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DIREITO CIVIL V - CCJ0111 Semana Aula: 15 Bem de Família Tema Bem de Família Palavras-chave Objetivos 1. Compreender o conceito de bem de família. 2. Distinguir bem de família legal e bem de família convencional. 3. Entender o alcance do bem de família legal. 4. Identificar os efeitos do bem de família convencional. Estrutura de Conteúdo 1. Bem de Família Legal. a. Conceito b. Requisitos c. Efeitos 2. Bem de Família Convencional. a. Conceito b. Requisitos c. Efeitos Procedimentos de Ensino O presente conteúdo pode ser trabalhado em uma aula, podendo o professor dosá-lo de acordo com as condições (objetivas e subjetivas) apresentadas pela turma. O bem de família tem origem norte-americana (?homestead?, Texas, 1839[1]1) tendo sido introduzido no ordenamento brasileiro pelos arts. 70 a 73[2]2 do CC/16[3]3 e depois acolhido pela Constituição Federal de 1988 (art. 5o., XXVI, CF). O bem de família legal (obrigatório ou involuntário) foi instituído pela Lei n. 8.009/90 e o bem de família convencional introduzido pelos arts. 1.711 a 1.722, CC/02, ambos com evidente função social e caráter protetivo da família. Conceitua Caio Mário da Silva Pereira (2010, p. 602) ?o bem de família é uma forma de afetação de bens a um destino especial, que é ser a residência da família e, enquanto for, é impenhorável por dívidas posteriores a sua constituição, salvo as provenientes de impostos devidos pelo próprio prédio?. A natureza jurídica do bem de família é controversa, há quem afirme se tratar de transmissão de domínio (Marques dos Reis); outros afirmam ser a transformação do domínio pessoal do instituidor em um singular condomínio (Serpa Lopes). A transmissão no ordenamento brasileiro deve ser afastada porque o bem não sai do domínio da família ou instituidor; bem como, não se pode falar em condomínio porque nenhum membro da família tem cotas ideais. Portanto, conclui-se ser forma especial de afetação de bens destinados à residência da família, não se confundindo, assim, o direito com o imóvel residencial sobre o qual incide. BEM DE FAMÍLIA LEGAL É regulado pela Lei n. 8.009/90 que determina a impenhorabilidade do bem imóvel, urbano ou pequena propriedade rural[4]4 (restrito à sede com os bens móveis) destinado à moradia da família (vide Súmula 364, STJ[5]5). Para os efeitos da impenhorabilidade considera-se residência um único[6]6 imóvel utilizado pelo casal ou entidade familiar para moradia permanente (art. 5º.). Como decorre de lei, não depende de registro para sua constituição, uma vez que o instituidor é o próprio Estado. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assenta a construção, plantações, benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos ou móveis (desde que quitados) que guarneçam a casa (art. 1º., parágrafo único). Excluem-se da impenhorabilidade: os veículos de transporte, as obras de arte e os adornos suntuosos (art. 2º.) e no caso de imóvel locado, a impenhorabilidade abrange os bens móveis quitados de propriedade do locatário. A Súmula 205, STJ, afirma que a Lei n. 8.009/90 aplica-se também às penhoras realizadas antes de sua vigência em virtude, justamente, da destinação especial dada ao bem: moradia da família. Lembre-se, ainda, que a impenhorabilidade é oponível em qualquer fase do processo de execução (art. 3º.), mas não pode ser invocada: em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias, uma vez que créditos alimentares; pelo titular do crédito decorrente do financiamento (inclui-se também contrato de mútuo) à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; pelo credor de pensão alimentícia (independente se decorrente de alimentos regidos pelo Direito de Família ou se alimentos indenizatórios); para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas (inclusive condominiais) e contribuições, devidas em função do imóvel familiar; para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens; por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação (residencial ou não residencial). A impenhorabilidade também não abrange as situações em que o devedor sabendo-se insolvente adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga (art. 4º.). Nestes casos, o juiz pode transferir a impenhorabilidade para o imóvel anterior ou anular a venda, liberando a mais valiosa para a execução. Conclui Maria Berenice Dias (2007, p. 520) que o ?direito à moradia é considerado um dos direitos da personalidade inerente à pessoa humana, quer como pressuposto do direito à integridade física, quer como elemento da integridade moral do indivíduo. A moradia é tutelada como objeto de direito, tratando-se de um direito subjetivo, representando