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Tumores de Glândulas Salivares

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Tumores de Glândulas Salivares
Tem prevalência variada:
64 a 80% nas parótidas
9 a 23% nas glândulas menores intra-bucais
7 a 11% nas submandibulares
Menos que 1% na sublingual
Tem predileção pelo sexo feminino
A idade varia de acordo com o tumor, mas o maior pico é entre a 5º e 7º década de vida.
Metade dos tumores em glândulas salivares menores( mucosa jugal e palato 2/3 posterior do duro e palato mole) é maligno.
Adenoma Pleomorfo
São benignos, derivados de uma mistura de elementos ductais e mioepiteliais por isso apresenta grande diversificação microscópica.
Característica clinicas:
Acomete predominantemente a parótida e as glândulas salivares do palato. É uma massa firme, de crescimento lento e indolor, mais comum em adultos entre 30 e 50 anos, com leve predileção pelo sexo feminino. Apresenta-se como um nódulo bem delimitado, recoberto por pele com características normais na região pouco abaixo do tragus, firme e móvel a palpação. Tem crescimento lento e expansivo. Quando se encontra no palato não há movimento já que a mucosa é aderida ao osso. É raro o casos que causem paralisia do nervo fácil e a dor.
Histopatológico:
É um tumor encapsulado o que aumenta a mobilidade na pele e em planos profundos. Tem origem epitelial a diferenciação das células lembra cel. mesenquimais. É composto por uma mistura de epitélio glandular e células mioepiteliais, dentro de um estroma semelhante ao mesenquima. O epitélio forma ductos e estruturas císticas, ou pode apresentar ilhas ou ninho de células neoplásicas, pode se encontrar células escamosas ceratinizadas e células produtoras de muco. As células mioepiteliais são a maior parte das células tumorair e apresentam um núcleo excêntrico e uma matriz condroide.
Tratamento:
É a remoção cirúrgica e o prognostico é bom.
Carcinoma Mucoepidermoide
É um dos mais comuns tumores malignos das glândulas salivares, apresenta uma ampla variação de idade que vai desde a 2º ate a 7º década de vida (40 anos é o pico), com leve predisposição pelo sexo feminino. É mais comum na glândula parótida e usualmente apresenta-se como uma tumefação assintomática. Podem desenvolver dor ou paralisia facial, usualmente associada aos tumores de alto grau. A segunda região mais frequente é o palato com as glândulas salivares menores com também tumefação sintomática e coloração azul ou vermelha o que pode se confundir com mucocele. Pode simular um adenoma, apresenta-se como nódulos fixos ou parcialmente fixos e na maioria são unilaterais. A sua palpação flácida se dá ao acumulo de muco no tumor).
Histopatológico:
É composto por uma mistura de células produtoras de muco ( variam na forma, mas contem citoplasma escamoso abundante) e células escamosas ( caracterizadas pelo aspecto escamoide, com forma poligonal, pontes intercelulares e raramente certinização) e há um terceiro tipo de célula a intermediaria que tem aparência basaloide. Alguns tumores apresentam variável quantidade de células claras.
É classificado em 3 tipos com base na quantidade de formação cística, grau de atipia citológica e numero relativo de celulas.
Baixo grau: formação cística proeminte, atipia celular mínima e uma porção relativamente alta de células mucosas.
Alto grau: ilha solida de células escamosas e intermediarias e apresentam considerável pleomorfismo e atividade mitótica.
Intermediário grau: situado entre os graus baixo e alto, ocorre formação cística, porém é menos proeminente que no baixo grau e os três tipos de células estão presentes.
Tratamento:
Baixo: resseção cirúrgica ampla
Inter/alto: resseção cirúrgica ampla + radioterapia
O prognostico depende do grau do tumor.
Carcinoma Adenoide Cístico
É raro e ocorre em qualquer glândula salivar, mas tem predileção por palato, é relativamente raro na parótida. A lesão é mais comum em adultos de meia idade, sendo rara em pessoa com menos de 20 anos, com leve predileção pelo sexo feminino. Apresenta crescimento lento, a dor é um achado comum e importante. Os tumores de parótida podem causar paralisia facial já que as células tumorais tem afinidade pelas células nervosas. Os de palato podem apresentar superfície plana ou ulcerada e os que se originam no seio maxilar pode causar destruição óssea. 
