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Disfagia: Definição, Prevalência e Fisiopatologia

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Prévia do material em texto

Natalia Elizabeth Galdino Alves
Carla de Oliveira Barbosa Rosa
Sônia Maria Rocha Ribeiro
DISFAGIA
Universidade 
Federal
de Viçosa Coordenadoria de Educação 
Aberta e a Distância
2
Disfagia
Universidade Federal de Viçosa
Reitora
Nilda de Fátima Ferreira Soares
Vice-Reitor
Demétrius David da Silva
Layout e Capa: Diogo Rodrigues
Editoração Eletrônica: Diogo Rodrigues 
Revisão Final: João Batista Mota
Diretor
Frederico Vieira Passos
Prédio CEE, Avenida PH Rolfs s/n
Campus Universitário, 36570-000, Viçosa/MG
Telefone: (31) 3899 2858 | Fax: (31) 3899 3352
3
Disfagia
Sumário
DEFiNiÇÃo E PrEVALÊNCiA
FiSioPAToLoGiA
CLASSiFiCAÇÃo E AVALiAÇÃo CLÍNiCA DA 
DiSFAGiA
ComPLiCAÇÕES 
ASPECToS NuTriCioNAiS
rEFErÊNCiAS uTiLiZADAS E rEComENDADAS
4
4
5
7
8
10
4
Disfagia
Disfagia
A identificação precoce de pacientes idosos com risco de disfa-
gia, por meio de avaliações biomecânicas da deglutição, é de grande 
importância para prevenção e tratamento de possíveis complicações 
da disfagia, como pneumonia aspirativa e desnutrição e desidratação 
(ROFES et al.,2011).!
DEFINIÇÃO E PREVALÊNCIA
Derivado do grego dys (dificuldade) e phagein (para comer), o termo disfagia 
denota impossibilidade ou dificuldade no processo de deglutição, decorrente 
de anormalidades em estruturas ou movimentos da cavidade oral (MCHORNEY 
e ROSENBEK,1998). Não se trata de uma doença, mas sim de um sintoma que re-
flete atraso na passagem de líquidos e sólidos da cavidade oral para o estômago, 
podendo afetar as fases oral, faríngea ou esofágica da deglutição (ROSENTHAL 
et al.,2006). A disfagia pode se manifestar como disfagia orofaríngea, em que há 
incapacidade de iniciar a deglutição ou disfagia esofagiana na qual há perceptí-
vel dificuldade de passagem de líquidos e sólidos da garganta para o estômago 
(ROFES et al.,2011). 
FISIOPATOLOGIA 
A disfagia pode afetar as fases oral, faríngea ou esofágica da deglutição. A 
fase oral ocorre voluntariamente a partir da introdução do alimento na cavidade 
oral e envolve os processos de mastigação e captação do bolo alimentar, prepa-
rando o alimento para ser enviado à faringe (SONIES et al.,1988). A presença do 
bolo alimentar na cavidade faríngea dá início à fase faríngea, que é involuntária 
e reflexa. Para evitar aspiração laríngea do alimento, durante essa fase ocorre 
apneia controlada pelo tronco cerebral, como forma de proteção das vias aé-
reas (ARDRAN e KEMP,1951; SONIES et al.,1988). A atividade motora esofágica 
direciona o bolo alimentar do esôfago ao estômago, por meio da ação da gravi-
dade e da peristalse, caracterizando a fase esofágica da deglutição (ARDRAN e 
KEMP,1951).
Todo esse processo é coordenado sistematicamente pelo sistema nervoso 
central. Dessa forma, lesões cerebrais podem afetar o controle voluntário da de-
glutição e da mastigação e o transporte do bolo alimentar durante a fase oral 
(ZALD e PARDO,2000). Lesões corticais podem produzir alterações no controle da 
face, língua, lábios e peristalse faríngea (VEIS e LOGEMANN,1985). Alterações na 
função cognitiva como concentração ou atenção seletiva decorrentes de lesões 
cerebrais também podem afetar o controle da deglutição (ERTEKIN et al.,2001). 
