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Apostila de Direito Civil Contratos

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Direito Civil - Contratos
Teoria Geral dos Contratos
O conceito de contrato surgiu com o relacionamento das pessoas na vida em sociedade; na verdade, o próprio conceito de sociedade traz a ideia do contrato (“contrato social”). 
“O contrato é um ato jurídico bilateral, (...), cujo objetivo é a criação, a alteração ou até mesmo a extinção de direitos e deveres de conteúdo patrimonial.”- Flávio Tartuce
É o contrato a fonte principal do direito das obrigações
Segundo Orlando Gomes, a palavra contrato possui 3 significados: a mais ampla evidencia que este é todo negócio jurídico decorrente do concurso de vontades; a acepção restrita adiciona que os contratos possuem natureza obrigacional; e a restritíssima acrescenta que aos demais significados que o contrato teria natureza patrimonial.
Inicialmente, cabe esclarecer que um negócio jurídico unilateral e bilateral é diferente de contrato unilateral e bilateral. Nos negócios jurídicos a classificação em unilateral e bilateral significa o envolvimento de, respectivamente, uma e mais de uma parte. Portanto, o contrato será sempre negócio jurídico bilateral porque possui duas partes contratantes, ou seja, duas declarações de vontade. Já os Contratos unilaterais e bilaterais há a referência na quantidade de prestações; se unilateral somente há prestação para uma das partes, mas se bilateral (ou sinalagmático) há prestação e contraprestação. (Ex. doação é contrato unilateral)
Sobre a patrimonialidade do contrato, a doutrina se subdivide em duas correntes: uma que reconhece o caráter patrimonial e outra que não. 
A primeira, defendida por Caio Mário, afirma que os contratos possuem natureza patrimonial, em que esse caráter é necessário, ainda que seja indireto.
A segunda é defendida por Antunes Varela. Para o doutrinador, quando se diz que um contrato tem que haver patrimonialidade, ainda que indireta, na verdade se está raciocinando a obrigação pelo seu descumprimento, não pelo seu implemento. Os direitos de personalidade são imateriais, portanto obrigações que envolvam esse direito não são patrimoniais e, nem por isso, deixam de haver contrato. A corrente acima (Caio Mário) afirma que pelo fato de se caber dano moral isso seria o caráter patrimonial indireto, mas essa corrente replica no sentido que, no cumprimento da obrigação, desse modo não haveria caráter patrimonial. Pensar no dano moral é pensar reverso do que o código prega, quer seja o implemento da obrigação. 
A palavra ‘pacto’ pode ser utilizada como sinônimo de contrato, assim como ‘convenção’. Em Roma, o contrato e o pacto eram convenções entre as partes, entretanto o primeiro era aquele cuja violação era dotada de sanção, ao passo que o segundo não tinha sua violação sancionada. 
Requisitos de validade dos contratos
O contrato constitui um negócio jurídico bilateral, por isso os elementos constitutivos, por consequência, acabam sendo aqueles dos negócios jurídicos. 
“Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.”
Os requisitos de validade podem ser Subjetivos, objetivos ou formais.
Os subjetivos dizem respeito à capacidade, legitimação e consentimento dos sujeitos. O consentimento é a convergência de vontades (Orlando Gomes); havendo dissenso expresso, se percebe a inexistência do contrato, ao passo que o dissenso oculto enseja na anulabilidade contratual. 
Os objetivos, à possibilidade, liceidade, determinação e economicidade (este tem a ver com o caráter patrimonial). 
E os formais a forma ad solemnitatem.
Há certos contratos que necessariamente precisam ser escritos, como a fiança, compra e venda de imóveis. Portanto, a forma pode ser:
Ad substantiam/ad solemnitatem: possui forma imposta por lei cuja inobservância levará a sua nulidade. 
Ad probationem: é aquele em que a lei não exige formalidade do negócio; não é da essência do negócio jurídico, mas é usada para facilitar a comprovação que o negócio se sucedeu. 
“Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados.
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.”
Evolução histórica
O contrato surgiu com o relacionamento das pessoas na vida em sociedade.
O contrato era muito formal (sacramentalismo), dispensando, muitas vezes, a vontade das partes. Era uma categoria abstrata, apenas se visualizava um contrato se ele estivesse materializado, dividindo-o entre contratos verbis, re ou litteris. Surgiram categorias de contratos que se celebrava consenso, o acordo puro das vontades; entretanto, somente a venda, a locação, o mandato e a sociedade eram reconhecidos como consensuais, nos demais prevalecia a materialidade da declaração do que a vontade. 
Nos demais casso se devia de obedecer rigidamente ao ritual consagrado: a inscrição material no livro do credor (litteris), a traditio efetiva da coisa (re), a troca de expressões estritamente obrigatórias (contratos verbis). Uma vez observando o tal ritual, o contrato gerava obrigações e vinculava as partes.
Ao lado do contractum se estruturou o pactum. O primeiro possuía uma normatização, dotados de actio (sanção). Já o segundo era apenas vontade das partes, não sendo dotado de força cogente; o pacto não tinha nome especial nem forma predeterminada. Entretanto, ambos eram genericamente nomeados de conventiones.
No direito moderno, a distinção entre pacto e contrato perdeu razão de ser, tratando-as como sinônimos. Logo, toda convenção é dotada de força vinculante e mune o credor de ação para perseguir em juízo a prestação em espécie ou em equivalente.
No direito romano, dado o caráter personalíssimo da obrigação, os sujeitos se vinculavam por “seus próprios corpos”, diz Caio Mário, sendo possível a execução sobre os bens do devedor em momento posterior.
Com o crescimento econômico, o formalismo foi perdendo lugar, quase ao ponto de libertar-se do formalismo, quase em condições de declarar que o contrato se formava solo consensu.
Durante a Idade Média houve estagnação, observando-se as formalidades exigidas em Roma. Passou a ter mais valor a declaração de que as formalidades haviam sido observadas do que a verificação de sua prática efetiva. 
Não houve a dispensa direta da sacramentalidade, porém a sua abolição indireta. Houve um abalo à importância dos rituais romanos, creditou-se a força no poder de uma declaração de vontade, enunciada sob a invocação da divindade. Uma quebra de compromisso, equivalente à mentira, ao pecado.
A estagnação medieval foi superada com o novo surto mercantilista.
Em seguida, a teoria contratual viria a sofrer com as crises do contrato:
Massificação: a produção se expandiu e, na mesma proporção, os contratos. Acabou se alterando a lógica do direito dos contatos. Começou a demandar um intervencionismo do contrato. Houve a criação de normas protetivas e atividade reguladora do estado. Houve a criação do contrato de adesivo.
Normatividade geral e única migrou para uma mais plural: criação de microssistemas, assim como o CDC, estatuto do idoso, isto é, legislações que estão ao lado do CC, mas que não o incorporam. Ordenamento plural.
Crise de confiança e necessidade de reconstrução da eticidade e socialidade.
Princípios dos contratos
Princípio são regramentos básicos aplicáveis a um determinado instituto jurídico. Destaque-se que atualmente está em voga falar em horizontalização dos direitos fundamentais; isto é, o reconhecimento da existência e aplicação de direitos e princípios constitucionais nas relações entre particulares.
A Dignidade da Pessoa Humana, segundo Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona, seria um valor fundamental de respeito à existência humana, segundo suas possibilidades e expectativas, patrimoniais e afetivas, indispensáveis à sua realizaçãopessoal e à busca da felicidade. 
