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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 
LIBRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA – 6 
 
TRADUÇÃO 
AUTOMÁTICA DO 
PORTUGUÊS BRASILEIRO 
PARA LIBRAS 
 
Prezado aluno, 
 
A tradução automática PB-Libras comporta em si significativa complexidade 
por envolver dois sistemas linguísticos que se apresentam em diferentes 
modalidades: oral-auditiva e visual-gestual. Nesse caso, além da complexidade 
envolvida em qualquer processo de tradução, há particularidades entre a língua-
fonte e a língua-alvo, pois a primeira se apresenta por meio de palavras ou frases 
escritas em um código alfabético (que representa sons), e a segunda, por meio das 
mãos, face e corpo e em uma sintaxe organizada no espaço. Assim, pesquisas que 
tratam da tradução intermodal na tradução interlingual (SEGALA; QUADROS, 
2015), mesmo que ainda não frequentemente explicitadas no campo da tradução 
automática PB-Libras por meio desta nomenclatura, representam um desafio 
científico a ser encarado, explorado e possivelmente expandido, enquanto campo 
de pesquisa. 
Depreende-se, portanto, que a oferta e o contato com aplicativos de tradução 
automática gratuitos poderão se consolidar pelo acesso a traduções adequadas de 
uma língua oral-gráfica (português brasileiro [PB]) para uma língua visual-gestual 
(Libras). Caso contrário, poderão ocorrer prejuízos na aprendizagem de sinais e/ou 
palavras e/ou no uso para fins de acessibilidade interacional entre surdos e 
ouvintes. 
Bons estudos! 
 
 
 
6. TRADUÇÃO AUTOMÁTICA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO PARA LIBRAS 
Os aplicativos de tradução automática ou tradução por máquina (do inglês 
machine translation), no escopo da pesquisa aqui apresentada, realizam traduções do 
PB escrito ou falado (via captura de voz) para a Libras por meio da sinalização 
apresentada por agentes animados em 3D, comumente denominados avatares. Esta 
última denominação inclusive foi adotada em parte das pesquisas apresentadas neste 
capítulo. Contudo, em pesquisas recentes foi encontrado o uso de “agente animado” 
ou “agente animado em 3D” para referir-se à entidade animada com forma humana 
que produz os sinais da Libras nos aplicativos. 
Para apresentar as diferenças conceituais entre “avatar” e “agente animado”, 
toma-se o conceito proposto por Badler (1997), que classifica a representação em 3D 
de humanos em ambientes virtuais/interfaces digitais em duas categorias: avatares e 
agentes animados/virtuais, os quais comportam similitudes, mas se diferenciam em 
relação ao controle e à representação. 
Na medida em que um avatar é representado por uma entidade humana real 
individual, que exerce controle direto sobre suas ações, os agentes animados/virtuais 
são entidades relativamente autômatas controladas por software. Desse modo, 
entende-se que o conceito de avatar (BADLER, 1997) é aplicado aos humanos virtuais 
que assumem física e psicologicamente a representação de um sujeito humano real, 
de aparência humana ou humanoide, sendo por ele completamente controlado quanto 
à interação, ao movimento, à aparência e à expressão. Portanto, o usuário tem 
autonomia, podendo guiar seu avatar dentro de um mundo digital, que lhe permite ir e 
vir, parar, conversar, construir, trocar sua caracterização física, etc., assim como 
interagir com objetos, cenários e outros avatares (MODESTO et al., 2006). 
Em contrapartida, um agente animado/virtual diferencia-se do conceito de 
avatar, pois este é autônomo aos comandos de seu usuário quanto à execução de 
movimentos, fala, nome, aparência e, sobretudo, às tomadas de decisões no espaço 
digital em que está inserido, embora possa permitir que o usuário interfira ligeiramente 
em algumas de suas funcionalidades (BADLER, 1997). O usuário, ao inserir uma 
informação, em caráter de código de entrada, faz a animação mobilizar ações para as 
quais fora previamente programada, como é o caso dos aplicativos de tradução 
automática PB-Libras, os quais apenas realizam sinalizações em Libras. O desafio 
 
