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1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 2 1 VIGILÂNCIA SANITÁRIA APLICADA EM ALIMENTOS ........................... 3 1.1 Tendências e desafios da vigilância sanitária no Brasil ......................... 4 2 SEGURANÇA ALIMENTAR ....................................................................... 7 2.1 Segurança alimentar em estabelecimentos. .......................................... 10 2.2 Boas práticas de fabricação (BPF) para segurança alimentar ............. 11 2.3 Implantação das Boas Práticas de Fabricação ...................................... 15 2.4 Doenças transmitidas por alimentos (DTA’s) ........................................ 17 3 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) .................................. 19 3.1 Certificação ISO 22000:18 (Requisitos Básicos) ................................... 20 3.2 Sistema de gestão da qualidade e a ISO 22000:18 ................................ 22 3.3 Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ................ 24 3.4 HACCP ....................................................................................................... 26 3.5 Ferramenta 5S ........................................................................................... 27 4 ROTULAGEM DOS ALIMENTOS ............................................................ 28 5 LEGISLAÇÃO SANITÁRIA DE ALIMENTOS .......................................... 32 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 43 2 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para ser esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é o mesmo. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 3 1 VIGILÂNCIA SANITÁRIA APLICADA EM ALIMENTOS A regulação sanitária é uma prática complexa que requer a combinação de conhecimento técnico multidisciplinar e considerações políticas, visando conciliar uma variedade de interesses, com a expectativa de beneficiar a saúde coletiva como resultado primordial. Além de ser um instrumento de fiscalização estatal, a regulamentação vai além, envolvendo um processo de formulação técnica e política destinado principalmente a apoiar políticas públicas voltadas para a prevenção de riscos e a promoção da saúde, conforme ressaltado por Oliveira et al., (2021). Segundo o mesmo autor, o Centro de Vigilância Sanitária tem a responsabilidade pelo controle sanitário, compartilhada entre as três esferas governamentais e estruturada em sistemas, onde cada nível de gestão possui atribuições específicas. As equipes regionais e municipais de vigilância sanitária executam ações de controle sanitário relacionadas à fabricação, distribuição e comércio de produtos alimentícios, visando garantir a qualidade sanitária dos produtos e a segurança dos consumidores. Essas atividades são realizadas em colaboração com outros órgãos, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), evidenciando a necessidade de uma abordagem integrada para proteger a saúde pública. O Centro de Vigilância Sanitária atua na promoção e proteção da saúde da população, concentrando-se em eliminar ou prevenir os riscos à saúde associados à alimentação. Suas atividades incluem a realização de monitoramentos programados da qualidade sanitária de produtos e estabelecimentos na área de alimentos. Entre as principais responsabilidades da vigilância sanitária estão a fiscalização para liberação de licenças sanitárias, investigação de denúncias, execução de ações programadas, coleta de amostras de alimentos, investigação de surtos alimentares, análise de projetos arquitetônicos relacionados à área alimentícia, avaliação da rotulagem de alimentos produzidos no município e condução de atividades educativas para conscientização da população (BRASIL, 2021). Durante o processamento de alimentos, uma série de práticas inadequadas pode ocorrer, facilitando potencialmente a contaminação, a sobrevivência e a multiplicação de microrganismos causadores de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). É essencial ter conhecimento dos principais pontos de contaminação ao longo desse processo para assegurar a qualidade microbiológica e a segurança do 4 consumidor. Desde a manipulação inicial das matérias-primas até as etapas de processamento, embalagem e armazenamento, cada fase apresenta riscos específicos de contaminação que devem ser identificados e controlados eficazmente para prevenir a ocorrência de DTAs (OLIVEIRA et al., 2021). O manuseio inadequado dos alimentos, a higiene deficiente dos equipamentos e das instalações, assim como a falta de controle de temperatura durante o processamento, são exemplos de práticas que podem contribuir para a contaminação microbiológica dos alimentos. A contaminação cruzada entre alimentos crus e cozidos, bem como entre alimentos crus e prontos para o consumo, representa um risco significativo que deve ser minimizado por meio de medidas preventivas adequadas, como a separação de utensílios e superfícies de preparo e a implementação de boas práticas de higiene em toda a cadeia de produção alimentícia. A conscientização sobre os principais pontos de contaminação durante o processamento de alimentos é essencial para garantir a qualidade e segurança dos produtos alimentícios. Investir em treinamento adequado para os manipuladores de alimentos, implementar procedimentos de higiene rigorosos e monitorar regularmente as condições sanitárias das instalações são medidas fundamentais para mitigar os riscos de contaminação microbiológica e proteger a saúde dos consumidores. 1.1 Tendências e desafios da vigilância sanitária no Brasil No atual estágio do capitalismo e do mercado globalizado, caracterizado pela predominância do poder financeiro, observa-se uma tendência marcante no setor produtivo em direção à concentração em diversas áreas de atuação, tais como alimentos e medicamentos, reguladas pela vigilância sanitária. Esse fenômeno se manifesta por meio de aquisições de empresas menores, fusões entre grandes multinacionais já estabelecidas e a compra de marcas tradicionais, resultando na formação de corporações de proporções gigantescas (BRASIL, 2021). Essas gigantes corporações, além de possuírem dimensões vastas, também desenvolvem estratégias globais de planejamento e ação. Ainda, dispõem de poderosos instrumentos de propaganda que exercem influência significativa na determinação de hábitos de consumo, preferências, modas, necessidades e estilos de vida. Essa realidade descrita reflete um panorama onde o poder econômico e financeiro exerce uma influência cada vez mais central na configuração do mercado, 5 moldando não apenas a dinâmica das transações comerciais, mas também os comportamentos e aspirações dos consumidores em escala global. A atual situação epidemiológica, caracterizada por epidemias de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, obesidade, câncer, doenças cardiovasculareso território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. • Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 – Configura as infrações à legislação sanitária federal, ressalvadas as previstas expressamente em normas especiais, são as configuradas na presente Lei. • Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Estabelece normas de proteção e defesa do consumidor. SUS – Defesa e Promoção de Saúde • Portaria de Consolidação (PRC) nº 5, de 28 de setembro de 2017 – Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. • Decreto Estadual nº 5.711, de 23 de maio de 2002 – Aprovado o Regulamento da organização e funcionamento do Sistema Único de Saúde no Estado do Paraná SUS. • Decreto-Lei n.º 986, de 21 de outubro de 1969 – Dispões sobre a defesa e a proteção da saúde individual ou coletiva, no tocante a alimentos, desde a sua obtenção até o seu consumo, serão reguladas em todo território nacional, pelas disposições deste Decreto-lei. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@2989a140-da3b-4cb5-93a7-05bd52ab93d7&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@00bc6f3e-4faf-4dbc-aeb6-ce422cf74ffb&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@ba581f5d-b95b-47e5-acb2-a9128fa163b9&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@fd829e4a-6521-4fb5-8deb-991e5e3b598d&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@81b6af7f-ade3-4d19-b456-a572d5052763&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@81b6af7f-ade3-4d19-b456-a572d5052763&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@193fdf60-114d-4f23-9172-dcd590781d3b&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@be618ea0-b26b-4b50-ab13-62d38b221b0f&emPg=true 33 Rotulagem de Alimentos e Demais Informações ao Consumidor • Decreto nº 4.680, de 28 de abril de 2003 – Regulamenta o direito à informação, assegurado pela Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, sem prejuízo do cumprimento das demais normas aplicáveis. • Instrução Normativa n° 60, de 23 de dezembro de 2019 – Estabelece as listas de padrões microbiológicos para alimentos • Instrução Normativa nº 22, de 24 de novembro de 2005 – MAPA – Regulamento técnico para rotulagem de produto de origem animal embalado. • Instrução Normativa nº 75, de 08 de outubro de 2020 – Estabelece os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nos alimentos embalados. • Lei Estadual nº 16.085, de 17 de abril de 2009 – Dispõe que os estabelecimentos que especifica, que funcionam nas escolas da rede particular de ensino, ficam obrigados a divulgarem informações que menciona, referentes à presença e à discriminação de quantidades em suas tabelas nutricionais dos alimentos comercializados. • Lei Estadual nº 16.401, de 10 de fevereiro de 2010 – Dispõe que rótulos das embalagens de óleo comestível, comercializados no Estado do Paraná, deverão conter as informações que especifica e adota outras providências. • Lei Estadual nº 17.115, de 17 de abril de 2012 – Obriga açougues e supermercados a fornecerem informações sobre seus produtos e respectivos fornecedores. • Portaria INMETRO nº 157, de 31 de maio de 2002 – Dispões sobre rotulagem de alimentos. Revogada pela Resolução – RDC nº 133, de 29 de maio de 2003. • Portaria MS nº 1.428, de 26 de novembro de 1993 – Regulamento técnico para inspeção alimentos, BPP e PIC. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@c406214f-18e1-433d-a288-fc9d96afd0eb&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@97205e29-1f38-4e89-8059-1a1000f4ddcd&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@fc1c1795-84f6-4529-b241-a09cb44621e6&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@cdc0b283-bcb2-40f7-ba6c-fcbc457e0c05&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@a094dbc8-7482-4d13-bc52-98635e2f9b1c&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@0b321846-2134-4e3c-b8b4-70e6d6c25c44&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@da5875ff-52c9-4403-886d-12898fc59f31&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@b8fe1e17-6a86-4ce9-a849-9407aaeb26e0&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@940515d6-7e96-4367-a36e-b3825c46a16b&emPg=true 34 • Portaria nº 2.658, de 22 de dezembro de 2003 – MJ – Define o símbolo de que trata a Portaria 4680/2003 - alimentos transgênicos. • Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997 – MAPA – Aprovar o Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos. • Portaria nº 40, de 20 de janeiro de 1997 - MAPA – Aprova o Manual de Procedimentos no Controle da Produção de Bebidas e Vinagres, em anexo, baseado nos princípios do Sistema de Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle – APPCC. • Portaria nº 81 de 23, de janeiro de 2002 – MJ – Estabelece regra para a informação aos consumidores sobre mudança de quantidade de produto comercializado na embalagem. • Portaria SVS/MS nº 29, de 13 de janeiro de 1998 – Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer aos Alimentos para Fins Especiais. • Portaria SVS/MS nº 30, de 13 de janeiro de 1998 – Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer aos Alimentos para Controle de Peso. • Portaria SVS/MS nº 31, de 13 de janeiro de 1998 – Regulamento técnico para alimentos adicionados de nutrientes essenciais. • Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997 – Regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos produtores e industrializadores de alimentos para o consumo humano. • Portaria SVS/MS nº 38, de 13 de janeiro de 1999 – Fixa a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer aos Adoçantes de Mesa. • Resolução n° 19, de 30 de abril de 1999 – ANVISA – Aprova o Regulamento Técnico de procedimentos para registro de alimento com alegação de propriedades funcionais e ou de saúde em sua rotulagem. • Resolução nº 16, de 30 de abril 1999 – ANVISA – Aprova o regulamento técnico para registro de Novos alimentos e ou novos ingredientes. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@eb4e147b-6ac0-4676-a7d2-fc5e151da6da&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@e4ba9ef5-8695-40f5-829c-8807fc07ff48&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@e71eedf3-6038-4bbd-884a-1a684d7f6eda&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@44d4b4d3-8861-4545-8162-e3d2447a59b1&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@cc900398-d43c-481d-92a8-6bf3bf234dbd&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@28f135e1-7f77-40c2-96d5-4bae556649f9&emPg=truehttps://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@34b14261-b8cb-433c-b30b-d6f01e958211&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@69e7e644-c60d-45b7-8a3b-8b8731e9c3af&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@94605634-aba9-44b4-912f-28cb179b5527&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@1b51b53c-2b13-4ba0-8c7b-40c1cd78f1f3&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@1cbaeaac-e882-4835-8958-3d3545bb8b35&emPg=true 35 • Resolução nº 17, de 30 de abril de 1999 – ANVISA – Aprova o regulamento técnico que estabelece Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos. • Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999 – ANVISA – Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde, alegadas em rotulagem de alimentos. • Resolução RDC nº 172, de 4 de julho de 2003 – ANVISA – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Industrializadores de Amendoins Processados e Derivados e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Industrializadores de Amendoins Processados e Derivados. • Resolução RDC nº 21, de 13 de maio de 2015 – ANVISA – Dispõe sobre o regulamento técnico de fórmulas para nutrição enteral. • Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 – ANVISA – Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. • Resolução RDC nº 22, de 15 de março de 2000 – ANVISA – Dispõe sobre os Procedimentos Básicos de Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Importados Pertinentes à Área de Alimentos. • Resolução RDC nº 23, de 15 de março de 2000 – ANVISA – Dispõe sobre O Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. • Resolução RDC nº 240, de 26 de julho de 2018 – ANVISA – Altera a Resolução – RDC nº 27, de 6 de agosto de 2010, que dispõe sobre as categorias de alimentos e embalagens isentos e com obrigatoriedade de registro sanitário. • Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002 – ANVISA – Se aplica à rotulagem de todo alimento que seja comercializado, qualquer que seja sua origem, embalado na ausência do cliente, e pronto para oferta ao consumidor. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@a4b0f2c1-c195-43e0-a70e-1eddd7c11d2a&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@88c3dd81-48cf-4da1-be40-0a9268a285af&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@37e0b662-b3d2-4427-8011-66522b400c9a&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@c101de99-59e6-4ac5-8a23-124a99e08a20&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@28a8017c-4de2-4886-8c62-8eb4fb07310b&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@d12fcfb3-5653-48df-9255-c0c93a39d02f&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@6182ca2f-f452-4891-9c6f-3e5fb7a187ec&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@a9f1d451-b4c6-45ec-9e93-0489baaae2e0&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@edadf0eb-e9ea-4c07-8f12-c851ca66b0b4&emPg=true 36 • Resolução RDC nº 27, de 6 de agosto de 2010 – ANVISA – Dispõe sobre as categorias de alimentos e embalagens isentos e com obrigatoriedade de registro sanitário. • Resolução RDC nº 273, de 22 de setembro de 2005 – Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade que devem obedecer às Misturas para o Preparo de Alimentos e os Alimentos Prontos para o Consumo, embalados na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor. • Resolução RDC nº 331, de 23 de dezembro de 2019 – Dispõe sobre padrões microbiológicos de alimentos e sua aplicação. • Resolução RDC nº 352, de 23 de dezembro de 2002 – ANVISA – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Frutas e ou Hortaliças em Conserva e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Frutas e ou Hortaliças em Conserva. • Resolução RDC nº 429, de 8 de outubro de 2020 – Dispõe sobre a rotulagem nutricional dos alimentos embalados. • Resolução RDC nº 91, de 11 de maio de 2001 - ANVISA – Aprovar o Regulamento Técnico - Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos constante do Anexo desta Resolução. • Resolução SESA nº 465, de 4 de setembro de 2013 – Dispões de boas práticas no transporte de alimentos, matéria-prima, ingredientes e embalagens. • Resolução SESA nº 748, de 17 de dezembro de 2014 – Dispõe sobre a rotulagem de produtos hortícolas in natura a granel e embalados, comercializados no Estado do Paraná. Glúten, Lactose e Alergênicos • Lei Estadual nº 17.604, de 19 de Junho de 2013 – Dispõe sobre a obrigatoriedade da especificação e divulgação da quantidade de calorias, https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@e21eb118-252c-4380-87b8-d9cf4feab9fe&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@933f64c5-04f9-4fda-9520-ca4c5bb72a23&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@0488dc94-8ed7-47dc-9e8f-090f44f80b87&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@49bd29a5-08ff-42a1-8794-b528f30fbfed&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@2ae4f8cf-df6b-469d-8502-2795017003a3&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@08f8492a-efd4-4514-b3f1-a0b7194c87ea&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@1d77e0bf-43f2-43a7-afdd-93e0c7bc2e21&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@8e622cec-9e58-433b-b6dc-eaa4eef5043c&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@3dcb7bf2-f321-450e-983e-cd073a771237&emPg=true 37 presença de glúten e lactose nos cardápios de bares, restaurantes, hotéis, fast-foods e similares. • Lei Estadual nº 16.496, de 12 de maio de 2010 – Obriga os estabelecimentos que especifica a disponibilizar em local único, específico e com destaque os produtos destinados aos indivíduos celíacos, diabéticos, com intolerância à lactose e vegetarianos. • Lei nº 13.305, de 4 de julho de 2016 – Institui normas básicas sobre alimentos para dispor sobre a rotulagem de alimentos que contenham lactose. • Lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003 – Obriga a que os produtos alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca. • Resolução RDC nº 135, de 8 de fevereiro de 2017 – Regulamento técnico referente a alimentos para fins especiais, para dispor sobre os alimentos para dietas com restrição de lactose. • Resolução RDC nº 136, de 8 de fevereiro de 2017 - ANVISA – Estabelece os requisitos para declaração obrigatória da presença de lactose nos rótulos dos alimentos. • Resolução RDC nº 26, de 2 de julho de 2015 - ANVISA – Dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principaisalimentos que causam alergias alimentares. Palmito • Resolução RDC nº 18, de 30 de abril de 1999 – Documentação exigida para obtenção ou renovação do registro do palmito em conserva e recadastramento dos estabelecimentos e distribuidores. • Resolução RDC nº 85, de 27 de junho de 2016 – ANVISA – Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 17, de 19 de novembro de 1999, que dispõe sobre o padrão de identidade e qualidade para palmito em conserva. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@04fc9371-bb0f-4259-ad43-252c6757908d&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@8c8d3bab-80fe-4a18-864f-fdf74de950f0&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@4ad5ec69-8327-487d-8781-eb1583395915&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@ddfeda71-ba84-4c90-ac90-63c847832c7b&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@a2222946-f161-4269-aaf9-c627b2976c6f&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@d261770f-409a-40ab-81b2-8d95d1bbd464&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@bbb9dfe3-fa92-4d77-8472-79f0c93032f0&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@fd149207-3b3b-4c39-975c-d2793c1ab71b&emPg=true 38 • Resolução RDC nº 17, de 19 de novembro de 1999 – ANVISA – Fixa a identidade e as características mínimas de qualidade a que deve obedecer a Palmito em Conserva. • Alterada pela Resolução RDC 85, de 27 de junho de 2016. • Resolução RDC nº 81, de 14 de abril de 2003 – ANVISA – Dispõe sobre a obrigatoriedade de identificação do fabricante do produto palmito em conserva, litografada na parte lateral da tampa metálica da embalagem de vidro do produto palmito em conserva e elaboração, implementação e manutenção de Procedimentos Operacionais Padronizados - POPs para acidificação e tratamento térmico. Sal • Decreto nº 75.697, de 6 de maio de 1975 – Aprova padrões de identidade e qualidade para o sal destinado ao consumo humano. • Lei nº 6.150, de 3 de dezembro de 1974 – Dispõe sobre a obrigatoriedade da iodação do sal, destinado ao consumo humano, seu controle pelos órgãos sanitários e dá outras providências. • Resolução RDC nº 23, de 24 de abril de 2013 – ANVISA – Dispõe sobre o teor de iodo no sal destinado ao consumo humano e dá outras providências. • Resolução RDC nº 28, de 28 março de 2000 – ANVISA – Dispõe sobre os procedimentos básicos de Boas Práticas de Fabricação em estabelecimentos beneficiadores de sal destinado ao consumo humano e o roteiro de inspeção sanitária em indústrias beneficiadoras de sal. Gelados Comestíveis • Resolução RDC nº 266, de 22 de setembro de 2005 – Regulamento técnico para gelados comestíveis e preparados comestíveis. • Resolução RDC nº 267, de 25 de setembro de 2003 – ANVISA – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Industrializadores de Gelados Comestíveis e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Industrializadores de Gelados Comestíveis. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@bdb24bec-0b3b-4d18-bffe-f1db3b16a7b9&emPg=true http://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@fd149207-3b3b-4c39-975c-d2793c1ab71b&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@a4cfe20d-54ed-4e55-859c-5e367d776809&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@19014ed6-1b99-41e6-a8ca-b7a25fb2ecad&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@92d7d503-56ac-45dd-b1f7-4f9a90c7abe6&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@8bc81273-cdfe-428b-ad47-788b58bf6f62&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@d91750d9-7f35-4950-bf33-532b6e93775f&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@6db4c5cd-e5c9-4d9a-9e3b-5df3ad120966&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@d826edcc-f059-43ed-8d46-90fcbd4bb532&emPg=true 39 Alimento Orgânico • Decreto Estadual nº 4.211, de 6 de março de 2020 – Regulamenta a Lei nº 16.751, de 29 de dezembro de 2010, que institui a alimentação escolar orgânica no âmbito do sistema estadual de ensino fundamental e médio. Farinha de Trigo e Milho • Resolução RDC nº 150, de 13 de abril de 2017 – ANVISA – Dispõe sobre o enriquecimento das farinhas de trigo e de milho com ferro e ácido fólico. • Resolução RDC nº 155, de 5 de maio de 2017- ANVISA – Altera a Portaria SVS/MS nº 29, de 13 de janeiro de 1998, aprova o regulamento técnico referente a alimentos para fins especiais, para dispor sobre as farinhas de trigo e de milho para dietas com restrição de ferro. • Resolução RDC 263, de 22 de dezembro de 2005 – Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos. Água • Portaria nº 805 de, 16 de junho de 1978 – MME – Corresponde ao controle e fiscalização sanitária das águas minerais destinadas ao consumo humano. • Resolução RDC nº 173, de 13 de setembro de 2006 - ANVISA – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Industrialização e Comercialização de Água Mineral Natural e de Água Natural e a Lista de Verificação das Boas Práticas para Industrialização e Comercialização de Água Mineral Natural e de Água Natural. • Resolução RDC nº 274, de setembro de 2005 – ANVISA – Regulamento técnico para águas envasadas e gelo. