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3)Dermatologia Dermatozoonoses

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Resumo de Dermatologia MEDICINA 
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO UNIOESTE- FRANCISCO BELTRÃO 
 
Dermatozoonoses 
São alterações tegumentares, ocasionais ou permanentes, causadas por protozoários, vermes, 
insetos e celenterados. 
Os mecanismos de lesões pelos parasitas são: 
 Mecanismo traumático: picada ou ferroada (lesão mecânica) que desencadeia reações imunes, 
dando a característica de lesão eritematosa e dolorosa com regressão espontânea; 
 Mecanismo tóxico: inoculação de substâncias, produzindo necrose (local) ou alteração no 
estado geral, devido a alteração da homeostasia do organismo; 
Escabiose 
 O agente etiológico é a fêmea do artrópode Sarcoptes 
scabiei; 
Sinonímia: Sarna, pereba, pira. 
Epidemiologia: Causa infecção universal, distribuída 
amplamente, e acometendo todas as raças, sexo e classes sociais. 
No entanto, predomina em ambientes aglomerados e com falta de 
higiene; 
Transmissão: contato pessoa-pessoa, por meio de fômites contaminados. 
Ciclo biológico: Na pele humana, a fêmea adulta escava no estrato córneo, tuneis (sulcos), e 
em seguida, faz a ovo postura a cada 2 – 3 dias, no período noturno, momento de maior atividade 
parasitária. Cada fêmea expele cerca de 40 a 50 ovos que eclodem no sulco e liberam larvas 
hexópodes. Essas larvas migram para a superfície da pele, onde criam nichos na epiderme ou 
penetram nos folículos pilosos. Sofrem maturação em ninfas ectópodes e transformam-se 
subsequentemente em ácaros adultos (cerca de 20 dias). Acasalam - se, e reiniciam o ciclo. 
Manifestações clínicas: 
Clássicas: Prurido intenso (mais notado a noite e decorrente dos metabólitos produzidos pelo 
acáro); 
Lesão pagnomônica: túneo de formato linear, sinuoso com 
coloração variável, possuindo em uma extremidade uma 
papúla ou vesícula – EMINÊNCIA ACARINA. 
Regiões mais acometidas: porção inferior do abdome, 
nádegas, genitais, fossas axilares, mamas e mãos (espaços 
interdigitais) e cabeça (em crianças e indivíduos 
imunodeficientes) 
Resumo de Dermatologia MEDICINA 
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO UNIOESTE- FRANCISCO BELTRÃO 
 
Escabiose nodular: Presença de nódulos (coloração normal, hipercrômico ou eritematoso) nas 
regiões axilares, inguinais, genitais ou escrotal. São lesões pruriginosas que podem persistir após o 
tratamento devido a sensibilização do individuo; 
 
 Escabiose crostosa/ Sarna norueguesa: São lesões crostosas nas eminências ósseas (face, 
couro cabeludo, palmo-plantares e subungueais). É rara, muito contagiosa e acomete etilistas, 
desnutridos e imunodeficientes. 
 Sarna incógnita: variação do quadro clinico devido ao tratamento parcial ou em caso de uso 
de corticoterapia tópica. Muito comum em indivíduos com bom nível socioeconômico. 
Diagnóstico: 
 Prurido intenso noturno; 
 História familiar de prurido; 
 Presença do túnel (patognomônico); 
 Exame microscópico direto com solução de KOH 10% do raspado cutâneo nas eminências 
acarinas; 
 Dermatoscopia. 
Tratamento: 
Tópico 
1) Permitrina (loção 5%): deve ser aplicado sobre todo o corpo, permanecendo por cerca de 8 
horas. É suficiente uma aplicação. Não há necessidade da fervura da roupa ou uso de 
sarnicida. 
2) Enxofre precipitado (5 – 10%) em vaselina sólida ou pasta da agua. Ideal para recém-
nascidos, lactantes, gestantes e mães que amamentam. Uso de 3 a 5 dias, com repetição após 
Resumo de Dermatologia MEDICINA 
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO UNIOESTE- FRANCISCO BELTRÃO 
 
sete dias. Obs1: Devem ser lavadas as roupas de cama, corpo e banho e sempre devem ser 
passadas do lado do avesso. 
3) Monossulfiran 25% em solução alcoólica: diluir na proporção de uma parte de medicamento 
para duas de água (adultos) e 3 para crianças. Usar semelhante a permetrina. Orientar a não 
ingestão de compostos alcoólicos, devido ao efeito antabuse (queda de pressão arterial, 
taquicardia e cefaléia, enjoos, vômitos) 
Sistêmico 
1) Anti-histaminicos orais – Loratadina 10mg, 1x ao dia; 
2) Corticoides tópicos em casos de lesão nodulares; 
3) Antibióticos tópicos ou orais em caso de infecção secundária; Uso da Azitromicina ou 
Gentamicina. 
 
