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Aula 07 – Direito Coletivo no Trabalho

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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA
Aula 07 – Direito Coletivo no Trabalho
O Direito do Trabalho se divide em três segmentos: 
O Direito Individual, que estudamos até agora, o Direito Coletivo, que analisaremos aqui, e o Direito Administrativo do Trabalho, que trata das multas, fiscalização e outras atividades do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE e de suas superintendências regionais em cada Estado (Ex.: DRTs).
*Cada segmento tem características e princípios próprios, que veremos a seguir.
No Direito Individual do Trabalho, o Princípio da Proteção ao Economicamente mais Fraco é fundamental, básico e objetiva proteger o trabalhador, equilibrando juridicamente a desigualdade econômica e social, evitando que este seja subjugado pelo empregador.
Já no Direito Coletivo, partindo da premissa de que a União faz a força, ocorre relacionamento entre instituições com força equivalente. De um lado os trabalhadores unidos de forma coletiva, com uma liderança e objetivos comuns, formando blocos ou entidades profissionais de classe.
De outro lado os empregadores, através de seus empreendimentos, ou agrupados também em bloco formando Entidades Econômicas ou Patronais de classe.
Dessa forma, como existe a equivalência de força, presumindo-se a representatividade e legitimidade de todos, isto é, dos Sindicatos dos Trabalhadores e dos Sindicatos Patronais, a intervenção estatal é remota ou não necessária.
No Direito Individual, a proteção é dada diretamente ao trabalhador.
No Direito Coletivo, a proteção se dá através do grupo ao qual o trabalhador está vinculado.
Cabe ressaltar que o Direito Coletivo age e tem forte influência sobre o Direito Individual, inclusive criando normas mais favoráveis através de Acordos, Convenções e Dissídios Coletivos, que são Fontes do Direito do Trabalho conforme estudamos na Aula 1.
DIVISÃO DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
O Direito Coletivo se divide nos seguintes ramos:
LIBERDADE SINDICAL
A Liberdade Sindical, embora consagrada em nosso ordenamento jurídico pelo Artigo 8º da CF 88, que determina que “É livre a Associação Profissional ou Sindical observado o seguinte...”, não é, todavia, total nem absoluta.
CONCEITO
A definição de Liberdade Sindical engloba na realidade várias liberdades que, sistematizando, poderíamos dividir em três grupos:
Liberdade Sindical quanto ao Indivíduo
Liberdade de aderir ao sindicato
Liberdade de não se filiar ao sindicato
Liberdade de sair do sindicato
Quanto ao grupo profissional
Liberdade de fundar um sindicato 
Liberdade de determinar o quadro sindical, considerando a ordem profissional e territorial.
Liberdade de estabelecer relações entre sindicatos para formar agrupamentos mais amplos.
Liberdade para fixar as regras internas de forma e de fundo, para regular a vida sindical.
Liberdade nas relações entre o sindicalizado e o grupo profissional
Liberdade nas relações entre o sindicato de empregados e de empregadores
Liberdade no exercício do direito sindical em relação à profissão
Liberdade do exercício do direito sindical em relação à empresa
Quanto ao Estado
Liberdade para o sindicato ter independência em relação ao Estado
Liberdade para haver conflito entre a autoridade do Estado e a Ação Sindical
Liberdade de o sindicato integrar-se ou não ao Estado
Para obtermos Liberdade Sindical total e plena, teriam que ser extintos:
a Unicidade Sindical imposta por Lei
a Contribuição Sindical Obrigatória
a Organização Sindical por categoria imposta por Lei
o Poder Normativo da Justiça do Trabalho.
ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA SINDICAL BRASILEIRA
A Organização Sindical Brasileira tem por base uma estrutura Confederativa, Simétrica, com base na Unicidade Sindical e dividida em categorias.
ESTRUTURA CONFEDERATIVA
É uma pirâmide em que no ápice estão as Confederações, no meio as Federações, que são Entidades Sindicais de grau superior, e na base os Sindicatos.
SIMETRIA
As Estruturas Econômicas (Empregadores) e Profissionais (Trabalhadores) são simétricas.
UNICIDADE SINDICAL 
É o fato, previsto na Constituição e na CLT, de só poder existir um Sindicato na mesma base territorial, para representar a categoria econômica ou profissional que não pode ser menor que um Município.
CATEGORIAS: 
No Brasil existem duas categorias: A ECONÔMICA, que agrega a representa os empregadores, e a PROFISSIONAL, que agrega e representa os trabalhadores. 
A categoria profissional pode ser também DIFERENCIADA, agregando trabalhadores específicos por características e peculiaridades de condições de vida profissional em comum e são representados de modo específico, como Motoristas, Vendedores, Telefonistas, etc., seja qual for a atividade econômica.