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@0e756244-fa3b-460f-ba9b-0f8d9aa90ea1&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@754f4dad-c16e-4712-8ef5-667e32f2efcc&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@9f9dec29-edea-4c37-9a16-94a2ff3aa9af&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@a4e763a6-bf1a-459a-b3c6-0e67e0e64b65&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@8f83fd87-94c5-49d4-8c35-1629e254300c&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@c2d0a621-2337-4df1-b193-4d689b9d8a58&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@5e6c5ebc-0001-4372-bc38-64fae71bc6c3&emPg=true 40 Lactentes e Crianças • Portaria SVS/MS nº 36, de 13 de janeiro de 1998 – ANVISA – Fixa a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer aos alimentos à base de cereais para alimentação infantil. • Portaria SVS/MS nº 34, de 13 de janeiro de 1998 – ANVISA – Fixar a identidade e características mínimas de qualidade a que devem obedecer os Alimentos de Transição para Lactentes e Crianças de Primeira Infância. • Resolução RDC nº 42, de 19 de setembro de 2011 – ANVISA – Dispõe sobre o regulamento técnico de compostos de nutrientes para alimentos destinados a lactentes e a crianças de primeira infância. Suplementos Alimentares • Instrução Normativa nº 28, de 26 de julho de 2018 – Estabelece as listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem complementar dos suplementos alimentares. • Instrução Normativa nº 76, de 05 de novembro de 2020 – Dispõe sobre a atualização das listas de constituintes, de limites de uso,de alegações e de rotulagem complementar dos suplementos alimentares. • Resolução RDC nº 239, de 26 de julho de 2018 – Estabelece os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia autorizados para uso em suplementos alimentares. • Resolução RDC nº 241, de 26 de julho de 2018 – Dispõe sobre os requisitos para comprovação da segurança e dos benefícios à saúde dos probióticos para uso em alimentos • Resolução RDC nº 243, de 26 de julho de 2018 – ANVISA – Dispõe sobre os requisitos sanitários dos suplementos alimentares. Irradiação • Decreto nº 72.718, de 29 de agosto de 1973 – Estabelece normas gerais sobre irradiação de alimentos. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@be642a60-e734-43e0-ae4c-da4a305c74e6&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@c5ee7c2c-857f-4366-b22a-d6f7f1bb4fe7&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@c0ddc0cc-1a92-429f-85fd-9fb532a899b0&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@dee50154-032f-44f6-94e2-d921a7f7b4ef&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@f59ffc85-b80a-45a4-8da4-f5bb6b8a0edb&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@aa767591-8c32-4e49-98a8-b0181897be13&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@1fc23f51-3c24-4b22-91c0-0b4e15993bb2&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@eb56443b-2adc-48f3-a16a-6c0eb9d2e2ed&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@890d029f-83db-408c-bbd0-77cce10436e7&emPg=true 41 • Resolução RDC nº 21, de 26 de janeiro de 2001 – ANVISA – Estabelecer os requisitos gerais para o uso da irradiação de alimentos com vistas à qualidade sanitária do produto final. Pesos e Medidas • Portaria INMETRO nº 153, de 19 de maio de 2008 – Determina a padronização do conteúdo líquido dos produtos pré-medidos acondicionados consoante oxo da presente Portaria. • Portaria INMETRO nº 146, de 20 de junho de 2006 – Determina a padronização da comercialização somente a peso do pão francês ou de sal. Lanchonete e Similares • Lei Estadual nº 14.855, de 19 de Outubro de 2005 – Dispõe sobre padrões técnicos de qualidade nutricional, a serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e da rede pública. • Lei Estadual nº 14.423, de 2 de Junho de 2004 – Dispõe que os serviços de lanches nas unidades educacionais públicas e privadas que atendam a educação básica, localizadas no Estado, deverão obedecer a padrões de qualidade nutricional e de vida, indispensáveis à saúde dos alunos. • Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002 – ANVISA – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Comércio Ambulante de Alimentos • Nota Técnica nº 08, de 29 de agosto 2013 – Boas práticas para comércio ambulantes de alimentos. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@6a2e010a-0730-4fab-8e74-f6bf74782e7b&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@f1b95c85-d756-4bfe-915c-d1d2e2dff1c5&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@5ea1dfb7-ec3d-4f67-b6c8-fe844ecd326b&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@2c64f70c-da51-4af4-8e64-0bc71efc21cc&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@086e378b-2d83-4c29-98b8-6f6cf38055aa&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@70d4992f-ce98-4386-a5cf-35da486ebe13&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@e597b129-5fa3-40d1-aa9b-5e394799e908&emPg=true 42 Risco Sanitário • Resolução SESA nº 1.034, de 25 de agosto de 2020 – Define o grau de risco sanitário das atividades econômicas, regulamenta os procedimentos para o licenciamento sanitário no Estado do Paraná e dá outras providências. • Resolução SESA nº 469, de 24 de novembro de 2016 – Dispões sobre boas práticas em autosserviço. Empreendimento Familiar Rural • Resolução SESA nº 004, de 18 de janeiro de 2017 – Regularização das atividades do empreendimento familiar rural, micro empreendimento individual e pelo empreendimento econômico solidário e inclusão produtiva. • Resolução RDC nº 49, de 31 de outubro de 2013 – Dispõe sobre a regularização para o exercício de atividade de interesse sanitário do microempreendedor individual, do empreendimento familiar rural e do empreendimento econômico solidário e dá outras providências. • Lei n° 11.326, de 24 de julho de 2006 - Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Saúde dos Trabalhadores • Portaria nº 24, de 29 de dezembro de 1994 – MT – Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, visando promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@dd1c3358-0a71-4159-b98c-32036f592ff4&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@aa372364-7b68-4fef-ba27-7a0a0370938c&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@7b0c84ee-8020-42fa-9c1b-5abaaf001c73&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@d223a27d-e551-45f0-a1a7-e1cf0a614b6c&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@7e51761b-3eb7-4af8-a1c0-352608fc2175&emPg=true https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-sesa@eab8e9b1-7ead-4b01-94b5-a39ed7346a58&emPg=true 43 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de boas práticas para bancos de alimentos. Guia nº 26/2021 – versão 2. Disponível: https://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5321364/Guia+de+boas+pr%C3%A1ti cas+para+bancos+de+alimentos_novo+modeo+GGREG+15.01.21.pdf/6596a713- d23e-4eb0-8a13- 31d3cc7c510e#:~:text=Lave%20bem%20as%20m%C3%A3os%20antes,dos%20ali mentos%20por%20micr%C3%B3bios%20patog%C3%AAnicos. Acesso em: 05 jul. 2024. BRASIL. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 set. 2006. Disponível em: https://encurtador.com.br/cprT4. Acesso em: 28 mar. 2024. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças transmitidas por alimentos (DTA). 2017. Disponível em: https://encurtador.com.br/bsCKQ. Acesso em: 01 abr. 2024. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de tecnovigilância: uma abordagem sob ótica da vigilância sanitária. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, Gerência de Tecnovigilância. – Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2021. 1046 p.: il. EMBRAPA - MACHADO, R. L. P. Manual de rotulagem de alimentos. Rio de Janeiro: Embrapa Agroindústria de Alimentos,2015. LIMA, D. C. et al. Proposta de integração do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) e Sistema de Gestão de Segurança Alimentar (SGSA) em empresas de embalagens metálicas para a implementação da norma ISO 22000:2018. Research, Society and Development, v. 10, n. 1, e16510111597, 2021. MARINS, B. R. Segurança alimentar no contexto da vigilância sanitária: reflexões e práticas. Marmentini, R.P.; Ronqui, L.; Alvarenga, V.A. A importância das boas práticas de manipulação para os estabelecimentos que manipulam alimentos. Revista Facimed, 40 (8), 263-2015. (2014). MESQUITA, C. A. F. A. et al. 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Avaliação do controle higienicossanitário da produção de alimentos em unidades de alimentação e nutrição hospitalar. Higiene Alimentar, v. 32, n. 281/282, p. 51-55, 2018.e distúrbios mentais, demanda uma revisão do conceito de promoção da saúde. Essa revisão deve abranger os determinantes dos estilos de vida, indo além da simples responsabilização individual. Empresas de grande porte nos setores de alimentos, medicamentos, agrotóxicos e outros, são responsáveis por produtos que têm sido comprovadamente associados aos fatores de risco dessas epidemias. A identificação desses fatores, bem como o estudo de suas relações com os estilos de vida e com as doenças e demais agravos à saúde, pode abrir novos caminhos para a ação regulatória e estratégica do Estado na abordagem do atual panorama epidemiológico. Esse cenário, que sobrecarrega os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e causa considerável angústia e prejuízos aos indivíduos, necessita de uma abordagem mais abrangente e proativa. Trata-se de um desafio complexo que transcende os domínios puramente técnico-científicos, adentrando também o campo político, e cujo sucesso depende do envolvimento ativo de órgãos públicos e da sociedade civil. É necessário que esses atores colaborem na elaboração de políticas abrangentes, tanto em termos sociais quanto sanitários, e atuem na esfera da regulação internacional. O objetivo é desenvolver novas políticas globais que estejam firmemente comprometidas com a promoção da saúde e a preservação do meio ambiente em escala planetária, reconhecendo a interconexão entre esses dois imperativos fundamentais (SILVA et al., 2018). Embora o órgão federal tenha estabelecido uma agência reguladora, os estados e municípios continuam enfrentando sérias deficiências estruturais, especialmente no que diz respeito à quantidade e qualidade de seus funcionários. Estes não estão abrangidos por carreiras de Estado, uma condição essencial para todos aqueles encarregados de fiscalizar o mercado em nome do Estado e em prol do interesse coletivo. Essa e outras linhas de ação poderiam ser integradas em uma política nacional de vigilância sanitária, como parte de um plano abrangente de promoção da saúde e prevenção de danos. Tal política deveria guiar a atuação da vigilância sanitária para atender às demandas e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo 6 aprimoramento da qualidade dos serviços de saúde e enfrentamento das doenças crônicas. Contudo, até o momento, não foi implementada uma estratégia política adequada para