Autonomia privada ou autonomia da vontade
Atualmente, o contrato de hoje é constituído por uma soma de fatores, não pela pura vontade dos contratantes. Em sua formação, muitas vezes, percebe-se a imposição de cláusulas pela lei ou pelo Estado, delineando-se no dirigismo contratual, ou intervenção estatal.
A autonomia privada decorre da união de duas liberdades, a de contratar (subjetiva) e a contratual (objetiva).
Liberdade de contratar está relacionada com a escolha da pessoa com quem o negócio será celebrado. Apesar de ser uma liberdade plena, há algumas ressalvas, como o art. 497, do CC:
“Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.”
Em um próximo passo, a autonomia da pessoa pode estar relacionada com o conteúdo do negócio jurídico, no qual residem limitações ainda maiores. Trata-se da liberdade contratual.
Dessa dupla liberdade da pessoa é que decorre a autonomia privada, qual constitui a liberdade que tem a pessoa para regular seus próprios interesses, encontrando, porém, limitações em normas de ordem pública. Segundo Francisco Amaral, “a autonomia privada é o poder que os particulares têm de regular, pelo exercício de sua própria vontade, as relações que participam, estabelecendo-lhe o conteúdo e a respectiva disciplina jurídica.”
Essas normas restritivas da vontade constituem exceção. Afirma Flávio Tartuce que por possuírem tal qualidade não admitem analogia ou interpretação extensiva, daí se decorre a tão valorizada liberdade.
Força Obrigatória dos Contratos
Decorre do princípio da autonomia privada. Prevê que tem força de lei o estipulado pelas partes nas avenças, constrangendo os contratantes ao cumprimento do conteúdo completo do negócio jurídico.
Afirma Orlando Gomes que, uma vez celebrado com a observância de todos os pressupostos e requisitos necessários à sua validade, o contrato deve ser executado pelas partes como se suas cláusulas fossem preceitos imperativos.
Esse princípio nós herdamos, também, do direito romano, segundo o qual deveria prevalecer o pacta sunt servanda, isto é, a força obrigatória do convencionado no contrato; não era possível que o contrato fosse revisto ou extinto sem qualquer razão plausível, sob pena de acarretar insegurança jurídica ao sistema. 
Entretanto, nosso direito não possibilita mais essa visão estanque do contrato. Esse princípio, então, esta mitigado ou relativizado; seus limites são os mesmos da autonomia da vontade: lei, ordem pública e os bons costumes.
Força relativa dos contratos
Segundo a força relativa, o contrato obriga as partes, e somente as partes. Ele, na verdade, une partes delimitadas. 
Entretanto, esse princípio abarca exceções: a estipulação em favor de terceiro, a promessa de fato de terceiro e o contrato com pessoa a declarar. As exceções se consubstanciam na regra res inter alios, no qual é possível se afirmar que o contrato também gera efeitos perante terceiros.
A Estipulação em Favor de Terceiro significa pactuar vantagem em benefício de terceiro estranho à convenção e nela não representado (Ex: seguro de vida). São três personagens: o estipulante, obtém do promitente (devedor), a promessa em favor do terceiro (beneficiário).
Em Roma, não se dava grande importância à promessa, não podendo o beneficiário exigir o cumprimento do contrato por não ser parte dele; da mesma forma, o estipulante, por ser carecedor de interesse jurídico em proteger a esfera jurídica alheia. Em momento posterior, começou a se admitir encargos em proveito de terceiro, ou nos contratos em que o dote ou a coisa depositada poderiam ser restituídos a terceiros.
Preliminarmente às análises dos artigos referentes no CC, cabe explicação por Silvio Rodrigues. Existem estipulações onerosas e gratuitas. Os contratos onerosos são aqueles que têm vantagem para as duas partes; ambas assumem deveres obrigacionais, havendo direito subjetivo de exigi-lo (prestação e contraprestação). Já os gratuitos só possuem vantagem pra uma das partes; oneram uma parte, proporcionando à outra uma vantagem sem qualquer contraprestação. 
“Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.”
Ao terceiro em favor de quem se estipulou a obrigação, também pode exigi-la. Entretanto, se o contrato for oneroso e o terceiro anuir ao pacto, se sujeita às condições e normas do contrato, havendo, implicitamente, a impossibilidade de se exonerar. Afirma Silvio Rodrigues, “a par das vantagens, impõem-se encargos ao beneficiário, que, concordando em assumi-los, em troca do benefício que se lhe confere, não mais poderá ser alterado o negócio.”
“Art. 436, Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.”
No caso das estipulações gratuitas, o estipulante poderá revogá-la a qualquer tempo (desde que faça antes do cumprimento). Há duas maneiras de por fim à estipulação: exonerar o devedor ou a troca de beneficiário, a menos que abra mão expressamente deste direito. 
“Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.”
Se o estipulante expressamente abrir mão do direito de exigir o cumprimento ao conferi-lo ao terceiro, não pode exonerar o devedor. Ou seja, a única maneira de o estipulante não poder exonerar o devedor é colocando cláusula no contrato de que é o terceiro quem deve cobrar o benefício.
“Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.”
O estipulante pode substituir o terceiro, isso porque, sendo estipulação instituída como liberalidade, o beneficiário nada perde com sua substituição. Caso contrário, não seria aplicável.
Outra exceção ao princípio da relatividade dos efeitos trata da promessa de fato de terceiro, na qual determinada pessoa promete que uma determinada conduta seja praticada por outrem, sob pena de responsabilização civil.
“Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.”
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.”
Entretanto, se o terceiro pelo qual o contratante se obrigou comprometer-se pessoalmente, estará o outro exonerado de responsabilidade. Há uma cessão da posição contratual, pois o próprio terceiro é quem terá responsabilidade contratual.
O Exemplo levantado por Flávio Tartuce é o de um promotor de eventos que promete um espetáculo de um cantor famoso e esse cantor não comparece ao show. Responde o promotor segundo o art. 439, exceto se o próprio cantor assumiu pessoalmente o compromisso (art. 440).
A terceira e última exceção é o contrato com pessoa a declarar. É ocontrato que possui a chamada cláusula pro amico elegendo, ou seja, uma das partes se reserva a revelar o adquirente dos direito e que vai efetivamente assumir as obrigações decorrentes do contrato no momento de sua conclusão. Ao aceitar esse tipo de contrato, o contratante não pode mais desistir.
“Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.”
A aceitação do nomeado deve ser pelo mesmo instrumento que foi usado nas partes do contrato. Isto é, se for compra e venda de imóvel, que deve se proceder por escritura pública, a aceitação, seja prévia ou posterior à celebração do contrato, deve ser por essa forma, a escritura pública.
“Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.”
Função social dos contratos
“Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.”
A função social do contrato é matéria de ordem pública, com proteção constitucional, pelo qual o contrato deve ser necessariamente visualizado e interpretado de acordo com o contexto da sociedade.
Passa a ideia de se pensar no interesse coletivo. É medida por duas óticas: intrínseca e extrínseca. A primeira aduz que o contrato, embora exista para beneficiar as partes, deve se conciliar o interesse das partes com o interesse da sociedade; deve se evitar o sacrifício demasiado das partes. Já a segunda afirma que o pacto é um meio de circulação de riqueza, por isso o direito cria mecanismos para a sua preservação.
