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Direito PENAL 3 Aula 2

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UNIPÊ – Curso de Bacharelado em Direito
Direito Penal III
5º Período
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (Art. 121, §1, CP)
Comentário: Apesar de o dispositivo expressar que se trata de faculdade do juiz em reduzir a pena, na verdade é sua obrigação, tendo em vista tratar-se de direito subjetivo do réu, conforme pontificado na jurisprudência. Presentes os requisitos, a pena deverá ser reduzida (Damásio). Esta é a posição majoritária. Contrariamente posiciona-se Mirabetti, em entendimento minoritário.
Requisitos do privilégio:
Relevante valor social ou moral:
Social: é aquele que envolve aspecto coletivo. Ex.: o aposentado que mata o agente que havia praticado um assalto ao únco banco da cidade, levando todo o pagamento destinado aos aposentados.
Moral: é aquele que envolve aspecto de ordem privada. Ex.: o pai que mata o estrupador da filha.
HOMICÍDIO QUALIFICADO (Art. 121, §2, CP)
“I” Motivo torpe: é o homicídio praticado por encomenda, seja com pagamento prévio, seja por promessa de recompensa. A doutrina enfatiza que a vingança e o ciúme estão inseridos no motivo torpe.
“II” Motivo fútil: caracteriza-se pela desproporção entre a conduta do agente e a causa motivadora. Ex.: matar o garçom por ter servido comida fria.
OBS.: Os motivos torpe e fútil não podem coexistir na mesma figura típica, tendo em vista o seu caráter subjetivo. As demais qualificadoras são de caráter objetivo e poderão ser enquadrados no mesmo fato delituoso. A posiçao da jurisprudência é pacífica sobre este aspecto.
“III” Emprego de veneno: de acordo com a doutrina, deverá ser ministrado clandestinamente, ou seja, sem a vítima saber (Damásio).
Asfixia: é todo meio utilizado pelo agente que dificule ou impesa a vítima de respirar. Ex.: enforcamento, esganadora, afogamento e a utilização de gases tóxicos.
Tortura: o agente tem a intensão de matar a vítima, mas faz uso da tortura para levá-la a sofrimento extremo. Não se confunde com o crime de tortura, previsto na lei 9.455/97, pois neste o agente não pretende matar a vítima, vindo a morte de forma inesperada (Crime Preterdoloso)
“IV”: Caracteriza-se pela surpresa, dissimulação (uso de uniforme e conversa) ou outro meio que dificulte ou impossibilite a defesa da vítima (vítima dominada, amarrada)
“V”: O agente mata a vítima para garantir o êxito em outro delito ou a impunidade. Ex.: o agente mata a babá para levar a criança e depois estorquir dos pais.
“VII”: O legislador qualificou o homicído quando for pratricado contra autoridade ou agente descrito nos artigos 142 e 144 da C.F. (todas as polícias, agentes do sistema de justiça, agentes do sistema penitenciário), bem como contra seus cônjuges, companheiros ou parentes consanguíneos até o terceiro grau.
*Crime hediondo Art. 1º da Lei 8.072/90 (Com alterações da Lei 8.930/94)
Prevê o cumprimento da pena inicialmente em regime fechado;
Progressão de regime em 2/5 para primários e 3/5 se reincidente;
Insuscetível de Graça, Anistia e Indulto.

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