consolidar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) no contexto do SUS. Apesar de estar delineado, o sistema enfrenta desequilíbrio de capacidades entre seus três níveis de governo (BRASIL, 2021). Outro desafio consiste em desenvolver um modelo de avaliação de risco adequado à singularidade dos objetos de ação, visando repensar os instrumentos tradicionais de controle sanitário. Isso requer um trabalho conjunto com as vigilâncias epidemiológica, ambiental e de saúde do trabalhador. O modelo em questão deve permitir a identificação dos principais riscos à saúde em cada região ou localidade, fornecendo elementos para revisar a organização e gestão do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), com a descentralização como prioridade para fortalecer os diversos entes envolvidos. A desigualdade social traz diferentes vulnerabilidades, que desafiam a ação da vigilância sanitária. Na era da comunicação digital e das mídias sociais, a vigilância sanitária precisa desenvolver estratégias de comunicação de riscos, que disseminem o conhecimento científico disponível, que aprofundem a consciência sanitária e fortaleçam a participação social na defesa da saúde, bem maior dos indivíduos e das comunidades, perante os interesses (econômicos e políticos) das grandes corporações que, em muitos países, superam a força regulatória dos próprios poderes republicanos. A história da vigilância sanitária no Brasil e em outros países demonstra a imprescindibilidade do controle sanitário do Estado sobre as atividades e os interesses particulares. Os acontecimentos que foram conformando a legislação e o modelo de vigilância comprovam que a atividade privada, deixada ao seu alvedrio, representa sérios riscos à saúde dos indivíduos e da coletividade (BRASIL, 2021). A desigualdade social gera diversas vulnerabilidades que apresentam desafios significativos para a atuação da vigilância sanitária. Em uma era caracterizada pela comunicação digital e pelo uso das mídias sociais, a vigilância sanitária precisa desenvolver estratégias eficazes de comunicação de riscos. Essas estratégias devem visar a disseminação do conhecimento científico disponível, a promoção da consciência sanitária e o fortalecimento da participação social na defesa da saúde, o qual é um bem essencial tanto para os indivíduos quanto para as comunidades. Isso é especialmente relevante diante dos interesses, muitas vezes dominantes, das 7 grandes corporações, que em diversos países exercem uma influência que por vezes supera a capacidade regulatória dos próprios poderes republicanos. A história da vigilância sanitária no Brasil e em outros lugares destaca a importância fundamental do controle estatal sobre as atividades e interesses privados. Os eventos que moldaram a legislação e o modelo de vigilância ao longo do tempo evidenciam que a atuação privada, quando não regulamentada, acarreta sérios riscos para a saúde tanto dos indivíduos quanto da sociedade na totalidade (BRASIL, 2021). 2 SEGURANÇA ALIMENTAR O entendimento do termo "segurança alimentar" permanece em evolução e, consequentemente, há lacunas na elaboração de políticas públicas voltadas para esse fim. Desde seu surgimento ao término da Primeira Guerra Mundial, o conceito tem sido objeto de intensos debates e controvérsias. Esse período histórico destacou a importância da segurança alimentar, juntamente com outras questões relacionadas à produção e ao armazenamento de alimentos, para garantir a segurança nacional de um país (MARINS, 2014). Essa interdependência entre segurança nacional e segurança alimentar foi um dos fatores que impulsionaram a discussão e o desenvolvimento de estratégias para lidar com a questão da fome e da disponibilidade de alimentos ao nível global. No entanto, apesar dos avanços ao longo do tempo, o conceito de segurança alimentar ainda carece de uma definição precisa e abrangente, desafiando a formulação eficaz de políticas públicas destinadas a enfrentar os desafios relacionados à alimentação em diversas comunidades e países. O amadurecimento conceitual da segurança alimentar ocorreu por meio da absorção de preocupações provenientes de diversos debates que surgiram após a Segunda Guerra Mundial. Estes debates destacaram a importância dos parâmetros de disponibilidade e acesso no contexto da segurança alimentar. A disponibilidade refere-se à quantidade suficiente de alimentos disponíveis, enquanto o acesso está relacionado ao baixo preço dos alimentos. Esses dois aspectos tornaram-se centrais nas discussões sobre segurança alimentar, conforme mencionado por Marins (2014). Esse processo de incorporação de novas perspectivas e enfoques contribuiu 8 significativamente para o desenvolvimento e a compreensão mais abrangente do conceito de segurança alimentar ao longo do tempo. A segurança dos alimentos engloba conhecimentos e práticas voltados para a saúde pública, visando prevenir riscos relacionados à alimentação. Em estreita conexão com esse objetivo, está a gestão e controle de qualidade, que emprega princípios fundamentais para garantir que o processo de produção de alimentos seja conduzido para evitar a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos (DTA's). Essa abordagem abrange medidas preventivas e regulatórias que visam assegurar a segurança e a qualidade dos alimentos, contribuindo para a proteção da saúde da população consumidora (OLIVEIRA et al., 2021). Conforme indicado pelo autor, a segurançados alimentos envolve conhecimentos e práticas relacionados à saúde pública, visando evitar riscos associados à alimentação. Paralelamente à segurança alimentar, a gestão e controle de qualidade se destacam, integrando princípios fundamentais para garantir que o processo de produção de alimentos seja conduzido de maneira a prevenir o surgimento de doenças transmitidas por alimentos (DTA's). A implementação de um sistema de gestão no setor alimentício da qualidade se apresenta como uma abordagem viável e eficaz para garantir a segurança e a qualidade dos produtos alimentícios. O aumento significativo das doenças transmitidas por alimentos (DTA's) é uma realidade global, influenciada por diversos fatores. Estas enfermidades têm sua origem na ingestão de alimentos ou água contaminados. Estudos evidenciam que a maioria dos casos não é reportada às autoridades sanitárias devido aos sintomas leves causados por muitos dos patógenos presentes nos alimentos. Para assegurar a higiene dos produtos e a segurança alimentar, é essencial adotar práticas como checklists, a organização de planilhas de controle e o treinamento adequado dos manipuladores de alimentos. Tais medidas não apenas identificam falhas no processo, mas também promovem a produção de alimentos de qualidade, conforme apontado por Oliveira et al., (2021). O autor destaca a importância da implementação do programa de Boas Práticas de Fabricação (BPF) nas indústrias de alimentos. Isso implica que a vigilância sanitária desempenha várias funções, incluindo a fiscalização para a emissão de licenças sanitárias, investigação de denúncias, execução de ações programadas, coleta de amostras de alimentos, investigação de surtos alimentares, análise de 9 projetos arquitetônicos, avaliação da rotulagem de alimentos produzidos localmente e realização de atividades educativas. Essas atividades visam garantir a segurança e a qualidade dos alimentos disponíveis no mercado, bem como promover a conscientização sobre práticas seguras de manipulação e consumo de alimentos. Para Oliveira et al., (2021), as Boas Práticas de Fabricação (BPFs) têm como principal objetivo evitar a contaminação dos produtos alimentícios, abrangendo todas as etapas desde a recepção das matérias-primas até a produção do produto final. No contexto da legislação brasileira, as BPFs são obrigatórias para todos os estabelecimentos produtores e indústrias de alimentos. A segurança alimentar é um assunto de extrema relevância que demanda constante discussão e atenção, uma vez que está intrinsecamente ligada à saúde da população, não se restringindo apenas à qualidade dos produtos. Isso é evidenciado pela ocorrência potencial de doenças transmitidas por alimentos (DTAs), que têm sua origem na ingestão de alimentos ou água contaminados, muitas vezes relacionado a falhas nos processos de gestão e controle de qualidade. A segurança alimentar e nutricional tem destaque na agenda governamental brasileira, legalmente instituída pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), (BRASIL, 2006). Essa legislação estabeleceu o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), visando garantir a segurança alimentar e nutricional a todos. Esse direito compreende o acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais, além de promover práticas alimentares saudáveis que respeitem a diversidade cultural e sejam sustentáveis em aspectos ambientais, culturais, econômicos e socialmente sustentáveis. Conforme a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), a segurança alimentar e nutricional compreende a ampliação do acesso aos alimentos por meio de diversas medidas, como a promoção da agricultura tradicional e familiar, o processamento, a industrialização, a comercialização, incluindo acordos internacionais, o abastecimento e a distribuição dos alimentos, inclusive água, além da geração de emprego e da redistribuição da renda. Inclui também a conservação da biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos, a promoção da saúde, nutrição e alimentação da população, abrangendo grupos específicos e pessoas em situação de vulnerabilidade social. A garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos, juntamente com 10 o estímulo a práticas alimentares saudáveis que respeitem a diversidade étnica, racial e cultural, está contemplada, assim como a produção de conhecimento e acesso à informação, e a implementação de políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produção, comercialização e consumo de alimentos, considerando as diversas características culturais do país. 2.1 Segurança alimentar em estabelecimentos. É fundamental a preocupação com a segurança dos alimentos oferecidos em estabelecimentos que comercializam refeições prontas, abrangendo não apenas o alimento final, mas também todas as fases do processo, desde o recebimento da matéria-prima. Durante essa etapa, é fundamental examinar com atenção os produtos embalados, observando cuidadosamente a condição da embalagem, que pode fornecer indicações importantes sobre o estado do alimento contido em seu interior, conforme destacado por Mesquita et al., (2021). Essa precaução no recebimento da matéria-prima é essencial para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos oferecidos aos consumidores. Recomenda-se sempre que os estabelecimentos adotem o uso de produtos sanitizantes nos vegetais, visando a higienização de todos os alimentos servidos sem tratamento térmico. A qualidade das instalações e edificações dos estabelecimentos de serviços de alimentação tem uma relação crucial com a prevenção de contaminações alimentares, sendo essencial que as instalações sejam estruturadas de modo a evitar a contaminação cruzada entre áreas limpas e contaminadas, além de serem mantidas em condições adequadas de higiene. Essas medidas garantem a segurança dos alimentos oferecidos aos consumidores, promovendo a saúde pública e o bem-estar geral. O mesmo autor enfatiza que os estabelecimentos com estruturas planejadas e uma rotina eficaz de higienização são capazes de assegurar um controle eficiente de pragas, garantindo a proteção dos alimentos. Segundo a Comissão do Código Sanitário da FAO e da OMS, a higiene dos alimentos engloba medidas preventivas essenciais para todas as etapas, desde a preparação até a venda, visando assegurar produtos seguros e adequados ao consumo humano. A implementação do programa de Boas Práticas de Fabricação (BPF) é essencial para evitar a contaminação dos produtos, desde a recepção das matérias-primas até o consumo final. O Programa de 11 Autocontrole (PAC) é uma ferramenta fundamental na agroindústria para o controle dos processos de fabricação, contribuindo para a obtenção e garantia da qualidade e segurança dos alimentos industriais. O Procedimento Operacional Padronizado (POP) compreende a descrição detalhada de todas as operações necessárias para executar um determinado procedimento. Por sua vez, o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) fundamenta-se na aplicação de princípios científicos e técnicos para prevenir riscos e garantir a segurança dos processos de produção, manipulação, transporte, distribuição e consumo de alimentos. Já o método 5S é uma abordagem que visa organizar o ambiente de trabalho por meio da manutenção, limpeza, padronização e disciplina, promovendo eficiência e qualidade no desempenho das tarefas, com o mínimo de supervisão necessária (MESQUITA et al., 2021). 