Para Paulo Nalin, a função intrínseca está relacionada com a observância de princípios novos pelos titulares do contrato; ao passo que a extrínseca preocupa-se com suas repercussões no largo campo das relações sociais, pois o contrato em tal desenho passa a interessar a titulares outros que não só aqueles imediatamente envolvidos da relação jurídica de crédito.
Princípio da Boa-fé objetiva
Das questões que deram origem à boa fé, preliminarmente, se destaca a fides romana, cujas acepções eram de 3 ordens: sacras, pelo culto a deusa Fides, com sanções à quem defraudasse certas relações de lealdade; fáticas, garantias de tipo pessoal prestada pelos protetores aos seu protegidos; e éticas, nas qualidades morais correspondentes à essas garantias. 
O direito romano era assentado sobre as ações: a pessoa que pretendesse uma tutela jurídica se dirigia ao pretor e solicitava uma ação, que a concedida quando o pedido estava juridicamente justificado; essa ação era expressa em fórmula, dirigida ao juiz, que o aplicava em fatos alegados pelo autor, de modo a condenar ou absolver o réu. As ações dadas pelo pretor eram baseadas sempre em leis expressas. 
Mas com o passar do tempo o esquema formal ficou rígido, incapaz de se adaptar a situações novas. Buscando uma solução, o pretor interveio, concedendo ações, em casos particulares, sem base legal expressa, pela simples aplicação da fides bona (boa-fé), criando-se a tutela, fidúcia, compra e venda, locação...
Durante a evolução do direito romano, tornou-se necessário aperfeiçoar institutos, tal como o usucapio. O aperfeiçoamento desse instituto destinava-se ao favor de quem não tivesse consciente de prejudicar outrem. Logo, quem tivesse de boa fé beneficiaria de regras mais favoráveis.
No direito canônico, conserva-se a utilização semelhante do Direito romano, a propósito do usucapio. A boa-fé exprimia-se ao equiparado com a ausência de pecado.
No direito Alemão o Treu und Glauben partiu das ideias de crença, confiança, honra e lealdade à palavra dada. Os tribunais Comerciais Alemães recorriam à bona fides, como forma de enquadrar questões inteiramente novas.
O Código napoleônico consagrou duas acepções: subjetiva, no qual a boa fé corresponde ao estado de ignorância do sujeito, e a objetiva, em que a boa fé reforça o vínculo contratual. Do mesmo modo fez o Código Alemão.
No direito Português vigente, a boa fé caracteriza-se num instituto objetivo e subjetivo. A acepção objetiva remete-se para um modo de atuação (regras de proibição) dito “de boa fé”; como regra imposta do exterior e que as pessoas devem observar. Já na subjetiva, caracteriza-se como um mero desconhecimento ou ignorância de certos fatos, ora como um desconhecimento sem culpa ou com uma ignorância desculpável, ora pela consciência de determinados fatores.
A boa-fé segundo o código português se caracteriza em 5 institutos:
Culpa in contrahendo: antes da formação dos contratos, as partes já possuem deveres de proteção, lealdade e informação, de modo a prevenir que alguma das partes possa atingir a confiança da outra, provocando-lhe danos;
Integração dos negócios: Na falta de disposição especial, a declaração negocial deve ser integrada de harmonia com a vontade que as partes teriam tido se houvessem previsto o ponto omisso; evidencia que o aplicador deverá ter em contra a lógica imanente ao negócio e as exigências substanciais do sistema;
Abuso de direito;
Revisão dos Contratos: é a modificação dos contratos por alteração das circunstâncias que venham a assumir feições injustas para alguma das partes;
Complexidade das obrigações: 
Induzido à concretização da boa fé, encontra-se os princípios da Tutela da Confiança e da Primazia da Materialidade Subjacente.
Preconiza-se o propósito do princípio da tutela da confiança quando se verifica os seguintes pressupostos: 
Uma situação de confiança: conforme o sistema, sem violar os deveres de cuidado;
Uma justificação para essa confiança: com elementos objetivos;
Um investimento na confiança: tendo havido um assentar efetivo de atividades jurídicas sobre crença consubstanciada;
A imputação da situação de confiança criada à outra pessoa;
A primazia da materialidade subjacente exige que, no exercício de posições jurídicas, se realizem, com efetividade, os valores pretendidos pelo ordenamento. Há dois tipos de posturas vedadas pela boa-fé: o ato emulativo (atuação gratuitamente danosa) e a atuação gravemente desequilibrada (para conseguir uma vantagem mínima se cria dano máximo para outrem).
Princípio da boa-fé objetiva - Abuso de direito 
Nem sempre existiu claramente na lei, sendo foi criado por uma orientação jurisprudencial.
De um lado está o exercício regular do direito, do outro, o abuso do direito.
Do direito romano surgiu a proibição do ato emulativo, aquele ato exercido tão somente para prejudicar. “O direito cessa onde começa o abuso”.
A Corrente subjetivista do abuso de direito, decorrente desta teoria dos atos emulativos, sustenta que deve se investigar a intenção daquele que exerce e abusa daquele direito. Abuso de direito era daqueles atos com o fim de prejudicar.
No entanto, se mostrou insuficiente, isso porque novas violações começaram a existir, mas sem o fim específico de importunar. Eis que surge a Teoria objetivista do abuso de direito (art. 187). Portanto, ao se afasta da boa fé objetiva e da função social, se abusa do direito.
“Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.”
Para tanto, passemos à análiseda tipologia dos atos abusivos.
Exceptio Doli. Trata do abuso de direito na versão objetiva. Tornou-se uma fórmula genérica e vaga para facultar uma concretização do denominado abuso do direito. Acabou caindo em desuso.
Venire contra factum proprium. Significa "vir contra um próprio fato". Exprime a reprovação social e moral que recai sobre aquele que assuma comportamentos contraditórios. Fere a tutela da confiança, isto é, criar confiança em alguém e contraditoriamente rompe-la é um abuso.
Suppressio. Significa a perda de uma faculdade em virtude de uma omissão reiterada. Ocorreria, pois, uma supressão de certas faculdades jurídicas, pela conjugação do tempo com a boa fé. Se desenvolveu no pós I Guerra Mundial, isso porque com as imposições abusivas e desproporcionais feitas à Alemanha, o país teve grande desvalorização do Marco (moeda nacional). Neste ambiente, uma demora por parte do credor em cobrar poderia levar a valores muito elevados ao devedor, então a jurisprudência, com o fim de proceder a revalorização de numerosos contratos, aplicou o suppressio: havendo demoras injustificadas, a revalorização não teria lugar ou seria limitada.
Surrectio. Significa o ganho de uma faculdade em virtude de uma omissão reiterada da outra parte. É o inverso da Suppressio.
Inalegabilidades Formais. É a nulidade derivada da inobservância prescrita para a forma de certos negócios jurídicos, mas há, em certos casos e em nome da boa-fé, bloquear a invocação das invalidades formais. Apenas em circunstâncias de verdadeira exceção poderiam dar azo à inalegabilidade.
Tu quoque. Significa “até tu”. Ocorre quando a própria parte demanda da outra um comportamento que ela não consegue ostentar, isto é, o agente penalizado violou concretamente e na mesma situação jurídica, a própria norma de que, depois, se pretendia prevalecer. Deriva da primazia da materialidade subjacente.
Podemos dizer que os artigos do CC que tratam desse abuso são:
“Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.”
