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WEB AULA 1 - A Sociedade e sua Relação com a Escola
Unidade 1: O Professor Reflexivo no Contexto de suas Relações 
Caro aluno, mesmo participando do mundo globalizado, nem sempre paramos para refletir sobre ele. Vivemos em meio a tantas sugestões de consumo, tantos convites a novas experiências, que muitas vezes acabamos sendo levados a fazer algo, sem mesmo refletir se isso é bom ou ruim para nós.
Em tempos de Globalização, o conhecimento tem sido utilizado de forma geral, para diferenciar os grupos sociais, ou seja, discriminar os mais informados daqueles menos informados. A revolução científica e tecnológica permite que as pessoas estejam em outros lugares virtualmente, sem mesmo nunca ter estado lá pessoalmente. A globalização permite analisarmos que; enquanto alguns com alto poder de compras (consumistas) se realizam comprando algo, a maioria da população não possui dinheiro suficiente, nem para manter a alimentação familiar.
Bem sabemos que todo ser humano, dentre eles destacamos o professor, nem sempre pensa sobre naquilo que faz antes, durante e depois de suas ações, muito embora essa ação seja própria apenas do ser humano.
Porém, será que refletir é apenas pensar no que faremos, fazemos ou fizemos? Será que apenas pensar transforma o professor em um Profissional Reflexivo?
Alguns autores comentam que existe diferença entre uma reflexão mais distanciada da ação e o pensamento mais próximo, ou seja, o pensamento imediato, a resposta rápida.
De acordo com Perrenoud (2002), o trabalho do professor, há pouco tempo, passou a ser objeto de uma verdadeira formação. Isso aconteceu quando se começou a dar maior importância ao domínio teórico e prático ligado aos processos de ensino e aprendizagem.
Nessa perspectiva, momento e objeto se completam. Refletir na ação é o mesmo que refletir sobre a ação em curso, sobre o seu ambiente, seus limites e seus recursos.
Na ardência do trabalho, ou seja, da ação pedagógica, segundo Perrenoud (2002), o professor tem pouco tempo para meditar, para refletir e para decidir o passo seguinte. Será que se pode interromper determinada ação, determinada conversa, iniciar ou não uma nova discussão sobre determinado tema, antes do final da aula? Aceitar ou não uma desculpa, punir ou não um aluno indisciplinado, responder ou não a uma pergunta insolente, idiota ou descontextualizada, permitir ou não que um aluno se retire da sala de aula? Cada questão mobiliza determinadas atividades mentais.
Seguindo esse pensamento, indicamos que a reflexão pode se tornar uma prática que expressa “poder de reconstruir”. Na ação refletida e na redimensão da prática o professor pode se tornar agente de mudanças na vida pessoal, na escola e na sociedade.
Sua formação não pode ser entendida apenas como aprendizagem de técnicas. A formação do professor deve encontrar equilíbrio que interligue o pessoal, o profissional e o social.
Diante do sistema educativo o professor deve buscar compreensão sobre a dimensão social, cultural e emocional. Sobre as diferentes formas de ensinar e de aprender.
Pimenta e Ghedin (2002) comentam que, na profissão docente, existem três saberes que se complementam: o saber da experiência socialmente acumulada, o saber científico, adquirido quando estudamos a própria ciência da educação e o saber pedagógico, conquistado também na ação, no exercício da prática docente.
Seguindo essa reflexão, o professor irá sentir-se parte do processo do ensinar e aprender. Como parte do processo, o professor também aprende quando ensina, participa, assiste e reflete de forma autônoma sobre as circunstâncias. Tal dinâmica propicia respostas – soluções estratégicas e não soluções padronizadas – para as situações que vão se desenhando no dia a dia em sala de aula e fora dela, isto é, na escola e na sociedade no qual ele participa e contribui com sua transformação.