 
 
nessas traduções automáticas diz respeito a traduções que contemplem a 
complexidade da Libras, seja quanto aos parâmetros manuais ou expressões não 
manuais, entendendo que nada pode ser desconsiderado ao traduzir digitalmente 
conteúdo de uma língua para outra. 
Na continuidade da conceituação sobre tradução automática, infere-se que ela 
está compreendida na literatura como uma subárea do processamento de línguas 
naturais (PLN) e direcionada aos estudos em linguagem (DIAS-DA-SILVA, 1996), 
abarcando o desenvolvimento, o (re) design e a análise da qualidade de sistemas 
computacionais. Há, sem dúvida, no encalço dessa subárea, o desejo de construir 
cada vez mais diálogos consistentes entre os cientistas das ciências da computação 
e da linguística aplicada (DIAS-DA-SILVA, 1996; DI FELIPPO, DIAS-DA-SILVA, 2009; 
BIDERMAN, 1978; BERBER SARDINHA, 2005). 
Diante de uma sociedade digital (CASTELLS, 1999), como é a contemporânea, 
há o despertar de um interesse no campo científico cada vez mais voltado à área do 
PLN, de modo a tornar os diferentes tipos de sistemas computacionais mais eficientes, 
muito embora esse segmento ainda seja visto como desafiador, sobretudo quanto à 
tradução automática (WINOGRAD, 1972; CHOWDHURY, 2003), sob o escopo das 
tecnologias de apoio à tradução (MELO, 2013). A área do PLN tem por objetivo dar 
conta de questões relativas às línguas naturais, utilizadas socialmente pelos 
indivíduos, por meio de linguagens de programação aplicadas a interfaces gráficas 
computacionais. O PLN marcou seu território nessa área do conhecimento a partir do 
surgimento dos primeiros sistemas de tradução automática (CHOWDHURY, 2003; DI 
FELIPPO; DIAS-DA-SILVA, 2009). 
Um sistema computacional de tradução automática, por exemplo, precisa 
considerar a ambiguidade (lexical e estrutural), a complexidade sintática e as 
estruturas agramaticais. Um exemplo de um obstáculo na tradução automática em um 
aplicativo seria o de traduzir apenas um sentido para uma palavra homógrafa perfeita 
quando inserida isoladamente ou em sentenças nas quais o sentido da palavra 
homógrafa não será o mesmo. De acordo com Gauche (2013), é possível afirmar que 
são restritas as pesquisas científicas que abordam investigações sobre a tradução 
automática de línguas orais para línguas de sinais; no entanto, considerando o 
contexto social tecnológico atual, a área vem conquistando o olhar dos pesquisadores, 
 
 
 
seja no âmbito nacional ou internacional (BIDARRA, 2015). A partir desse interesse 
pelo campo da tradução automática, ela configura-se como um campo próspero. 
 
Em geral, a tradução automática está dividida em três estratégias: 
 
1.A tradução automática baseada em regras (RBMT, do inglês rule-based 
machine translation) (GALLEY et al., 2004; GÜVENIR; CICEKLI, 1998) é orientada por 
regras morfossintáticas elaboradas de forma manual por linguistas com expertise nas 
áreas das línguas envolvidas (alvo e fonte) na tradução automática. 
 
2.A tradução automática estatística (SMT, do inglês statistical machine 
translation) (EL MAAZOUZI; EL MOHAJIR; AL ACHHAB, 2017; GULCEHRE et al., 
2015) é caracterizada pelo processo de geração da tradução da língua-fonte para a 
língua-alvo, de modo a adequar coerentemente o significado das palavras/sentenças 
traduzidas, preservando a naturalidade da língua-alvo. A adequação está apoiada em 
um modelo de tradução a partir de frequências por número de incidência de 
palavras/sentenças na língua-alvo, tendo por base um corpus de treinamento. 
 