Desequilíbrio no Exercício. É o desequilíbrio no exercício de posições jurídicas. Segundo Antunes Varela, remete-se ora ao princípio da confiança, ora ao princípio da primazia da materialidade subjacente. O primeiro seria as ações anormais e inesperadas que pegam de surpresa as pessoas que contavam justificadamente com ações mais comedidas; já o segundo é o exercício puro do desequilíbrio objetivo. Deriva de 3 possíveis atos abusivos:
Exercício danoso inútil: é exercer direito de modo inútil, com o objetivo de provocar danos na esfera alheia. Deriva dos atos emulativos.
Dolo agit qui petit quod statim redditurus est: significa "age dolosamente quem pede aquilo que em seguida restituirá". A compensação teve origem na bona fides.
Desproporção entre vantagens e sacrifícios: tal desproporcionalidade se torna abusiva quando ultrapassados certos limites. Compara-se com a teoria do inadimplemento substancial; Ex. nos casos de financiamento pelo banco de um automóvel, apenas se toma o carro da pessoa se ela deixou uma grande parte das parcelas sem pagar.
Interpretação dos contratos
A moderna teoria das fontes do direito aproxima o contrato da lei, uma vez que ambos são atos jurídicos geradores de efeitos análogos, variáveis, porém de extensões distintas. 
Na celebração de um contrato, as partes emitem declarações de vontade criadoras de direitos e obrigações. Mesmo quando não guardam reservas e reticências, a vontade contratual é uma entidade que se desprende do mundo psíquico de cada um dos contratantes. Quando, mais tarde, se desentendem sobre a sua execução, caberá a um terceiro, o encargo de perquirir o que constitui a verdadeira vontade criadora do negócio. Assim, a atividade interpretativa envolve a análise da linguagem do contrato e a situação que envolve a relação negocial. O espírito da declaração deve preponderar sobre a letra da cláusula; a vontade efetiva predominar sobre o formalismo; o direito repousar antes na realidade do que nas palavras. 
Doze regras de interpretação contratual propostas por Pothier, e incorporadas ao Código Civil Napoleônico, que são atuais até hoje:
Nos contratos, o que mais interessa é a intenção comum das partes e não o sentido literal das palavras. 
Quando uma cláusula admitir dois sentidos, deve ser interpretada de modo a que produza algum efeito. [Sugere-se uma interpretação funcional do contrato]
As expressões que possuem um duplo sentido interpretam-se de acordo com a natureza do contrato. [A interpretação deve dar ao contrato os seus efeitos normalmente esperados]
As expressões ambíguas interpretam-se de acordo com os costumes do país. 
Os costumes locais estão subentendidos em todo contrato. 
Na dúvida, os contratos interpretam-se contra o estipulante. [O erro de formulação deve ser imputado ao credor]
As cláusulas contratuais devem ser interpretadas umas em relação às outras. [O contrato forma um conjunto único e não um amontoado de cláusulas]
As cláusulas compreendem apenas o objeto do contrato, e não coisas não cogitadas. [A interpretação não pode desviar o fim contratual]
Os bens singulares estão todos englobados, formando uma universalidade. [Esta regra visa proteger a integralidade do objeto contratual]
Um caso expresso para exemplificar uma obrigação não restringe o vínculo.
Uma cláusula expressa no plural decompõe-se muitas vezes em cláusulas singulares.
O que está no fim do período relaciona-se com todo ele e não só com a parte antecedente, se com aquele concordar em número e gênero.
Leitura civil-constitucional do direito privado 
O Contrato exerce um papel importantíssimo com vista à circulação de riquezas, uma vez que confere segurança jurídica às relações. Mas seu papel principal não é esse, mas sim a perpetuação da vida humana, isto é, o atendimento das necessidades da pessoa humana. É por isso que o contrato deve ser analisado sob prisma da personalização do Direito Privado e do Direito Civil Constitucional.
Diante da valorização da pessoa, houve uma forte aproximação entre o Código Civil e o de Defesa do Consumidor, que consagram uma principiologia social do contrato.
Tem-se defendido atualmente um diálogo das fontes: deve se entender que os dois sistemas não se excluem, mas, muitas vezes, se complementam. Afirma Cláudia Lima Marques que, em face do atual ‘pluralismo pós-moderno’ de um direito com fontes legislativas plúrimas, ressurge a necessidade de coordenação entre leis no mesmo ordenamento, como exigência para um sistema jurídico eficiente e justo.
O pluralismo das fontes legislativas pode fazer nascer um aparente conflito de normas que pode ser superado pela teoria do diálogo das fontes, decorrente do manancial de fontes a regerem o mesmo problema, da pluralidade de sujeitos hábeis a tutelar os mesmo direitos e ainda das múltimplas respostas potenciais para o mesmo problema.
Formação dos Contratos
Fase de puntuação
Vem do Italiano puntuazione, que significa antecontrato, declaração. 
São negociações preliminares, na qual ocorre debates prévios sobre o contrato preliminar ou definitivo. É uma fase anterior à formalização da proposta. Afirma F. Tartuce que, “justamente por não estar regulamentada no Código Civil, não se pode dizer que vincula as partes. Desse modo, não haveria responsabilidade civil contratual nessa fase do negócio.(...) é possível a responsabilização contratual nessa fase do negócio jurídico pela aplicação do princípio da boa-fé objetiva, (...).” Em seguida completa, “não é incorreto afirmar que a fase de pontuação gera deveres às partes, pois em alguns casos, diante da confiança depositada, a quebra desses deveres pode gerar a responsabilização civil.
Fase de Proposta
Trata-se de uma declaração unilateral de vontade receptícia,ou seja, só produz efeitos ao ser recebida pela outra parte. A proposta vincula o proponente.
“Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.”
O caráter receptício é mantido quando a promessa for direcionada ao público, quando o oblato (a quem se faz a proposta) é determinável. A proposta vincula o proponente quando encerra os requisitos essenciais do contrato.
“Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.”
A proposta deve ser séria, clara, precisa e definitiva, que contenha os elementos mínimos e indispensáveis do contrato, de modo a convidar a outra parte à celebrar a venda; sua aceitação pelo oblato deve ser pura e simples.
A proposta deixa de ser obrigatória:
“Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.”
A proposta vincula apenas instantaneamente, exceto quando há prazo para analise da proposta. Se a resposta à proposta não chega em tempo hábil ou se for extraviada e o proponente, em função de desconhecer a aceitação, oferecer tal proposta a terceiro de boa-fé, prestigia-se este terceiro que a aceitou.
“Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.”
A contraproposta é, na verdade, uma nova proposta, invertendo-se os papéis entre as partes.
“Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.”
O silêncio eloquente, ou aceitação tácita, é possível nos contratos formado entre ausentes. Entretanto é criticado pela doutrina segundo o art. 111.
“Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.”
Considera-se o contrato realizado entre presentes quando houver uma facilidade na comunicação, de modo que a proposta e a aceitação sejam apresentadas em curto período de tempo. Ao passo que se considera contrato entre ausentes aquele em que não houver tal facilidade de comunicação. O contrato entre presentes é formado no momento da aceitação.
Inicialmente, cabe ressaltar tais teorias a cerca do momento do firmamento do contrato entre ausentes.
Teoria da cognição: o contrato reputa-se firmado quando proponente toma conhecimento da resposta. Entretanto essa teoria é vaga e imprecisa, não sendo aceita pelo CC.
