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1.0 Revisão Matemática 1.1 Operações vetoriais do ponto de vista Geométrico Um vetor v é definido como uma quantidade de uma dada magnitude e direção A magnitude de um vetor é designada por | v |. Dois vetores v e w são iguais quando suas magnitudes são iguais e quando eles apontam para a mesma direção. • Produto escalar entre dois vetores. O produto escalar entre dois vetores v e w é a quantidade escalar definida por: ( ) cos v w v w vw , onde vw é o ângulo que v faz com w , veja figura. O produto escalar é então a magnitude de w multiplicada pela projeção de v em w ou vice-versa. Note que o produto escalar de um vetor por ele mesmo é o quadrado de sua magnitude. ( )v v v 2 Regras que governam produtos escalares: Comutativa ( ) ( ) u v v u Não Associativa ( ) ( ) u v w u v w Distributiva ( ( )) ( ) ( ) u v w u v u w • Produto vetorial entre dois vetores. O produto vetorial entre dois vetores v e w é uma grandeza vetorial definida por: ( ) v w v wsin nvw vw φvw |v|cosφvw onde nvw é um vetor de comprimento unitário (vetor unitário) normal ao plano que contem v e w e aponta na direção que um parafuso de rosca direita se moveria se fosse girado de v para w de um ângulo vw . Note que a magnitude do vetor resultante é a área do paralelogramo definido pelos vetores v e w . e w . Também segue da definição de produto vetorial que: ( ) v v 0 Regras que governam produtos vetoriais: Não comutativa: ( ) ( ) vw wv Não Associativa: ( ( )) (( ) ) u v w u v w 1.2 Operações com vetores do ponto de Vista Analítico. Nesta secção um tratamento analítico será dado aos tópicos apresentados na secção anterior. A abordagem estará restrita a um sistema retangular de coordenadas cujos eixos serão denominados por x, y, z. As fórmulas podem ser escritas de forma compacta em termos do delta de Kronecker, ij e do símbolo de permutação ijk. Estas quantidades são definidas como: ij ij i j i j 1 0 se se ijk ijk ijk 1 1 0 se ijk 123, 231 ou 312 se ijk = 321, 213 ou 132 se ijk = se quaisquer dois índices forem iguais O símbolo de permutação também é dado por: ijk i j j k k i 1 2 ( )( )( ) ; φvw vy y w ( ) w v ( ) v w Várias relações envolvendo ij e ijk são úteis para manipular ou demonstrar identidades vetoriais ou tensoriais, entre elas: ijk hjk ih kj 2 1 3 1 3 ijk mnk k im jn in jm 1 3 * O símbolo implica que o produto ijkhjk seja somado para todos os valores que o índice de pode assumir. 1.2-1 Vetores unitários Considere 1 2 3, e três vetores unitários, isto é, vetores com magnitude unitária, na direção dos eixos, 1, 2 e 3. Aplicando a definição de produto escalar e vetorial pode-se tabular todas os possíveis produtos: ( ) ( ) 1 1 2 2 3 3 1 2 1 3 2 1 1 0 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1 1 1 2 3 2 1 3 2 2 2 3 1 3 2 1 3 3 3 1 2 1 3 2 0 0 0 Todas estas relações podem ser sumarizadas em duas relações: ( ) i j ij ( ) j k ijk i i 1 3 1 2 3 Nas secções subseqüentes, onde serão desenvolvidas expressões para operações vetoriais e tensoriais, tudo que será feito será decompor os vetores ou tensores através dos vetores unitários e aplicar as equações acima. Assim, v v v v vi i i 1 1 2 2 3 3 1 3 v w v w v wi i i i i i i i i i ( ) 1.2-2 O produto escalar entre dois vetores: v w v w v w v w v w i i i j j j i j i j ji ij ji i j i i j O produto vetorial entre dois vetores: v w v w