3.A tradução automática neural (NMT, do inglês neural machine translation) 
(KALCHBRENNER; BLUNSOM, 2013; CHO et al., 2014; SUTSKEVER et al., 2014; 
LUONG; PHAM; MANNING, 2015; LUONG et al., 2015) conta com o uso de redes 
neurais artificiais, que se baseiam nos dados de treinamento e aspectos linguísticos, 
a fim de aprender a traduzir demaneira apropriada da língua-fonte para a língua-alvo. 
 
1.1 Aplicativos brasileiros de tradução automática PB-LIBRAS 
No que tange à identificação desses aplicativos, a busca realizada em 
diferentes dispositivos móveis, smartphones (Samsung, Motorola, Windows Phone 
[Microsoft] e iPhone) e tablets (Samsung Galaxy, Apple e Lenovo), quando do acesso 
às lojas virtuais Google Play Store (Android), Apple Store (iPhone, iPad e iPod) e 
Windows Phone Store, a partir da palavra-chave “tradução automática para Libras”, 
 
 
 
permitiu a identificação de quatro aplicativos brasileiros gratuitos de tradução 
automática PB-Libras: Hand Talk, ProDeaf Móvel, Rybená e VLibras (FIGURA 1). 
 
Figura 1 - Aplicativos de tradução PB-LIBRAS disponíveis para dispositivos 
móveis. 
 
Fonte: adaptada Corrêa (2017). 
Os aplicativos em questão, que visam ao rompimento de barreiras linguísticas 
entre pessoas surdas e ouvintes, foram selecionados por serem gratuitos e por 
fazerem uso de agentes animados em 3D para fins de apresentação do processo 
tradutório de palavras ou frases do PB para Libras, quando da inserção de conteúdo 
digitado ou registrado por meio de captura de voz. Portanto, mediante um aplicativo 
de tradução automática, o estabelecimento de interações sociais pode se constituir de 
modo mais equânime, superando, assim, entraves de ordem linguística. Dessa forma, 
nessas interações está em jogo a concretização de contratos conversacionais entre 
usuários de códigos linguísticos distintos, mas que habitam espaços sociais comuns, 
nos quais a Libras, uma língua natural com origem na comunidade surda brasileira 
(QUADROS; KARNOPP, 2004), foi reconhecida como meio legal de comunicação e 
expressão pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 (BRASIL, 2002). 
O aplicativo Hand Talk é proveniente de pesquisas realizadas na Universidade 
Federal de Alagoas (UFAL) e foi lançado em 2012 por uma startup de nome homônimo 
ao aplicativo. O Hand Talk diferencia-se dos outros três aplicativos identificados 
devido a sua gama de funcionalidades, conforme é apresentado na TABELA 1. 
 
 
 
O aplicativo ProDeaf Móvel, por sua vez, é oriundo de pesquisas conduzidas 
na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e foi lançado em 2013 por uma 
startup que também utiliza nome homônimo ao aplicativo. Após o lançamento dos 
aplicativos Hand Talk e ProDeaf Móvel, os quais se tornaram precursores no mercado 
brasileiro de aplicativos gratuitos para dispositivos móveis, principalmente 
smartphones e tablets, houve o lançamento dos aplicativos Rybená e VLibras, sendo 
essas tecnologias digitais desenvolvidas com o mesmo propósito dos outros 
aplicativos, ou seja, a inclusão social e o rompimento de barreiras comunicacionais 
entre a comunidade ouvinte e surda. O aplicativo Rybená foi desenvolvido pelo Grupo 
de Usuários Java do Distrito Federal (DFJUG) em parceria com o Instituto CTS e CTS 
Ltda. e lançado em 2014. 
Por fim, tem-se o aplicativo VLibras, lançado oficialmente em 2016, e se 
originou de pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 
parceria com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), por meio 
da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), Laboratório de Aplicações de Vídeo 
Digital (LAVID/UFPB), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e Laboratório de 
Sistemas Distribuídos (LSD). 
A pesquisa voltada à origem dos aplicativos possibilitou verificar que todos 
foram projetados por instituições localizadas em duas das cinco regiões do Brasil: 
Nordeste (Hand Talk, ProDeaf Móvel e VLibras) e Centro-Oeste (Rybená). Os 
aplicativos Hand Talk, ProDeaf Móvel e Rybená possuem versões compatíveis com 
sistemas operacionais e linguagem de programação para tradução automática de 
conteúdo de sites, porém esse serviço não é gratuito como as versões aqui descritas, 
sendo ele ofertado em pacotes de tradução automática pelas empresas 
desenvolvedoras. Já o aplicativo VLibras disponibiliza de forma gratuita uma versão 
para tradução automática de sites. Acredita-se que isso se deva à parceria com o 
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. 
Após o levantamento e a identificação dos aplicativos brasileiros de tradução 
automática PB-Libras disponíveis, eles foram instalados nos dispositivos móveis 
mencionados anteriormente, a fim de viabilizar a elaboração de uma lista com as 
principais características e funcionalidades (TABELA 1), as quais constituem essas 
tecnologias digitais. A descrição das características e funcionalidades dos aplicativos 
 