Grande comprometimento da deglutição pode ocorrer devido a lesões do tron-
co cerebral, alterando a sensibilidade oral, a elevação faríngea, o fechamento 
glótico e a abertura da transição faringoesofágica (VEIS e LOGEMANN,1985).
Diversas alterações estruturais, que comprometem a progressão do bolo ali-
mentar, podem favorecer o surgimento da disfagia. Dentre as principais, des-
tacam-se aquelas decorrentes de tumores esofágicos, estenose esofágica pós-
-cirúrgica e divertículo de Zenker (CLAVÉ et al.,2004). Além disso, pode ser um 
efeito colateral em pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos à 
5
Disfagia
radioterapia. Em idosos, está associada ao envelhecimento, AVC e doenças sistê-
micas ou neurológicas (JEAN,2001).
O tempo de resposta à deglutição, que envolve controle neural, varia de 0,6 
a 1 segundo em indivíduos saudáveis (JEAN,2001); ao contrário, em idosos, essa 
resposta é prejudicada, especialmente em pacientes com disfagia neurogênica 
(NAGAYA e SUMI,2002). Isso porque o envelhecimento e as doenças neurode-
generativas podem contribuir para a diminuição das sensações (TEISMANN et 
al.,2007; TEISMANN et al.,2009), decréscimo no número de neurônios no cére-
bro, atraso na condução sináptica em aferências para o sistema nervoso central, 
resultando em atraso na resposta à deglutição (NAGAYA e SUMI,2002; CLAVÉ, 
ALMIRALL et al.,2005; TURLEY e COHEN,2009).
 Outros fatores associados à deglutição prejudicada em idosos são: confusão, 
delírio e demência, efeitos de sedativos, de neurolépticos ou de antidepressi-
vos (TURLEY e COHEN,2009). A disfagia pode estar relacionada também ao uso 
crônico de medicamentos comuns capazes de induzir lesão direta da mucosa, 
reduzir a pressão do esfíncter esofagiano inferior ou causar xerostomia (COOK e 
KAHRILAS,1999). Além disso, idosos apresentam fraqueza lingual relacionada à 
sarcopenia e fragilidade da musculatura da cabeça e pescoço com o avançar da 
idade (ROBBINS et al.,2005), o que prejudica a transferência do bolo alimentar da 
boca para a faringe, já que a ação mecânica da língua sobre o bolo é fundamen-
tal no processo de propulsão (NICOSIA e ROBBINS,2001), o que contribui para a 
ocorrência de disfagia.
CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DISFAGIA
Clinicamente a disfagia pode ser classificada segundo o grau de severidade 
em: leve, moderada e grave. Na disfagia leve observa-se uma dificuldade tolerá-
vel que não impossibilita a deglutição totalmente, podendo ser adaptada com 
técnicas específicas. Nos casos moderados há prejuízos consideráveis à alimen-
tação, mas alguma ingestão por via oral é possível ainda que em quantidades 
insuficientes que pode ser complementada por via alternativa de alimentação. 
Na disfagia grave verifica-se aspirações volumosas relacionadas às pneumonias 
de repetição, que impedem a alimentação por via oral, sendo necessário, obriga-
toriamente, uma via alternativa de alimentação (FREITAS,2007). A disfagia pode 
ser classificada também em níveis conforme apresentado no quadro 1. 
As disfagias podem ser classificadas em disfagia de transferência 
e de transporte. Na primeira, também chamada de orofaríngea, a di-
ficuldade reside na transferência do bolo alimentar da boca para a fa-
ringe e sua penetração pelo esfíncter superior do esôfago. Na disfagia 
de transporte ou esofagiana, ocorre dificuldade na passagem do bolo 
alimentar pelo corpo esofagiano (KAHRILAS e ERGUN,1994).!