v w v w v w v w v w v w v w v w j j j k k k j k ijk kji j k = = = det v v v w w w = i k kj i i j k i j k i j k 2 3 3 2 1 3 1 1 3 2 1 2 2 1 3 Note que a componente na direção i de v w é dada por: v w v w i ijk j k kj Por exemplo, se i=1, então: v w v wjk j k kj 1 1 mas os únicos valores que os índices j e k podem assumir são jk=2,3 ou 3,2, caso contrário ijk0, logo: v w v w v w v w v w 1 123 2 3 132 3 2 2 3 3 2 Múltiplas operações Vetoriais Expressões para produtos múltiplos envolvendo vetores podes ser obtidas usando expressões analíticas que expressam os produtos escalares e vetoriais.Por exemplo, o produto ( ( )) u v u pode ser escrito como ( ( )) ( ) ( ( )) u v u u v u uv w u v u u u u v v v w w w i i i ijk i j k kji ou, det 1 2 3 1 2 3 1 2 3 A magnitude de ( ( )) u v u é o volume do paralelepípedo definido pelos vetores u v w, e . Além disto, se o determinante for nulo implica que os vetores u v w, e são coplanares. Exemplo: Mostre que ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) u v w z u w v z u z v w ( ) ( ) ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( u v u v w z u v u v w z v v w z u v ijk i j k kji hlm h l m mlh ijk i j k kji hlm h l m mlh i h ijk j k k hlm l m mljhi ih ijk j k kjh e (w z) = então (w z) = ( i hlm l m ml ijk mlkj ilm j k l m i ijk kij ilm mil kji mli j k l m imlkj km mlk jl kl jm i j k l m kmmlk jl j k l m i kl jm mlk j k l m i km m w z u v w z u v w z u v w z u v w z u v w z ) ( ) ( ) ( mas e , então v z u w v w u z v z u w v w u z k m k jl l j l j kl l k l k jm m j m j )( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) Outras identidades vetoriais podem ser similarmente demonstradas, ( ( )) ( ) ( ) ( ) ( ) (( ) ) (( ) ) u v w v u w w u v u v w z u v z w u v w z Tensores Ao invés de apresentar uma diferença formal de um tensor, vamos buscar algumas situações físicas, relacionadas a mecânica dos fluidos, onde o conceito de tensor emergirá naturalmente. Considere por exemplo um escoamento bidimensional onde o fluido está sujeito a um estado de tensão bi-dimensional, ij, onde o primeiro índice refere-se a superfície onde a tensão atua e o segundo a sua direção. Neste caso iz representa a tensão que atua no plano (1) na direção do eixo (z). Se desejarmos saber a força resultante no fluido dado o campo de tensões temos que multiplicar cada tensão pela área onde ela atua no elemento Assim, a força resultante na direção (1) será F1=11A1+21A2 e na direção (2) F2=22A2+12A1 Nota-se que a tensão ij está associada a um vetor força para cada direção do espaço. Deve-se destacar também que diferentemente dos vetores é necessário associar a uma tensão o plano onde ela atua e sua direção no plano. Neste ponto podemos dizer que esta tensão é representada por um tensor de ordem “z”. Na verdade, um escalar é um tensor de ordem 0 (suas propriedades não dependem de sua orientação espacial, exemplo de escalar: temperatura, energia interna, etc.), um vetor é um 22 21 1 2 1 1 tensor de ordem 1 (suas propriedades dependem da direção que elas assumem no espaço, exemplo de, velocidade v momento m v , etc.), e finalmente a tensão é um tensor de ordem 2 porque para definí-la é necessário conhecer a superfície onde ela atua e a sua direção. Existem tensores de ordem superior a 2 entretanto eles raramente ocorrem em fenômenos relacionados a mecânica dos fluidos. As operações tensoriais que