 
 
teve como objetivo a apresentação de particularidades de cada um e, por isso, não 
foram realizadas análises relacionadas à qualidade da tradução automática PB-Libras. 
Na TABELA 1 é possível perceber que os aplicativos se diferenciam entre si 
pelas suas características e funcionalidades relativas à tradução automática PB-
Libras. Quanto à compatibilidade com os sistemas operacionais listados na TABELA 
1 que são disponibilizados em dispositivos móveis, apenas o ProDeaf Móvel pode ser 
utilizado no sistema Windows Phone 8. Com relação ao tipo de inserção de conteúdo 
(texto ou voz) a ser traduzido de PB para Libras, todos os aplicativos permitem que o 
conteúdo seja digitado ou falado, com exceção do aplicativo Rybená, que não 
possibilita captura de voz. Convém ressaltar que o processo de captura de voz é 
convertido em texto, mas não há distinção fonética entre vogais abertas e fechadas, 
como em “colher” (talher) e “colher” (verbo). 
 
 
 
 
 
 
Fonte: adaptada Corrêa (2017). 
 
Em relação à categorização de um vocabulário específico conforme regiões 
brasileiras, o aplicativo VLibras é o único a oferecer a opção de acesso a um conteúdo 
que, possivelmente, contemple a noção de regionalismos linguísticos. Em dissonância 
às demais tecnologias digitais, o aplicativo Rybená é o único a vocalizar o conteúdo 
digitado, sem permitir que este seja, em seguida, traduzido. Para que o conteúdo 
vocalizado seja traduzido, ele precisa ser digitado novamente, sem a ativação da 
funcionalidade de vocalização. Uma vez que os aplicativos em questão comportam 
duas línguas em seus sistemas computacionais, uma oral e seu registro escrito, o PB, 
e a outra visual-gestual, a Libras, torna-se interessante que permitam aos usuários 
recursos para ativar e desativar a legenda em PB. Entretanto, o aplicativo Rybená não 
possibilita que a ação mencionada seja realizada, gerando assim traduções 
automáticas que são visualizadas nas duas línguas. 
Os aplicativos ProDeaf Móvel e VLibras disponibilizam uma funcionalidade 
denominada “dicionário”. O aplicativo Hand Talk é o único a oferecer acesso à 
funcionalidade “Hugo Ensina”, que apresenta vídeos temáticos direcionados à 
aprendizagem da Libras. No formato de vídeos com curta duração, o agente animado 
Hugo sinaliza um conjunto de termos temáticos para cada vídeo. Convém ressaltar 
que a partir de 2018 o aplicativo Hand Talk parece estar se voltando cada vez mais 
para a oferta de conteúdos que possam auxiliar os usuários interessados não apenas 
em se comunicar por meio da Libras, mas também em aprendê-la. Tanto é que em 
2018 a empresa desenvolvedora do aplicativo divulgou em sua página uma ação 
 