Pediculose 
Agente etiológico é o inseto hematófago do gênero Pediculus, sendo encontrado o pediculus capitis, 
pediculus corporis; 
 
Epidemiologia: doença que prevalece em crianças entre 3 a 10 anos e que reduziu drasticamente nos 
últimos anos, sendo uma das causas dessa 
redução a melhora dos hábitos de higiene 
pela população. 
A transmissão ocorre pela fêmea adulta 
fecundada, através do contato interpessoal 
ou pelo compartilhamento de fômites. 
Ciclo evolutivo: Cada fêmea fecundada, 
botam em média, 10 ovos por dia próximo 
ao coro cabeludo. Após 7 dia, as lêndeas 
eclodem e liberam ninfas que passam por 3 
Resumo de Dermatologia MEDICINA 
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO UNIOESTE- FRANCISCO BELTRÃO 
 
mudas até chegar à fase 
adulta (cerca de 7 dias). 
Apresentação clínica: 
 Dermatite 
pruridica devido a 
saliva do inseto estar 
repleta de antígenos; 
 As lesões são eritematosas no couro cabeludo e o paciente pode perceber a presença de 
lêndeas. A coçadura pode causar escoriações que podem culminar em piodermites secundárias. 
 A pediculose do corpo provoca lesões papulourticariformes e púrpuricas, com preferências 
pelo tronco, abdome, nádegas associadas a dermatite pruraginosa. 
 Obs2: O P. corporis vive nas dobras das roupas dos indivíduos infectados. A pele apenas é 
usada no repasto sanguíneo. 
 Diagnóse: É realizada através da visualização das lêndeas após uso de pente fino 
 Tratamento: 
 Tópico: 
1) Permitrina (5% em loção), usar 2 a 3 vezes ao dia, com repetição após 7 dias; 
2) Xampú de Lindando 1%, deixando agir por 5-10min com posterior enxague, repetindo 
após 7 dias 
3) Xampú de Permetrina ou deltametrina 0,02% - deixando agir por 5-10min com posterior 
enxague, repetindo após 7 dias; 
4) Vinagre branco 50%, diluído em água morna para retirada das lêndeas; 
Sistêmico: 
1) Anti-histaminicos orais – Loratadina 10mg, 1x ao dia; 
2) Antibióticos tópicos ou orais em caso de infecção secundária; Uso da Azitromicina ou 
Gentamicina 
Fítiríase 
Agente etiológico é o Phtirus púbis; 
 Sinomía: chato; 
 Transmissão: contato sexual; 
 Apresentação clínica: intenso prurido na região 
genital, com lesões papuloeritematosas e manchas 
azuladas (mácula cerulae) 
Resumo de Dermatologia MEDICINA 
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO UNIOESTE- FRANCISCO BELTRÃO 
 
 Diagnóse: achado do parasita na pele lêndeas no pelo 
 Tratamento: vide Pediculose 
 
Miíase 
Miíase (myie: mosca; ase: doença) é a infecção causada por lavas da 
mosca. Existem 2 tipos, a primária ( larvas penetram a pele sadia), secundária (deposição de ovos em 
feridas ou cavidades corporais). 
Apresentação clínica: 
Miíase Primária Furunculoide/Berne: o período de 
incubação vai até duas semanas, e essa condição acomete couro 
cabeludo, face e membros. A lesão é uma pápula pruriginosa que 
evolui ao longo de 2-3 semanas, para um nódulo furunculoide de 1-
3,5cm. A lesão é dolorida, do tipo, dor em ferroada/latejamento. 
Miíase secundária: predominante em mendigos (daí vem a 
denominação: doença dos vagabundos), etilistas ou pacientes 
debilitados. As larvas se alimentam o tecido necrótico. O 
prognóstico é bom nessescasos. 
Tratamento 
Berne: asfixia do parasita com gase embebida de 
éter, com posterior enucleação da larva delicadamente 
com uso de uma pinça. 
Miíase secundária: asfixia das larvas com éter ou 
clorofórmio 5% em óleo de oliva, com subsequente 
retirada das larvas. 
 
 
Tungíase 
O agente etiológico é o Tunga 
penetrans; 
Ciclo evolutivo: Ambos os sexos do 
parasita são hematófagos, mas apenas a 
fêmea fecundada penetra nos tecidos do 
hospedeiro, onde alimenta-se e expeli seus 
ovos. A penetração ocorre na epiderme, 
onde apenas a parte posterior do parasita é 
Resumo de Dermatologia MEDICINA 
LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA SIMPLICIO UNIOESTE- FRANCISCO BELTRÃO 
 
deixado para fora e graças a isso, o parasita consegue disseminar seus ovos. Os ovos ao caírem no 
chão, tornam-se larvas e passam por mudas, dando origem aos insetos que se reproduziram e darão 
origem ao novo ciclo. 
Apresentação clínica: pápula branca - amarelada com 
ponto central de cor escura localizada na planta dos pés, 
pregas interdigitais ou periungueais, associado a prurido e dor. 
Tratamento: 
1)Extração manual com agulha estéril, após a desinfecção do 
local; 
2) Uso de Tiabendazol, 25mg/kg/dia durante 5 dias em casos de infestação múltipla. 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
AZULAY, R.D.; AZULAY, D.R. Dermatologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 
RIVITTI, E. A, SAMPAIO, A.P.S. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti. 1º 
Edição. 2014. São Paulo: Artes Médicas.

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