serão tratadas neste capítulo serão referentes a tensores de ordem 2 Antes de introduzir algumas operações e propriedades básicas sobre tensores de ordem 2 é conveniente identificarmos o produto entre dois vetores como sendo uma forma especial de um tensor de segunda ordem para isso suponha que você deseja saber o momento que cruza cujas transversais ao escoamento A1 e A2 são unitárias, conforme mostra a Fig abaixo Nas faces 1 e 2 o luxo de massa é dado por ( ) ( )m u u1 1 21 1 e m2 Note que tanto o fluxo de massa que cruza a área (1) assim como o que cruza pela área(2) são transportados pelo escoamento que possui velocidade (u1, u2) em cada uma das faces. Então o momento na direção (1) J u u u u1 1 1 2 1 ( ) ( ) Analogamente o fluxo de momento na direção 2 J u u u u2 1 2 2 ( ) ( ) m u2 2 mu1 1 x2 = 1 x2 x1 u2 u1 Observe então que o momento Ji(natureza vetorial) depende do fluxo de massa que cruza cada área do elemento e da direção de velocidade. Então o produto (uiuj) possui a natureza de um tensor de segunda ordem porque precisa da especificação de duas direções. A ele se refere o nome de produto diádico. 1.3-1 Tensores de Segunda Ordem : Definição de Notação Em analogia a um vetor que necessita de três componentes para ser especificado, um tensor de ordem 2 precisa de nove componentes ij 11 21 31 12 22 32 13 23 33 O produto diádico entre dois vetores v e w é também um tensor de segunda ordem. Os elementos da matriz são produtos das componentes dos vetores v w v w v w v w v w v w v w v w v w v w i j i 1 1 2 1 3 1 1 2 2 2 3 2 1 3 2 3 3 3 A diádica vw é em geral diferente da diádica wv . Deve ser enfatizado que o produto é representado escrevendo-se os dois vetores sem nenhum símbolo de multiplicação entre eles. A transposta de um tensor é obtida invertendo-se a ordem de seus índices; a transposta de ij é ji. Denota-se a transposta de ij por (t)ij , ( ) t ij ji 11 13 13 21 22 23 31 32 33 Um tensor é dito ser simétrico se ele for igual ao seu transposto. Qij é simétrico se Qij=Qji Um tensor é dito ser anti-simétrico se ele for igual ao negativo de seu transposto, Rij=-Rji O primeiro tensor abaixo é simétrico enquanto que o segundo é anti-simétrico: Qij 3 4 1 4 5 2 1 2 2 Qij 0 3 1 3 0 2 1 2 0 Observe que um tensor simétrico possui seis componentes independentes enquanto que um anti-simétrico possui apenas três. Note que para um tensor anti-simétrico, Rij=-Rji , os elementos da diagonal só podem satisfazer esta identidade se eles forem iguais a zero. Um tensor arbitrário ij pode sempre ser decomposto em uma parte simétrica e em outra anti-simétrica. Para mostrar isto comecemos com ij somando e subtraindo-se metade de seu transposto: t i j ji i j i j ji i j i j ji i jvw v w Denotando por T T T T T T i j i j j i i j i j j i e 1 2 1 2 então T T Tij ij ij ( ) [ ] mas T Ti j j i( ) ( ) daí T ij( ) é simétrico, T Ti j j i[ ] [ ] daí T i j[ ] é anti-simétrico Vamos ilustrar com um exemplo específico 1 2 3 4 0 5 2 1 3 1 2 4 2 3 2 2 4 2 2 0 5 1 2 2 3 2 1 5 2 3 0 2 4 2 3 2 2 4 2 2 0 5 1 2 2 3 2 1 5 2 0 1 3 5 2 3 0 3 5 2 3 3 0 1 1 2 1 0 2 1 2 2 0 1.3-2 Operações analíticas com tensores Fazendo um paralelo os vetores que necessitam de uma direção para serem especificados, os tensores de segunda ordem necessitam de duas direções, isto é, uma correspondente ao eixo normal a superfície onde ela atua e outra paralela ao eixo