6
Disfagia
QUADRO 1: CLASSIFICAÇÃO DA DISFAGIA SEGUNDO NÍVEL 
DE COMPROMETIMENTO
Nível Estado de deglutição
I Deglutição Normal – Nenhuma estratégia ou tempo extra é necessário. 
A alimentação via oral completa é recomendada.
II Deglutição funcional – Anormal ou alterada, mas não resulta em 
aspiração ou redução da eficiência da deglutição, sendo possível 
manter adequada nutrição e hidratação por via oral. Pode ser 
necessário despender tempo adicional para esta tarefa. 
III Disfagia orofaríngea leve – Distúrbio de deglutição presente, com 
necessidade de orientações específicas dadas pelo fonoaudiólogo 
durante a deglutição. Necessidade de pequenas modificações na 
dieta, de tosse e/ou pigarro espontâneos e eficazes e leves alterações 
orais com compensações adequadas.
IV Disfagia orofaríngea leve a moderada – Existência de risco de aspiração, 
porém reduzido com o uso de manobras e técnicas terapêuticas. 
Necessidade de supervisão esporádica para realização de precauções 
terapêuticas. O tempo para a alimentação é significativamente 
aumentado e a suplementação nutricional é indicada.
V Disfagia orofaríngea moderada – Existência de risco significativo 
de aspiração.Alimentação oral suplementada por via alternativa. O 
paciente pode se alimentar de algumas consistências, utilizando 
técnicas específicas para minimizar
o potencial de aspiração e/ou facilitar a deglutição, com necessidade 
de supervisão. 
VI Disfagia orofaríngea moderada a grave – Tolerância de apenas uma 
consistência, com máxima assistência. Se o estado pulmonar do 
paciente estiver comprometido, é necessário suspender a alimentação 
por via oral.
VII Disfagia orofaríngea grave – Impossibilidade de alimentação via oral. 
Engasgo com dificuldade de recuperação, presença de cianose ou 
broncoespasmos, aspiração silenciosa para duas ou mais consistências.
Adaptado de Padovani et al.(2007)
Para o diagnóstico de disfagia faz-se necessário uma abordagem multidis-
ciplinar que deve envolver vários profissionais de saúde como: fonoaudiólogos, 
enfermeiros, gastroenterologistas, otorrinolaringologistas, neurologistas, cirur-
giões, nutricionistas, radiologistas, fisioterapeutas e geriatras (CLAVÉ, VERDA-
GUER et al.,2005). Considerando as atribuições de cada profissional envolvido, 
a equipe deve realizar triagens para a identificação precoce de pacientes idosos 
com disfagia, diagnosticar qualquer etiologia médica ou cirúrgica que possa re-
sultar nesse sintoma e que exija tratamento específico, bem como estabelecer 
um conjunto de estratégias terapêuticas individualizadas (CLAVÉ, ALMIRALL et 
al.,2005). 
A triagem dever ser realizada em pacientes de risco para verificar a presença 
ou ausência de disfagia. Não deve ser invasiva e recomenda-se que seja exe-
cutada de forma rápida (15 a 20 minutos) (MARTINO et al.,2000). Assim, pode-
-se determinar a prioridade de assistência, bem como verificar a necessidade de 
avaliações posteriores.
O fonoaudiólogo é o profissional responsável pela avaliação clínica e funcio-
nal da deglutição. A avaliação clínica estrutural é composta pelo exame físico da 
7
Disfagia
cavidade oral, da faringe e da laringe, e pela verificação da mobilidade e da toni-
cidade das estruturas envolvidas na deglutição. Na avaliação funcional, avalia-se 
a ingestão de diferentes consistências alimentares (líquidos finos, espessados, 
pastosos/purês, pastosos/pedaços moles, sólidos macios e secos), em pequenas 
quantidades. Nesse processo, podem-se utilizar os procedimentos de ausculta 
cervical (ausculta dos sons de passagem do ar e da deglutição) e oximetria de 
pulso (medida da saturação de oxigênio na hemoglobina, monitoramento de 
pacientes com aspiração laringotraqueal que dessaturam oxigênio) (NAJAS et 
al.,2011). Exames de imagem devem ser complementares e utilizados nos casos 
de dúvida clínica para conclusão do diagnóstico. Os métodos complementares 
mais utilizados para avaliação da deglutição são estudo endoscópico e estudo 
videofluoroscópico da deglutição (BASTIAN,1993; AVIV et al.,1998).