Histopatológico:
É composto por uma mistura de celulas ductais e meioepiteliais que podem apresentar arranjo variável: 
Cribiforme: forma mais clássica e mais reconhecida, caracterizada por ilhas epiteliais basalóides, que contem múltiplos espaços cilíndricos, semelhante a cistos de quijo suíço e nesses espaços contem material mucoide. As células tumorais são pequenas e cuboides, exibindo núcleos profundamente basófilos. Rara atividade mitótica.
Tubular: células tumorais são semelhantes, mas aparecem como múltiplos ductos ou túbulos dentro de um estroma hialinizado. Os lumens tubulares devem ser revestidos por uma ou varias camadas de células.
Solida: consiste em ilhas grandes ou ninhos pálidos de células tumorais, que demonstram pouca tendência a formar ductos ou tubos. Observa-se pleomorfismo celular e atividade mitótica, bem como a necrose focal no centro das ilhas tumorais. É a forma mais agressiva.
Tratamento:
Resseção cirúrgica + radioterapia, com prognostico preservado.
Adenocarcinoma Polimorfo de Baixo Grau
É um tumor quase que exclusivo das glândulas salivares menores, 65% acomete o palato duro ou mole, sendo o lábio superior e a mucosa jugal também comum. É mais comum em idosos mas tendo como pico a 5º década de vida (40 anos), mais frequente em mulheres. É indolor e tem crescimento lento, ocasionalmente produz sangramento e desconforto. O tumor pode corroer e infiltrar o osso adjacente.
Histopatológico:
Tem uma aparência enganosa uniforme, mas as formas variam de esféricas a poligonais, com bordas celulares indistintas e citoplasma variando do pálido ao eosinofilo. As células podem crescer num padrão sólido ou formar cordões, ductos com grandes espaços císticos. As celulas periféricas são usualmente infiltrativas invadindo o tecido adjacente em uma púnica fila, o estroma é frequentemente de natureza mucoide ou pode mostrar hialinização.
Variações
Melanoma: é uma neoplasia maligna que acomete a pele devido a radiação uv, entretanto na boca se dá por outros fatores. É devido a uma alteração no melanocitos, célula responsável pela pigmentação. Apresenta-se como maculas assimétricas de diferentes densidades de coloração, podendo até não ter coloração. Os melanocitos modificados apresentam-se fusiformes ou epitelióides e infiltram-se no tecido conjuntivo como cordões frouxamente agregados ou camadas de células pleomorficas. E extremamente agressivo e tumores > que 0,75 mm é bem provável de já haver metástase.
Osteosarcoma: é um tumor maligno de celulas mesenquimais mais comum em ossos longos, porém pode acometer os ossos gnaticos. Geralmente a faixa etária está entre 15/16 anos, já nos maxilares a idade prevalente é 33 anos sendo a maxila a mandíbula com frequência igual. A imagem radiológica é sugestiva, mas não patognomonica – reação perosteal- aspecto de raio de sol. Além de osteóide, as células do tumor podem produzir material condroide e tecido conjuntivo fibroso e essas células podem varias de redondas uniformes ou fusiformes a células altamente pleomorficas com formas nuclear e citoplasmática bizarras. Trata-se com resseção cirúrgica + quimioterapia.
Metástases Bucais: geralmente quando ocorre, já há outros sítios. A boca é um dos últimos locais. É raro e pode ocorre no osso ou nos tecidos mole da boca. Uma possível explicação para estas metástases hematogênicas para cabeça e pescoço, especialmente com ausência de metástases pulmonares, é o plexo de batson, um plexo venoso vertebral sem válvula que pode permitir a disseminação retrograda de células tumorais que desviam da circulação pulmomar. Em tecidos moles acomete mais a gengiva seguida pela língua, são massas nodulares que lembram um crescimento hiperplásico ou reacional, como o granuloma piogênico. Os dentes adjacentes tornam-se amolecidos. Mais comumem homens de meia idade. A histopatológia é igual ao tumor de origem.

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