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Curso de Enologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPAUNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPAUNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
Fisiologia da Videira
Campus Dom Pedrito – Curso de EnologiaCampus Dom Campus Dom PedritoPedrito –– Curso de Curso de EnologiaEnologia
Dr. Juan Saavedra del Aguila
Professor AdjuntoManejo Sustentável do 
Vinhedo
Setembro 2015
Kutter, 2013
VideiraVideira
VideiraVideira
Lenho velho
Esporão
Gavinha
Ramo de 2 anos
Feminela
Cacho
Ramo de um ano
Broto
O CICLO DA VIDEIRA
A videira possui um ciclo anual de vida que, 
nos países europeus, situados no hemisfério 
norte, esses períodos ocorrem em épocas 
diferentes (repouso: Dezembro a Março; 
crescimento: Abril a Julho; elaboração: 
Agosto a Novembro). 
ANTRACNOSE
ESCORIOSE
MÍLDIO
OÍDIO
MANCHA DAS FOLHAS
FERRUGEM
ANTRACNOSE
ESCORIOSE
MÍLDIO
OÍDIO
MANCHA DAS FOLHAS
FERRUGEM
ANTRACNOSE
ESCORIOSE
MÍLDIO
OÍDIO
MANCHA DAS FOLHAS
FERRUGEM
ANTRACNOSE
ESCORIOSE
MÍLDIO
OÍDIO
MANCHA DAS FOLHAS
FERRUGEM
O CICLO DA VIDEIRA
Como toda a planta, a videira possui um ciclo anual 
de vida que, geralmente, é divido em três períodos.
1. PERÍODO DE REPOUSO
Extende-se, em geral, de abril a julho e nessa 
fase ocorre "hibernação" da planta que perde 
as folhas e entra e latência. Durante essa 
época, é feito o plantio e a enxertia das 
plantas novas e/ou a adubação e a poda seca
das plantas velhas.
2. PERÍODO DE CRESCIMENTO
Vai, aproximadamente, de 
agosto a dezembro. 
Durante esse período faz-
se a capina e a poda 
verde e nela ocorrem a 
brotação das folhas, a 
floração, a produção e a 
circulação de seiva.
Lacrima Vitis
brotação
floração
polinização
frutificação
3. PERÍODO DE ELABORAÇÃO
Extende-se por volta de dezembro a março e nele 
há a formação e o amadurecimento dos frutos e 
queda das folhas. É a fase da colheita, sendo a das 
uvas precoces (dezembro a janeiro) e a das tardias 
(fevereiro a março).
Dormência M.R Crescimento Acúmulo de Reservas
Brotação Florescimento “Veraison” Colheita
Queda 
das 
folhas
Poda Seca Poda Verde
Fases do ciclo vegetativo da videira
M.R Crescimento Acúmulo de Reservas
Brotação Florescimento “Veraison” Colheita
Queda 
das 
folhas
Poda Poda
Dormência
ANUALANUALANUAL
♣CICLOS: VEGETATIVO E REPRODUTIVO;
♣ OCORREM AO MESMO TEMPO NUM
RAMO PRODUTIVO;
♣ CICLOS: VEGETATIVO E REPRODUTIVO;CICLOS: VEGETATIVO E REPRODUTIVO;
♣♣ OCORREM AO MESMO TEMPO NUMOCORREM AO MESMO TEMPO NUM
RAMO PRODUTIVORAMO PRODUTIVO;
CICLO 
VEGETATIVO
CICLO CICLO 
VEGETATIVOVEGETATIVO
PERÍODO DE CRESC. VEGETATIVOPERPERÍÍODO DE CRESC. VEGETATIVOODO DE CRESC. VEGETATIVO
� Inicia-se com o choro (exsudação de seiva): 15 dias
antes da brotação.
“Choro”: devido ao rápido ritmo de absorção do 
sist. radicular, para evitar: poda precoce;
� Brotação
� Necessita de 10 folhas p/formar cacho com bom brix;
� Evitar sombreamento (latada).
PERÍODO DE CRESC. VEGETATIVOPERPERÍÍODO DE CRESC. VEGETATIVOODO DE CRESC. VEGETATIVO
� DESENVOL. DA BROTAÇÃO
- DEZEMBRO (ALTA TEMP. E UMIDADE): MÁXIMO 
CRESC.