onde ela atua. Correspondentes aos vetores unitários que corresponderão as duas direções necessárias para definir o tensor. O produto diádico unitário é definido a partir dos vetores unitários ( ) m n m i n j Existem nove produtos diádicos unitários, a saber 1 1 1 2 1 3 2 1 1 2 1 3 3 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 ; ; ; ; ; 1 2 1 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 ; As operações com os produtos diádicos unitários são introduzidos formalmente através da relação que elas tem com os vetores unitários ( ) ( )( ) ( ) i j k l j k i l j k i l i j k i j k i j k i j k i j k i j k i j k l i j k l j k i l i j k i j k j k l i l l : 1 3 i j k i j k i j l l k l 1 3 Expansão de um tensor em termos de suas componentes Assim como um vetor é escrito em termos de cada um de seus componentes através dos vetores unitários, com o tensor pode-se fazer o mesmo através dos produtos diádicos unitários, 1 1 11 1 2 12 1 3 13 2 1 21 2 2 22 2 3 23 3 1 31 3 2 32 3 3 33 1 33 + + = i=1 i j i j j O tensor transposto de , t i j ji i j O produto diádico de dois vetores v w e , v v v v l k v vw v w uv wz u v w z i j i j ji k k k i j k kji i j k j k l i l k lkji i l i j l i j k jili i j j i ji i j j i = = : : ji i j k l lkji i j k l i l j k i j k l lkji i j j i ji = : = = O produto tensorial entre dois tensores i j i j ji k l k l lk i j k l lkji i j k l j k lkji i l i j k l i l ji i j j l j = = = 1.3-4 O produto vetorial de um tensor com um vetor O produto vetorial entre um tensor e um vetor resulta em uma grandeza vetorial, v v v v v i j i j ji k k i j k kji i j i j k kji i j k i i i j k = = k k Isto é, a componente i do produto v é i j j j v . Similarmente, a componente i do produto v é v j j i j . Obviamente v v a menos que seja simétrico v v v v v v v v v v v v v 11 12 13 21 22 23 31 32 33 1 2 3 11 1 12 2 13 3 21 1 22 2 23 3 31 1 32 2 33 3 O produto tensorial de um tensor com um vetor O produto tensorial de um tensor com um vetor resulta em uma grandeza tensorial, v v v v v i j i j ji k k k i j k kji i j k j k l i l k lkji i l j k l i j k jkli = = A componente i l de v é j k l i j k kj v Similarmente a componente l k de v é i j l i j k ji v 3-6 O produto escalar entre dois tensores resulta em uma grandeza escalar, : : i l i j ji k l k j lk i j k l lkji i j k l i l j k i j k l lkji i j j i ji = : = = Similarmente pode-se mostrar que : : vw v w uv wz u v w z i j j i ji i j j i ji 3-7 Invariantes de um vetor Uma grandeza escalar pode ser formada a partir do produto escalar do vetor ( ) ( ) ( ) ( ) v v v v x x x x cv c v v w v w v rot grad x x div rot v v x v x v v v vw x v w i i i i ii i i j k j k i j k i j k i i 1 1 2 2 3 3 0 0 k ik i i j j j i j i j ji j k kj j k i j k k jkji i i k i j k j k kj i v v v v x v v x v x v v x x j k i j k kji i j k j k ikji k i i k ik x x x com ele mesmo, ( ) v v v vi i i . Esta grandeza é conhecida como invariante escalar de v , e seu valor é independente do sistema de coordenadas ao qual v é referido. Para um vetor, somente um único invariante escalar pode ser construído. De um tensor pode se construir três invariantes escalares,I = II = III = i i i i j ji j i i j j k kji k i Operações Diferenciais com Vetores e Tensores O operador vetorial diferencial , conhecido como “nabla” ou “del” é definido em coordenadas cartesianas retangulares como: 1 1 2 2 3 3x x x x i ii O operador vetorial diferencial possui componentes de um vetor mas ele por si só não possui significado ele deve vir acompanhado a sua direita por uma grandeza escalar, vetorial, ou tensorial, daí o nome de operador. 