COMPLICAÇÕES 
Devido ao atraso na resposta à deglutição comum em idosos saudáveis 
(TURLEY e COHEN,2009) e outros fatores inerentes ao envelhecimento (FINES-
TONE e GREENE-FINESTONE,2003), a proporção de aspiração ou penetração si-
lenciosa nessa população é elevada (NICOSIA et al.,2000). A disfagia orofaríngea 
é um reconhecido fator de risco para pneumonia por aspiração que aumenta 
proporcionalmente à idade e gravidade da doença de base (MILNE et al.,2006). 
A dificuldade de deglutição e a ingestão oral de medicamentos foram relatados 
como fatores de risco consideráveis para pneumonia em idosos em assistência 
domiciliar (LOEB et al.,1999). Em outro estudo, 40% dos pacientes hospitalizados 
com doença pulmonar obstrutiva crônica apresentavam previamente distúrbios 
da deglutição orofaríngea (ROBINSON et al.,2011). 
A baixa ingestão energética e protéica é frequente em idosos e está associa-
da à fragilidade (BARTALI et al.,2006), resultando em piora do estado funcional 
e maior prevalência de desnutrição (CABRE et al.,2010). A disfagia pode levar à 
desnutrição nos casos em que não há monitoramento do estado nutricional e 
estabelecimento de estratégias para aumentar a ingestão calórica, já que pode 
haver redução da alimentação por via oral. Há uma forte relação entre a gravida-
de da disfagia e incidência de desnutrição (CLAVÉ, ALMIRALL et al.,2005; CLAVÉ 
et al.,2006), visto que o valor calórico dos alimentos pode ser reduzido quando o 
indivíduo disfágico tenta alterar a consistência dos alimentos e preparações por 
meio da adição de água. A perda de peso e a desnutrição em idosos contribui 
para torná-los vulneráveis, aumentando o risco de doenças devido ao estado nu-
tricional deficiente, como úlceras por pressão, maior susceptibilidade à infecções 
e prejuízos às funções físicas e mentais (SEDENE,1998). 
A dificuldade de deglutição de líquidos finos pode levar a desidratação pela 
redução da ingestão hídrica (SMITH,2006). Um aumento nas taxas de desidra-
tação entre idosos tem sido verificado, com incidência associada à disfagia de 
aproximadamente 32% (BOTELLA-TRELIS e FERRERO-LÓPEZ,2002). Se não trata-
da pode desencadear constipação, cálculos renais, prolapso da válvula mitral, 
infecções do trato urinário, pneumonia, úlceras por pressão e hipotensão ortos-
tática que favorece o aumento de quedas (XIAO et al.,2004).
As complicações principais resultantes da disfagia, tanto a orofa-
ríngea quanto a esofagiana, são aspiração de sólidos ou líquidos e as-
piração do conteúdo gástrico para o trato respiratório durante a pas-
sagem de alimentos. Além disso, verifica-se redução do apetite, perda 
de peso, desidratação, desnutrição, menor participação social em ati-
vidades gastronômicas, reduzindo a qualidade de vida (DEFABRIZIO e 
RAJAPPA,2010).!