WEB AULA 2 - A Relação Individual e Coletiva na Escola
Unidade 2: O Professor Reflexivo no Contexto de Suas Relações
Caro aluno, cada pessoa tem seu jeito próprio de ser, de se vestir, de falar, de organizar suas coisas e, no espaço coletivo (a escola), todos devemos aprender a conviver com as diferenças, ao mesmo tempo em que não podemos desrespeitar a integridade do outro.  Justamente por isso temos que conhecer a escola com sua estrutura física e a escola formada por pessoas que possuem pensamentos diferentes, indicados inclusive pelas influências sociais e familiares, pela convivência e influência de outros espaços.
Cada profissional da escola (diretor, pedagogo, professor, agente educacional, secretária, entre outros), antes de tomar uma atitude, deve entender sobre Relacionamento Interpessoal e Profissional. Deve entender quem é o aluno da escola, com quem ele mora, se mora longe, se os responsáveis por ele passam por alguma dificuldade emocional, familiar, financeira, entre outras.
Quando o profissional da escola se preocupa com isso, ou seja, quando reflete sobre quem a escola acolhe, ele está problematizando como a escola se relaciona com o seu entorno social. Entender como se compõe a comunidade que a escola atende deixa o trabalho do professor mais fácil, porque ele passa a entender as atitudes, reações e participação de cada um no contexto coletivo da escola e da sala de aula, na forma de estudar, nas brincadeiras no pátio, etc.
A compreensão do professor sobre a realidade atendida amplia sua visão no que se refere à própria organização do trabalho teórico e prático a ser desenvolvido. Possibilita, inclusive, planejamento de um trabalho Interdisciplinar, ou seja, um trabalho envolvendo vários profissionais e diferentes análises sobre um mesmo tema. Possibilita ainda que, posteriormente, de forma crítica e reflexiva, todos envolvidos problematizem os resultados alcançados, avaliando a finalização ou proposta de continuidade daquilo que foi planejado.
Entender o que contextualizamos até aqui é muito importante; porque traduz a essência do trabalho profissional do professor que é “a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos de forma integral”.
Educação e sua relação com a Sociedade, Família e Escola
É importante refletirmos sobre Educação...
Todos nós recebemos uma educação familiar, influência que carregamos durante toda a vida. Sempre nos lembramos de fatos ou palavras expressadas por alguém com quem convivemos desde quando éramos crianças. Isso foi contribuindo com nossa formação pessoal, favoreceu sermos o que deixamos transparecer atualmente.
A educação é uma atividade social, não é uma mera transmissão de conhecimentos. A educação abrange vários modos de formação do ser humano, tais como: o trabalho, as manifestações culturais, o aprendizado nas instituições escolares, entre outros. A educação se integra, se complementa e se consolida durante todo o período de formação do sujeito, envolvendo  desde a formação familiar, escolar e até outros espaços.
A educação realizada no espaço escolar é caracterizada pela forma como o professor ensina e pela resposta que o aluno apresenta por meio de sua aprendizagem.
Assim, o professor planeja os conteúdos historicamente construídos que ele deseja abordar em sua disciplina e os apresenta aos alunos em sala de aula, seguindo uma ordem sequencial, indicada pela escola por meio de documentos; ou seja, o Projeto Político Pedagógico e a Proposta Curricular. Na escola, paralelo aos conteúdos, também é indicada a necessidade de um comportamento adequado por todos os alunos, esse comportamento está apontado no Regulamento Interno da Escola.
Caro aluno, finalizando essa primeira Unidade de estudo, torna-se importante não nos esquecermos de que a educação é a base para o desenvolvimento da pessoa humana e da sua vivência na sociedade. Nesse contexto, os professores têm a responsabilidade de compreender o passado e o presente para contribuir com a preparação do futuro.
A escola deve se tornar reflexiva, concebida como uma organização que continuamente pensa em si própria, na sua missão social e na sua organização, com o objetivode cada vez mais atender o aluno que a procura com suas curiosidades, para torná-lo por meio da educação um homem livre das amarras da alienação.