1.4-1 O gradiente de um Campo Escalar Se é uma função escalar das variáveis x1, x2, x3 então a operação de em é 1 1 2 2 3 3x x x x i ii O vetor gerado a partir das derivadas de é designado por ou grad. Propriedades do gradiente: ( ) ( ) ( ) c c onde c é uma constante e e são funções escalares. 1.4-2 Divergência de um campo vetorial Se o vetor v é uma função das variáveis x1, x2, x3 então o produto escalar de v com é: v xi v j x v v x v x i i j j i j j j ji i j j jji i ii = A grandeza escalar gerada pela somatória das derivadas do vetor v , algumas vezes abreviadas por div v . Propriedades do divergente: ( ) ( ) ( ) cv c v v w v w v v v onde c é uma constante, v e w são vetores e é uma função escalar 1.4-3 O rotacional de um Campo Vetorial O produto vetorial entre e v gera um vetor e é definido por v xj v x v v x x x x v v v v x v x v x v x j j k k k j k kj j k i j k i k jkji det 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 3 2 2 3 2 1 3 3 1 3 2 1 1 2 v x v x O produto vetorial v é denominado por rotacional de v , rot v . Note que a componente i de v é i j k k jkj v x . Propriedades do Rotacional ( ) ( ) ( ) ( ) cv c v v w v w v v v v v v w v w w v w v v w v v v onde c é uma constante , v e w vetores e uma função escalar Deve-se destacar duas identidades relacionadas com rotacional, divergente e gradiente que são identicamente nulas. rot grad x x div rot v v x v x i i j k j k i j k i j 0 0 1.4 Gradiente de um Campo Vetorial Adicionalmente ao produto escalar v e ao produto vetorial v pode-se formar v : v x v x vi i j j i j i j ji Ele é chamado de gradiente de vetor v e pode também ser escrito como grad v . Ele é um tensor de segunda ordem cuja componente ij é x v i j 1.4-5 Divergência de um Campo Tensorial O produto vetorial entre um tensor e o operador gera um vetor, ele é definido por: x x x x ii j k j k kj i j k i j k kji i j k j k ikji k i i k ik Este produto é chamado de divergência de , div . A componente k de é xi i k i . Se é o produto vw , i ii j jj i j i jji i i k i ij i k i k ki i j k kji i j k i j k kj x x x x x v x x v x x v 2 2 2 i i j k k k k ii i x x v v x i v v v v v v ii vw v w w v iii v v v iv v v v v v v v v vi vii u vw 2 2 2 1 2 1 2 0 0 ) ) ) ) ) ) ) vw t t viii v v v v v v x v v v v k i i k k i i k i k ) 2 2 2 1.4-6 Laplaciano de um Campo Escalar O divergente do gradiente de uma função escalar é: i ii j jj i j i jji ii x x x x x 2 2 A esta combinação de operadores de é dado o nome de Laplaciano, 2. Em coordenadas cartesianas 2 2 1 2 2 2 2 2 3 2 x x x 1.4-7 Lalplaciano de um Campo Vetorial O divergente do gradiente de um vetor é: v x x v x x v x x v v x i ij i k i k ki i j k kji i j k i j k kji i j k k k k ii 2 2 A componente k de v em coordenadas cartesianas é 2vk . Identidades Vetoriais-Tensoriais comumente utilizadas em Mecânica dos Fluidos i v v v v v v ii vw v w w v iii v v v iv v v v v v v v v vi vii v t t v viii v v v v v v xk i i k i ) ) ) ) ) ) ) ) 1 2 1 2 0 0 2 Quadro comparativo das Notações Notação Vetorial Notação Indicial Ordem do Tensor v (vetor) vi 1 u v (produto escalar) uivi 0 u v i (produto vetorial) i j k j ku v 1 (tensor) ij 2 uv (produto diádico) uivj 