Teorias da agnição (da declaração): trata do “não conhecimento”.
Teoria da declaração em sentido estrito: firma-se contrato quando o oblato declara aceitar a proposta (no momento que redige a resposta); também é imprecisa;
Teoria da expedição: o contrato se reputa firmado quando o oblato expede a resposta; é a mais aceta porque tem como se precisar a data que se foi expedida a resposta; e
Teoria da recepção: o contrato se reputa firmado quando a resposta chega ao proponente; é aceita em certos casos (art. 433 e incisos do art. 434).
O contrato entre ausentes reputa-se firmado no momento da expedição da aceitação (teoria da agnição – teoria da expedição).
“Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.”
Portanto, o Código civil recepcionou duas teorias da agnição: a teoria da expredição e da recepção, sendo esta última, a exceção.
Classificação dos Contratos
Bilaterais e Unilaterais
Contrato unilateral é aquele que apenas um dos contratantes assume dever em face do outro. Por exemplo a doação pura e simples, o mútuo (empréstimo de bem fungível para consumo) e o comodato.
Há, entretanto, contratos unilaterais imperfeitos, isto é, aqueles que nascem unilaterais e que se transformam em bilaterais na sua execução, como a doação modal ou com encargo.
Os Contratos bilaterais são aqueles que auferem prestações recíprocas. É denominado de sinalagmático, que é a proporcionalidade das prestações.
Onerosos e Gratuitos
Os contratos onerosos são aqueles que trazem vantagens para ambos os contratantes, ambas assumem deveres obrigacionais, havendo direito subjetivo de exigi-lo (prestação e contraprestação).
Já o gratuito só tem vantagem pra uma das partes, oneram uma parte, proporcionando à outra uma vantagem sem qualquer contraprestação. 
Como decorrência lógica, via de regra, os contratos onerosos são bilaterais e os gratuitos, unilaterais. Mas pode haver exceção:
Mútuo feneratício - empréstimo de coisas fungíveis (normalmente dinheiro) sujeito a juros, é unilateral e oneroso
Mandato - pode ser bilateral e gratuito
Os contratos onerosos se subdividem em: aleatórios e comutativos. 
Nos comutativos não existe o fator risco em relação às prestações, que serão certas e determinadas. Ex: o comutativo e o aluguel, em que as partes sabem o que será cedido e qual o valor do aluguel.
Já nos aleatórios a prestação de uma das partes não é conhecida com exatidão no momento da celebração do negócio jurídico, isso porque depende da sorte, álea (fatos desconhecido). Alguns negócios jurídicos são aleatórios devido à sua própria natureza, como os contratos de seguro e de jogo/aposta. Mas há outros que se classificam como tal em virtude de um elemento acidental, como a compra e venda de uma colheita futura. 
Compra e venda aleatória ou venda de esperança, emptio spei: um dos contratantes toma para si risco relativo à própria existência da coisa, sendo ajustado um determinado preço, que será devido integralmente, mesmo que a coisa não exista no futuro, desde que não haja dolo ou culpa da outra parte.
“Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.”
Compra de coisa esperada, emptio rei speratae: o risco versa somente em relação à quantidade da coisa comprada, pois foi fixado pelas partes um mínimo como objeto do negócio. O risco, apesar de existente, é bem menor. A parte terá direito a todo preço, desde que de sua parte não tenha ocorrido com culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. No entanto, a inexistência da coisa consiste na inexistência da alienação, devendo o alienante devolver o preço recebido.
“Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá,e o alienante restituirá o preço recebido.”
Venda de coisas embarcadas: se refere à coisas existentes, mas expostas a risco, que é assumido pelo adquirente. O alienante tem direito a todo o preço. Mas essa alienação aleatória pode ser anulada pelo prejudicado, se dolosa; provando que o outro contratante ignorava a consumação do risco. É a presença de dolo essencial, devendo aplicar a regra do art. 178, II, que prevê decadência em 4 anos da celebração do ato.
“Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.”
Via de regra, não se revê judicialmente o pacto aleatório, seja por qualquer uma das formas, uma vez que o risco está na essência do negócio.
Paritários e de Adesão
Com a evolução da sociedade, passou-se a exigir uma maior celeridade e intensidade das relações negociais, surgindo a estandardização, ou os contratos standard/de adesão. Configura-se este tipo contratual quando uma parte, estipulante, impõe o conteúdo negocial, restando à outra parte, o aderente, duas opções: aceitar ou não o conteúdo desse negócio.
Os contratos paritários são aqueles me que as duas partes discutem cláusula a cláusula do contrato.
Execução Instantânea, Diferida e Trato Sucessivo
Os contratos instantâneos são aqueles que têm aperfeiçoamento e cumprimento imediato, como uma compra e venda a vista. Os efeitos se exaurem no próprio momento da contratação.
Aqueles de execução diferida têm o cumprimento previsto no futuro, de uma só vez; como a compra e venda com pagamento por cheque pós datado.
E os contratos de trato sucessivo têm cumprimento periódico, como a compra e venda cujo pagamento deva ser feito por meio de boleto bancário.
Via de regra, os contratos instantâneos já cumpridos não podem ser alterados por fatos supervenientes, seja por meio da revisão por imprevisibilidade ou da revisão por onerosidade excessiva.
“Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.”
Principais, Acessórios, Derivados (Subcontratos) e os Coligados
Os principais são aqueles que existem por si só, não havendo qualquer relação de dependência a outro pacto.
Os acessórios são aqueles cuja validade depende de outro negócio, o contrato principal. O exemplo típico é o contrato de fiança.
Segundo o princípio da gravitação jurídica, pelo qual o acessório segue o principal, tudo que ocorre no contrato principal repercute no acessório (salvo as pertenças, art. 94). Por outro lado, o contrato acessório não pode trazer mais obrigações que o principal e o que ocorre no acessório não repercute no principal.
Os contratos derivados são aqueles cujo objeto é extraído do próprio objeto do contrato principal, como ocorre na locação e sublocação.
Os coligados são contratos que se colocam num plano de coordenação, vários contratos que funcionalmente se interligam no meio de um objetivo maior (Ex: o contrato do net combo).
Solenes e Não-Solenes
Os contratos solenes são aqueles que somente podem ser celebrados conforme características especiais previstas em lei; é um elemento constitutivo. É o caso, por exemplo, da venda de um imóvel com valor superior a 30 salários mínimos.
Já os não-solenes são aqueles que admitem a forma livre.
“Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.”
Consensuais e Reais
O consensual se contrapõe ao contrato real. É aqueles que nasce pelo simples consenso, dispensando a prévia entrega da coisa; é a simples manifestação de vontade das partes, como a compra e venda.
Já os reais são aqueles que, para nascer, demandam a entrega da coisa, a traditio rei. Antes da entrega da coisa tem-se apenas uma promessa de contratar e não um contrato perfeito e acabado. É exemplo o empréstimo, depósito, penhor, comodato, mútuo.
Preliminares e Definitivos
Os Contratos preliminares, ou pactum de contrahendo, são negócios que tendem à celebração de outros, os definitivos.
“Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.”
Típicos e Atípicos
Os contratos típicos são aqueles que têm regramento legal, enquanto os atípicos não encontram previsão legal.
É lícito às partes estipular contratos atípicos, desde que observadas as normas gerais estabelecidas pelo próprio código, tais como a função social do contrato e a boa-fé objetiva.