2.2 Boas práticas de fabricação (BPF) para segurança alimentar No Brasil, a concepção do conceito de "higiene" surgiu inicialmente em regulamentos promulgados em 1923 e 1931, que faziam parte das diretrizes de higiene do trabalho paratodos os estabelecimentos industriais, incluindo a indústria farmacêutica. Inicialmente, sua origem estava intimamente ligada às práticas de limpeza, englobando tanto a higiene espiritual quanto a física. O termo "higiene" era principalmente associado à limpeza de áreas onde alimentos eram preparados, aos meios de transporte e aos veículos utilizados para transportar produtos sujeitos à vigilância sanitária. Em menor medida, também estava relacionado à higiene dos manipuladores de alimentos, frequentemente entendido como sinônimo de asseio e limpeza (MARINS, 2014). Conforme destacado pelo autor, a higiene é uma parte importante das condições sanitárias que as embarcações e áreas aeroportuárias devem atender, sujeitas à verificação da inspeção sanitária. Além disso, a higiene pessoal e ambiental representa um objetivo central para certas categorias de produtos. O termo "higiene" é constantemente mencionado nas regulamentações de alimentos, seja como requisito para os próprios produtos ou para os locais onde são produzidos, manipulados ou embalados. A concepção contemporânea de higiene abrange não apenas os padrões microbiológicos, mas também inclui critérios relacionados aos resíduos de pesticidas e outras substâncias contaminantes. A garantia da higiene 12 alimentar é um princípio normativo que sustenta medidas como a suspensão temporária ou definitiva do registro de um determinado alimento, bem como a interdição ou apreensão de alimentos e bebidas. A manutenção da higiene e o cumprimento das condições higiênicas são indispensáveis para a obtenção da autorização de funcionamento de estabelecimentos onde alimentos são preparados, consumidos ou comercializados. A ausência de conformidade com tais requisitos, conforme documentado em registros de infração, pode acarretar legalmente na interdição parcial ou total do estabelecimento, de forma temporária, complementando o campo da nutrição. Esse setor aborda não apenas os processos de conservação dos produtos alimentícios, mas também as potenciais alterações, adulterações e falsificações que podem ocorrer, tanto em seu estado natural quanto após o preparo. Além disso, estabelece normas práticas para a avaliação e vigilância desses alimentos. Dessa forma, a higiene alimentar engloba um conjunto de medidas essenciais para garantir a integridade dos alimentos, desde sua segurança em termos de acesso e inocuidade até sua salubridade e conservação, desde o estágio inicial de plantio, produção ou fabricação até o momento do consumo. Segundo Marins (2014), as principais atividades relacionadas à higiene dos alimentos abrangem diversos aspectos para garantir a segurança alimentar. Primeiramente, há a necessidade de assegurar a qualidade das matérias-primas e dos produtos alimentícios, tanto os semiprontos quanto os prontos para consumo, como carnes, laticínios, pescados, produtos vegetais, bebidas e águas, desde sua seleção até o momento do consumo final. Isso implica a implementação de um rigoroso controle de qualidade em todas as etapas, incluindo recepção, armazenamento, processamento, transporte e outras atividades relacionadas. É importante investigar e compreender as circunstâncias que possam comprometer a qualidade nutricional e higiênica dos alimentos, buscando mitigar possíveis influências prejudiciais. Outra frente importante é o desenvolvimento de métodos que visem aprimorar as características organolépticas dos alimentos, evitando alterações indesejadas, reduções de qualidade ou perdas por deterioração. Por fim, são estabelecidas medidas de controle em todas as etapas da cadeia de produção e distribuição de alimentos, desde a obtenção das matérias-primas até o consumo final, com o objetivo de prevenir doenças transmitidas por alimentos. Essas 13 medidas abrangem áreas como fabricação, tratamento, manipulação, armazenamento, envase, transporte e distribuição. Ao longo da história da relação entre o ser humano e a obtenção de alimentos, os avanços tecnológicos atuais têm a função de garantir qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. Esse progresso tecnológico é fortemente influenciado pela contínua evolução das práticas higiênico-sanitárias ao longo do tempo. Um exemplo elucidativo desse fenômeno é observado nas praças das cidades medievais, que serviam como centros comerciais vitais nos quais diversos aspectos da sociedade, como comércio, política, religião, artes e interações sociais, se entrelaçavam. Nessas praças, os alimentos eram vendidos e trocados entre os habitantes, evidenciando a importância histórica da relação entre tecnologia, higiene alimentar e desenvolvimento social (MARINS, 2014). Pré-requisitos envolvidos nas Boas práticas de fabricação Segundo a resolução técnica (RDC 275/05), as BPF’s devem incluir: adequada edificação e higiene das instalações, apropriado tratamento de resíduos e efluentes, direcionamento para limpeza e manutenção, controle de qualidade da água, procedimento ideal para seleção e verificação de qualidade das matérias-primas e insumos, assim como certificação e manutenção de fornecedores, descrição das análises, níveis de contaminação e inspeções de matérias-primas e insumos e produtos acabados, corretas operações de recebimento, estocagem e transporte, treinamento para higiene pessoal, de equipamentos e de utensílios sanitários, aferição de instrumentos, formas de recolhimento de produtos (recall) e programa de manutenção preventiva, sendo estes inicialmente averiguados através de um checklist para verificação das não conformidades (LIMA et al., 2021). No Quadro abaixo é apresentado alguns pontos que fazem parte da política de boas práticas de fabricação que devem ser adotados pelas empresas que participam da cadeia produtiva de alimentos, mantendo as devidas condições ambientais para o processo de produção. 14 Quadro 1 – Boas práticas de fabricação Fonte: Lima et al., 2021. A elaboração e implantação do Manual de Boas Práticas, conforme descrito por Zurlini et al., (2018), é importante na produção de alimentos com qualidade, tanto do ponto de vista da segurança alimentar quanto nutricional. As Boas Fábricas de Manutenção (BPFs), representam um dos sistemas mais reconhecidos e eficazes para garantir a segurança dos alimentos, estabelecendo uma relação estreita com o consumidor ao garantir sua saúde, segurança e bem-estar. Além disso, os BPFs não apenas asseguram a qualidade dos alimentos, mas também promovem a educação e qualificação em aspectos essenciais, como higiene, desinfecção e disciplina operacional. Dessa forma, a segurança alimentar é assegurada por meio de esforços combinados de todos os envolvidos na cadeia produtiva, desde a produção até o consumo final. A implementação de um Manual de Boas Práticas é fundamental para garantir que os alimentos sejam produzidos e manipulados em conformidade com padrões de segurança e qualidade. O s BPFs estabelecem diretrizes claras e específicas para os procedimentos operacionais em todas as etapas da cadeia produtiva, desde o recebimento da matéria-prima até a distribuição do produto final. Essas diretrizes não apenas mitigam os riscos de contaminação alimentar, mas também promovem a conscientização e a responsabilidade dos colaboradores em relação à higiene e segurança dos alimentos. Portanto, os BPFs são importantes na garantia da segurança alimentar e na proteção da saúde pública. Ao adotar e implementar o Manual de Boas Práticas, as empresas alimentícias não apenas atendem aos requisitos regulatórios, mas também demonstram seu compromisso com a excelência e a segurança dos produtos oferecidos aos consumidores. Conforme destacado por Zurlini et al., (2018), os BPFs não se limitam 15 apenas a aspectos técnicos, mas também promovem uma cultura organizacional de qualidade e responsabilidade. Por meioda educação contínua e do treinamento dos colaboradores, os BPFs incentivam a conformidade com os padrões de higiene e segurança, resultando em alimentos seguros, saudáveis e de alta qualidade para o consumidor final. 2.3 Implantação das Boas Práticas de Fabricação A implantação das BPF’s nos serviços de alimentação, além de ser uma exigência legal, eleva a qualidade dos produtos, protege a saúde pública, diminui gastos com internações hospitalares, dá maior segurança e satisfação ao consumidor. Para a implantação dessas BP, é necessário que se conheça o processo produtivo envolvido, bem como as limitações impostas pelo uso feito pelo cliente ou consumidor final, para se ter uma visão sobre os perigos potenciais e os riscos de contaminação envolvidos (OLIVEIRA et al., 2021). Com esses dados, é possível determinar o rigor e a profundidade das BPF’s a serem implementadas. Para poder cobrar que as regras desse sistema sejam cumpridas pelos empregados, a empresa deve fornecer treinamento em manipulação de alimentos, incluindo programas de saúde e higiene pessoal a todos os novos colaboradores cujas atribuições estejam relacionadas com áreas de produção e controle de qualidade, sempre antes do início de suas atividades. O treinamento deve incluir também os colaboradores da área de manutenção e de outras áreas cuja atividade afete a qualidade do produto. Periodicamente, e não excedendo o intervalo de um ano, os treinamentos devem ser reciclados e devidamente registrados. As indústrias de alimentos precisam descrever as operações realizadas em um manual, que consiste em um documento que inclua requisitos de manutenção preventiva e de higienização (instalações, dos equipamentos e dos utensílios), controle da água de abastecimento, controle integrado de vetores e pragas urbanas, controle da higiene e saúde dos manipuladores e o controle e garantia de qualidade do produto final (OLIVEIRA et al., 2021). As indústrias alimentícias contam ainda com a certificação ISO 22000, criada em setembro de 2005, reconhecida internacionalmente, fundamentada nos princípios de segurança alimentar em toda cadeia da indústria alimentícia. Outro ponto de extrema importância para o bom funcionamento de toda a cadeia de produção é a 16 elaboração dos POP’s, que consiste, em descrever em detalhes todas as operações necessárias para realizar um determinado procedimento, ou seja, “um roteiro padronizado para realizar uma determinada atividade”, fundamental dentro de qualquer processo funcional para garantir, mediante uma uniformização, os resultados desejados por cada tarefa realizada. Para abranger estes requisitos, têm-se alguns passos que envolvem a elaboração de um Manual de BPF, sua implantação e a adequação das ferramentas que regem a qualidade, sendo os principais, consoante a Oliveira (2021): 1. Diagnóstico – Levantamento de todas as não conformidades encontradas no estabelecimento referente às Boas Práticas; 2. Plano de Ação – Orientações e sugestões para correção de todas as não conformidades identificadas nos diagnósticos; 3. Capacitação – Treinamento dos colaboradores em Boas Práticas no Manuseio correto dos Alimentos; 4. Manual de Boas Práticas (BP) – Elaboração do Manual de Boas Práticas na Manipulação dos Alimentos; 5. Manual de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) e Procedimentos Padronizados de Higiene Operacional (PPHO) – Elaboração do Manual dos Procedimentos; 6. Verificação Final (auditoria interna) – Levantamento geral da evolução da empresa com relação às Boas Práticas na Manipulação dos Alimentos. Segundo Oliveira (2021), podemos citar: • Portaria MS n° 1.428/93: Precursora na regulamentação desse tema, dispõe, entre outras matérias, sobre as diretrizes gerais para estabelecer Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços na área de alimentos. • Portaria SVS/MS n° 326/97: Baseada no “Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos”, do Codex Alimentarius, estabelece requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitária e de BPF’s para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. • Portaria SVS/MS n° 368/97: Apresenta o Regulamento Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e BPF’s para Estabelecimentos Produtores de Alimentos. 