2 v i (produto vetorial com v ) ijvj 1 : (produto escalar com ) i j j i 0 grad = (gradiente campo escalar) xi 1 div v v (divergente) v x i i 0 rot v v (rotacional) i j k k j v x 1 grad v v (gradiente campo vetorial) v x j i 2 div k (divergente campo vetorial) i k t 1 div vw vw k (divergente campo tensorial) v w x i k i 1 2 (laplaciano campo escalar) 2 2 xi 0 f t dt dx f A A t dt f B B t dt d dt f t dt dx t d dt sdV s t dV s v n dS v v A B A B V V S s a rea a rea a rea a rea a rea a rea do fluido [ , , , ] ( ) [ , , , ] ( ) [ , , , ] , , , , , , , , , 1 2 3 4 1 6 7 8 4 5 9 10 1 1 2 3 4 1 6 7 8 4 5 9 10 s t vs dV s t v s s v dV Ds Dt s v dV V V V (laplaciano campo vetorial) 2 2 v x k i 1 Exemplo 1: Mostrar que a derivada direcional de ao longo de curva C é dada por s T grad onde T é o vetor unitário tangente a em qualquer ponto Solução: O vetor unitário tangente a curva C é dado em coordenadas cartesianas por T r s dx ds dx ds dx ds 1 1 2 2 3 3 onde r é o vetor posição, r x x x 1 1 2 2 3 3 e s o comprimento do arco C, conforme mostra fig abaixo Do cálculo, a derivada s é dada por s d dx dx ds d dx dx ds d dx dx ds 1 1 2 2 3 3 mas esta soma de produtos é idêntica a operação T portanto s T Exemplo 2: Mostre que se é uma função escalar tal que ( , , , )x y z t então d dr t t d Solução O vetor posição em coordenadas cartesianas é dado por r x x x 1 1 2 2 3 3 e dr dx dx dx 1 1 2 2 3 3 Do cálculo, o diferencial de é: d x dx y dy z dz t dt d dr t dt mas x1 x2 x3 C dr comprimento de arco ds Exemplo 3: Demonstre a identidade: v v v v v 1 2 2 Solução: v dv dx v v v v v v A v x k k l m m l i i j k j k i i j k k l m j m l Definindo o desta de Kronecher: ij =0 se i = j ij =1 se i j o produto i j k k l m k i j k l m i l j m i m j l portanto v v v dv dxi i l j m i m j l j m l mas j m j j j mv v porque 0 quando j m e j m 1 quando j m . Procedendo de maneira similar; v v v v x v v x x v v v v v v v i j j i j i j i j j 1 2 1 2 2 Teorema de Stokes O teorema de Stokes relaciona a integral do vetor A ao longo do contorno fechado C com a integral de superfície do rotacional de A na superfície S circunscrita pelo contorno C. A A C dl ds S A demonstração do teorema de Stokes é uma decorrência do fato que a intensidade do rotacional de A num ponto P é o limite da circulação por unidade de área quando a curva C tende para o ponto P, n s dL s C A Alim 0 1 Demonstração Considere o retângulo EFGH com lados y e x, A = A A A1 2 i j k 3 e dLz representa o contorno EFGH, o subíndice z indica que ele está contido no plano xy. P x y z i j k x y Para o contorno C; curva EFGH, contido no plano xy, o produto A dL é: lado FE y; A Ap A lado FG x; A Ap A lado GH y; A Ap A lado HE x; A Ap A dL j dL x x y dL i dL y y x dL j dL x x y dL i dL y y x z z z z 2 1 2 1 2 2 2 2 Somando-se os resultados acima encontra-se A A x A x A dL x y k x y s z 2 1 Por integração similar em torno do retângulo em planos xz e zy chega-se a: A A y A z A A A z A x A dL y z i y z dL x z j x z x y 3 2 1 2 Para um contorno no espaço x y z dL dL dL dLx y z, , , então A A dL s onde s é o vetor normal à superfície. Integrando-se a equação acima obtêm-se A A dL dsC Outras transformações de integrais de superfíciepara integrais de linha, decorrentes do teorema se Stokes são: dr ds dr ds C s C A = A s em notação indicial: i j k k js i i i Cx n ds a dr A 1.6 O teorema de Gauss O teorema