Vício Redibitório 
Os vícios redibitórios são defeitos ocultos existentes na coisa alienada que a torna imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem sensivelmente o valor, de tal modo que o negócio não se realizaria do mesmo modo se esses defeitos fossem conhecidos.
“Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.”
Apresenta-se nos contratos bilaterais, onerosos e comutativos, além das doações onerosas (doação remuneratória e modal).
Segundo José Fernando Simão, vício oculto é aquele defeito cuja existência nenhuma circunstância pode revelar, senão mediante exames e testes. Não trata dos vícios aparentes, ao contrário do que fez o CDC.
Estando prejudicado o adquirente, ele terá as seguintes possibilidades jurídicas:
Pleitear o abatimento proporcional do preço, por meio da ação quanti minoris ou ação estimatória.
Requerer a resolução do contrato, sem prejuízo de perdas e danos, por meio da ação redibitória ou da ação edilícia, que é cabível mesmo que o alienante não tinha conhecimento do vício. No entanto, para requerer as perdas e danos, deverá comprovar a má-fé do alienante, isto é, que o mesmo tinha conhecimento dos vícios redibitórios.
	A expressão “edilícias” tem origem no Direito Romano, pois a questão foi regulamentada pela aediles curules, com o objetivo de evitar fraudes praticadas pelos devedores no mercado romano; isso porque os vendedores eram, em sua maioria, estrangeiros (peregrinos) que tinham o hábito de simulas os defeitos das coisas que vendiam.
“Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.”
Merece aplicação do princípio da preservação dos contratos, isso é, a resolução deste é o último caminho. Nos casos em que os vícios não geram grandes repercussões quanto à utilidade da coisa, cabe apenas a ação quanti minoris.
A responsabilidade do alienante permanece ainda que a coisa pereça em poder do adquirente em virtude do vício oculto já existente no momento da entrega.
“Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.”
	Nos casos em que o alienante é profissional na atividade que desempenha, será possível o pedido de troca da coisa, não havendo qualquer ilicitude quanto ao mesmo.
Ex: uma empresa, profissional em sua atividade, vende para outra empresa uma máquina industrial.
Não há que se falar em relação de consumo, pois a última empresa não é destinatária final econômica do bem. Será possível pleiteara troca do bem fazendo diálogo com o CDC.
Nos casos de vícios de fácil constatação, o prazo decadencial é de:
30 dias para bens móveis;
1 ano para bens imóveis.
Tais prazos devem ser contados, via de regra, da entrega efetiva da coisa (tradição real). Mas se o comprador já estava de posse do bem, os prazos serão reduzidos da metade, devendo ser contados da data da alienação, da celebração do contrato de compra e venda, momento em que ocorre a tradição ficta (traditio brevi manus).
“Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.”
O CC cria duas espécies de vícios ocultos, um de fácil o outro de difícil constatação, mas cabe à doutrina e à jurisprudência fixar o conceito de vício oculto que, por sua natureza, só pode ser conhecido a posterior.
“Art. 445. § 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.”
Quanto à aplicação do §1º do art. 445, sobre os vícios de difícil constatação, há duas interpretações:
Pablo Stolze e Flávio Tartuce: o termo inicial para contagem do prazo decadencial é da ciência do fato, mesmo que se venha muito tempo após. Critica-se essa interpretação por isso acabar por eternizar a relação. Ou seja, se perceber um vício de difícil constatação depois de 20 anos do negócio, o prazo decadencial se conta a partir desse consentimento.
Gustavo Tededino: nos casos de vícios ocultos de difícil constatação, o adquirente terá contra si os prazos de 180 dias para bens móveis e 1 ano para imóveis para constatá-lo, ao constatá-lo dentro desse prazo, terá os de 30 dias e 1 ano para entrar com a ação edilícia. Essa interpretação une o parágrafo com o caput para surgir a interpretação.
“Art. 445. § 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.”
	Em palavras mais simples: dá tradição, se dá 180 dias para bens móveis e 1 ano para imóveis para o defeito aparecer, quando o defeito aparecer, dentro dos 180 dias ou 1 ano, se dá 30 dias para bens móveis e 1 ano para imóveis para se decair no direito.
A III Jornada de Direito Civil aprovou o enunciado:
“174 – Art. 445: Em se tratando de vício oculto, o adquirente tem os prazos do caput do art. 445 para obter redibição ou abatimento de preço, desde que os vícios se revelem nos prazos estabelecidos no parágrafo primeiro, fluindo, entretanto, a partir do conhecimento do defeito.
Em se tratando de venda de animais, os prazos de garantia quanto aos vícios redibitórios serão aqueles previstos na legislação ordinária especial, na falta, pelos usos e costumes locais ou, em último caso, os prazos do § 1º.
“Art. 445. § 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.”
Quando houver prazo de garantia, em sua vigência, não ocorrerão os prazos legais (decadência legal), mas, diante da boa fé objetiva, o alienante deverá denunciar o vício no prazo de 30 dias contados do seu descobrimento, sob pena de decadência.
“Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decadência.”
Segundo F. Tartuce, a decadência referida no final do artigo acima está ligada a perda do direito de garantia, não de impetrar a ação. Portanto, com o fim do prazo de garantia convencional ou não exercendo o adquirente o direito no prazo de 30 dias fixados no referido artigo, iniciam-se os prazos legais previstos no art. 445.
O erro e o vício redibitório
Segundo José Fernando Simão, há erro quando o vício for de consentimento que atinge a vontade, gerando a anulabilidade do negócio jurídico. Está, então, no plano de validade do contrato. O doutrinador exemplifica: o comprador adquire candelabros prateados pensando serem de prata; o que ocorre no exemplo é que o comprador acreditava que eram realmente de prata, pois se soubesse que os candelabros não o eram, se quer teria comprado (erro essencial).
Continua o doutrinador, já no caso de vício redibitório o negócio tem em vista um objeto com aquelas características, porém aquele objeto em específico falta uma dessas qualidades, apresenta um defeito oculto, não comum aos demais objetos da espécie. O comprador realmente queria comprar aquela coisa, mas o vício na coisa faz com que o comprador procure a resolução do negócio ou o abatimento no preço. Portanto, não há disparidade entre a vontade e sua declaração. Está no plano de eficácia do contrato.
Evicção
Evicção é a perda da coisa diante de uma decisão judicial ou de um ato administrativo que a atribui a um terceiro. Geralmente, decorre de uma sentença judicial, entretanto, o STJ tem entendido que pode estar presente em casos de apreensão administrativa.
São elementos subjetivos da evicção: o alienante, aquele que transferiu a coisa evicta de forma onerosa; o evicto, aquele que perdeu a coisa adquirida; e o evictor, aquele que teve a decisão judicial ou a apreensão administrativa a seu favor.
Há ainda a garantia da coisa perdida por evicção aos objetos que tenham sido adquiridos em hasta pública. Nesse caso, o arrematante evicto poderá ir a juízo em face do executado, já que foi este que se beneficiou diretamente, uma vez que teve sua obrigação extinta. O arrematante terá direito ao preço que pagou pela coisa mais as perdas e danos que tenha sofrido.
“Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.”
A exclusão da responsabilidade, cláusula de non praestaenda evictione, pode ocorrer, desde que seja expressa, não se presumindo em nenhuma hipótese. Mesmo excluída a responsabilidade pela evicção, se esta ocorrer, o alienante responde pelo preço da coisa; ou seja, se o evicto não sabia do risco da evicção ou, informado do risco, não o assumiu. 
“Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.”
O alienante só fica totalmente isento da responsabilidade se houver cláusula expressa e o adquirente for informado sobre o risco da evicção, isto é, sabia e aceitou o risco.
Portanto, não havendo cláusula de irresponsabilidade pela evicção, a responsabilidade do alienante será plena, podendo o evicto prejudicado pleitear: 
Restituição;
Indenização dos frutos que tiver sido obrigado a pagar;
Indenização pelas despesas do contrato e prejuízos que resultarem da evicção (como despesas de registro, lucros cessantes, danos materiais...);
Custas judiciais e honorários advocatícios.
“Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.”
Quanto ao preço da coisa(restituição), havendo evicção total, será o valor da coisa à época que ocorrei a perda total; mas sendo parcial, será o valor proporcional ao desfalque sofrido. Por se considerar a coisa no momento efetivo da perda, buscou-se vedar o enriquecimento ilícito.
Ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, salvo se houver dolo do adquirente, a responsabilidade do alienante permanece (pagamento dos incisos do art. 450). Isso porque há aplicação do nemo potest venire contra factum proprium.
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
Mas se o evicto tiver auferido vantagens das deteriorações e não tiver sido condenado a pagar tais valores ao evictor, o valor dessas vantagens deverá ser deduzido da quantia pleiteada ao alienante. Maria Helena Diniz exemplifica com os valores advindos de venda de materiais decorrentes da demolição do prédio realizada pelo evicto.
“Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.”
Quanto às benfeitorias, caso necessárias ou úteis e não abonadas ao evicto pelo evictor, deverão ser pagas pelo alienante, uma vez que o evicto e tido como possuidor de boa-fé. Uma vez abonadas as benfeitorias ao evicto pelo alienante, este será levado em conta no momento da restituição. Isto é, caso não abonadas = restituição + benfeitorias; mas caso abonadas = restituição – benfeitorias.
“Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.
Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.”
No caso de evicção parcial, de perda considerável, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque. Caso não considerável a evicção parcial, poderá o evicto somente pleitear indenização por perdas e danos.
“Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.”
Quanto à configuração de perda considerável, afirma F. Tartuce que levar-se-á em conta a essencialidade da parte perdida em relação às finalidades sociais e econômicas do contrato. É a própria aplicação do princípio da função social dos contratos. Exemplifica o doutrinador no caso da evicção parcial da parte menor de uma fazenda, porém a parte perdida é justamente sua parte produtiva.
Denunciação da lide
“Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo.
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos.”
Segundo infere-se do artigo, a denunciação da lide seria obrigatória para que o evicto possa exercer o direito que da evicção lhe resulta. No entanto, os tribunais têm entendido que essa denunciação não é obrigatória, sendo possível reaver o preço da coisa por meio de ação própria, mesmo na falta da intervenção de terceiro. Assim foi o entendimento na V Jornada de Direito Civil: 
“434 - Art. 456. A ausência de denunciação da lide ao alienante, na evicção, não
impede o exercício de pretensão reparatória por meio de via autônoma.”
O enunciado 29 da I Jornada de Direito Civil permitiu a denunciação da lide per saltum, ou seja, que seja responsabilizado pela evicção qualquer um dos responsáveis pelo vício.
“29 - Art. 456: a interpretação do art. 456 do novo Código Civil permite ao evicto a denunciação direta de qualquer dos responsáveis pelo vício.”
Isso porque a denunciação per saltum, por trazer mais opções de demanda ao evicto prejudicado, tutela mais efetivamente o direito material. Ademais, os efeitos contratuais são ampliados, além da primeira relação jurídica estabelecida; tara da aplicação da função social dos contratos. Como aduz outro enunciado da CJF:
“21 - Art. 421: a função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral a impor a revisão do princípio da relatividade dos efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito.”
Não atendendo o alienante à denunciação da lide e sendo manifesta a procedência da evicção, afasta-se a aplicação do art. 75, II, do CPC.
“Art. 75.  Feita a denunciação pelo réu:
II - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que Ihe foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até final;”
Por fim, quanto à aplicação do princípio da boa-fé objetiva, é vedado a possibilidade de o evicto demandar o alienante se tinha conhecimento do vício e do risco de perder a coisa
“Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.”
Extinção dos Contratos
A execução ou cumprimento do contrato é o modo normal de extinção de uma relação contratual. Entretanto, um contrato pode ser extinto antes do seu cumprimento ou no decurso deste.
Cumprimento da obrigação
O contrato extinto de forma normal se dá com o cumprimento da obrigação, ou pelo fim do prazo previsto para o negócio, isto é, seu termo final, desde que todas as obrigações pactuadas sejam cumpridas. Extinto o contrato não há que se falar, via de regra, de obrigações dele decorrentes
Por motivos anteriores à sua celebração
A segunda forma básica de extinção se dá por motivos anteriores à sua celebração. A invalidade contratual é uma delas (teoria das nulidades). O contrato e tido como nulo ou anulável nas mesmas situações de anulação do negócio jurídico. São nulos:
Quando celebrado por absolutamente incapaz, com ausência de representação;
Quando houver sério problema a acometer seu objeto, sendo este ilícito, impossível, indeterminado ou indeterminável;
Quando o motivo de ambas as partes seja ilícito;
Quando houver desrespeito à forma ou à solenidade;
Quando a lei o declarar ou proibir o ato sem cominação de sanção (Ex: pacta corvina);
Quando o negócio for simulado, entretanto é válido o negócio dissimulado;
Para Tartuce, pela coação física, vício de consentimento.
São anuláveis:
Quando celebrado por relativamente incapaz, sem a devida assistência;
Quando houver: erro, dolo, coação moral, lesão, estado de perigo e fraude contra credores.
As outras formas de extinção por motivos anteriores são as cláusulas resolutivas e as de arrependimento, que decorrem da autonomia privada e devem estar previstas no contrato. A primeira se dá por evento futuro e incerto que acarreta o fim do contrato; já a segunda se dá por estipulação dos contratantes que o negócio será extinto mediante a declaração de vontade unilateral de vontade, se qualquer um deles se arrepender.
Fatos posteriores à celebração do contrato
A terceira forma de extinção se dá por fatos posteriores à celebração do contrato. Toda vez que uma das partes sofrer prejuízo se falará em rescisão do contrato. São tipos de rescisão:
Resolução: extinto o contrato por descumprimento;
Resilição: dissolução por vontade bilateral ou unilateral, quando admissível por lei, de forma expressa ou implícita, pelo reconhecimento de um direito potestativo.
 Essas duas formas de rescisão envolvem o plano de eficácia do contrato.
Resolução
A resolução pode se dar por inexecução voluntária, isto é, com a impossibilidade da prestação por culpa ou dolo do devedor. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato ou poderá exigir da outra parte o cumprimento deste, de forma forçada, cabendo indenização por perdas e danos caso comprovada a culpa do devedor.
“Art. 475. A parte lesada pelo inadimplementopode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.”
