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MATÉRIA PENAL

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Principio da Extratividade
É falar do tempo do crime.
- Atividade : o que importa é a data da conduta, independente de quando o resultado ocorreu. Esta é a teoria adotada pelo CP, no art. 4.
- Resultado: O importante é quando o resultado ocorreu, independente da data da conduta.
- Ubiquidade: é tão importante observar a data da conduta quanto a do resultado.
* Ultra- atividade: a lei que eu aplico é aquela vigente na data da conduta, salvo para beneficiar o réu. Em regra toda lei é ultra- ativa.
* Retroatividade: rompe a barreira da vigência para trás, é uma exceção, somente para beneficiar o réu.
* Abolitio Criminis: lei posterior à conduta que retira o caráter delituoso do fato, um exemplo é o crime de sedução, que a partir de 2002 não era mais crime, isso afasta todos os efeitos penais, mas os civis permanecem.
* Abolitio Criminis Temporalis: é uma lei que permite uma conduta, que antes era considerada ilícita, durante determinado período de tempo.
* Novatio Legis in Mellius: nova lei melhor, que beneficia o réu (retroativa).
* Novatio Legis in Pejus: nova lei pior, que não beneficia o réu (irretroativa).
Sucessão de leis no tempo
- Lei Intermediária: é uma lei que não era vigente na época do fato e nem na época da condenação, é uma lei intermediária, que é usada para beneficiar o réu.
- Lei temporária: é aquela que tem data para iniciar e acabar, é auto - revogável.
- Lei excepcional: caráter temporal, não tem tempo para acabar, dura enquanto houver uma situação excepcional. (será sempre ultra - ativa).
* Combinação de Leis: Pego o melhor da lei A(que estava em vigor na data do crime) e o melhor da lei B(que estava em vigor na data da SPC), criando uma terceira lei para beneficiar o réu. As duas devem legislar a mesma matéria.
- Uma corrente diz que é possível fazer a combinação de leis, já que é para beneficiar o réu.
- Outra corrente diz que não é possível, já que o aplicador do Direito estaria legislando, criando uma nova lei.
Territorialidade
Lugar do crime. Dentro do Brasil se aplica a lei penal brasileira.
-Atividade: aplica-se a lei de onde ocorreu a conduta, independente de onde ocorreu o resultado.
- Resultado: aplica-se a lei de onde ocorreu o resultado, independente de onde ocorreu a conduta.
- Ubiquidade: se a conduta ou o resultado acontecerem em território brasileiro, aplica-se a lei penal brasileira. Esta é a teoria que o Brasil adota.
* Embarcações e aeronaves, públicas e privadas à serviço do governo, são consideradas extensões do território brasileiro, mesmo se estiverem em outro território.
* A territorialidade no Brasil é temperada, já que há situações em que é possível não aplicar a lei à condutas ocorridas em território nacional. Deve ser expresso previamente em acordos, tratados ou convenções.
LUTA { LU = Lugar do crime Ubiquidade
 { TA = Tempo do crime Atividade
Extraterritorialidade
Aplicação da lei penal brasileira à condutas praticadas em outro país/território.
- Incondicionada: aplico a lei penal de qualquer maneira. Art. 7, I c/c § 1º C.P.
a) contra a vida ou liberdade do presidente da república;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, Estados, DF, municípios e entidades de administração indireta;
c) contra a administração pública por quem esteja a seu serviço;
d) de genocídio quando o autor for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
- Condicionada: aplico a lei penal verificando as hipóteses e as condições previstas em lei. Art. 7, II c/c § 2º CP.
Hipóteses (art. 7, II) a) os crimes que por tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir; b) crimes praticados por brasileiros no exterior; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou privadas, que não tenham sido julgados.
Condições (§ 2º) a) entrar o agente em território nacional; b) ser o fato punível também no país em que o crime foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou se o condenado não cumpriu a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou não estiver extinta a punibilidade segundo a lei mais favorável.
OBS.: Todas as condições devem estar presentes ao mesmo tempo.
Extraterriotorialidade hipercondicionada
Trata-se de uma hipótese. A lei penal brasileira também se aplica caso o crime seja cometido por estrangeiro contra brasileiro no exterior, obedecendo o § 2º, juntamente com:
Não foi pedida ou negada a extradição; b) houver requisição do Ministro da Justiça.
Teoria do Crime
Crime é a prática de um fato típico, ilícito e culposo.
