mais cobrado em provas de concursos públicos, como ocorreu nesta questão. Isto porque ele traz, em seu parágrafo 1º, exceções, nas quais a utilidade fornecida não será considerada salário. O transporte fornecido pelo empregador para não ser considerado salário utilidade deverá ser utilizado, apenas, no deslocamento para o trabalho e no retorno para residência. Art. 458, parágrafo 2º da CLT III- transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; Analista Execução de Mandados TRT /GO CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 2 Embora, não tenha sido objeto desta questão, destaquei para vocês duas Súmulas do TST (Súmula 241 e 258), em relação ao tema salário utilidade. Art. 458 da CLT Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 1º - Os valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário mínimo (arts. 81 e 82). Súmula 258 do TST Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. § 2º - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V - seguros de vida e de acidentes pessoais; CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 3 VI - previdência privada; VII - (VETADO). § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário- utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. Súmula 241 do TST O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. § 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário- utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. Questão 39: O Hotel Fazenda Água da Chuva celebrou contrato de trabalho por tempo determinado com Denise pelo prazo de 2 meses (Dezembro e Janeiro), tendo em vista a necessidade de um número maior de empregados em razão das férias escolares, Natal e Ano Novo. No Carnaval seguinte, também em razão da necessidade temporária de maior número de empregados, o hotel celebrou outro contrato de trabalho com prazo determinado com Denise pelo prazo de 1 mês (Março). De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), neste caso, a sucessão de contratos de trabalho com prazo determinado é (A) inválida tendo em vista que os dois contratos de trabalho ultrapassaram o prazo máximo de 60 dias permitidos pela legislação. (B) inválida tendo em vista que entre a celebração dos contratos não tinha decorrido mais de 6 meses do término do primeiro contrato, prazo legal previsto na legislação. (C) inválida em razão da celebração de dois contratos com prazo determinado com o mesmo empregado dentro do período de um ano. (D) válida tendo em vista que a contratação ocorreu em razão da realização de certos acontecimentos. (E) inválida tendo em vista que é vedada a celebração de mais de um contrato de trabalho com prazo determinado com a mesma pessoa. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 4 Comentários: Contratos de prazo determinado ou a termo são os contratos celebrados por tempo certo ou determinado ou pelo menos de previsão aproximada, como o contrato de safra. As partes já sabem o início e o término do contrato. O Contrato de prazo determinado não poderá ser estipulado por período superior a 2 anos (art. 445 da CLT). Art. 445 da CLT O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único - O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias Art. 451 da CLT O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. Art. 452 da CLT Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. Este tipo de contrato também é denominado de contrato a termo. São modalidades deste tipo de contrato: as previstas no art. 443 da CLT, na Lei 9.601/98, no trabalho temporário (Lei 6019/74), o contrato de obra certa, o contrato de safra e o contrato de aprendizagem. Art. 443 da CLT O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 5 § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetívelde previsão aproximada. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. Portanto, o contrato de trabalho celebrado por Denise é válido porque decorreu da realização de certos acontecimentos e, também, porque entre um contrato e outro decorreu mais de seis meses, uma vez que o novo contrato foi celebrado no carnaval seguinte. Questão 40: Considere as assertivas abaixo a respeito do aviso prévio. I. O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa do seu cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. II. Em regra, o valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. III. É válida a substituição, pelo empregador, das duas horas legais de redução diária da jornada, durante o prazo do aviso prévio trabalhado pelo correspondente pagamento de duas horas extras. IV. Eventual reajuste normativo concedido no período de fluência do aviso prévio não se incorpora no patrimônio trabalhista do empregado. É correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) II e III. (C) I, II e III. (D) I e IV. (E) III e IV. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 6 Comentários: I- O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de seu cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador de serviços obtido novo emprego. A assertiva está correta, pois cobrou, explicitamente, o teor da Súmula 276 do TST Súmula 276 do TST O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. II - A assertiva está correta. O valor das horas extras habituais servirá de cálculo para o aviso prévio. III – É válida a substituição pelo empregador das duas horas legais de redução diária da jornada durante o prazo do aviso prévio trabalhado pelo correspondente pagamento de duas horas extras. Incorreta, pois viola a Súmula 230 do TST. Súmula 230 do TST É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. IV – Incorreta, porque violou o parágrafo 6º do art. 487 da CLT, que assegura a