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Pragmatismo: Verdade e Utilidade

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PRAGMATISMO 
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PRAGMATISMO ( grego) = ação.
PRAGMATISCH (KANT) = regras da arte e da técnica que são baseadas na experiência e aplicáveis na experiência. 
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O pragmatismo, nasceu nos EUA nas últimas décadas do séc. XIX. Tem como principais representantes nos EUA: Charles Pierce, Willian James, George Herbert e John Dewey.
O pensamento fundamental do pragmatismo é o seguinte: A verdade de uma afirmativa tem uma ligação direta com sua conseqüência prática e resultados úteis. Estendem o utilitarismo de Bentham e de Mill do campo moral ao campo gnosiológico.
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J. Bentham
Nasceu em 1748. Bacharelou-se aos 15 anos.
Funda a escola utilitarista, primeira escola de filosofia inglesa.
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O CÁLCULO DOS PRAZERES
Em OPOSIÇÃO ao DIREITO NATURAL, entende que a felicidade geral é alcançada pelo cálculo hedonístico. Desenvolve portanto uma teoria da utilidade da ação, comprovável na experiência. 
Afirma para tal o direito de livre discussão e crítica das ações e instituições, como condição da confecção de uma legislação que promova a maior felicidade para o maior número de pessoas.
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Sentimentos e motivos do agir.
Que sentimentos devem ser preferidos? O prazer, segundo sua intensidade, duração, proximidade, certeza, fecundidade e pureza.
Quais os motivos do agir? Bons são os que levam a harmonia. Maus os que levam ao desequilíbrio.
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John Stuart Mill
Nasceu em 1806 na cidade de Londres.
Tem como objetivo criar um método para resolver questões morais e sociais.
A experiência se compõe de representações atomizadas e estanques, que se reúnem por processos de associação.
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Quatro leis de associação psicológica:
1. Dois fenômenos semelhantes tendem a ser pensados juntos.
2. Fenômenos experimentados ou concebidos em contigüidade íntima tendem a ser pensados conjuntamente
3. Associações produzidas por contigüidade, tornam-se mais certas pelo efeito da repetição.
4. Dois fenômenos encontrados sempre juntos produzem uma associação muitíssimo forte, formam idéias concebidas como inseparáveis. 
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Crença experiência e indução.
A existência do mundo exterior é uma crença de origem psicológica. Rejeita as ciências e saber que não esteja fundado na experiência.
TEORIA DA INDUÇÃO: É o único método adequado. O silogismo é originado da experiência e a dedução não possibilita o progresso do pensamento. A Indução possibilita inferências reais, além dos limites da simples observações, formando-se proposições gerais.
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A LÓGICA DAS LEIS MORAIS: São deduzidas das leis de associação psicológica. A ordem do progresso humano depende da ordem da evolução das convicções intelectuais. A coesão social supõe concordância entre os homens, acerca de crenças morais.
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Charles Pierce
Para Pierce, o conhecimento não é intuição, não é aceitação acrítica das percepções do senso comum, não é síntese apriori, mas pesquisa.
A dúvida nos estimula à ação até que ela seja destruída há um caminho que nos leva da dúvida para a crença; 
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Quatro etapas:
1) Método da tenacidade: quando se está seguro de uma crença somente na aparência, mas interiormente é inseguro e essa insegurança emerge quando a pessoa nota que outras são reputadas igualmente boas para outros.
2) Método da autoridade: é o querer que o outro pense igual (as crenças organizadas, as ideologias).
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3) Método a priori: de acordo com a razão, mas as razões se diferenciam, esse método faz da pesquisa o “desenvolver a gosto”.
4) Método científico: Os três primeiros não se sustentam. As crenças são válidas se sustentadas pelo método correto, “o Científico”. Nas ciências temos três modos diferentes de raciocínio: dedução - indução - abdução.
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Dedução indução abdução
a) Dedução é o raciocínio que não pode levar de premissas verdadeiras à conclusões falsas.
b) Indução: Faz conclusão por amostra, segue a linha da homogeneidade - classifica e não explica.
c) ABDUÇÃO: parte das razões que causam algum fato, inventam hipótese para explicar o tal fato problemático, deduz-se conseqüências, verifica-se indutivamente isto é experimentalmente. A abdução mostra que as crenças científicas são falíveis através de provas experimentais que poderão desmentir as conseqüências de novas conjecturas. A mente científica trabalha com hipóteses. 
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Como tornar claras nossas idéias?
A regra pragmática - método científico é o que torna válido as crenças, ele formula hipótese, submete-as a verificação com base nas conseqüências. Para Pierce um conceito se reduz aos seus efeitos experimentais concebíveis - que se reduz a ações possíveis, aquelas que atingem os efeitos com conseqüências práticas. Portanto para ele o pragmatismo é um método de esclarecimento de conceitos, através da sua teoria da significação que é lógica.
