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UNOPAR VIRTUAL Bacharelado em Administração Disciplina: Diagnóstico e Intervenção Empresarial Prof.: Rinaldo José Barbosa Lima Aula: 03 – Visão por Processos / Relatórios Administrativos Semestre: 7º/ 8º Aula Atividade Objetivo: Esta atividade tem por objetivo de esclarecer aos alunos a importância da implantação da gestão de processos na organização de forma sistêmica e integrada, alinhado as expectativas dos clientes e a eficácia dos objetivos estratégicos organizacionais. Caro aluno, 1. Você deve realizar a leitura do texto e refletir sobre as questões propostas ao final. 2. Não há necessidade de enviar as respostas, elas são somente para orientar a reflexão sobre o texto. Observações: Texto Definitivamente, o velho organograma está com os dias contados! Miguel Scotti Agora é irreversível! Num futuro muito próximo todas as empresas serão administradas por processos. Alguns dos ícones da nossa cultura empresarial já o são: Petrobrás, ALL, Camargo Correia, FDC... Empresas, sejam de produtos ou serviços, movidas por fortes desafios de crescimento, expansão ou conquista de alta rentabilidade percebem que só tem um jeito de chegar lá - entregando valor crescente ao cliente. E para tal, o velho modelo de gestão por funções - retratado pelos tradicionais organogramas - não oferece mais respostas. Ao contrário, impõe uma série de restrições à busca de flexibilidade, agilidade e integração - valores estratégicos necessários à entrega de valor ao cliente. O modelo tradicional que divide e organiza o trabalho por funções: produção, vendas, administrativo, financeiro, manutenção, logística... criou chaminés verticais por onde fluem informações e decisões. Essas chaminés, de vários níveis hierárquicos, altas e longas demais tornaram demoradas as UNOPAR VIRTUAL Bacharelado em Administração decisões. Na busca de velocidade, as empresas reduziram o número de camadas na hierarquia e juntaram departamentos: administrativo e financeiro; produção e manutenção... e isso foi suficiente, por um tempo. Essas chaminés funcionais com objetivos próprios muito claros produziram culturas próprias em suas equipes, alto grau de especialização na função e muita eficiência - (fazer certo as coisas). Quem desconhece as eternas desavenças entre vendas e produção, entre finanças e marketing, entre desenvolvimento de produto e produção...? Cada um com suas próprias e justas razões. Na busca de integração dessas culturas, as empresas criaram comitês e equipes multidisciplinares... e isso também foi suficiente, por um tempo. Nas chaminés, as pessoas continuaram cada vez mais encasteladas, cada uma na sua própria lógica, - "nos fizemos a nossa parte", ou "enquanto não chegar aqui não podemos fazer nada", ou ainda: "já saiu da minha mesa". Na busca de maior comprometimento dos funcionários (perceba que o nome vem de função) as empresas treinaram e proporcionaram-lhes participação nas decisões e nos resultados... embora aumentasse a eficácia (fazer as coisas certas), isso também não foi suficiente. Fazer mais do mesmo jeito não muda as coisas. Um sabão não pode lavar muito melhor indefinidamente. Quando sucessivos aperfeiçoamentos em um modelo não são suficientes, é hora de questionar o modelo! A crescente necessidade de sustentar a competitividade exige da empresa mais que eficiência e eficácia, exige efetividade - provocar impacto na atitude de compra do cliente. A organização por funções - o modelo das chaminés - fragmenta a empresa em diversas e diferentes culturas voltadas para si mesmas, especializadas em suas próprias atividades, baseadas em suas próprias lógicas, buscando seus próprios resultados. Qual a sua sensação como cliente ao telefone sendo sucessivamente transferido e tendo que explicar várias vezes a mesma coisa para diferentes interlocutores? É de compreensão para com aquelas pessoas que não têm a mínima idéia sobre o que você está falando? Não, você espera que a empresa entenda e lhe ofereça uma solução! E é exatamente isso que o modelo funcional, das chaminés verticais, não consegue proporcionar ao "funcionário" - a visão do todo, do fluxo de atividades que cria valor para o cliente e conseqüentemente resultados para a empresa e para si próprio. Além disso, esconde nas suas interfaces - as passagens de um setor ou departamento para outro - erros, perdas com formação de estoques, desperdícios de tempo, desconexão de informações, desentendimentos, conflitos... porque cada gerente ou coordenador está preocupado com os resultados apenas da sua atividade. O modelo de gestão orientada ou organizada por processos vem permitir que o empregado cuja atividade é assentar tijolos saiba qual a função daquela parede na catedral que está construindo; como ela influí no desempenho das pessoas que a utilizarão ou no prazo em que a esperam... e com isso possa melhorar a qualidade da construção, agilizar o prazo de entrega, reduzir desperdícios - enfim criar valor para o usuário / cliente. Uma empresa é uma corrente de valor (como corrente marítima), um fluxo de atividades integradas em processos que tem por objetivo criar um valor (produto e/ou serviço) para o cliente. A gestão orientada por processos proporciona uma abordagem horizontal na gestão desse fluxo de criação de valor, permitindo a integração de todos e de todas as atividades aos UNOPAR VIRTUAL Bacharelado em Administração objetivos do negócio e não mais de setores ou departamentos (chaminés), eliminando as interfaces e com elas perdas e desperdícios, ou seja, adicionando valor ao cliente e a empresa. Pelo fato de estarem historicamente mais distantes do conceito de processos, com a adoção do modelo de Gestão por Processos, as empresas voltadas aos serviços se beneficiarão de resultados maiores que as empresas voltadas à produtos que tradicionalmente, têm mapeados alguns de seus processos de negócio como os produtivos; embora estas possam ter mais facilidade na absorção da metodologia. Outra grande vantagem da metodologia é alinhar controles, atividades e processos aos objetivos estratégicos que conduzem à concretização da visão e missão da empresa. Com isso, rápidas mudanças na estratégia podem ser implementadas com ênfases nos processos e atividades de maior impacto. A Gestão por Processos veio para ficar! Miguel Scotti é professor/consultor da FGV e sócio da SIGNO – Soluções e Inteligência em Gestão de Negócios e Organizações. Disponível no site: http://www.signosol.com.br/site/artigo--definitivamente,-o-velho-organograma-esta-com-os-dias-contados. Consultado em 19/02/2016 Questões para Reflexão: Relacionados ao texto 1) Quando o autor exemplifica: “Qual a sua sensação como cliente ao telefone sendo sucessivamente transferido e tendo que explicar várias vezes a mesma coisa para diferentes interlocutores”. Como cada um do grupo espera ser atendido dentro da metodologia de Processo? 2) Na sua opinião, como podemos identificar os Processos? 3) Como podemos monitorar o desempenho de um processo e em caso de falhas, o que fazer? 4) Na sua opinião, quais os impactos “positivos” e “negativos” com a adoção dessa nova metodologia de gerenciamento de processos. Tenham um ótimo trabalho! Prof. Rinaldo José Barbosa Lima
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