incorporação de reajustamento coletivo que ocorra no curso do aviso prévio. Art. 487 da CLT § 6o - O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 7 Questão 41: A Justiça do Trabalho reconheceu culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho de Maria. Neste caso, o empregador (A) pagará multa de 40% do valor dos depósitos e o empregado sacará a conta vinculada. (B) pagará multa de 30% do valor dos depósitos e o empregado sacará a conta vinculada. (C) pagará multa de 20% do valor dos depósitos e o empregado sacará a conta vinculada. (D) não pagará multa sobre o valor dos depósitos, mas o empregado poderá sacar a conta vinculada. (E) não pagará multa sobre o valor dos depósitos e o empregado também não poderá sacar a conta vinculada. Comentários: Quando ocorrer a culpa recíproca, o empregador deverá pagar a indenização compensatória de 20% do FGTS e o empregado poderá sacar os depósitos. O art. 18 da lei 8036/90 estabelece que em caso de culpa recíproca e força maior o empregador deverá pagar indenização compensatória de 20% do valor dos depósitos. Portanto, está correta a letra C, observem os dispositivos legais que fundamentam o tema: Art. 484 da CLT Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. Súmula 14 do TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Na despedida por Culpa Recíproca, o empregado fará jus aos seguintes direitos: • Saldo de salários; • Férias vencidas acrescidas de 1/3; • 50% Férias proporcionais acrescidas de 1/3; • 50% do aviso prévio; • 50% 13º salário proporcional; • Saque do FGTS acrescido de 20% de indenização compensatória. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 8 Questão 42: Com relação às Convenções Coletivas de Trabalho, é correto afirmar: (A) Não é permitido estipular duração de Convenção Coletiva de Trabalho superior a três anos. (B) O quorum de comparecimento e votação na Assembléia Geral convocada para celebrar Convenção Coletiva de Trabalho é, em regra, de 2/3 dos associados da entidade em primeira convocação e 1/3 em segunda. (C) As Convenções Coletivas de Trabalho poderão conter de forma facultativa penalidades para os Sindicatos convenentes em caso de violação de seus dispositivos. (D) Qualquer uma das partes poderá denunciar Convenção Coletiva de trabalho, bastando a comunicação escrita direcionada a todas as categorias de empregados e empregadores abrangidas pelo respectivo instrumento. (E) As Convenções Coletivas de Trabalho poderão conter de forma facultativa disposições sobre o processo de revisão total ou parcial de seus dispositivos. Comentários: Convenção Coletiva é o acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas (empregadores) e profissionais (empregados) estipulam novas condições de trabalho que será aplicável às relações individuais de trabalho dos empregados e empregadores, abrangidos pelas representações sindicais dos Sindicatos convenentes. O art. 612 da CLT estabelece o quorum 2/3 dos associados da Entidade para a 1ª convocação e 1/3 dos membros em segunda convocação. Portanto, está correta a letra B. Art. 612 da CLT Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto, nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos membros. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 9 Parágrafo único - O quorum de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 (cinco mil) associados. Art. 613 da CLT As Convenções e os Acordos deverão conter obrigatoriamente: I - designação dos Sindicatos convenentes ou dos Sindicatos e empresas acordantes; II- prazo de vigência; III- categoriasou classes de trabalhadores abrangidas pelos respectivos dispositivos; IV - condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência; V - normas para a conciliação das divergências surgidas entre os convenentes por motivos da aplicação de seus dispositivos; VI- disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus dispositivos; VII- direitos e deveres dos empregados e empresas; VIII - penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as empresas em caso de violação de seus dispositivos. Parágrafo único - As Convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma destinada a registro. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 10 Questão 43: Joana é empregada rural e trabalha na pecuária. João é empregado urbano. André é empregado rural e trabalha na lavoura. Em regra, a jornada de trabalho noturno será das 21: 00 às 5: 00 para (A) André, apenas. (B) Joana, apenas. (C) João, apenas. (D) João e Joana. (E) André e Joana. Comentários: André terá direito ao adicional noturno, porque o horário do empregado rural que trabalha na lavoura é de 21 às 5 horas do dia seguinte. Apresento em relação a este tema, um quadro que ajudará na memorização da prova. Quem já foi meu aluno, em outros cursos, com certeza já conhece este quadro esquemático, que gosto de apresentar, juntamente com as Súmulas do TST. DICA: A distinção entre o trabalho Noturno do empregado urbano e do empregado rural é muito abordada em provas de concursos, por isso elaborei o quadro abaixo para facilitar o estudo de vocês. Rural Urbano Servidor Advogado Adicional 25% Adicional 20% Adicional 25% Adicional 25% 60 minutos 52 m e 30 s 52 m e 30 s 52 m e 30 s 20h e 4h Pecuária 22 h e 5h 22 h e 5h 20h e 5h 21h e 5 h Lavoura A seguir destaco as principais Súmulas do TST em relação ao trabalho noturno: Súmula 60 do TST I - O adicional noturno pago com habitualidade integra o salário do empregado para todos os efeitos. II- Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 11 Noções de Processo do Trabalho: Questão 44: Considere: I. Decisão de magistrado em primeiro grau que extingue o processo sem julgamento