cpc 2 semana 8

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

1ª Questão: Laura propôs ação de indenização por danos morais em face da Loja de Departamentos Roupa Bonita, pois,
apessar de jamais ter adquirido qualquer produto deste estabelecimento, seu nome foi inserido nos órgãos de proteção ao
crédito, como se houvesse algum débito seu em favor da empresa. Foi vítima de alguma fraude, certamente. A autora
requereu inversão do ônus da prova. Ao final, foi proferida sentença, julgando-se procedente o pedido da autora, com a
seguinte fundamentação: em razão da inversão do ônus da prova prevista no inciso VIII do art. 6o do Código de Proteção e
Defesa do Consumidor, caberia à empresa a comprovação da exîstência do negócio jurídico que teria sido celebrado entre as
partes, prova não produzida por ela; caberia à autora tão somente alegar o fato que deu ensejo ao dano moral e, à empresa,
a prova de que ele não existiu - como, mais uma vez, a empresa não produziu tal prova, o pedido da autora deveria ser
acolhido. Ainda foi dito, pelo juízo, que a inversão consiste em "regra de julgamento", de maneira que o momento de explicitála
é em sentença. Responda: os fundamentos apresentados pelo juízo encontram-se corretos? Explique e, em sua resposta,
esclareça quais são, genericamente, os requisitos para a inversão judicial do ônus da prova, prevista no Código de Proteção e
Defesa do Consumidor.
R) Os fundamentos seriam a hipossuficiencia técnica para produzir provas e a verossimilhança.
 Todavia o autor teria que demonstrar minimamente os fatos aludidos.
 Resp. 949000 a inversão do ônus pode e deve ser resevada para a sentença por se tratar de regra de julgamento.
2ª Questão. A respeito das provas admitidas no Direito Processual Civil Brasileiro, assinale a alternativa correta:
a) São admitidas apenas as provas típicas, tal como prevê o art. 212, do Código Civil;
b) São admitidos todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que atípicos;
c) Ainda que notórios os fatos, dependem de prova, em razão da ampla defesa e contraditório, garantias constitucionais
brasileiras;
d) Considerando-se que "o direito, o juiz conhece", mesmo do consuetudinário, o órgão jurisdicional não pode exigir a prova.
Página 1 de 698 resultados
TJ-DF - Agravo de Instrumento AG 182587720098070000 DF 0018258-77.2009.807.0000 (TJ-DF) 
Data de publicação: 17/03/2010 
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA. LEI FEDERAL Nº 1.060 /50. COMPROVAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. NECESSIDADE. ALIMENTOS PROVISÓRIOS. RELAÇÃO DE PARENTESCO. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER PROVA. BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA MEDIANTE SIMPLES AFIRMAÇÃO FORAM RECEPCIONADOS PARCIALMENTE PELA ATUAL CONSTITUIÇÃO FEDERAL , QUE ESTABELECE, EM SEU ARTIGO 5º , INCISO LXXIV , QUE "O ESTADO PRESTARÁ ASSISTÊNCIA JURÍDICA INTEGRAL E GRATUITA AOS QUE COMPROVAREM FALTA DE RECURSOS". LOGO, A SIMPLES DECLARAÇÃO DE POBREZA NÃO É SUFICIENTE PARA DEMONSTRAÇÃO DO ESTADO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA, MORMENTE QUANDO EM DESCOMPASSO COM O APRESENTADO PELOS AUTOS. ASSIM, É PERMITIDO AO JUIZ INDEFERIR A GRATUIDADE DE JUSTIÇA, AINDA QUE NÃO IMPUGNADA PELA P ARTE CONTRÁRIA, DESDE QUE, DIANTE DO CASO CONCRETO, VERIFIQUE A POSSIBILIDADE DA P ARTE EM ARCAR COM O PAGAMENTO DAS VERBAS. OU SEJA, A PRESUNÇÃO CONFERIDA À DECLARAÇÃO DO REQUERENTE É JURIS TANTUM, DEVENDO A QUESTÃO DA CONCESSÃO OU NÃO DA JUSTIÇA GRATUITA SER RESOLVIDA TENDO EM VISTA A REALIDADE APRESENTADA EM CADA CASO. CONFIGURADA A REAL NECESSIDADE DAS BENESSES DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA, MISTER SE FAZ O SEU DEFERIMENTO. NÃO SE FAZENDO PRESENTES QUAISQUER REQUISITOS QUE POSSAM ATRIBUIR AOS ENVOLVIDOS NA INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE EM CURSO VÍNCULO DE PARENTESCO, APTO AO DEFERIMENTO DA MEDIDA FIXATÓRIA DE ALIMENTOS, O INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS É MEDIDA QUE SE IMPÕE, MORMENTE QUANDO OS AUTOS SE ENCONTRAM NA FASE INSTRUTÓRIA, NÃO HAVENDO QUALQUER EXAME DE DNA OU MESMO CONFISSÃO ACERCA DOS FATOS ALEGADOS. CARECEM, PORTANTO, DE UM MÍNIMO DE PROVAS ACERCA DA PATERNIDADE VINDICADA. TAMBÉM NÃO SE VISLUMBRA QUE TENHA HAVIDO A INVERSÃO DO ONUS PROBANDI, EM RAZÃO DA RECUSA DO AGRAVANTE EM SE SUBMETER AO CITADO EXAME DE DNA. O ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO QUE HOJE PREVALECE NOS CASOS DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE É QUE OS ALIMENTOS SOMENTE SERÃO FIXADOS POR OCASIÃO DA PROLAÇÃO DA SENTENÇA, DEVENDO ESSES RETROAGIRAM À DATA DA CITAÇÃO. E ISSO, APÓS A DEVIDA AFERIÇÃO DA REAL NECESSIDADE/POSSIBILIDADE DOS ENVOLVIDOS. É O QUE SE DENOTA DO CONTIDO NO ARTIGO 7º DA LEI FEDERAL Nº 8.560 /92. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.... 
TJ-ES - Agravo de Instrumento AG 21059000436 ES 021059000436 (TJ-ES) 
Data de publicação: 31/10/2005 
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1) PATERNIDADE. EXAME DE DNA. RECUSA INJUSTIFICADA. DIREITO À FILIAÇAO. SÉRIO INDÍCIO DE PATERNIDADE. 2) INVERSAO DO ÔNUS DA PROVA. IMPOSSIBILIDADE. CRIAÇAO DE INDÍCIO. NECESSIDADE DE COMPROVAÇAO DE MÍNIMO RELACIONAMENTO ÍNTIMO. 3) QUESTÕES PROCESSUAIS PENDENTES. APRECIAÇAO NA AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.1) Ainda que não possa a parte ser compelida a realizar o exame de DNA, é manifesta a impossibilidade de ser tolhido o direito à filiação diante da recusa injustificada, consistindo a recusa, por óbvio, em sério indício da paternidade, eis que negativa nessas condições tem o fito de dificultar a prova.2) Entretanto, a partir da recusa da parte em se submeter aos exame médicopericiais, como é o caso do exame de DNA, não deverá ser invertido o ônus da prova em relação ao fato cuja prova se busca, por se criar apenas um indício de que o exame recusado provaria, caso realizado, aquilo que é desfavorável a quem recusou (Súmula 301/STJ).3) Conquanto uma das finalidades da audiência preliminar seja justamente o saneamento do processo, ou seja, expurgar os vícios que possam existir, decidindo questões processuais pendentes, não há que se imputar qualquer prejuízo a parte aguardar a apreciação dessas matérias na audiência de instrução de julgamento. Recurso parcialmente provido.