 
 
institucional, enquanto chamada para usuários voluntários, denominada “Catalogação 
de Sinais Educativos”, divulgada via aplicativo e fanpage1 da empresa na rede social 
Facebook. 
A tradução automática apresentada pelos aplicativos, em geral, pode ser 
pausada e retomada, sendo que o único aplicativo que apresenta botões específicos 
para isso é o Rybená. O pleno funcionamento dos aplicativos ocorre quando estão 
conectados à internet, mas o Hand Talk, o ProDeaf Móvel e o VLibras funcionam 
parcialmente sem conexão, informando por meio de uma mensagem na tela do 
aplicativo que o usuário está sem internet e que, portanto, será usada datilologia. 
Neste momento, o usuáriopode selecionar “Ok” ou “Cancelar”, dando ou não 
continuidade ao uso do aplicativo. Os agentes animados virtuais em 3D dos aplicativos 
Hand Talk, VLibras e Rybená podem ser rotacionados em um ângulo de 360º, o que 
permite visualizar melhor o sinal traduzido, sob vários ângulos, enquanto o ProDeaf 
Móvel permite rotação em apenas 180º. 
No que concerne à aparência dos agentes animados em 3D, é possível notar 
na FIGURA 1 que os aplicativos Hand Talk e VLibras possuem traços mais 
cartunescos, ou seja, remetem a personagens caricaturados, se comparados aos 
personagens dos aplicativos ProDeaf Móvel e Rybená. As expressões corporais e 
faciais dos aplicativos Hand Talk e ProDeaf Móvel mostram-se mais estético-
realísticas em relação aos aplicativos VLibras e Rybená. A notificação de erros de 
sinalização, a solicitação de sinais novos e a realização de sugestões somente são 
possíveis no aplicativo Hand Talk e parecem ser representativas em se tratando de 
um sistema computacional disponível para diferentes usuários (surdos, ouvintes, 
intérpretes, professores). 
Os aplicativos identificados têm por objetivo romper barreiras na comunicação 
entre ouvintes e surdos e, não obstante, no caso do Hand Talk, também contribuir 
para a aprendizagem da Libras. Neste cenário, permitir a seleção de diferentes níveis 
da velocidade da sinalização em Libras apresentada pelos agentes animados virtuais 
em 3D é de significativa relevância, seja para fins de comunicação ou aprendizagem 
da Libras como primeira língua (L1) ou segunda língua (L2). No entanto, apenas os 
aplicativos Hand Talk e VLibras possibilitam que a velocidade selecionada seja 
escolhida livremente, ao passo que no aplicativo ProDeaf Móvel são disponibilizados 
apenas três níveis (lenta, normal e rápida). 
 
 
 
 
Acredita-se que a oferta de apenas três níveis não contemple a vasta gama de 
distintos estilos de comunicação e aprendizagem dos usuários. Já o aplicativo Rybená 
apresenta botões com os sinais mais (+) e menos (–), sem quaisquer informações 
sobre níveis e de que efetivamente se trata da velocidade da sinalização. Para o fácil 
acesso às últimas palavras inseridas, seja via digitação ou captura de voz, Hand Talk 
e ProDeaf Móvel oferecem um pequeno histórico de pesquisa e a seleção de palavras 
como favoritas, enquanto os demais aplicativos não ofertam tais funções. 
No que se refere à disponibilização de tutoriais para fins de utilização dos 
aplicativos, Hand Talk e ProDeaf Móvel – ao serem instalados e usados pela primeira 
vez – apresentam um breve tutorial aos usuários. O Hand Talk concede acesso a uma 
lista de “Perguntas Frequentes”, a fim de elucidar possíveis dúvidas de utilização. O 
aplicativo VLibras oferece um tutorial fixo que pode ser consultado de forma contínua. 
Já o aplicativo Rybená não apresenta tutorial inicial ao ser instalado nem dispõe dele 
de modo fixo. A função “Ajuda” está presente apenas no aplicativo Hand Talk, o que 
sugere que os demais também possam futuramente disponibilizar tais recursos em 
suas plataformas digitais de tradução automática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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