um poder da vontade e que implica no dever jurídico de respeito daquele mesmo poder por parte dos outros?. Por isso, a proteção conferida pelo bem de família vem de encontro a disposições constitucionais em especial aquelas que versam sobre a defesa da família e proteção da dignidade da pessoa humana. BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL Afirma Eduardo de Oliveira Leite (2007, p. 404) que ?o bem de família regulado no novo Código Civil é o voluntário, convencional e tem por escopo a proteção do lar familiar, gerando a indisponibilidade de parcela do patrimônio familiar com vistas a isentá-lo de execução por dívidas?. Desta forma, só pode constituir bem de família o bem destinado à residência da família (não é pré-requisito, no entanto, que a família já habite o imóvel). Dispõe o art. 1.711, CC, que o bem de família convencional pode ser instituído pelos cônjuges, ou pela entidade familiar, por meio de escritura pública (forma ?ad soleminitatem?) ou testamento[7]7 (cuja eficácia se dará apenas ?post mortem?), não podendo o valor do bem (urbano ou rural) ultrapassar um terço do patrimônio líquido do instituidor existente à época da instituição. O bem de família ainda pode ser constituído por terceiros (?donationis causa?, art. 1.711, parágrafo único, CC), mas nesse caso será necessária a aceitação expressa[8]8 de ambos os cônjuges ou da entidade familiar beneficiada. Independente da forma de instituição, para que gere efeitos é necessário realizar registro do título no Registro de Imóveis[9]9 (art. 1.714, CC). O bem de família abrange não apenas o prédio, mas também as suas pertenças e acessórios (art. 1.712, CC) e valores mobiliários (limitados ao valor do prédio instituído como bem de família e perfeitamente individualizados) destinados à conservação do imóvel e sustento da família (art. 1.713, CC). O instituidor pode determinar que a administração desses valores seja confiada à administração por entidade financeira, quando, então, não poderão ser afetados por qualquer forma de liquidação sofrida pela instituição (art. 1.718, CC). A impenhorabilidade do bem de família abrangerá apenas as dívidas posteriores à sua constituição. As dívidas anteriores e as referentes a tributos do imóvel ou despesas de condomínio (obrigações ?propter rem?) são exceções à impenhorabilidade (art. 1.715, CC). A proteção do bem de família dura enquanto viver um dos cônjuges, ou, na falta destes, até a maioridade dos filhos (art. 1.716, CC), bem como, não se extingue com a dissolução da sociedade conjugal (art. 1.721, CC). Por isso,afirma Caio Mário da Silva Pereira (2010, p. 606) que se verifica uma impenhorabilidade relativa em dois sentidos: a) seletivamente porque só se exime o bem de execução por dívidas subsequentes à constituição do bem de família e a impenhorabilidade não abrange impostos referentes ao bem ou taxas de condomínio; b) temporariamente porque somente subsiste enquanto viverem os cônjuges ou até a maioridade dos filhos. Impossibilitada a manutenção do bem, pode-se, a requerimento dos interessados, extingui-lo judicialmente ou autorizar sua sub-rogação. Nestes casos, deverá o Ministério Público ser ouvido (art. 1.719, CC). Em regra, a administração do bem de família será feita por ambos os cônjuges ou companheiros, salvo disposição em contrário (art. 1.720, CC). Com o falecimento de ambos os pais, a administração deverá passar ao filho mais velho e, se este for incapaz, ao seu tutor ou curador. O cônjuge sobrevivo poderá pedir a extinção do bem de família se for o único bem do casal (art. 1.721, parágrafo único, CC), no entanto, ressalte-se que poderá o juiz negar o pedido se verificado possível prejuízo a filhos menores ou incapazes. O bem de família também se extingue se falecidos ambos os cônjuges ou companheiros e se não houver filhos menores ou incapazes (art. 1.222, CC). Percebe-se, portanto, que: 1- o bem de família convencional não extinguiu o legal; 2- só há necessidade de constituir o bem de família convencional se a família utiliza vários imóveis como residência e não deseja que a impenhorabilidade recaia sobre o de menor valor; 3- a limitação patrimonial acaba servindo para proteger pessoas mais abastadas, valendo-se as com menor patrimônio apenas da proteção do bem de família legal. É possível, portanto, a coexistência do bem de família legal com o convencional, porque havendo bem de família preexistente a Lei n. 8.009/90 faz coincidir a impenhorabilidade legal sobre o mesmo imóvel. Ao final da aula o professor deve perguntar se ainda existem dúvidas com relação aos tópicos abordados lembrando brevemente a distinção entre bem de família convencional e bem de família legal. Após, dará o