8
Disfagia
ASPECTOS NUTRICIONAIS 
Os objetivos principais da terapia nutricional nos casos de disfagia são: es-
tabelecer a via de administração nutricional mais segura; adaptar a alimentação 
oral ao grau de disfagia; prevenir complicações; alcançar o grau máximo de con-
sistência possível, conforme tolerância do paciente, e monitorar continuamente 
os casos em que a alimentação por via oral não for possível, de forma a manter 
ou recuperar o estado nutricional. É função do nutricionista definir as necessi-
dades nutricionais do paciente, realizando a prescrição dietética de acordo com 
o nível de comprometimento da deglutição, estabelecendo o volume da dieta, 
intervalo entre as refeições, consistência, temperatura, sempre respeitando as 
preferências e aversões dos pacientes. A dieta deve ser planejada de forma a 
facilitar a progressão conforme tolerância individual, bem como favorecer a in-
gestão nutricional e diminuir o risco de aspiração (RANGEL, 1998; KIRSTE et al., 
2003).
Os pacientes com disfagia leve toleram bem texturas macias e deglutem lí-
quidos com segurança. Assim, devem evitar alimentos duros, crus, quebradiços 
ou fritos em imersão. A dieta poderá ser progredida para dieta livre, conforme 
tolerância e intercorrências (NDD,2002). 
Nos casos de disfagia leve a moderada, os alimentos podem ser próximos à 
textura normal, evitando-se alimentos duros e crocantes. Permite-se o consu-
mo de pães macios, papa de pão com leite, arroz bem cozido, polenta, caldo de 
feijão, papa de biscoitos com leite ou chá, bolos macios, alface, carnes macias e 
fragmentadas em pequenos pedaços. É importante evitar frutas e vegetais du-
ros, castanhas e sementes. Para os líquidos, avalie individualmente a viscosidade 
a ser indicada (NDD,2002). 
Na disfagia moderada, podem ser oferecidos alimentos úmidos e macios, 
como vegetais cozidos, frutas macias e maduras, cereais umedecidos, ou seja, 
alimentos que exijam o mínimo de mastigação. São excluídos pães, bolo seco, 
queijo em cubos, milho e ervilha. Evita-se alimentos que esfarelam na boca e 
com duas texturas pelo risco de engasgo. Todos os líquidos ralos devem ser es-
pessados com agente espessante comercial. Líquidos grossos,como sucos gros-
sos e derivados de leite sem espessante, podem ser oferecidos (NDD,2002). 
Para a disfagia moderada a grave, a dieta deve consistir de purês homogê-
neos, alimentos coesivos e de baixa adesividade, como purê de vegetais e carne, 
mingau de amido de milho, pudins, sorvetes, sopa de macarrão liquidificada, 
vitamina de frutas espessada. Evita-se alimentos pegajosos ou que necessitem 
de formação de bolo na boca. Recomenda-se dieta mecanicamente não irritante 
e pobre em fibras. Todos os líquidos ralos devem ser espessados com agente 
espessante comercial (NDD,2002).
Dessa forma, o tipo de dieta para o paciente disfágico deverá sofrer modifi-
Com relação à consistência e viscosidade, os alimentos podem ser 
classificados em líquidos e sólidos. Os líquidos podem ser categori-
zados em três níveis de consistência: tipo néctar (líquido espessado, 
tomado com ajuda de canudo ou diretamente no copo), tipo mel (pas-
toso fino, sem utilização de canudo) e tipo pudim (pastoso grosso, to-
mado com colher). Os alimentos sólidos podem ser classificados con-
forme a textura em: textura A (macio; alimentos naturalmente macios 
ou cozidos ou cortados para modificação de textura), textura B (moído 
e úmido; alimentos facilmente amassados com o garfo, podendo apre-
sentar grumos ou pedaços lisos e redondos) e textura C (purê homo-
gêneo e liso; alimentos lisos, homogêneos e sem grumos ou pedaços) 
(NDD,2002). 
!
9
Disfagia
cações de consistência, conforme o grau de disfagia e tolerância, podendo variar 
de pastosa a branda, como representado no quadro 2.
QUADRO 2 – TIPOS DE DIETA
 
Consistência Características Gerais
Pastosa Alimentos que possam ser mastigados e deglutidos com 
pouco ou nenhum esforço. Geralmente é normoglicídica, 
normoproteica, normolipídica. A consistência é abrandada 
por cocção e processos mecânicos. Utiliza-se alimentos 
moídos ou liquidificados, em forma de purê. Não são 
permitidas texturas grossas e ásperas, como frutas e 
hortaliças cruas e frutas oleaginosas, entre outras.