17 • Resolução – RDC n° 275/05: Desenvolvida com o propósito de atualizar a legislação geral. Introduz o controle contínuo das BPF’s e dos POP’s, além de promover a harmonização das ações de inspeção sanitária por meio de instrumento genérico de verificação das Boas Práticas (BP). Para a escrita do manual de BPF’s da indústria é importante a utilização da RDC 275 e das portarias 326 e 368, as quais direcionam eficazmente está realização. O documento deve ser elaborado descrevendo as atividades realizadas na indústria conforme os requisitos exigidos pela legislação, contendo os POP’s e respectivos Programas de Autocontrole (PAC), para a produção de alimentos seguros e de boa qualidade. Sendo este, uma reprodução fiel da realidade da empresa e estando sempre atualizado (OLIVEIRA et al., 2021). 2.4 Doenças transmitidas por alimentos (DTA’s) As doenças transmitidas por alimentos (DTA’s) registram um aumento significativo em escala global. Este crescimento pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo o aumento da população, a expansão de grupos vulneráveis, o processo desordenado de urbanização e a produção em larga escala de alimentos. As DTA’s são enfermidades causadas pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Estima-se que existam mais de 250 tipos de DTA’s, com a maioria delas resultando de infecções por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas (OLIVEIRA et al., 2021). A Vigilância Sanitária identifica diversos fatores que contribuem para a contaminação dos alimentos por agentes patogênicos, incluindo vítimas infectadas, práticas inadequadas de manipulação, higiene precária, uso de recipientes tóxicos e aditivos acidentais ou intencionais. Há ainda influências na proliferação desses agentes durante a manipulação e armazenamento dos alimentos. A sobrevivência dos patógenos também é afetada por fatores como aquecimento insuficiente e reaquecimento inadequado. Com o crescente consumo de alimentos fora do domicílio, a preocupação da população com a qualidade dos alimentos se tornou uma condição permanente, embora muitos consumidores careçam de informações para avaliar e demandar melhorias nesse aspecto (BRASIL, 2021). 18 As definições de qualidade sofreram mudanças significativas com o passar do tempo; sendo um simples conjunto de ações operacionais, centradas e localizadas em pequenas melhorias do processo produtivo, a um elemento fundamental do gerenciamento das organizações. E atualmente sendo fator crítico para a “sobrevivência” de empresas, produtos, processos e principalmente pessoas. Garantir a qualidade e segurança dos alimentos torna-se responsabilidade básica dos locais que fornecem alimentação, sendo este um alvo de constante preocupação dos órgãos fiscalizadores de saúde pública (OLIVEIRA et al., 2021). Ainda segundo o autor, as empresas estão buscando implantar a gestão da qualidade visando uma melhoria contínua, exigência do mercado consumidor. Este sistema de gestão, controle de qualidade e treinamentos dos colaboradores são, atualmente, um diferencial na indústria alimentícia. A qualidade e a segurança são as principais características dos produtos industrializados, pois esta postura é exigida pelos consumidores. E neste contexto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2021), regulamentou leis para controle sanitário de produção e comercialização de produtos na indústria alimentícia, dentre as quais estão: • RDC n° 275, de 21 de outubro de 2002: que dispõe sobre as BPF e os POP’s (Procedimentos OperacionaisPadrões); • Portaria SVS/MS n° 326, de 30 de julho de 1997: que determina as Boas Práticas de Higiene Sanitária e BPF, segundo o Codex Alimentarius; Portaria MS n° 1428, de 26 de novembro de 1993: estabelece as diretrizes gerais de Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços na área de alimentos. • As indústrias alimentícias contam ainda com a certificação ISO 22000, criada em setembro de 2005, reconhecida internacionalmente, fundamentada nos princípios de segurança dos alimentos em toda cadeia da indústria alimentícia. Ainda segundo o autor, pensando na garantia da segurança dos alimentos e na prevenção de DTA’s, devemos considerar que os manipuladores apresentam papel importante em serviços de alimentação e, faze-los entender que tal importância é vital para a fluidez da produção com segurança. 19 O alto risco de doenças transmitidas por alimentos (DTA’s) na maioria dos consumidores possuem alto risco de doenças transmitidas por alimentos associadas a produtos alimentícios, porém há uma baixa probabilidade de infectar patógenos transmitidos por alimentos, entretanto, as agências regulatórias e de saúde pública podem desenvolver material de educação em segurança alimentar que contenha mais informações pessoais relevantes e enfatize a probabilidade relativamente alta de ocorrência de patógenos de origem alimentar (OLIVEIRA et al., 2021). 3 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) O Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ), é composto por todos os elementos essenciais da empresa que são integrados de forma que atendam às suas políticas da qualidade e seus objetivos. Ele permite o monitoramento, verificação e melhoria contínua do processo, produto e serviços. A organização estabelece a definição dos limites de aplicabilidade do SGQ (escopo), ou seja, os processos envolvidos, bem como a interação entre eles. Para isso, alguns pontos são destacados pela norma ISO 9001 para esclarecer como o SGQ deve atuar em uma empresa de forma que determine as devidas padronizações e demonstre possíveis ineficiências do processo, segundo Lima et al., (2021): • Desenvolvimento da política e objetivos da qualidade e sua exposição; • Informação documentada (manter e reter); • Determinar e aplicar critérios e métodos; • Criação de indicadores e seu acompanhamento; • Foco no cliente: especificações desejadas; • Engajamento das pessoas; • Monitoramento de não conformidades • Auditorias internas e externas; A partir do momento que existe essa implementação, a responsabilidade da organização estará fundamentada quanto ao seu monitoramento, realizando, por meio de estratégias, a identificação se o controle está sendo eficaz. Desse modo, pode-se aplicar a melhoria contínua. Desta forma, aplicando esse modelo na gestão da 20 organização, se obtém um discernimento de como deve atuar para alcançar o Sistema de Gestão da Qualidade. A gestão na qualidade de alimentos é subsidiada por várias legislações para oferecer alimentos seguros, além de favorecer a manutenção das empresas no mercado consumidor. As doenças transmitidas por alimentos (DTA) encontram-se entre os riscos mais importantes em relação à saúde pública. Segundo dados epidemiológicos da Secretária de Vigilância em Saúde, de 2009 até 2018 os surtos por DTA já chegaram a 6.809 notificações, com 120.584 doentes, gerando 16.632 hospitalizações e infelizmente 99 óbitos no Brasil. Não há dúvidas da importância das bactérias como agentes causadores de doenças de origem alimentar. Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), ou serviços de alimentação (Restaurantes entre outros) são uma das maiores fontes de surtos de doenças veiculadas por alimentos (OLIVEIRA et al., 2021). A qualidade microbiológica dos alimentos está intrinsecamente ligada à presença e à proliferação de microrganismos, bem como à sua quantidade e tipo. Da mesma forma, a qualidade das matérias-primas está diretamente relacionada à higiene dos ambientes, dos manipuladores e das superfícies envolvidas no processo de produção. No Brasil, a existência de legislações federais, estaduais e municipais fornecem orientações e normas essenciais para profissionais que atuam no setor de alimentação. Essas legislações visam regulamentar os procedimentos e garantir a segurança alimentar, assegurando a inocuidade dos alimentos servidos. Os manuais de boas práticas são ferramentas fundamentais que refletem a organização das empresas do ramo alimentício. No entanto, esses manuais não são estáticos; eles exigem atualizações constantes para acompanhar as mudanças nas operações da empresa. Portanto, uma eficiente divulgação e controle das normas presentes nos manuais são necessárias para garantir sua eficácia. Essa abordagem é essencial para manter a conformidade com as regulamentações vigentes e para promover a segurança dos alimentos servidos ao consumidor (OLIVEIRA et al., 2021). 3.1 Certificação ISO 22000:18 (Requisitos Básicos) ISO (a Organização Internacional para Padronização, do inglês International Organisation for Standardization), é uma federação mundial de órgãos nacionais (órgãos membros da ISO). ISO 22000 é baseada na estrutura de um sistema de 21 gestão estruturado e incorporado nas atividades gerais de gestão da organização para estabelecer, implementar, monitorar e atualizar o mais eficaz sistema de segurança alimentar (OLIVEIRA et al., 2021). Todos os perigos relacionados à segurança alimentar, sejam eles biológicos, físicos, químicos ou alérgenos, devem ser antecipados e identificados com base no tipo de produto, processo e instalações de processamento envolvidas. Essa identificação e registro dos perigos exigem a coleta de informações preliminares e dados específicos relacionados às características das matérias-primas, ingredientes, materiais em contato com o produto e produtos finais, além do uso pretendido, diagramas de fluxo, etapas do processo e medidas de controle. Diversas fontes de informações são utilizadas nesse processo, incluindo a experiência anterior (histórico de produto e produtor/processador), dados externos como informações epidemiológicas, sistemas de vigilância epidemiológica das autoridades de saúde e programas de monitoramento de contaminantes, além de dados da cadeia alimentar que impactem na segurança dos produtos finais, intermediários e consumidos (considerações ambientais). Ao identificar os perigos, é relevante considerar não apenas as etapas diretamente envolvidas na operação especificada, mas também as etapas anteriores e posteriores, o equipamento utilizado, os serviços e ambientes relacionados, bem como os elos anteriores e posteriores na cadeia alimentar. Essa visão abrangente e holística é essencial para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos ao longo de toda a cadeia de produção e distribuição. A embalagem metálica em si é caracterizada por ter variados processos até que haja a conformação da lata, sendo o seu produto final. Pensando nisso, é observado a necessidade de ter o devido gerenciamento do processo, desenvolvendo iniciativas que façam o alinhamento da produção e do controle da qualidade, formando-se o âmbito de sistemas de gestão. No estudo em questão, aponta-se o SGQ e o SGSA, ambos se baseando em suas respectivas normas. Eles possuem suas características particulares. Porém, de forma geral, é visto o mesmo objetivo que é a condição da qualidade do produto e satisfação do cliente. Logo pode-se entender a possibilidade da integração desses sistemas, ou seja, abordá-los de forma que exista a efetivação necessária promovendo a complementação entre eles (LIMA et al., 2021). 