Entendendo os princípios como hábitos de pensamento e a verdade a partir do utilitarismo, desenvolve uma concepção instrumental da razão.
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William James
Nasceu em Nova York 1842. Em 1879 torna-se professor da Universidade de Harvard. Com a graduação em medicina, torna-se psicólogo experimental e desenvolve uma filosofia experimental.
Os métodos empíricos das ciências naturais, indutivo e empírico, que afirma hipóteses substituíveis, têm como critério a satisfação, que equivale ao funcionamento. Esse critério é diferente da adequação pensamento e pensado. 
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Verdade e utilidade 
Para James o pragmatismo é uma teoria da verdade. Uma idéia é verdadeira quando nos ajuda satisfatoriamente em nossas experiências, isto é, é verdadeira, quando é capaz de operar. Portanto a veracidade de uma idéia identifica com a sua utilidade, melhorando a condição vital do indivíduo.
O verdadeiro é útil, desde que seja útil para o intelécto que é coerente e se refere aos fatos. 
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As idéias verdadeiras são aquelas que podem ser verificadas comprovadas e assimiladas. As que não podem ser verificadas e comprovadas são falsas. As idéias verdadeiras são aproximações melhores que as anteriores, porque resolvem satisfatoriamente os problemas. A verdade modifica-se e expande-se sempre. Tem como condições: a verificabilidade, que é a prova teórica; e o valor para a vida concreta. 
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OS PRINCÍPIOS DA PSICOLOGIA E A MENTE COMO INSTRUMENTO DE ADAPTAÇÃO
Para James, a mente é um instrumento dinâmico e funcional para a adaptação ao ambiente. O pensamento a cada momento, difere do momento anterior. A experiência pura é considerada um imenso fluxo vital que nos fornece material para reflexão posterior.
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Moral
A QUESTÃO MORAL: Como hierarquizar e escolher idéias contrastantes?
O bem e o mal só existem ao satisfazerem ou não as exigências das pessoas, e essas exigências advêm de enorme número de impulsos e necessidades o que gera um universo de valores contrastantes. Diante disso devemos preferir ideais que ao se realizarem destruam o menor número de ideais e o universo mais rico de possibilidades.
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A VARIEDADE DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA E O UNIVERSO PLURALISTA 
James vê na religião uma forma de experiência humana com a qual o homem estabelece relações e pode mudar sua experiência. A crença é verdadeira enquanto é capaz de satisfazer o desejo de compreensão global e constituir um bem. O estado místico é o momento mais intenso da vida religiosa e abre possibilidade desconhecidas ao controle racional.
Para James, Deus é infinito, e representa a porção ideal do absoluto. Deus não é o todo, é o Deus companheiro. 
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John Dewey
A filosofia está ligada a vida e é isso que a distingue da ciência. Partindo da experiência e ensinando que é preciso esquecer as soluções metafísicas, Dewey afirmava que o conhecimento é exatamente um instrumento para a ação. Assim nossos pensamentos nascem de uma situação humana, uma situação experimentada. As idéias não nascem do nada, mas o pensamento tem a função de transformar uma situação de obscuridade, dúvida ou conflito em situação clara, assentada ou harmoniosa.
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Para estabelecer a validade de um
conhecimento, é necessário olhar para os resultados: se as idéias, as teorias e os sistemas têm sucesso em sua função, merecem atenção, são válidos e verdadeiros. Do contrário são falsos. 
Afasta-se de Pierce e James no modo de interpretar as relações entre conhecimento e a realidade.
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Considera o sujeito e o objeto como um todo único. A razão não tem matéria nem estrutura primária da natureza, ela é desenvolvimento da natureza, uma forma de vida. A função da mente humana e, portanto, do conhecimento no devir da natureza, é a de explorar o caminho a procura de vias mais seguras do progresso.
As teorias e os sistemas são instrumentos de uma reorganização inteligente da vida de uma dada situação, são pontos de orientação a serem renovados com a renovação da experiência.
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A ética tem a função de distribuir diretrizes, linhas ideais de movimento, com a finalidade de levar a humanidade ao estado de perfeição. Tem como princípio que cada um considere a atividade do outro como ponto de referência da sua.
A educação deve ter por finalidade formar personalidades livres e capazes de alargar ulteriormente a esfera de ação e de experiência da humanidade, de tornar cada vez melhor as condições de existência e de associação.
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Qual a relação conhecimento e vida humana?
Como se dão os processos de associação psicológica segundo Willians James.
Como se verifica a validade de um conhecimento?
Explique o método da abdução descrito por Pierce. 
Qual a relação das teorias e a vida segundo Dewey?

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