Semisólida São fornecidos alimentos úmidos, de textura macia e 
que necessitam ou exigem grau mínimo de mastigação. 
Geralmente é normoglicídica, normoproteica, 
normolipídica. A consistência é abrandada por cocção. 
Podem ser ofertados líquidos em consistência de pudim. Os 
pacientes devem ser avaliados para a tolerância às texturas 
mistas.
Branda Alimentos íntegros, de textura macia, com consistência 
abrandada por cocção. Dispensa processos mecânicos que 
alterem a consistência.
Pacientes com o controle oral reduzido podem apresentar dificuldades de 
deglutição para líquidos ralos, aumentando o risco de aspiração do alimento. A 
determinação da viscosidade ideal do alimento conforme o grau de disfagia é 
fundamental para garantir uma deglutição segura com reduzido risco de aspira-
ção (SOUZA et al.,2003). Sendo a desidratação uma das possíveis complicações 
da disfagia, é de extrema importância o monitoramento diário da hidratação, 
por meio de registros de ingestão e diurese, e realização de exames físico e labo-
ratorial (PILLON et al.,2004). 
Para garantir a ingestão hídrica adequada, diversos tipos de espessantes po-
dem ser utilizados para aumentar a viscosidade de líquidos ralos. Grande par-
te deles são carboidratos naturais (carragena, gomas guar, arábica e xantana) 
ou quimicamente modificados (MUNHOZ et al.,2004), encontrados em grandes 
quantidades no mercado. Em âmbito hospitalar, são utilizados principalmente 
espessantes modificados, a exemplo do Thick & Easy® (Hormel/ HealthLabs/ Fre-
senius) e Resource Ticken Up® (Novartis) e do Nutilis® (Support), que oferecem 
em média 18 calorias a cada 5 gramas, não alteram o sabor e cor dos alimentos 
e, por isso, são bem aceitos pelos pacientes (SOUZA et al.,2003). 
Além disso, para prevenir a desidratação, podem-se ofertar alimentos com 
alto teor de líquidos, como purês de frutas e hortaliças, mingaus de cereais, man-
jares e pudins. Nos casos em que a ingestão oral seja insuficiente para suprir a 
necessidade hídrica, a utilização de sonda nasogástrica ou nasoentérica ou hi-
dratação por via endovenosa é recomendada (COSTA et al.,2003).
Outras condutas devem ser consideradas na alimentação dos pacientes dis-
fágicos, como os cuidados com a higiene bucal logo após as refeições, orienta-
ção para o repouso anterior às refeições para evitar cansaço, maior fracionamen-
to das refeições, fazer com que o paciente tenha sua atenção totalmente voltada 
para alimentação, evitando distrações, e encorajá-lo a dar pequenas mordidas e 
a mastigar vagarosamente os alimentos (MANN et al.,1999).
10
Disfagia
Além da relação intricada entre disfagia e prejuízo ao estado nutricional, 
discute-se também a influência do estado nutricional no aparecimento e agravo 
da disfagia em idosos. A perda de nutrientes resulta em alterações na função 
muscular e nervosa, o que poderia afetar a neuromusculatura da deglutição. As-
sim, em pacientes disfágicos gravemente desnutridos, a alimentação alternativa 
é sugerida antes de se instituir a alimentação via oral (VELDEE e PETH,1992).
Portanto, o cuidado nutricional do paciente disfágico é de suma importância 
para evitar complicações, que, no caso do idoso, podem aumentar os riscos de 
mortalidade e redução da qualidade de vida. É necessário, portanto, adequar a 
dieta às necessidades nutricionais e monitorar continuamente o estado nutri-
cional. 
REFERÊNCIAS UTILIZADAS E RECOMENDADAS
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