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TÉCNICA DIETÉTICA Profa. Me. Júlia Paiva ALIMENTO ⚫ “Alimento é toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano, os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento” (DECRETO-LEI Nº 986/1969) ALIMENTOS IN NATURA ⚫ Exige apenas a remoção de sua parte não comestível para consumo imediato. São aqueles alimentos obtidos diretamente de plantas ou de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. ALIMENTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS ⚫ São alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. Exemplos incluem grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado (BRASIL, 2014). ALIMENTOS PROCESSADOS ⚫ São fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar ou outra substância de uso culinário a alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar. ⚫ São produtos derivados diretamente de alimentos e são reconhecidos como versões dos alimentos originais. São usualmente consumidos como parte ou acompanhamento de preparações culinárias feitas com base em alimentos minimamente processados (BRASIL, 2014). ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS ⚫ São formulações industriais feitas inteira ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas, como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes) (BRASIL, 2014). ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS ⚫ São formulações industriais feitas inteira ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas, como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes) (BRASIL, 2014). ALIMENTOS TRANSGÊNICOS ⚫ Os alimentos contendo OGMs são aqueles que tiveram introduzido entre seus genes um novo gene ou um fragmento DNA visando ao enriquecimento dos produtos. ALIMENTOS ORGÂNICOS ⚫ São aqueles produzido com o uso do solo equilibrado (química, física e biologicamente), ou seja, um solo vivo, com boas condições para que a plantação se desenvolva e produza um alimento sadio e sem resíduos tóxicos (fertilizantes químicos e agrotóxicos). ALIMENTOS HIDROPÔNICOS ⚫ São aqueles produzidos em ambiente protegido, como as estufas, fora do solo, e com adubos químicos facilmente diluídos em água. ALIMENTOS LIGHT ⚫ São alimentos com redução de 25% de qualquer de seus ingredientes (ex.: açúcar, sal, gordura). ALIMENTOS DIET ⚫ São alimentos com redução de 100% de qualquer de seus ingredientes (ex.: açúcar, sal, gordura). Normalmente, são formulados para dietas de restrição, de forma que sua composição atenda às necessidades dietoterápicas especiais. ALIMENTOS ENRIQUECIDOS ⚫ São aqueles alimentos em que foi adicionado um ou mais nutrientes essenciais contidos naturalmente ou não no alimento, no objetivo de reforçar o seu valor nutricional, ou ainda prevenir e corrigir deficiências nutricionais observadas na alimentação da população ou de grupos específicos (ex.: farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico). ALIMENTOS FUNCIONAIS ⚫ Aqueles alimentos ou nutrientes capazes de proporcionar algum efeito benéfico à saúde quando consumido com frequência. TÉCNICA E DIETÉTICA TÉCNICA DIETÉTICA é uma disciplina que, alicerçada nas Ciências Exatas, estuda as preparações a que são submetidos os alimentos e as modificações que eles sofrem durante os processos culinários, sendo que esses procedimentos deverão ser uniformes e padronizados para cada tipo de alimento utilizado. Dietética: ESTUDA E APLICA OS PRÍNCIPIOS E PROCESSOS BÁSICOS DA CIÊNCIA DA NUTRIÇÃO NO ORGANISMO HUMANO PERMITINDO: - O Planejamento, - A Execução e a - Avaliação de Dietas adequadas às características biológicas, socioeconômicas, culturais e psicológica dos indivíduos. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA NUTRIENTES ⚫ CARBOIDRATOS / FIBRAS ⚫ PROTEÍNAS ⚫ LIPÍDIOS NUTRIENTES ⚫ VITAMINAS ⚫ MINERAIS ⚫ ÁGUA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA ⚫ Técnica dietética: Seleção Preparo Apresentação INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: ⚫ DIETÉTICO (adequar o preparo para as necessidades fisiopatológicas do indivíduo), INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: ⚫ DIGESTIVO (modificar os alimentos, por meio de processos culinários para facilitar a digestão) INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: ⚫ NUTRITIVO : selecionar os melhores métodos de preparo de alimentos para conservação máxima do valor nutritivo. Os alimentos apresentam características nutricionais próprias que devem ser levadas em consideração em diferentes etapas do seu preparo, desde o armazenamento até a distribuição. Sempre haverá expectativa de alteração do valor nutricional dos alimentos submetidos ao preparo, entretanto, o grau de alteração pode ser reduzido a um mínimo possível, quando são APLICADAS AS TÉCNICAS APROPRIADAS DE PREPARO DOS ALIMENTOS. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: ⚫ HIGIÊNICO : prolongar a vida útil e prevenir contaminação dos alimentos. O controle higiênico sanitário é fundamental na produção de refeições, pois de nada adiantaria a distribuição de alimentos com alto valor nutricional se estivessem contaminados, o que iria de encontro ao compromisso maior dos nutricionistas: a promoção da saúde humana. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: ⚫ SENSORIAL melhorar a apresentação dos alimentos para despertar os sentidos. Alimentos com bom aspecto sensorial agem como estimuladores de apetite e garantem a boa aceitação e a satisfação dos consumidores. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: ⚫ OPERACIONAL Planejar as preparações de acordo com os recursos disponíveis (utensílios, equipamentos, mão de obra), e organizar as etapas de preparo, separando devidamente os ingredientes necessários por meio do mise en place — termo de origem francesa que significa “colocado em ordem ou posto no lugar”. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: ⚫ ECONÔMICO: Ao planejar um cardápio e escolher as preparações, sempre devemos considerar aspectos como safra, custo, disponibilidade local, desperdício e outros fatores que, de certa forma, podem interferir no valor final da preparação. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: ⚫ SUSTENTÁVEL: Para o planejamento de cardápios, precisamos também atribuir aspectos relacionados à diminuição do consumo de energia, água e utilização de recursos que causem menos impacto ambiental. Preparações vegetarianas ou veganas, ou que utilizem aproveitamento integral dos alimentos, por exemplo, atendem à expectativa de um cardápio mais sustentável. (racionalização de recursos) Matéria-prima: substância em estado bruto que, para se fazer uso, precisa sofrer um tratamento e/ou transformação de natureza física, química ou biológica. Produtos alimentícios: todo alimento resultante da transformação da matéria- prima alimentar ou produto in natura, adicionado ou não de substâncias permitidas, obtido por processo tecnológico adequado. Aditivos intencionais:substâncias, naturais ou artificiais, dotadas ou não de valor nutritivo adicionadas ao alimento com a finalidade de agregar qualidade. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Nutrientes: são todas as substâncias químicas indispensáveis para a saúde e a atividade do organismo. Ex.: carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais. Culinária: é a arte de modificar os alimentos, tornando-os mais atrativos sensorialmente e de mais fácil digestão (ORNELLAS, 2007). Gastronomia: é a arte de combinar os alimentos e extrair deles o sabor soberano, buscando acentuar os sentidos do consumidor (ORNELLAS, 2007). Preparações: alimentos que passaram por processamento culinário e que, normalmente, incluem mais de um ingrediente no preparo. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Quando preparamos um alimento, devemos observar suas características para escolher a melhor técnica de preparo, tanto para minimizar perdas nutricionais quanto para melhorar aspectos sensoriais. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: Aspecto, cor, aroma, sabor, consistência e textura. Estado Físico Emulsão Suspensão/Solução EspumasEstado Sólido Aerossol CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Estado Físico Emulsão Suspensão/Solução Caracteriza-se por uma fase micelar sólida e uma fase dispersante gasosa (humos) ou por uma fase micelar líquida e outra dispersante gasosa (neblina/névoa). Caracteriza-se por uma fase micelar líquida e uma fase dispersante líquida. Ex.: leite, creme de leite, maionese, entre outros. Caracteriza-se por uma fase micelar sólida e uma fase dispersante líquida (geleias, gorduras, pastas, purês). CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Espumas Estado Sólido Aerossol Caracteriza-se por uma fase micelar líquida e uma fase dispersante sólida (manteiga, margarina, chocolate) ou por fases micelar e dispersante sólidas (caramelos de açúcar