22 A análise de perigo, conforme detalhado na ISO 22000, exige que a organização avalie todas as medidas de controle de segurança de alimentos de forma científica. Assim que a análise de risco for concluída, isso pode resultarna adição de alguns novos Programas de Pré-Requisitos (PRP’s) ao sistema. Além disso, pode resultar na atualização de alguns PRP’s para a categoria de PRP operacional. Portanto, é responsabilidade da organização documentar essas mudanças, aprová- las e se preparar para implementá-las de maneira adequada para garantir a segurança alimentar. Baseando- se na norma ISO 22000:18 é necessário que a empresa conheça os requisitos essenciais para conseguir tal certificação, eles são apresentados pela norma de forma que todas as áreas da cadeia produtiva de alimentos providenciem as aplicações em seu âmbito organizacional independente de seu tamanho ou complexidade (OLIVEIRA et al., 2021). A compreensão dos requisitos fundamentais da norma ISO 22000:18 é essencial para qualquer empresa que deseje obter essa certificação. Ao seguir as diretrizes estabelecidas pela norma, as organizações podem garantir a segurança e a qualidade dos alimentos em todas as etapas da cadeia produtiva. Ao implementar esses requisitos de forma abrangente e consistente, independentemente do tamanho ou da complexidade da organização, é possível fortalecer a confiança dos consumidores, melhorar a reputação da marca e aumentar a competitividade no mercado de alimentos. Assim, o cumprimento dos padrões da ISO 22000:18 não só atende às exigências regulatórias, mas também demonstra um compromisso contínuo com a excelência e a responsabilidade na produção de alimentos. 3.2 Sistema de gestão da qualidade e a ISO 22000:18 O conceito de Sistema de Gestão da Qualidade é definido por monitorar, verificar e melhorar financeira e operacionalmente a organização para proporcionar melhores produtos ou serviços com menores custos, por meio de um conjunto de procedimentos de gestão. Por esta razão, gerenciar de maneira correta o custo dos produtos é uma forma de apresentar as necessidades e expectativas dos clientes por um ponto de vista geral do produto (LIMA, et al., 2021). Para o autor, os sistemas de gestão da qualidade (Seus) são um meio para a introdução e sistematização da filosofia e dos procedimentos da qualidade nas 23 organizações. Seu enfoque é no desenvolvimento, implementação, padronização, manutenção e melhoria da qualidade de processos, produtos e serviços. Através dessas análises é possível identificar os pontos fortes e fracos da organização em que você está atuando, podendo assim, colaborar com a qualidade dos processos todos. A competitividade entre as diversas empresas de um mesmo ramo e mercado possui, como principal fundamento, a qualidade, onde pode ser significada como agilidade, inovação, melhoria contínua, serviços prestados e política de marketing para se conseguir manter no nível dos concorrentes com as mesmas condições, disputando clientes e sua posição no mercado. Com isso, as empresas que possuem um planejamento bem estruturado, devem estar focadas nos avanços que ocorrem ao longo do tempo, ou seja, sempre um passo à frente das outras organizações, a fim de que se destaquem em todos os quesitos relacionados a qualidade, gestão, melhoria e inovação. Conforme descrito na ABNT NBR ISO 22000:2019, o objetivo desta norma é especificar os requisitos para o sistema de gestão da segurança de alimentos, onde uma organização na cadeia produtiva de alimentos precisa demonstrar sua habilidade em controlar os perigos, a fim de garantir que o alimento está seguro no momento do consumo humano (LIMA et al., 2021). Após publicada esta norma, muitas indústrias de alimentos e bebidas, passaram a determinar como requisito de contratação de fornecedores de embalagens, a comprovação desta certificação, apoiados pela lógica de que uma embalagem segura e aceitável para acondicionar um produto alimentício deve apresentar todas as especificações técnicas acordadas entre o cliente e fornecedor, além de estar livre de potenciais perigos à saúde, sendo ele químico, físico ou biológico. O fabricante de embalagens carrega consigo uma grande responsabilidade. A exigência de um sistema de gestão de segurança de alimentos (SGSA), tem sido amplamente reconhecida como uma das maneiras mais eficazes de garantir e comprovar a inocuidade dos produtos. Isso implica que um fornecedor certificado em uma norma internacional de segurança de alimentos inspira maior confiança e, portanto, reduz a burocracia comercial durante o processo de seleção, aprovação e qualificação. Uma abordagem fundamental para alcançar um alto padrão de qualidade e confiabilidade dos alimentos é a adoção de programas de segurança de alimentos, 24 tais como as Boas Práticas de Fabricação (BPFs) e o plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Esses programas são essenciais para mitigar riscos, garantir a segurança dos alimentos e atender às expectativas dos consumidores em relação à qualidade e confiança dos produtos oferecidos. 3.3 Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) Os estudos mostram a maior eficiência quando há conciliação de várias ferramentas de gestão do controle de qualidade. Apesar de extensivos ensinamentos sobre higiene dos alimentos, para a prevenção de doenças de origem alimentar, a incidência de surtos e casos esporádicos continuam a acontecer no Brasil. Consoante a Oliveira et al. (2021), a utilização de determinados métodos sozinhos no controle da qualidade dos alimentos nos serviços de alimentação, como as Boas Práticas Fabricação (BPF), muitas vezes consegue atingir os padrões mínimos de qualidade sanitária, porém não são suficientes para a perfeita segurança dos alimentos. Sob o mesmo ponto de vista, outros autores concluem que as BPF sozinhas não conseguem combater as DTA. Outros concordam que as legislações como a RDC nº. 216 e algumas portarias, além da criação de manual de BPF, facilitam o alcance de melhores resultados na qualidade e nos processos de gestão. O APPCC constitui um importante método preventivo empregado na linha de produção em serviço de alimentação. Verificamos que quando implantado em locais onde não há eficiência dos pré-requisitos ou ausência desses, os resultados não são satisfatórios. Isso mostra a importância da correta aplicação e verificação cíclica dos programas considerados mais básicos e assim obter as vantagens da aplicação da ferramenta. Ainda segundo o autor, o sistema APPCC tem um resultado muito positivo, principalmente quando comparado com outras ferramentas de controle de qualidade. Com tudo, fica evidente nos estudos, que a implantação do APPCC, além dos benefícios relativos às qualidades, está claramente relacionada a uma significativa redução dos custos de produção. Isso deve-se pela necessidade de ter juntamente com ele as boas práticas de fabricação e procedimentos operacionais padronizados (POP), pré-requisitos para o sistema, além de ser feito especificamente para cada produto e/ou procedimento. Outro ponto relevante para alcançar melhores resultados, diz respeito à união de estas ferramentas às equipes, mostrando o porquê e como 25 cada um destes programas são importantes durante o processo para se garantir um produto seguro. A percepção desse equilíbrio varia em função da heterogeneidade dos agentes produtivos envolvidos na implementação e desenvolvimento do sistema APPCC. Entre as principais motivações relatadas pelos representantes das organizações enfocadas, predominam a busca de desenvolvimento das funções de política e estratégia de qualidade, de maneira a alinhar os objetivos do sistema APPCC, com os objetivos e estratégias da empresa, e das funções de garantia de qualidade, de maneira a assegurar para clientes e consumidores, que as demandas de qualidade sejam atendidas. Para a exportação o APPCC se torna obrigatório, por ser um programa que é mandatário na questão de segurança alimentar, sendo esse o principal motivo de implantação.Um dos indicadores de desempenho do sistema APPCC mais citado é relacionado à diminuição do percentual de reclamações de clientes e consumidores vinculadas à qualidade do produto final (OLIVEIRA et al., 2021). Para muitos dos pesquisadores, manter o programa funcionando é mais complicado do que implementar, normalmente porque as cozinhas industriais ou serviços de alimentação trabalham com número de colaboradores no limite, e uma vez instituído o APPCC, demandará novas contratações. A cadeia produtiva de uma unidade de alimentação ou serviço de alimentação é complexa, sendo necessário um gestor compreender que, muito além de se produzir e servir, é preciso garantir inocuidade em toda a cadeia produtiva (linha quente e fria da produção). Para isto, os registros de controles de recebimento, estocagem, manipulação, higienização, sanitização, pré-preparo, cocção, temperaturas, amostras, 72 horas, e a distribuição, são indispensáveis para garantir uma excelente gestão da qualidade do alimento produzido. Bem como os registros da saúde dos manipuladores, conforme as legislações vigentes (OLIVEIRA et al., 2021). O controle da qualidade dos alimentos deve ser praticado de forma contínua, e não apenas no produto final, com vistas a oferecer maior garantia aos usuários do serviço, viabilizando aumento da confiabilidade por parte dos consumidores e minimização dos riscos à saúde. Sendo de responsabilidade do prestador de serviço selecionar fornecedores, realizando visitas técnicas em seus estabelecimentos, garantindo que o alimento chegue em condições higiênicas seguras para ser manipulado e/ou produzido no serviço de alimentação. 26 Realizando também um processo seletivo capaz de selecionar os funcionários com base em critérios éticos e legais, bem como os qualificar nas legislações vigentes a alimentos, e posteriormente, garantir que seja estabelecido diariamente o aprimoramento das atividades executadas, para ampliar a confiança e a responsabilidade na manipulação adequada dos alimentos, garantir a segurança higiênico-sanitária do alimento produzido, além de possibilitar a redução dos custos para a empresa. A falta de controle e acompanhamento dos processos de produção e manipulação de alimentos, são os principais fatores do baixo índice de conformidade nos serviços de alimentação. Realmente a implantação de Boas Práticas de Fabricação (BPF), apesar de sozinha não serem totalmente eficiente, ainda assim trazem resultados positivos nos quesitos relacionados à segurança dos alimentos, uma vez que engloba o cuidado em ensinar aos manipuladores a importância da qualidade dos alimentos e do serviço que estão prestando como manipuladores de alimentos, conscientizando-os que precisam servir um alimento seguro. Boas práticas vão além do cuidado com a fabricação, estão relacionadas diretamente com as boas práticas de higiene, de comportamento importantíssimo para manter satisfatórias as condições higiênico-sanitárias do estabelecimento. 