- Infração penal gênero
* crime/delito: punido com reclusão ou detenção
* contravenções penas: crime anão, de menor importância, punido com prisão simples. Alguns doutrinadores defendem que as contravenções se tornem infrações administrativas (ex: som alto deveria ser punido com multa).
Conduta: consciência + vontade
- Teoria causal da ação: ação é um movimento corpóreo, sem finalidade.
- Teoria social da ação
- Teoria finalista da ação: a conduta é sempre dirigida à uma finalidade, que pode ser lícita ou ilícita. É o comportamento humano voluntário.
Surgem então algumas questões, como: A pessoa jurídica pode se encaixar na conduta? Pode praticar crime? 
- Conceito formal: toda conduta que é proibida pela lei é crime.
- Conceito material: crime é toda conduta que viola um bem jurídico importante para a sociedade.
- Conceito analítico: crime é um fato típico, ilícito e culpado.
* Considerando o conceito analítico, onde se diz que o crime é um fato típico, é englobado a conduta, que é derivada de um ato humano, consciente e com vontade, por esta razão, inicialmente, não se pode punir penalmente uma pessoa jurídica.
* A lei 9605/98, porém, permite que a pessoa jurídica seja punida penalmente, se o crime for praticado contra o meio ambiente. Mas a natureza da norma penal, na prática, é administrativa.
* O STF considera que é possível punir uma pessoa jurídica penalmente, desde que haja pessoa física ao seu lado para se responsabilizar.
* Corrente legalista: admite a sanção penal para pessoas jurídicas pois está na lei.
Ausência de conduta: ainda que haja um movimento corpóreo, não há uma conduta penalmente relevante.
- Força irresistível: 1) um fator externo, da natureza, que conduz à reação, afastando a conduta, ou seja, o crime. 2) Coação física irresistível: onde uma pessoa obriga a outra a cometer um crime contra terceiros, isto afasta a conduta e o crime.
- Movimentos reflexos: movimento involuntário, mesmo consciente, independe da vontade. Afasta a conduta.
- Estado de inconsciência: sonambulismo, hipnose também afastam a conduta.
Fases de realização da conduta
- Interna: só existe dentro da mente do agente, onde ele imagina como irá praticar a conduta, que pode ser lícita ou ilícita. 1) antecipação mental: ele planeja como a conduta será praticada (o que fazer); 2) eleger os meios necessários ao alcance do resultado: (como fazer); 3) a consideração dos efeitos colaterais ou concomitantes que poderão ocorrer diante do meio escolhido (a arma que o agente irá escolher determina os efeitos, arma branca, bomba, arma letal, etc., uma poderá causar mais “estragos” do que a outra).
- Externa: 1) atos preparatórios; 2) atos executórios; 3) consumação; 4) euzarimento do crime.
Tipicidade: é o modelo de conduta que nos é imposto sob pena de sanção.
É a adequação perfeita entre conduta e o tipo àquela conduta proibida ou comportamento imposto.
A insignificância afasta a tipicidade material.
- Tipicidade conglobante ou conglobada
Tipicidade material + antinormatividade
A conduta deve ser juridicamente relevante, podendo lesionar um bem jurídico
Traduz uma conduta não exigida pelo Estado
- Tipicidade Penal
Tipicidade formal + tipicidade conglobante
Adequação típica
- Direta/imediata
É quando uma conduta se adequa perfeitamente à um tipo penal
- Indireta/mediata
Quem de qualquer forma concorre paraum crime. É um auxílio, uma ferramenta. Ocorre quando o agente não se adequa diretamente àquela conduta descrita no tipo penal, sendo necessária a utilização de uma norma de extensão para que se amplie o âmbito de aplicabilidade.
Tipo penal
1ª fase – caráter descritivo. Descreve uma conduta proibida, um modelo de comportamento imposto.
2ª fase – caráter descritivo + elemento indiciário da ilicitude (Ratio Cognoscendi) Além de ser descritivo, há um elemento que aponta uma provável ilicitude. A regra é que todo fato típico seja ilícito.É a fase adotada.
3ª fase – Ratio Essendi. Passou a ser a própria ilicitude. A ilicitude é a essência do fato típico, se não há ilicitude não há tipo.
Tipo complexo
- teoria causal o crime era constituído de fato típico, ilicitude e culpabilidade e a conduta era vazia.