Pela teoria do adimplemento substancial, em hipóteses em que o contrato tiver sido quase todo cumprido, não caberá a sua extinção, mas apenas outros efeitos jurídicos, visando sempre a manutenção da avença. F. Tartuce afirma que esta é uma aplicação da função social dos contratos, diante da conservação do negócio. (Ex: na venda com reserva e na alienação fiduciária não cabe busca e apreensão, considerando o pequeno valor da dívida em relação ao valor do bem e em função da essencialidade na vida do réu)
A resolução pode se dar, inclusive, por fato alheio à vontade dos contratantes. Ocorrerá por decorrência do caso fortuito ou da força maior. A outra parte não poderá pleitear perdas e danos, sendo ressarcido tudo que lhe foi pago, retornando ao status quo ante.
Também gera extinção a cláusula resolutiva tácita, que decorre da lei e que gera sua extinção por decorrência de um evento futuro e incerto, geralmente relacionado com o inadimplemento. Por decorrer de lei, necessita de interpretação judicial.
“Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.”
Exemplo dessa condição é a exceção do contrato não cumprido, exceptio non adimpleti contractus. Este ocorre nos casos de mútuo descumprimento total do contrato.
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Uma parte somente pode exigir que a outra cumpra com sua obrigação, se primeiro cumprir com a própria. Para melhor elucidar o caso, trago o REsp 981.750/MG (STJ), cuja Relatora foi a Ministra Nancy Andrighi:
“DIREITO CIVIL. CONTRATOS. RESCISÃO. PRÉVIA CONSTITUIÇÃO EM MORA. NECESSIDADE. EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO. (...)
- A exceção de contrato não cumprido somente pode ser oposta quando a lei ou o próprio contrato não determinar a quem cabe primeiro cumprir a obrigação. Estabelecida a sucessividade do adimplemento, o contraente que deve satisfazer a prestação antes do outro não pode recusar-se a cumpri-la sob a conjectura deque este não satisfará a que lhe corre. Já aquele que detém o direito de realizar por último a prestação pode postergá-la enquanto o outro contratante não satisfizer sua própria obrigação. A recusa da parte em cumprir sua obrigação deve guardar proporcionalidade com a inadimplência do outro, não havendo de se cogitar da arguição da exceção de contrato não cumprido quando o descumprimento é parcial e mínimo. (...)”
Nos casos de risco de inadimplemento parcial do contrato, consagra-se o exceptio non rite adimpleti contractus, em que uma vez concluído o contrato, sobrevier a uma das partes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, poderá a outra parte recusar-se a prestação que lhe incumbe, até que o primeiro satisfaça a sua ou dê garantia bastante para satisfazê-la.
“Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.”
Há, inclusive, no artigo acima, a previsão da exceção de inseguridade, quando a conduta de uma das partes submeta a risco a execução do avençado, o contratante inocente pode, dede logo suspender o cumprimento da respectiva prestação. Decorre da boa fé objetiva, no sentido de evitar o tu quoque, em que a parte honesta susta a própria execução até que o outro supra ou garanta o cumprimento do que se obrigou.
A terceira forma de extinção por resolução é a ocorrência de evento extraordinário e imprevisível que dificulte extremamente o adimplemento do contrato, gerando a extinção do negócio de execução diferida ou continuada (trato sucessivo). Aqui, a resolução se dará em decorrência de uma imprevisibilidade e extraordinariedade somadas a uma onerosidade excessiva. 
“Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.”
A extinção dos contratos é medida extrema, somente possível em casos de situação insustentável para uma das partes, decorrentes de evento totalmente imprevisível e extraordinário, tendo em vista a valorização da conservação contratual. É o que diz o enunciado da CJF:
“176 – Art. 478: Em atenção ao princípio da conservação dos negócios jurídicos, o art. 478 do Código Civil de 2002 deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial dos contratos e não à resolução contratual.”
Quanto à interpretação da onerosidade, deve se levar em conta, para o desequilíbrio, as consequências do fato. É o que diz o enunciado da CJF:
“175 – Art. 478: A menção à imprevisibilidade e à extraordinariedade, insertas no art. 478 do Código Civil, deve ser interpretada não somente em relação ao fato que gere o desequilíbrio, mas também em relação às conseqüências que ele produz.”
Assim, coadunam os demais enunciados:
“365 – Art. 478. A extrema vantagem do art. 478 deve ser interpretada como elemento acidental da alteração de circunstâncias, que comporta a incidência da resolução ou revisão do negócio por onerosidade excessiva, independentemente de sua demonstração plena.
366 – Art. 478. O fato extraordinário e imprevisível causador de onerosidade excessiva é aquele que não está coberto objetivamente e pelos riscos próprios da contratação.”
O réu poderá oferecer-se a modificar de forma equitativa as condições do contrato.
“Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.”
Assim, pode também o juiz, é o que diz o enunciado 367 da CJF:
“367 – Art. 479. Em observância ao princípio da conservação do contrato, nas ações que tenham por objeto a resolução do pacto por excessiva onerosidade, pode o juiz modificá-lo equitativamente, desde que ouvida a parte autora, respeitada a sua vontade e observado o contraditório.”
Se no contrato bilateral uma parte já houver cumprido com sua prestação, restando apenas à outra o dever jurídico obrigacional (Ex: contrato de financiamento), poderá a outra parte pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterando de modo à executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva, o desequilíbrio contratual.
Outra extinção é a resolução por frustração do fim do contrato ou perda do seu objeto. Explica Jorge Catalan que na medida em que a parte, por fatos alheios a sua esfera de atuação, teve sua pretensão fática frustrada, não se pode sustentar que a mesma seja obrigada a fielmente observar o pacta sunt servanda, sendo lícito à mesma resolver o negócio.
Um exemplo deste caso é o aluguel de uma casa em Salvador para assistir à festa de carnaval, constando essa finalidade no instrumento contratual. Mas, por decisão do Governador do Estado, a festa se passará em outro local, bem distante do local em que a casa foi alugada.
Resilição
Ocorre resilição quando a lei previr a extinção do negócio como um direito potestativo reconhecido à própria parte, ou às partes. Esta pode se dar de forma bilateral ou unilateral (distrato). É feita mediante um novo negócio em que ambas as partes resolvem, de comum acordo, pôr fim ao negócio anterior que firmaram. 
O distrato submete-se à forma exigida do contrato. Portanto, ao se vender um bem por escritura pública, mas essa não for sua regra formal indispensável, a resilição pode se dar por documento particular; o mesmo nãos e da na compra de imóvel, em que a resilição deve se dar por escritura pública porque assim é exigível.
“Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigidapara o contrato.”
Na resilição unilateral, o direito é potestativo. Ocorre em hipóteses excepcionais e mediante denúncia notificada à outra parte. Ex: comodato.
“Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.”
A denúncia pode ser cheia ou vazia, isto é, com ou sem motivação. A denúncia cheia é cabível quando não houver inadimplemento, como p. ex. na retomada para uso próprio de bem alugado.
Segundo Tartuce, há mais 3 modos de resilição unilateral: pela revogação, quando há quebra de confiança pelo credor; Renúncia, também pela quebra de confiança pelo devedor; e Exoneração por ato unilateral, cabível pelo fiador, na fiança por prazo indeterminado.
Mas se diante da natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a execução do negócio, a resilição unilateral só produzirá efeitos depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimento. Pretende-se a aplicação da função social dos contratos, impedindo situações de injustiça, conservando o contrato por prazo razoável.
 “Art. 473. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.”
Extinção por morte de um dos contratantes
Para algumas formas negociais a morte de um dos contratantes pode gerar seu fim, isso ocorre nas obrigações intuitu personae, sendo denominada Cessação Contratual, conforme ensina Orlando Gomes. Ex: fiança.

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