3.4 HACCP HACCP, que significa Hazard Analysis and Critical Control Point, é conhecido em português como APPCC, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. Segundo o SENAC/DN (2001), o sistema APPCC é construído com base em uma série de etapas que são inerentes ao processo de produção de alimentos, desde a obtenção da matéria-prima até o consumo final. Essas etapas são fundamentadas na identificação dos potenciais perigos à segurança alimentar, bem como nas medidas necessárias para controlar as condições que podem gerar esses perigos (LIMA et al., 2021). O APPCC é uma abordagem proativa para garantir a segurança alimentar, concentrando-se na prevenção de problemas em vez de simplesmente detectá-los após a ocorrência. Ao analisar criticamente os pontos de controle críticos ao longo do processo de produção de alimentos, as empresas podem identificar e implementar medidas preventivas para minimizar ou eliminar riscos à saúde do consumidor. Essa 27 metodologia não apenas aumenta a segurança dos alimentos, mas também pode resultar em uma maior eficiência operacional e na redução de custos associados a problemas de segurança alimentar, como recalls de produtos e danos à reputação da marca. Portanto, a implementação eficaz do APPCC é essencial para garantir a conformidade com regulamentações e padrões de qualidade, além de proteger a saúde e o bem-estar dos consumidores. O APPCC é uma abordagem proativa para garantir a segurança alimentar, concentrando-se na prevenção de problemas em vez de simplesmente detectá-los após a ocorrência. Ao analisar criticamente os pontos de controle críticos ao longo do processo de produção de alimentos, as empresas podem identificar e implementar medidas preventivas para minimizar ou eliminar riscos à saúde do consumidor. Essa metodologia não apenas aumenta a segurança dos alimentos, mas também pode resultar em uma maior eficiência operacional e na redução de custos associados a problemas de segurança alimentar, como recalls de produtos e danos à reputação da marca. Portanto, a implementação eficaz do APPCC é essencial para garantir a conformidade com regulamentações e padrões de qualidade, além de proteger a saúde e o bem-estar dos consumidores. 3.5 Ferramenta 5S Entende-se que as BPF’s devem fazer parte do sistema de gestão da segurança de alimentos, podendo ser implantadas previamente ou em conjunto com a APPCC, dependendo da necessidade e realidade de cada organização. Para iniciar este processo, temos o Método dos 5S, que surgiu no Japão em meados do século XX e consiste em organizar o local de trabalho por meio de manutenção apenas do necessário, da limpeza, da padronização e da disciplina na realização do trabalho, com o mínimo de supervisão possível. Os 5S são derivados de palavras japonesas que exprimem princípios fundamentais da organização (MESQUITA et al., 2021), sendo: 1. SEIRI – Senso de utilização, arrumação, organização, seleção; 2. SEITON – Senso de ordenação, sistematização, classificação; 3. SEISO – Senso de limpeza, zelo; 4. SEIKETSU – Senso de asseio, higiene, saúde, integridade; 28 5. SHITSUKE – Senso de autodisciplina, educação, compromisso. O 5S proporciona a mudança de comportamento das pessoas e do ambiente da empresa. Economia, organização, limpeza, higiene e disciplina tornam-se palavras comuns e praticadas por todos quando esta metodologia é aplicada. Estes fatores são fundamentais para elevar e garantir a produtividade. 4 ROTULAGEM DOS ALIMENTOS O termo "rótulo" refere-se a qualquer forma de inscrição presente na embalagem de um alimento, abrangendo legendas, imagens, descrições, materiais ou gráficas. Estas podem ser apresentadas de diversas maneiras, tais como escritas, impressas, estampadas, gravadas, em relevo, litografadas ou coladas sobre a embalagem do produto alimentício (EMBRAPA, 2015). Para garantir a conformidade com a legislação brasileira, as inscrições presentes nos rótulos dos alimentos devem incluir todas as informações obrigatórias estabelecidas. Qualquer informação adicional, além dessas obrigatoriedades, deve estar consoante os regulamentos para informações complementares. Do ponto de vista do consumidor, a rotulagem dos alimentos fornece informações corretas, claras e precisas sobre o produto, escritas em língua portuguesa e apresentando suas características, quantidade, composição, garantia, prazos de validade, origem e outros dados relevantes, além de destacar os potenciais riscos à saúde e segurança dos consumidores. Segundo a definição, todo envoltório que acompanha um alimento é considerado uma embalagem, independentemente se é o recipiente principal, um pacote ou o invólucro destinado a assegurar a conservação e facilitar o transporte e manuseio do produto. A embalagem que está em contato direto com o alimento é classificada como embalagem primária;enquanto aquela que comporta uma ou um grupo de embalagens primárias é designada como embalagem secundária; por fim, as embalagens destinadas a conter uma ou várias embalagens secundárias são referidas como embalagens terciárias. Os regulamentos de rotulagem nutricional visam fornecer informações que auxiliem os consumidores na escolha de uma dieta mais saudável. A eficácia dessas normas e a possibilidade de alcançar esse propósito podem ser avaliadas por meio 29 de três questões fundamentais: em primeiro lugar, é importante identificar se os consumidores estão realmente lendo as informações nutricionais nos rótulos dos alimentos; em segundo lugar, se essas informações estão influenciando as escolhas alimentares que eles fazem e consomem; e em terceiro lugar, se as informações nutricionais estão efetivamente levando a mudanças nos hábitos alimentares (MARINS, 2014). Se todas essas questões forem respondidas positivamente, surge então a quarta pergunta: será que estamos observando uma mudança geral para hábitos alimentares mais saudáveis em toda a população? A maioria das pesquisas se concentra nas duas primeiras questões, e a revisão da literatura indica que os consumidores estão, de fato, lendo os rótulos nutricionais e utilizando essas informações para orientar suas escolhas alimentares. A obrigatoriedade e a padronização dos critérios estabelecidos pela rotulagem geral e nutricional, assim como aqueles referentes a alimentos com características específicas, como os irradiados, alimentos para fins especiais ou produtos derivados de biotecnologia, representam um avanço significativo tanto para a proteção do consumidor quanto para a harmonização dos mercados. Essas medidas não apenas ajudam a prevenir riscos à saúde do consumidor e fornece informações claras e precisas sobre os alimentos, mas também contribuem para a redução de barreiras comerciais, promovendo uma concorrência mais justa e transparente entre os diferentes produtos alimentícios disponíveis no mercado. A padronização desses critérios facilita a compreensão e a comparação entre os produtos, e permite que os consumidores façam escolhas informadas e conscientes, e promova uma maior integração e eficiência nos fluxos comerciais entre os países. Consoante a Marins (2014), a obrigatoriedade e a padronização dos critérios descritos pelas rotulagens geral e nutricional ou por aquele referente aos alimentos com características específicas (irradiados, alimentos para fins especiais ou produtos derivados de biotecnologia) representa um avanço tanto para a prevenção de risco do consumidor quanto para a harmonização de mercados, e a consequente minimização de barreiras comerciais. É importante destacar que o Brasil está avançando no âmbito regulatório da rotulagem nutricional, conforme as exigências do Codex Alimentarius, que estabelece a obrigatoriedade da rotulagem nutricional somente para os alimentos que façam alegações nutricionais. Esse avanço ocorre em um contexto de globalização iniciado 30 na década de 1990, quando a formação de blocos econômicos, como o Mercosul na América Latina, visava evitar barreiras comerciais e promover o livre trânsito de produtos, serviços, capitais e pessoas. Criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, o Mercosul, composto inicialmente pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, baseia suas diretrizes em resoluções aprovadas pelo Grupo Mercado Comum (GMC), as quais buscam proteger a saúde dos consumidores e facilitar o comércio entre os países. A rotulagem dos alimentos embalados é uma obrigação legal estabelecida pela legislação brasileira, tendo sido regulamentada por instituições como o Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Ministério da Agricultura e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Este processo é aplicável a todos os alimentos embalados que serão disponibilizados aos consumidores na ausência destes, seja para venda no mercado nacional ou internacional, independentemente da sua procedência. Portanto, ao exportar ou importar alimentos embalados, é essencial cumprir com as normas de rotulagem do país de destino, garantindo assim a conformidade com os requisitos legais e sanitários vigentes (EMBRAPA, 2015). A rotulagem dos produtos segue as diretrizes estabelecidas para a rotulagem obrigatória dos alimentos embalados quando destinados à comercialização na ausência do consumidor. Como norma geral, as embalagens de alimentos devem conter três elementos essenciais: a rotulagem geral, a rotulagem nutricional e as alegações nutricionais complementares, também conhecidas como "claims". Esses elementos são fundamentais para fornecer informações importantes aos consumidores sobre os produtos alimentícios, ajudando-os a fazer escolhas conscientes e informadas em relação à sua alimentação. Conforme destacado pela EMBRAPA (2015), em seu artigo 6º, os direitos básicos do consumidor incluem o acesso à informação adequada e clara sobre os diversos produtos e serviços disponíveis, com detalhes precisos sobre quantidade, características, composição, qualidade e preço, além da devida indicação dos riscos envolvidos. Adicionalmente, no artigo 20, a Embrapa estipula que o fornecedor de serviços é responsável por eventuais defeitos de qualidade que tornem os produtos impróprios para consumo ou que reduzam seu valor, assim como por qualquer disparidade com as informações fornecidas na oferta ou publicidade, permitindo ao 31 consumidor exigir, de forma alternativa e conforme sua escolha, a correção do problema. Considera-se rótulo toda e qualquer inscrição presente na embalagem de um alimento, englobando legendas, imagens, ou qualquer conteúdo descritivo ou gráfico, seja ele escrito, impresso, estampado, gravado, em relevo, litografado ou colado sobre a embalagem do produto. Encartes como folhetos e folders também são parte integrante dos rótulos. Para estar conforme a legislação brasileira, todas essas inscrições devem incluir integralmente as informações obrigatórias estabelecidas, e qualquer informação adicional deve seguir os regulamentos para informações complementares. No Brasil, a rotulagem deve conter obrigatoriamente a denominação de venda do alimento, lista de ingredientes, conteúdos líquidos, identificação da origem, identificação do lote, prazo de validade e instruções para a principal utilização e preparo pelo consumido. No painel principal do rótulo de alimentos, é necessário incluir a denominação de venda do produto, sua qualidade, pureza ou mistura, quando regulamentada, e a quantidade nominal do conteúdo, destacando-se em conjunto com qualquer desenho presente, utilizando cores que garantam sua visibilidade adequada. Além disso, consoante a EMBRAPA (2015), o tamanho das letras e números utilizados na rotulagem obrigatória, com exceção da indicação dos conteúdos líquidos, não pode ser inferior a 1 mm. É estabelecido como princípio geral que os rótulos de alimentos não devem conter informações falsas, atribuir efeitos ou propriedades que o produto não possua, destacar a presença ou ausência de componentes intrínsecos aos alimentos de mesma natureza, ressaltar a presença de componentes adicionados como ingredientes em todos os alimentos de tecnologia similar, destacar qualidades terapêuticas sob forma farmacêutica, indicar propriedades medicinais ou terapêuticas, ou aconselhar o consumo como estimulante, para melhoria da saúde, prevenção de doenças ou com ação curativa. 32 5 LEGISLAÇÃO SANITÁRIA DE ALIMENTOS Regulamentação Geral de Vigilância Sanitária • Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro de 2001 – Dispõe sobre organização, regulamentação, fiscalização das ações dos serviços de saúde no Estado do Paraná. • Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Regula, em todo