- ACIMA DE 35ºC: LIMITANTE (FOTOSSÍNTESE)
PERÍODO DE ELABORAÇÃO OU DE 
ARMAZENAMENTO
PERPERÍÍODO DE ELABORAODO DE ELABORAÇÇÃO OU DE ÃO OU DE 
ARMAZENAMENTOARMAZENAMENTO
EstendeEstende--se do final do cresc. dos ramos atse do final do cresc. dos ramos atéé a queda a queda 
das folhasdas folhas
- Bom armazenamento: premissa de boa frutificação
p/próximo ano, bom enraizamento de estacas;
- Acúmulo de grande quantidade de amido nos órgãos 
lenhosos anuais e perenes promovem o aperfeiçoamento
da diferenciação de gemas, contribuem p/ o início da
maturação das bagas;
- Poucas reservas: maturação insuficiente (redução de 
resistência ao frio).
Produções elevadas: utilização de subst. de reservas.
PERÍODO DE REPOUSOPERPERÍÍODO DE REPOUSOODO DE REPOUSO
� Queda das folhas até a renovação vegetativa;
� Processos bioquímicos e enzimáticos: a partir de 
reservas;
� Queda das folhas: aumento de ácido abscísico (ABA);
� Antes da queda das folhas: carboidratos, outras subst.
orgânicas e minerais migram p/ ramos do ano, tronco e
raízes, onde se acumulam sobre a forma de amido.
FLORESCIMENTO E FRUTIFICAÇÃOFLORESCIMENTO E FRUTIFICAFLORESCIMENTO E FRUTIFICAÇÇÃOÃO
� Formação do cacho: brotos a partir de 6 a 7cm;
� Polinização: autógama
� Dias quentes e ensolarados: rápido desenvolvimento do 
florescimento e boa frutificação boa fecundação;
Dias chuvosos e frios: podem reduzir a produção
DORMÊNCIA
A dormência é uma condição especial de 
suspensão do crescimento. Após períodos de 
repouso normal, o crescimento é retomado 
quando a temperatura torna-se mais amena ou 
quando a água ou outro fator limitante 
qualquer se torna novamente disponível. 
(Raven et al., 2010).
CORTE DA GEMA LATENTECORTE DA GEMA LATENTE
Chauvet & Reynier, 1984
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS MUDANÇAS DE 
REGULADORES
DE CRESCIMENTO QUE OCORREM DURANTE O 
PERÍODO DE DORMÊNCIA
Gemas
Na videira distinguem cinco 
tipos de gemas:
•Prontas.
•Francas ou axilares.
•Latentes.
•Basilares, da coroa ou 
casqueiras.
•Cegas. O sarmento da videira e suas partes.
(Segundo Chauvet & Raynier, 1979).
Carga de Gemas
LOCALIZAÇÃO E TIPOS DE GEMAS
� As gemas da videira se localizam nas axilas das folhas;
� Na videira não se distinguem gemas vegetativas e gemas 
frutíferas, como em muitas espécies, mas sim somente gemas 
mistas;
� A gema da videira é composta, sendo a principal chamada de 
primária, que geralmente origina um broto frutífero; 
� As outras duas, são chamadas de secundárias, que brotam quando 
ocorrer algum dano com a gema primária; 
LOCALIZAÇÃO E TIPOS DE GEMAS
Na videira existem cinco tipos de gemas: 
� prontas; 
� francas ou axilares; 
� latentes;
� basilares, da coroa ou casqueiras; 
� cegas.
GEMAS PRONTAS
� Formam-se na primavera-verão;
� Assim que formadas podem dar origem a uma brotação 
chamada feminela ou neto ;
� Que pode ser estéril, pouco ou muito fértil, segundo a cultivar;
� Localiza-se na axila das folhas, ligeiramente descentralizada e 
abaixo da gema franca.
GEMAS FRANCAS OU AXILARES
� Formam-se na base das gemas prontas, junto à inserção do 
pecíolo foliar;
� Permanecem dormentes durante o ano de formação;
� Durante a brotação e desenvolvimento dos ramos, as gemas 
francas não germinam;
� São inibidas pela atividade dos ápices vegetativos;
� Essas gemas podem produzir de um a três cachos, e até quatro em 
cultivares americanas e híbridas. 
GEMAS LATENTES
� São gemas não muito desenvolvidas;
� Localizadas na madeira velha, que foram cobertas pela sucessiva
formação de tecidos;
� Quando brotam dão origem a ladrões estéreis;
� Surgem quando se realiza uma poda drástica; ocorre danos por 
geadas tardias nas outras gemas; há problemas com a circulação da 
seiva. 
GEMAS BASILARES, DA COROA OU 
CASQUEIRAS
� Formam na base do ramo, junto à inserção do broto do ano com a 
madeira do ano anterior;
� Somente brotam quando se fizer poda curta;
� Ou quando há aplicação de reguladores de crescimento;
� Geralmente são férteis nas cultivares americanas e inférteis nas 
viníferas. 
GEMAS CEGAS
� É a mais desenvolvida das gemas basilares;
� São férteis nas americanas e em algumas viníferas podem 
produzir um cacho.