- teoria finalista conduta pode ser dolosa ou culposa. Dolo e culpa estão dentro da conduta, compondo o fato típico.
Elementos que integram o tipo penal
- Natureza objetiva: se relacionam sem precisar verificar as pessoas
* Descritivas: descrevem o que o legislador quer nos impor
* Normativas: exigem uma valoração ética do legislador, moral e social.
- Natureza subjetiva: se relacionam às pessoas, ao psicológico (dolo+culpa)
Elementar
-Atipicidade absoluta: o que era crime passa a não ser. Ex: “matar alguém” é crime, “matar boi” é abate, não é crime.
- atipicidade relativa: o que era um crime passa a configurar outro crime. Ex: “matar alguém” e “matar macaco” são crimes.
Todo elemento no Direito Penal é também elementar.
Uma parte da doutrina entende que nem todos os elementos que compõe o tipo penal podem ser dominados elementares, sendo restringida somente àqueles que são atipicidade absoluta ou relativa.
Para Rogério Greco, não há distinção entre elementos objetivos e elementares.
Elementos específicos do tipo penal
- Núcleo: verbo principal do tipo penal, reitor da conduta descrita (matar, subtrair, obter, induzir,etc). Uninuclear 1 verbo; Plurinuclear 2 ou mais verbos.
-Sujeito ativo: é aquele que pratica a conduta descrita no núcleo. Pessoa jurídica somente contra o meio ambiente.
- Sujeito passivo: * formal é sempre a mesma pessoa, é constante ( União, Estado)
* Material: é o titular do bem jurídico violado pela conduta praticada pelo sujeito ativo.
- Objeto material: bem jurídico contra o qual a conduta é praticada ou bem jurídico violado.
- Objeto jurídico: é a classe de bens jurídicos a que pertence aquele bem violado.
Tipo Doloso
- Direto: quando o agente quis o resultado.
- Indireto: quando o agente assume o risco da conduta que levou ao resultado.
* o crime sempre é doloso, só é considerado culposo se houver conduta expressa em lei.
Erro de tipo
É um erro sobre alguma elementar, que afasta, distorce a consciência, sempre exclui o dolo.
- Desculpável: a consciência está imaculada, houve erro de tipo, afastando o dolo e a culpa. É justificável.
- Indesculpável: a consciência está imaculada, afasta o dolo mas responde por culpa se houver previsão em lei.
Teoria da vontade dolo direto
Só existe dolo quando o indivíduo pratica uma conduta ao alcance de um resultado ilícito. Prevê o resultado, se importa com ele, o agente quer o resultado.
Teoria do assentimento dolo indireto/eventual
Existe dolo quando o indivíduo pratica uma conduta sem querer alcançar o resultado ilícito, mas assume o risco do resultado, sem se importar com ele.
Teoria da representação
Para que haja dolo é necessário que quando o indivíduo pratique a conduta, prevendo a possibilidade da ocorrência de um resultado ilícito, ainda que não assuma o risco de produzi-lo, ocorrerá dolo. Prevê mais não assume o risco.
O CP adota a teoria da vontade e do assentimento.
Dolo direto 1º grau: viola um bem jurídico individual, o agente já sabe qual será violado.
Dolo direto 2º grau: são resultados que o agente não quer, mas certamente ocorrerão
Tipo culposo
Para se verificar o crime culposo é necessário:
- Conduta;
- Resultado;
- Nexo de causalidade;
- Tipicidade;
- inobservância de dever de cuidado. (imprudência, ação descuidada; negligência, omissão; ou imperícia, não aplicar os conhecimentos).
- Previsibilidade: é a possibilidade de se prever no caso concreto a ocorrência de um resultado ilícito decorrente da prática de determinada conduta, podendo ser de: 
* previsão: prevê no caso concreto culpa consciente;
* sem previsão: do desatento culpa inconsciente.
Dolo eventual x Culpa consciente
Assume o risco sem se importar com o resultado.
Não assume o risco, quer evitar o resultado ilícito mas não consegue.
Erro de tipo permissivo: não há erro de um tipo penal, é um erro justificável de uma ocasião imaginada, que se realmente existisse, sua conduta seria permitida.
Culpa imprópria: o agente, equivocando-se com relação a uma situação de fato, imagina seu bem jurídico ameaçado. Ao atuar diante de um erro indesculpável, atinge, querendo, determinado bem jurídico. O resultado produzido será atribuído ao agente à titulo de culpa.

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