No enquadramento sindical, geralmente a categoria profissional segue a categoria econômica, assim em uma indústria metalúrgica, por exemplo, os trabalhadores serão representados coletivamente pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES METALÚRGICOS.
Assim como os trabalhadores em estabelecimentos comerciais são representados pelo sindicato dos Trabalhadores Comerciário.
Exceto as categorias diferenciadas, em que tanto faz trabalhar na ÍNDUSTRIA ou COMÉRCIO: Um vendedor ou um motorista serão representados pelo sindicato dos vendedores ou Condutores de veículos.
Os sindicatos, para adquirir personalidade sindical, devem ser registrados no Ministério do Trabalho e Emprego e somente assim poderão exercer as prerrogativas sindicais, previstas na CLT.
CONFLITOS COLETIVOS DE TRABALHO
Os conflitos são gerados por divergência de interesses entre as empresas e os trabalhadores e podem ser de natureza jurídica, mais rara, ou econômica, mais comum.
ADMINISTRAÇÃO DO CONFLITO
Os conflitos são administrados através das Políticas de Relações Trabalhistas; as principais são a Paternalista, a Autocrática, a de Reciprocidade e a Participativa, que trazem vantagens e desvantagem e vão depender do profissionalismo em lidar com o conflito, da Cultura e do Clima Organizacional e a consequente produtividade que a Direção do empreendimento quer ter.
SOLUÇÃO DO CONFLITO
A solução do conflito pode ser:
POR AUTOCOMPOSIÇÃO – quando as próprias partes, trabalhadores e empresa, resolvem os impasses através de negociações coletivas, como ocorre na Conciliação e na Mediação, que geram Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho, cujo melhor resultado é quando todos ganham.
POR HETEROCOMPOSIÇÃO – quando as partes não conseguem por conta própria solucionar as divergências e delegam a um terceiro a solução do conflito, como ocorre na Arbitragem, ou através do Poder Judiciário, quando o conflito passa a se chamar Dissídio Coletivo e sua decisão Sentença Normativa.
As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado.
GREVE
Quando o conflito não é administrado ou solucionado amigavelmente ou por terceiros, só resta aos trabalhadores como defesa, ou para forçar a solução, utilizar o seu direito legal e constitucional de entrar em greve, que todavia não é um direito absoluto, pois deve observar os limites da Lei 7.783/89, que o regula, e não pode prejudicar a sociedade como um todo, sob pena de se tornar abusiva.
DEFINIÇÕES E ELEMENTOS QUE A INTEGRAM
Segundo a Lei citada, Greve é uma suspensão coletiva e temporária e pacífica, total ou parcial, da prestação pessoal de serviços ao empregador.
ELEMENTOS
Não solucionado o conflito e frustrada a negociação coletiva.
Assembleia Geral para decidir os objetivos, que devem ser comuns aos grevistas, e as formas de ação.
Pré-Aviso – Os grevistas, para exercer seu direito, devem avisar no Sindicato Patronal as empresas envolvidas com 48 horas de antecedência; se tratar-se de uma atividade essencial, avisar com 72 horas de antecedência, inclusive aos usuários.
DIREITO DOS GREVISTAS
Por se tratar de uma Suspensão do Contrato de Trabalho, não há pagamento de salário, masnão podem ocorrer demissões.
Os grevistas podem arrecadar fundos, divulgar o movimento e fazer passeatas pacíficas e as empresas não podem constranger os empregados a comparecer ao trabalho nem contratar outros para substituí-los salvo se houver abuso de direito.
Os grevistas não podem impedir o acesso dos outros trabalhadores ao serviço, nem empregar meios violentos, ameaçar ou causar danos ao empregador e devem manter equipe de plantão para manutenção de níveis mínimos de serviço.
Caso os grevistas pratiquem violência ou atos ilegais, poderão ser responsabilizados civil, trabalhista e criminalmente.
OBS: A Greve Patronal é vedada no Brasil; para maiores detalhes, recomendamos a Leitura dos 24 artigos da Lei 7.783/89 – Lei de Greve
CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS
Previsão legal:
Todos os detalhes de uma Convenção ou Acordo Coletivo estão contidos nos artigos 611 a 625 da CLT, dos quais recomendamos a leitura.
DEFINIÇÕES: A Convenção Coletiva ocorre quando dois ou mais Sindicatos, representando os empregadores e trabalhadores, estipulam, de maneira formal, condições de trabalho e salário, aplicáveis às Relações Individuais de Trabalho, no âmbito das categorias representadas (Ver Artigo 611 da CLT).
ACORDO COLETIVO: O Acordo Coletivo é realizado entre o Sindicato que representa uma categoria profissional (trabalhadores) e uma ou mais empresas, estipulando condições de trabalho e de Salário aplicáveis aos trabalhadores da(s) empresa(s) acordante(s) envolvida(s).

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