PRIMÓRDIOS DE INFLORESCENCIA 
EM GEMAS DORMENTES
FATORES QUE INFLUENCIAM A 
FERTILIDADE DE GEMAS
� Balanço hormonal;
� Característica varietal; 
� Temperatura ambiente; 
� Intensidade luminosa; 
� Disponibilidade de água;� Nutrição mineral; 
� Práticas culturais. 
HORMÔNIOS E REGULADORES 
VEGETAIS
� Na formação dos primórdios de inflorescência em videiras as 
giberelinas e as citocininas parecem ser os principais compostos 
envolvidos;
� As giberelinas promovem o florescimento porque induzem a 
formação do primórdio indiferenciado;
� Posteriormente, as giberelinas agem como inibidoras do 
florescimento, pois direcionam o primórdio indiferenciado para a 
formação de gavinhas;
� Já as citocininas são necessárias para a diferenciação do 
primórdio indiferenciado em primórdio de inflorescência. 
CARACTERÍSTICA VARIETAL
� Em determinadas condições ambientais, o número de primórdios 
de inflorescência que se desenvolve em uma gema é uma 
característica varietal; 
� Pode isto estar relacionado a existência de genes que alteram o 
metabolismo das giberelinas nas plantas;
�Variações entre cultivares também são verificadas em relação à
zona mais frutífera do ramo;
� Em geral, cultivares de origem centro-asiática têm suas gemas 
férteis localizadas distantes da base dos ramos;
� Enquanto que naquelas originárias do oeste europeu, as gemas 
basais são mais férteis.
TEMPERATURA
� Cultivares de espécies de videira americanas produzem 
inflorescências a temperaturas mais baixas (21 a 22ºC);
� Cultivares da espécie Vitis vinifera produzem a temperaturas 
mais altas que as americanas (27 a 28ºC).
INTENSIDADE LUMINOSA
� Intensidade luminosa é o fator climático mais limitante para a 
formação de gemas férteis; 
� Condições insatisfatórias de luz durante a iniciação da 
inflorescência reduz severamente a fertilidade de gemas;
� Ramos mais expostos à luz, normalmente são mais férteis. 
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA
� A diferenciação de primórdios de inflorescência pode ser 
promovida mediante um estresse hídrico moderado no início do 
crescimento vegetativo da videira;
� Uma deficiência hídrica severa pode reduzir a formação de 
gemas férteis;
�Matthews et al. (1987) verificou que o aumento da intensidade de 
irrigação foi positivamente correlacionado com o aumento do 
número de cachos formados em videiras ‘Cabernet Franc’;
� Em condições de solo encharcado, Stevens et al. (1999) 
verificaram redução da fertilidade de gemas em videiras Sultana’. 
NUTRIÇÃO MINERAL
� Níveis ótimos de nitrogênio, fósforo e potássio estão associados à
máxima produção de citocininas pelas raízes das videiras, 
necessárias para a indução floral;
� O nitrogênio é um importante elemento no metabolismo de 
carboidratos, e, portanto, videiras com deficiência deste nutriente 
apresentam uma gradual redução de crescimento, de produção e de 
formação de primórdios de inflorescência.
PRÁTICAS CULTURAIS
� A adoção de práticas culturais apropriadas para reduzir o vigor 
excessivo dos ramos e aumentar a incidência de luz nas gemas 
podem incrementar a fertilidade de gemas em videiras;
� Entre as práticas culturais que poderiam ser utilizadas para o 
controle do vigor dos ramos de videiras, pode-se citar:
� Uso de porta-enxertos menos vigorosos;
� O controle da adubação e irrigação das plantas;
� E o uso de reguladores vegetais.
TEMPERATURA
� Cultivares de espécies de videira americanas produzem 
inflorescências a temperaturas mais baixas (21 a 22ºC);
� Cultivares da espécie Vitis vinifera produzem a temperaturas 
mais altas que as americanas (27 a 28ºC).
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS MUDANÇAS DE 
REGULADORES
DE CRESCIMENTO QUE OCORREM DURANTE O 
PERÍODO DE DORMÊNCIA
CORTE DA GEMA LATENTECORTE DA GEMA LATENTE
Chauvet & Reynier, 1984
Gema da Videira ‘Alicante Bouschet’
Kutter, 2013
120
AGRADECIMENTOS
Prof. Dr. Marcelo Barbosa Malgarim
Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM).
Prof. João Alexio Scarpare Filho
Profª. Simone Rodrigues da Silva
Universidade de São Paulo (USP)
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ).
e-mail
juanaguila@unipampa.edu.brjuanaguila@unipampa.edu.brjuanaguila@unipampa.edu.brjuanaguila@unipampa.edu.br

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