de Gauss é dado por: v dV n v dS V S A integral de volume da divergência do vetor v é igual à integral de superfície do vetor v sobre superfície fechada que envolve o volume. A integral de superfície v n dS S é definida como o fluxo de A que passa através da superfície S. Então a integral v n dS S é o fluxo resultante total que atravessa a superfície fechada S. Logo, o teorema de Gauss mostra que a divergência de A num ponto P é o limite do fluxo resultante total que sai, por unidade de volume, quando S tende ao ponto P. O teorema de Gauss é demonstrado a partir do fato que a divergência de um vetor v , div v ou v , pode ser definida por v v n v dS S 0 lim Outras transformações de integrais de volume em integrais de superfície, decorrente do teorema de Gauss: dV n dS vdV n vdS dV n dS SV SV SV em notação tensorial: x v dV n v dS i i i i SV Note que em todas relações de transformação de integral de superfície para integral de volume o vetor n é substituído pelo operador nabla . 1.7 Regra de Leibnitz Frequentemente é necessário lidar com uma função (t) definida pela integral do tipo t f x t dx A t B t , Em particular uma expressão para a derivada t é querida. Se os limites A e B são contínuos e finitos a expressão se reduz a: t d dt d dt f x t dx t f x t dx A B A B , , No entanto se os limites não são constantes, pode-se pensar que seja diretamente dependente de t e indiretamente dos valores intermediários de A e B. A diferenciação de t pode então ser expressa pela regra de Leibnitz: d dt d dt f x t dx f x t t dx f B t B t f A t A t A t B t A B , , , , Note que a taxa de variação da integral é igual a soma de três termos. O primeiro termo é a contribuição devido ao aumento de f t entre os limites A e B. O segundo e terceiro termos aparecem porque os limites de integração estão se movendo. Isto decorre do fato que f em x=A e x=b é trazido à integral com uma velocidade dA dt dB dt e respectivamente. A figura seguinte descreve os termos desta equação multiplicados por um incremento dt B t dt A t dt f(A) f(B) f t dt f(t+dt) f((t) f x Teorema de Leibnitz em uma direção f t dt dx f A A t dt f B B t dt A B a rea a rea a rea [ , , , ] ( ) [ , , , ] ( ) [ , , , ] 1 2 3 4 1 6 7 8 4 5 9 10 então d dt f t dt dx tA B a rea a rea a rea 1 1 2 3 4 1 6 7 8 4 5 9 10 , , , , , , , , , Extensão do teorema de Leibnitz para uma Integral tripla. Considere V um volume fechado de superfície S movendo-se no espaço; considere que a velocidade de qualquer elemento da superfície seja vs. Então, se s(x,y,z,t) é uma função escalar da posição e do tempo, d dt sdV s t dV s v n dS V V S Lembre-se que V e S são funções do tempo, isto é V=V(t) e S=S(t) Se v vs do fluido n v sdA v v dA vA dV s S s T.G. V A(t+dt) A(t ) B(t+dt ) B(t) s t vs dV s t v s s v dV Ds Dt s v dV V V V Referências - Capítulo 1 [1] Hsn,H. P; “Análise Vetorial”, Livros Técncos e Científicos Editora Ltda (1972) [2] Hildebrand, F. B.; “Advanced Calculus for Applications”, Prentice-Hall (1976) [3] Panton, R; “incompressible Flow”, Jhon Wiley (1984) [4] Brodkey, R.S.; “The phenomena of fluid Motions”, Addison-Wesley Publishing Co (1987) [5] Bird, R.B.; Armstrong, R.C. e Hassiger, O; “Dynamics of Polimeric Liquids”, Jhon Wiley & Sons (1987) [6] Morse, P.M. e Feshbach, H.;”methods of Theoretical Physics”, Mc Graw Hill, NY (1953)
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