conteúdo da disciplina como encerrado, solicitando aos alunos que realizem os exercícios de revisão que serão corrigidos conjuntamente na aula seguinte. NOTAS [1] A essa época representava apenas a simples isenção de penhora sobre o pequeno imóvel (até 50 acres) rural ou urbano. [2] Ensina Caio Mário da Silva Pereira (2010, p. 601) que ?o Código revogado de 1916 o inscrevia na Parte Geral, completando o regime de bens. Incluído no art. 70, autorizava os chefes de família a destinar um prédio para domicílio desta, com cláusula de ficar isento de execução por dívidas, salvo as que proviessem de impostos relativos ao mesmo prédio. Os demais artigos (71 a 73) introduziam subsídios para a sua validade. [3] O Decreto-Lei n. 3.200/41 estabeleceu valores máximos para os imóveis, limitação que foi apenas afastada pela Lei n. 6.742/79. [4] A pequena propriedade rural é aquela que não ultrapassa quatro módulos fiscais do Município em que está situada. [5] Súmula 264, STJ: ?o conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas?. [6] Havendo domicílio plúrimo a impenhorabilidade recairá sobre o imóvel de menor valor, salvo se outro tiver sido indicado pelo proprietário. [7] Deve se destinar a filhos menores ou incapazes e está sujeita à verificação da existência de dívidas do falecido, uma vez que sua eficácia só nasce após a morte do testador e abertura da sucessão. [8] Por analogia aplicam-se os arts. 539 e 1.804 e ss., CC. [9] O procedimento está previsto nos arts. 260 a 265 da Lei n. 6.015/73, não havendo ainda procedimento regulamentado para a instituição feita por testamento. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos quadro e pincel; datashow. Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto Dr. André, tenho um débito com um banco resultante de utilização do limite da conta corrente. Não consegui saldar essas dívidas e agora no processo de execução fui informado que o Banco requereu a penhora do imóvel em que residem minha ex-esposa com meus filhos de 12 e 14 anos. O imóvel é de minha propriedade exclusiva, mas há mais de cinco anos é utilizado para residência de meus filhos. Vivo em outro imóvel, também de minha propriedade, no qual mantenho minha nova família. Vou perder um destes dois imóveis? O que farei? Explique a resposta ao seu cliente em no máximo cinco linhas. Questão objetiva 1 (TRT 6a. Região 2013) Podem os cônjuges ou a entidade familiar destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição. a. mediante escritura pública ou testamento, que apenas consistirá do imóvel de menor valor, entre os de propriedade do instituidor, compatível com o padrão de vida da família, e esse bem ficará livre de penhora, salvo em execuções por dívidas de alimento, débitos trabalhistas, indenização por responsabilidade civil e para saldar hipoteca ou satisfazer obrigação decorrente de fiança locatícia. b. apenas por escritura pública, e consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. c. mediante escritura pública ou instrumento particular, sem prejuízo das regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. d. mediante escritura pública ou testamento, sem prejuízo das regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. e. somente por testamento que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, mas não poderá abranger quaisquer bens móveis de elevado valor, nem aplicações financeiras, exceto para, com sua renda, conservar o imóvel. Questão objetiva 2 (MPPR 2013) A impenhorabilidade do bem de família legal (Lei nº 8.009/90) não é oponível: I. Em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; II. Pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III. Pelo credor de pensão alimentícia; IV. Para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar. a. Todas estão corretas; b. Nenhuma está correta; c. Estão corretas apenas as assertivas I e II; d. Está correta apenas a assertiva III; e. Estão corretas apenas as assertivas III e IV. Avaliação Caso Concreto Dr. André, tenho um débito com um banco resultante de utilização do limite da conta corrente. Não consegui saldar essas dívidas e agora no processo de execução fui informado que o Banco requereu a penhora do imóvel em que residem minha ex-esposa com meus filhos de 12 e 14 anos. O imóvel é de minha propriedade exclusiva, mas há mais de cinco anos é utilizado para residência de meus filhos. Vivo em outro imóvel, também de minha propriedade, no qual mantenho minha nova família. Vou perder umdestes dois imóveis? O que farei? Explique a resposta ao seu cliente em no máximo cinco linhas. Gabarito: A Lei n. 8009/90 estabelece a proteção do bem de família legal que é “art. 1o.: o imóvel residencial próprio do casal