do mérito por falta de pedido certo ou determinado no procedimento sumaríssimo. II. Decisão de magistrado em primeiro grau que extingue o processo com julgamento do mérito acolhendo a decadência do direito do reclamante. III. Decisão proferida em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, por Tribunal Regional do Trabalho que deu ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe foi dada por Turma de outro Tribunal Regional. Das decisões acima mencionadas caberá, respectivamente, (A) Recurso Ordinário,Agravo de Instrumento e Recurso de Revista. (B) Agravo de Instrumento, Recurso Ordinário e Recurso de Revista. (C) Recurso Ordinário, Recurso Ordinário e Recurso de Revista. (D) Agravo de Instrumento, Recurso Ordinário e Embargos. (E) Recurso Ordinário, Recurso Ordinário e Embargos. OJ 259 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno, já que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco. OJ 97 da SDI-1 do TST O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período noturno. Súmula 65 do TST O direito à hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos aplica-se ao vigia noturno. Súmula 265 do TST A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 12 Comentários: I. Decisão de magistrado em primeiro grau que extingue o processo sem julgamento do mérito, por falta de pedido certo ou determinado, no procedimento sumaríssimo, caberá recurso ordinário. Trata-se de uma sentença terminativa. ¾ Caberá recurso ordinário para a instância superior: a) das decisões definitivas ou terminativas das Varas de Trabalho e juízos para os TRTS; b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. ¾ È importante lembrar que no procedimento sumaríssimo o recurso ordinário terá características próprias com o objetivo de maior celeridade processual. Então, nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: a) será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; b) terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; c) terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. II. Trata-se de uma sentença definitiva. Decisão de magistrado em primeiro grau que extingue o processo com julgamento do mérito, acolhendo a decadência do direito do reclamante caberá recurso ordinário. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 13 III. Decisão proferida em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, por Tribunal Regional do Trabalho que deu ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe foi dada por Turma de outro Tribunal Regional caberá recurso de revista. ¾ De acordo com o art. 897 da CLT: Caberá Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. Questão 45: Em regra, na execução por carta precatória, os embargos de terceiros serão oferecidos (A) apenas no juízo deprecado uma vez que este possuía competência para julgá-los. (B) apenas no juízo deprecante uma vez que este possuía competência para julgá-los. (C) no juízo deprecante ou deprecado, mas a competência para julgá- los é do juízo deprecado.(D) no juízo deprecante ou deprecado, mas a competência para julgá- los é do juízo deprecante. (E) no juízo deprecante ou deprecado e a competência para julgá-los será tanto do juízo deprecante como do deprecado. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 14 Comentários: De acordo com o entendimento sumulado do TST, a letra “D” está correta. Súmula 419 do TST Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último. Questão 46: Considere as assertivas abaixo a respeito das Custas e Emolumentos. I. Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá subsidiariamente pelo pagamento das custas devidas. II. Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. III. Nos dissídios individuais as custas, relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 1%,observado o mínimo legal, e serão calculadas,quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor. IV. Em regra, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica são isentas do pagamento de custas. De acordo com a CLT, é correto o que se afirma APENAS em (A) II e IV. (B) I, II e III. (C) II, III e IV. (D) I e IV. (E) I e II. Comentários: Letra A. I- Incorreta. O erro da questão é que a responsabilidade do Sindicato será solidária e não subsidiária. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 15 Art. 790 da CLT - Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. § 1º Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. § 2º No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. II- Correta. Em caso de acordo as custas serão pro rata, ou seja, rateadas em partes iguais,caso não seja convencionado outra coisa pelas partes, porém o juiz poderá dispensar o empregado do pagamento de custas. III- Incorreta. As custas incidirão à base de 2% e serão calculadas na forma disposta no art. 789 da CLT, ou seja: ¾ Quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; ¾ Quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; ¾ No caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; ¾ Quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 16 IV- Correta (art. 790-A da CLT). Art. 790-A da CLT - São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; II – o Ministério Público do Trabalho. Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. Questão 47: De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação trabalhista a Vara (A) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa. (B) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante. (C) do domicílio do reclamante, apenas. (D) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante. (E) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima. Comentários: A assertiva abordou o parágrafo 1º do art. 651 da CLT, portanto, o viajante comercial que não estiver subordinado à agência ou filial terá o seu domicílio ou a localidade mais próxima como foro competente. Letra E. Sobre este tema é importante relembrar a aula complementar do curso de Processo do Trabalho (teoria e questões)! CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 17 Relembrando: A regra geral preconizada pelo caput do art. 651 da CLT estabelece como foro para o ajuizamento da reclamação trabalhista o lugar da prestação de serviços, ainda que o trabalhador tenha sido contratado em local diverso. Carlos Henrique Bezerra Leite afirma que quando o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos, em locais diferentes, será competente para processar e julgar a ação a Vara do Trabalho do último lugar da execução dos serviços e não a de cada local dos estabelecimentos da empresa, no qual tenha prestado serviços. Art. 651 da CLT A competência das Varas de Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamado ou reclamante, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Exemplificando: Um empregado foi contratado em Manaus, trabalhou em Belém, em Recife e depois foi dispensado na cidade de Fortaleza. Neste caso, a ação deverá ser proposta em Fortaleza/CE. § 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial (aquele que presta serviços em mais de uma localidade),a regra da competência é dúplice, porque o empregado poderá ajuizar a ação na localidade em que a empresa tenha filial e a esta esteja o empregado vinculado ou, em caso de inexistência de agência ou filial, poderá demandar na localidade de seu domicílio ou no local mais próximo de seu domicílio. § 2º A competência das varas do trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 18 O empregado poderá ser contratado em um país para prestar serviços em outro, ou ser contratado para prestar serviço em um país e depois ser transferido para outro. A Súmula 207 do TST, estabelece que a relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas do local da contratação. Não podemos confundir a legislação material a ser aplicada com a competência da Justiça brasileira para apreciar e julgar a matéria. § 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. É importante ficar claro o que venha a ser “empregador que promova a realização de atividades fora do local do contrato de trabalho”. O parágrafo 3º é exceção à regra geral do caput do art. 651 da CLT e deverá ser utilizado quando o empregador exercer a sua atividade em locais transitórios, eventuais ou incertos. Exemplificando: Empresas que promovam a prestação de serviços fora do local da contratação são: auditorias, atividades circenses, instalação de caldeiras, reflorestamento, exposições, feiras, desfiles de moda, montadoras, etc. Questão 48: Ana Maria, representante legal da empresa XUBA, recebeu intimação na reclamação trabalhista proposta por Ana Joaquina, sua ex-funcionária. Considerando que a intimação ocorreu no sábado e que segunda-feira é feriado nacional, será considerada que a intimação foi realizada (A) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na terça-feira. (B) no próprio sábado e o prazo processual começará a correr na segunda-feira. (C) na terça-feira e o prazo processual começará a correr na quarta- feira. (D) na terça-feira e o prazo processual começará a correr da própria terça-feira. (E) na sexta-feira antecedente e o prazo processual começará a correr na terça-feira. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 19 Comentários: De acordo com a Súmula 262 do TST, como Ana Maria, advogada da empresa XUBA, recebeu a intimação em um sábado, o início do prazo deverá ser no primeiro dia útil que se seguir e a contagem começará no subseqüente. Como a segunda-feira foi feriado, o início do prazo se dará na terça-feira e a contagem na quarta-feira. Súmula 262 TST I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem no subsequente. II- O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST suspendem os prazos recursais. Questão 49: Com relação às provas é certo que, (A) o ônus de provar o término do contrato de trabalho quando negados a prestação de serviço e o despedimento é do empregado. (B) o ônus de provar o requerimento do vale transporte, assim como a ausência de intervalo intrajornada é do empregado. (C) a não apresentação pelo empregador dos controles de freqüência gera presunção absoluta de veracidade da jornada de trabalho. (D) o ônus da prova, em regra, incumbe à parte reclamada, quanto ao fato constitutivo do direito do reclamante. (E) a presunção de veracidade da jornada de trabalho, exceto se prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. Comentários: Letra B. a) A assertiva está incorreta porque contrariou a Súmula 212 do TST. Súmula 212 do TST - O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. b) A assertiva está correta, de acordo com a OJ 215 da SDI-1 e Súmula 338 do TST. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 20 OJ 215 SDI-I TST VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte. c) Incorreta, porque a presunção será relativa de acordo com o inciso I da Súmula 338 do TST. Súmula 338 do TST I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. d) Incorreta, porque de acordo com o art. 333, I do CPC o ônus da prova incumbe ao autor quanto ao fato constitutivo de seu direito. Art. 818 da CLT- A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Art. 333 do CPC – O ônus da prova incumbe: I- ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. ¾ Fato constitutivo é aquele que deu origem à relação jurídica que está sendo discutida em juízo. Exemplo: empregado requer o reconhecimento do vínculo empregatício e a reclamada nega a prestação de serviços, ele deverá provar o fato constitutivo de seu direito ¾ Fato extintivo é aquele que põe fim à relação jurídica deduzida no processo. Ex. empregado postula o pagamento de salários e o empregador prova que pagou através de recibos assinados pelo empregado. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 21 ¾ Fato impeditivo é aquele que, segundo Alexandre Freitas Câmara,tem conteúdo negativo, ou seja, a ausência de alguns dos requisitos genéricos de validade do ato jurídico (agente capaz, forma, objeto lícito). Ex. O reclamado demonstrar que o reclamante era de fato associado de uma cooperativa o que exclui o pedido de declaração de vínculo empregatício, conforme o art. 442, parágrafo único da CLT. ¾ Fato modificativo é aquele que não irá extinguir, mas alterará a relação jurídica entre as partes. Ex. a prova de pagamento parcial das verbas postuladas pelo reclamante. e) Incorreta, porque de acordo com a Súmula 338 do TST a presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. Questão 50: Considere as assertivas abaixo a respeito do Procedimento Sumaríssimo. I. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a vinte vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. II. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. III. As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. IV. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. De acordo com a CLT, é correto o que se afirmaAPENAS em (A) II e III. (B) I, II e III. (C) I, III e IV. (D) II, III e IV. (E) I e IV. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 22 Comentários: Com o objetivo de trazer maior celeridade aos processos julgados pela Justiça do Trabalho, a lei 9.957 de 2000, introduziu o procedimento sumaríssimo no Processo do Trabalho, inserindo os artigos 852-A /852-I da CLT. I- Incorreta. O correto é “não exceda a 40 vezes o salário mínimo”. Art. 852-A da CLT - Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. II- Correta. III- Correta (art. 852-B, parágrafo segundo da CLT). Este tipo de procedimento não será aplicado nas demandas em que figurarem como parte a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal, as Autarquias e as Fundações Públicas Federais. Art. 852-B da CLT - Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: I- o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; II- não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; III- a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. § 1º - O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 23 § 2º - As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. IV- Correta. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. Art. 852-H da CLT - Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. § 1º - Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. § 2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. § 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. § 4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. § 5º - (VETADO) § 6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. § 7º - Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 24 Relembrando: As principais características do procedimento sumaríssimo são: ¾ Não poderá ser aplicado o procedimento sumaríssimo nas causas em que figuram os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional. (Pessoas jurídicas de direito público) ¾ Aplica-se o procedimento sumaríssimo às empresas públicas e sociedades de economia mista. (Pessoas jurídicas de direito privado). ¾ As ações submetidas ao procedimento sumaríssimo deverão ser apreciadas num prazo máximo de 15 dias do seu ajuizamento. ¾ O processo submetido ao procedimento sumaríssimo deverá ser instruído e julgado em audiência única, exceto se a critério do juiz for impossível não interromper a audiência quando a parte contrária tiver que manifestar-se sobre documentos juntados pela outra parte. ¾ O Procedimento sumaríssimo somente terá lugar nas ações trabalhistas individuais, cujo valor da causa seja inferior a 40 salários mínimos. ¾ Nas ações enquadradas no procedimento sumaríssimo o pedido deverá ser certo ou determinado indicando o valor correspondente. ¾ Não se fará citação por edital nas ações submetidas ao procedimento sumaríssimo. ¾ O autor deverá indicar corretamente o nome e endereço do reclamado. ¾ Todos os incidentes e exceções que puderem interferir no prosseguimento das audiências e do processo deverão ser decididos de plano. ¾ Cada parte somente poderá apresentar até duas testemunhas. Só haverá intimação de testemunhas que comprovadamente convidada pela parte não comparecer a audiência. ¾ A prova pericial somente será cabível quando a prova do fato a exigir ou for legalmente imposta como por ex. o art. 195 CLT. ¾ O juiz é dispensado de fazer o relatório nas sentenças sujeitas ao procedimento sumaríssimo. ¾ Solução imediata de incidentes e exceções que interfiram no prosseguimento do processo. ¾ Prazo comum de cinco dias para manifestação sobre o laudo pericial. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 25 ............................................................................................................... Gabarito: 38 - E 41 - C 44 - C 47- E 50- D 39 - D 42 - B 45 - D 48- C 40 - A 43 - A 46 - A 49- B ............................................................................................................... Resolveremos na semana vem, a prova de Analista Judiciário Execução de Mandados do TRT de Campinas -15ª Região/ 2009. Até lá! Bons estudos! Bom Jogo! Boa Copa do Mundo! Um grande abraço, Déborah Paiva
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