parcialmente cristalizados). Caracteriza-se por uma fase micelar gasosa e uma fase dispersante líquida (espuma de cerveja, clara de ovo em neve, cremes batidos). Há também as espumas sólidas, que se caracterizam por uma fase micelar gasosa e uma fase dispersante sólida (pão, bolo, sorvete, picolé). Caracteriza-se por uma fase micelar sólida e uma fase dispersante gasosa (humos) ou por uma fase micelar líquida e outra dispersante gasosa (neblina/névoa). Creme chantilly CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS: Modificação por ação de fermentos, enzimas ou bactérias. Composição química Nutrientes sofrem alterações pelas operações e pelos tratamentos empregados na cozinha. CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICA Solubilidade Refere-se à capacidade de um alimento em se dissolver em outro alimento. Ex.: farinha de trigo em leite; leite em pó, açúcar ou café solúvel em água. CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICA Termolabilidade/Termoestabilidade É a temperatura em graus que o alimento apresenta e tem influência sobre o sabor. Depois da ingestão, os alimentos tendem a equilibrar a sua temperatura com a do organismo, ao passar pela boca e pelo esôfago. A rapidez com que isso ocorre varia com a consistência do alimento e a forma como são ingeridos. Classificação: frio, morno, gelado, ambiente e quente. CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICA Propriedades específicas de hidratação Capacidade do alimento em adsorver líquido. CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICA Gelatinização Capacidade do alimento em formar gel ou gelatina. Ex.: gelatinização do amido. CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICA Coagulação Capacidade do alimento de se converter em sólido. Ex.: coagulação do leite, do ovo ou das carnes. CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICA Hidrólise por ação de cocção, enzimas, bactérias ou ácidos Capacidade do alimento de hidrolisar. Ex.: a proteína do leite é hidrolisada pela ação de bactérias na produção de iogurte. FATORES QUE MODIFICAM OS ALIMENTOS As fases de PREPARO DOS ALIMENTOS são caracterizadas: o Pela associação de fatores que modificam os alimentos ; o Perdas de nutrientes que ocorrem em maior ou menor grau. ✓ Dependendo da técnica empregada, os fatores que modificam os alimentos podem ser: FATORES QUE MODIFICAM OS ALIMENTOS Físicos: Subdivisão, dissolução, união e temperatura. Químicos: Cocção, ação das enzimas e ação dos ácidos e álcalis, reações e combinações químicas. Biológicos: Fermentos ou enzimas, bactérias e fungos. ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares São chamadas de operações preliminares (ou PRÉ-PREPARO) aquelas a que são submetidos os alimentos antes de sua cocção final ou não. Compreendem as OPERAÇÕES DE LIMPEZA (lavar, limpar, desinfetar), DIVISÃO (separar, picar, cortar) ou MISTURA (PHILIPPI, 2014). Exemplos de operações de PRÉ-PREPARO: limpar, separar, lavar, descascar, picar, misturar (fatores físicos). Etapas do preparo de alimentos para consumo Operações preliminares Operações de limpeza Lavar, limpar, desinfetar. Divisão Separar, picar, cortar. Mistura Fatores físicos. ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares ⚫ SUBDIVISÃO SIMPLES: em que cada fragmento contém os componentes do todo. ➢ Cortar: Dividir o alimento em pedaços menores, utilizando facas ou lâminas. ➢ Picar: Dividir o alimento em pedaços menores, utilizando meios manuais ou máquinas. cortar é sugerir um determinado formato ao alimento. Por exemplo: cortar a cenoura em rodelas e a batata em cubos. Picar, no entanto, é um corte aleatório, sem formato. ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares ⚫ SUBDIVISÃO SIMPLES: em que cada fragmento contém os componentes do todo. ➢ Triturar: Dividir o alimento em pequenos pedaços, tornando-o homogêneo, usando meios manuais ou máquinas. ➢ Homogeneizar: Dividir o alimento em pedaços muito pequenos por meio de homogeneizadores. ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares ⚫ SUBDIVISÃO COM SEPARAÇÃO DE PARTES: SEPARAÇÃO DE DOIS LÍQUIDOS ➢ Decantar: Separar dois componentes líquidos, deixando-os descansar e fazendo que separem em razão das diferentes densidades que possuem. Ex.: retirada da gordura do caldo de carne. ➢ Centrifugar: Separar dois líquidos de densidades diferentes com o auxílio de uma centrífuga. Ex.: retirada de creme ou gordura do leite. ➢ Destilar: Separação de dois líquidos por aquecimento e ponto de ebulição. ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares ⚫ SEPARAÇÃO DE DOIS SÓLIDOS ➢ Pelar ou descascar: Retirar a pele ou casca usando ou não instrumento cortante. ➢ Tamisar ou peneirar: Separar partículas sólidas de diversos tamanhos através de peneiras. ➢ ➢ Moer: Retirar partes de um alimento (pode usar moinho). ⚫ SEPARAÇÃO DE UM SÓLIDO DE UM LÍQUIDO ➢ Filtrar/coar: Separar partículas sólidas de um líquido através de filtro ou coador. ➢ Sedimentar: Deixar o líquido em repouso para que as partículas sólidas nele contidas depositem-se no fundo do recipiente. Ex.: suco de maracujá ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares ⚫ SEPARAÇÃO DE UM SÓLIDO DE UM LÍQUIDO ➢ Centrifugar: Separar sólidos e líquidos por força centrífuga. Ex.: extrair suco de cenoura ou beterraba utilizando centrífuga. ➢ Espremer: Extrair líquido de um sólido, utilizando agentes de pressão (espremedor manual ou elétrico). ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOSPARA CONSUMO Operações preliminares ⚫ OPERAÇÕES POR UNIÃO DE ALIMENTOS ➢ Misturar: Unir ingredientes facilmente misturáveis empregando energia mecânica. Ex.: bolo, salada de frutas. ➢ Bater: Unir ingredientes de difícil mistura com movimentos rápidos (pode ser manual ou com batedeira). Ex.: Claras em neve. ➢ Amassar/sovar: Empregada com o objetivo de desenvolver o glúten da farinha na presença de água. Em grandes quantidades, é necessário o uso de equipamentos mecânicos. Etapas do preparo de alimentos para consumo Operações preliminares Subdivisão simples - Cortar, picar, triturar e homogeneizar Subdivisão com separação de partes - Separação de dois líquidos: Decantar, centrifugar e destilar Separação de dois sólidos - Pelar ou descascar e tamisar ou peneirar Separação de um sólido de um líquido - Espremer, sedimentar, coar/filtrar, centrifugar Operações por união de alimentos - Misturar, bater, amassar/sovar. ⚫ Depois das operações preliminares, os alimentos estão prontos para serem submetidos a PROCESSOS DE COCÇÃO. A aplicação de calor nos alimentos visa: o Transformação das características sensoriais; o Qualidade higiênica; o Inativação de substâncias tóxicas e fatores antinutricionais, preservando-se ao máximo o valor nutricional. Essa transmissão de calor ocorre das seguintes formas: Métodos de Transmissão de Calor Convecção Aquecimento do meio de cocção, podendo ser líquido ou ar, no qual ocorre transmissão do calor pelo deslocamento de moléculas aquecidas, que se tornam menos densas e sobem à superfície do líquido ou ar aquecido, substituindo-se pelas mais frias e densas, que vão para o fundo do recipiente. Ex.: cozimento de arroz, feijão, sopas, ou seja, alimentos preparados com algum líquido ou ar aquecido. Condução: Aquecimento dos metais, no qual ocorre transmissão do calor de uma molécula a outra por contato (é a forma como se aquecem os metais). Ex.: uso de panelas, chapas, assadeiras, formas, entre outros. Irradiação: Transmissão de calor pelo ar em forma de ondas, em que ocorre transmissão de calor através de ondas ou partículas (ar e mesmo através do vácuo, raios solares, micro-ondas, raios infravermelhos); ocorre transmissão de energia. O aparelho mais utilizado é o micro-ondas, no qual as ondas eletromagnéticas penetram no alimento, causando fricção entre as moléculas de água e produzindo calor. Métodos de Transmissão de Calor São chamadas de operações definitivas aquelas que envolvem a modificação do alimento, com o uso de: ➢ Energia mecânica (operações de divisão ou união) ➢ Energia térmica (uso de calor ou frio) ou a associação de ambas. Essas operações também são conhecidas como FUNDAMENTAIS ou de PREPARO. Exemplos de operações de preparo são as operações de cocção, isto é: assar, grelhar, cozinhar (fatores físicos, químicos e biológicos) OPERAÇÕES DEFINITIVAS OPERAÇÕES TÉRMICAS DE PREPARAÇÃO – COCÇÃO A COCÇÃO consiste na aplicação de calor que emana de uma fonte de produção (combustível) e se transmite ao alimento, conferindo-o características novas com a modificação do sabor, da composição química e da estrutura molecular. ⚫ CALOR ÚMIDO: Exemplos de cocção por calor úmido em presença de água: ÁGUA EM EBULIÇÃO: Os alimentos são cozidos em água abundante, a 100°C . Ex.: caldos, batatas, leguminosas secas, massas, legumes. FERVURA AO FOGO LENTO: É uma cocção de longa duração, com líquido suficiente para cobrir o alimento, cuja temperatura não deve ultrapassar 100°C. Ideal para carnes mais rijas ou alimentos que necessitam de cocção prolongada, a fim de adquirir sabor. Ex.: doces e molhos. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR ÚMIDO COCÇÃO A VAPOR PROPRIAMENTE DITO: Consiste em cozinhar por meio do vapor que envolve o alimento. o As vantagens são realçar a aparência dos alimentos, principalmente, a cor de hortaliças, e reduzir as perdas de nutrientes hidrossolúveis. o Utiliza-se um recipiente com orifício no fundo (onde são postos os alimentos), colocado sobre outro recipiente com líquido em ebulição, cozinhando os alimentos pelo vapor do líquido em ebulição. Frequentemente, utiliza-se o cuscuzeiro. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR ÚMIDO MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR ÚMIDO ✓ EM PAPILOTE OU AL CARTOCCHIO: Alimentos + Temperos → saquinhos de papel- manteiga ou alumínio COCÇÃO A VAPOR SOB PRESSÃO: Cocção em panelas especiais, vedadas com uma tampa, possibilitando a formação de pressão dentro do utensílio. Quanto maior a pressão, mais rápido o cozimento. Ex.: cocção de leguminosas secas ou carnes mais rijas. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR ÚMIDO ⚫ Calor seco: é o ato de desidratar o alimento por aquecimento. Exemplos de tipos de cocção por calor seco: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO MEIO DIRETO MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO ⚫ Aquecimento do ar livre (churrasqueira) Assar no espeto: ❖ Aplicar o calor de forma indireta, podendo este ser produzido por resistências elétricas e por lenha ou carvão. Ex.: churrasco. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO ⚫ Ar confinado (forno combinado) Assar no forno: ❖ Submeter o alimento ao ar quente em uma câmara fechada. Ex.: frango assado, bolo. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO Fritar: ❖ Mergulhar completamente o alimento em grande quantidade de gordura (não ultrapassando 180°C). Ex.: batata frita, bife à milanesa. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO Saltear: ❖ Submeter pequenas quantidades de alimento em pouca gordura, bem quente, movimentando a frigideira constantemente (os alimentos não grudam e não criam líquido em excesso). ❖ Ex.: batata sauté, isca de carne, legumes cozidos, massas. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO Frigir: ❖ Colocar os alimentos em pouca gordura, bem quente, sem movimentar o recipiente de cocção. Ex.: ovos. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO DIRETO Chapa: ❖ Ao ser grelhado, o alimento entra em contato com uma chapa aquecida, a qual o transmite calor. Ex.: bife grelhado. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO DIRETO Micro-ondas: ❖ As ondas eletromagnéticas penetram no alimento, causando fricção entre as moléculas de água e produzindo calor. ⚫ Calor misto: A cocção é realizada em duas etapas: ✓ Inicia-se com calor seco em gordura (capa protetora), selando o alimento e impedindo a saída de sucos. ✓ Posteriormente , submete-se o alimento ao calor úmido (Adicionando-se pequenas quantidades de líquido até que a cocção esteja completa). MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR MISTO ⚫ Refogar: fritar (pouco gordura) e terminar no vapor . Ex.: cebola, chuchu... ⚫ Brasear: O alimento é dourado em pequena quantidade de gordura, acrescenta o líquido. Ex.: carne de panela. ⚫ Ensopar: refogar em gordura quente e acrescentar líquido suficiente para cozinhar. Ex.: Frango com batata. MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR MISTO Os diferentes métodos de cocção Alterações nutricionais e sensoriais no alimento Cocção a vapor e a vapor sob pressão tempo de cocção perda dissolução de nutrientes Cocção a fogo lento Cocção em água em ebulição tempo de cocção perda dissolução de nutrientes perda dissolução de vitaminas hidrossolúveis e minerais. Os diferentes métodos de cocção Alterações nutricionais e sensoriais no alimento Alimentos ricos em amido Em cocção por calor úmido aumentam de tamanho. Alimentos ricos em proteína animal Tendem a reduzir seu tamanho. As perdas vitamínicas são maiores do que os demais nutrientes. ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS E SENSORIAIS NO ALIMENTO Em razão dos fatores (sensíveis ao calor, umidade, oxigênio, luz e pH do meio), o valor nutritivo dos alimentos na forma em que são consumidos depende em grande parte dos métodos de: ❑ plantio e colheita, ❑ da industrialização, ❑ do armazenamento e dos processos de preparo. ALTERAÇÕESNUTRICIONAIS E SENSORIAIS NO ALIMENTO Na cocção por calor seco, ocorre a concentração das substâncias extrativas por evaporação da água do alimento, favorecendo o seu sabor. Há REDUÇÃO DE VOLUME E DE MASSA devido à perda de água e à fusão das gorduras. As cocções ao forno são chamadas de cocções mistas ao ser adicionada pequena quantidade de água ao assado. ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS E SENSORIAIS NO ALIMENTO AS ALTERAÇÕES DAS PROPRIEDADES SENSORIAIS após a cocção desempenham fundamental importância para o preparo dos alimentos: Agem como estimuladores psicofísicos, promovendo maior ou menor aceitação por parte do consumidor e podem ser úteis para a avaliação da qualidade dos alimentos. Slide 1: TÉCNICA DIETÉTICA Slide 2: ALIMENTO Slide 3: ALIMENTOS IN NATURA Slide 4: ALIMENTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS Slide 5: ALIMENTOS PROCESSADOS Slide 6: ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS Slide 7: ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS Slide 8: ALIMENTOS TRANSGÊNICOS Slide 9: ALIMENTOS ORGÂNICOS Slide 10: ALIMENTOS HIDROPÔNICOS Slide 11: ALIMENTOS LIGHT Slide 12: ALIMENTOS DIET Slide 13: ALIMENTOS ENRIQUECIDOS Slide 14: ALIMENTOS FUNCIONAIS Slide 15 Slide 16 Slide 17: NUTRIENTES Slide 18: NUTRIENTES Slide 19 Slide 20: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Slide 21: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Slide 22: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: Slide 23: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: Slide 24: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: Slide 25: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: Slide 26: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: Slide 27: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: Slide 28: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DISCIPLINA Objetivos da Técnica dietética: Slide 29 Slide 30 Slide 31: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 32: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 33: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 34: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 35: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 36: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 37: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 38: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 39: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 40: CRITÉRIOS RELACIONADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ALIMENTOS Slide 41: FATORES QUE MODIFICAM OS ALIMENTOS Slide 42: FATORES QUE MODIFICAM OS ALIMENTOS Slide 43: ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares Slide 44 Slide 45: ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares Slide 46: ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares Slide 47: ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares Slide 48: ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares Slide 49: ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares Slide 50: ETAPAS DO PREPARO DE ALIMENTOS PARA CONSUMO Operações preliminares Slide 51 Slide 52 Slide 53: Métodos de Transmissão de Calor Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57: Métodos de Transmissão de Calor Slide 58 Slide 59: OPERAÇÕES TÉRMICAS DE PREPARAÇÃO – COCÇÃO Slide 60: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR ÚMIDO Slide 61: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR ÚMIDO Slide 62: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR ÚMIDO Slide 63: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR ÚMIDO Slide 64: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO Slide 65: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO Slide 66: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO Slide 67: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO Slide 68: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO Slide 69: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO INDIRETO Slide 70: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO DIRETO Slide 71: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR SECO MEIO DIRETO Slide 72: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR MISTO Slide 73: MÉTODOS DE COCÇÃO POR CALOR MISTO Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81