ou de entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza contraída por um dos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas em lei”. Embora André tenha dois imóveis, ambos são considerados seus bens de família, pois utilizados para residência própria e residência de seus filhos (família em sentido amplo), ainda menores. A jurisprudência do STJ entende ser possível ampliar o conceito de bem de família para atingir dois imóveis do devedor nessas situações, resguardando-se o direito fundamental à moradia e a dignidade da pessoa humana. Vide: A 3ª Turma do STJ considerou possível que a impenhorabilidade do bem de família atinja simultaneamente dois imóveis do devedor – aquele onde ele mora com sua esposa e outro no qual vivem as filhas, nascidas de relação extraconjugal. A decisão deu provimento a recurso interposto pelo Ministério Público de Minas Gerais contra julgado do TJ mineiro que decidiu que "a garantia legal da impenhorabilidade só pode recair sobre um único imóvel, onde o devedor resida com sua família". No nascedouro do caso agora decidido em recurso especial, o devedor, ao ser intimado da penhora, alegou que o imóvel em que vivia era bem de família e indicou um segundo imóvel. Após a substituição do bem penhorado, o devedor alegou que este também era impenhorável por se tratar igualmente de bem de família, nele residindo suas duas filhas e a mãe delas. Mas o TJ-MG entendeu que a relação concubinária do devedor não pode ser considerada entidade familiar. Mas o STJ reformou esse entendimento, considerando que "a impenhorabilidade do bem de família visa resguardar não somente o casal, mas o sentido amplo de entidade familiar". Assim, no caso de separação dos membros da família, a entidade familiar, para efeitos de impenhorabilidade de bem, não se extingue, mas surge em duplicidade: uma composta pelos cônjuges, e outra composta pelas filhas de um deles. O acórdão aponta que "o reconhecimento da união estável como entidade familiar pela Constituição trouxe importante distinção entre relações livres e relações adulterinas, mas essa distinção não interfere na solução do caso pois o que está em questão é a impenhorabilidade do imóvel onde as filhas residem". O julgado também assinalou que "a Constituição estabelece que os filhos, nascidos dentro ou fora do casamento, assim como os adotados, têm os mesmos direitos". Segundo o relator, ministro Ricardo Villas Boas Cueva, a jurisprudência do STJ vem entendendo que "a impenhorabilidade prevista na Lei nº 8.009 não se destina a proteger a família em sentido estrito, mas, sim, a resguardar o direito fundamental à moradia, com base no princípio da dignidade da pessoa humana". (REsp nº 1126173). Fonte: Espaço Vital. Questão objetiva 1 (TRT 6a. Região 2013) Podem os cônjuges ou a entidade familiar destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição. a. mediante escritura pública ou testamento, que apenas consistirá do imóvel de menor valor, entre os de propriedade do instituidor, compatível com o padrão de vida da família, e esse bem ficará livre de penhora, salvo em execuções por dívidas de alimento, débitos trabalhistas, indenização por responsabilidade civil e para saldar hipoteca ou satisfazer obrigação decorrente de fiança locatícia. b. apenas por escritura pública, e consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. c. mediante escritura pública ou instrumento particular, sem prejuízo das regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. d. mediante escritura pública ou testamento, sem prejuízo das regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. e. somente por testamento que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, mas não poderá abranger quaisquer bens móveis de elevado valor, nem aplicações financeiras, exceto para, com sua renda, conservar o imóvel. Gabarito: D - art. 1711, CC. Questão objetiva 2 (MPPR 2013) A impenhorabilidade do bem de família legal (Lei nº 8.009/90) não é oponível: I. Em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; II. Pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III. Pelo credor de pensão alimentícia; IV. Para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar. a. Todas estão corretas; b. Nenhuma está correta; c. Estão corretas apenas as assertivas I e II; d. Está correta apenas a assertiva III; e. Estão corretas apenas as assertivas III e IV. Gabarito: A - Lei n. 8009/90 Considerações Adicionais Referências Bibliográficas: Nome do livro: Direito Civil Brasileiro Nome do autor: GONÇALVES, Carlos Roberto Editora: Saraiva Nome do capítulo: Título IV Do bem de família Número de páginas do capítulo: 20
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