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Aula 1 Panorama Econômico Atual

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Disciplina: 
Aula 01: PANORAMA ECONÔMICO ATUAL
 
 
 
 Nesta aula você irá conhecer o cenário econômico atual em que o Brasil está inserido.
 
 Introdução da aula 
 
 
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno 
abrangente do comércio internacional e as perspectivas do Brasil nesse cenário.
Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica bras
comparação a do principal país emergente
 
 
 Fonte 
 
 Diversas, com destaque para a revista exame edição especial 1000 de 21/09/2011
 
 
Aprenda mais! 
 
 
*Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet 
artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor 
online utilizando os recursos disponíveis no
 
 
Nesta aula você conheceu o panorama econômico do comércio internacional e
 
 
Próxima aula 
 
 
Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:
- Assunto 1: As doutrinas do comércio internacional. 
- Assunto 2: Os processos de integração.
- Assunto 3: O sistema internacional do comércio (SIC)
Estudo Dirigido 
PANORAMA ECONÔMICO ATUAL 
 
o cenário econômico atual em que o Brasil está inserido.
se a apresentar ao aluno um panorama internacional atualizado com foco na visão 
abrangente do comércio internacional e as perspectivas do Brasil nesse cenário. 
Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica bras
país emergente, a China. 
vista exame edição especial 1000 de 21/09/2011
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet 
artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor 
disponíveis no ambiente de aprendizagem. 
panorama econômico do comércio internacional e suas perspectivas
sobre os assuntos seguintes: 
: As doutrinas do comércio internacional. 
Assunto 2: Os processos de integração. 
Assunto 3: O sistema internacional do comércio (SIC) 
 
o cenário econômico atual em que o Brasil está inserido. 
um panorama internacional atualizado com foco na visão 
Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica brasileira em 
vista exame edição especial 1000 de 21/09/2011 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e 
artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor 
suas perspectivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo 
 
O mundo, assim como um organismo, vem sofrendo transformações ao longo dos séculos. 
Para traçarmos um panorama do comportamento mundial e seu respectivo impacto no 
comércio exterior brasileiro, apresentaremos o desenvolvimento da China e de Brasil, dois 
países emergentes, como fenômenos importantes nesse processo de transformação. 
 
O fenômeno China: 
 
A segunda maior economia mundial, há quarenta anos, mergulhada na revolução cultural 
maoísta e fechada para o comércio internacional, começou a se abrir com uma “economia 
de mercado socialista” a partir de Deng Xiaoping em 1978. 
De origem camponesa, Mao Tsé-tung contribuiu para a inclusão do camponês na 
economia chinesa, mas foi Deng Xiaoping que, tendo trabalhado como metalúrgico em 
uma fábrica da Renault na França, pôde entender que a real inclusão social se dá através 
da educação e especialização. 
Tendo estudado em Moscou e trabalhado em Paris, Den Xiaoping teve oportunidade de 
conhecer as faces do capitalismo e do socialismo o que lhe deu base para levar à China o 
melhor dos dois sistemas político-econômicos e tirá-la do atraso que durou até a morte de 
Mao Tsé-tung em 1976. 
Mao desenvolveu um “socialismo de livre mercado” e promoveu modernizações que 
começaram nos estados e município à base de investimentos em educação e infra-
estrutura para crescer exponencialmente ao longo dos últimos trinta anos em que a China 
vem conquistando voluptuosamente o mercado internacional. 
Campos agrícolas deram lugar a metrópoles, ingresso de milhões de pessoas no 
mercado consumidor e uma economia extremamente focada na exportação, fizeram da 
China um caso de sucesso mundial colecionando índices de crescimento incomparáveis 
às demais economias do mundo que se fartam de produtos baratos vindos de lá. 
A crítica mais ferrenha aos produtos chineses está na qualidade dos produtos oferecidos, 
mas não é bem assim, há China pra todos os gostos. 
O que quero dizer é que há produto barato e de baixa qualidade para atender diversos 
mercados, porém, há produtos de alta tecnologia para atender os mercados mais exigentes 
como os parques da Disney nos Estados Unidos. 
Os produtos de alta tecnologia, segundo pesquisa do Banco Mundial, vêm aumentando a 
sua participação na pauta das exportações chinesas. 
Além disso, com o vigoroso aumento das commodities impulsionado pela musculosa 
demanda da própria China, daremos adeus aos preços baratos em breve. 
Outro assunto polêmico envolve a mão de obra mal remunerada. Com saúde e educação 
subsidiada pelo Estado totalitário e com um aumento progressivo de salários 
impulsionado pela, por incrível que pareça, escassez de mão de obra e aumento 
intencional do consumo interno como uma forma de atenuar a crise mundial de demanda 
dos últimos anos, a remuneração do cidadão chinês me parece adequada para a cultura e 
estilo de vida locais que estão mudando a cada ano. 
 
 
 
Os chineses estão enriquecendo espantosamente e à medida que enriquecem começam a 
enfrentar problemas antes inexistentes como a falta de gente para trabalhos mais 
básicos, como operários de chão de fábrica e o envelhecimento da população que, sem um 
plano do Estado para aposentadoria e previdência social, economiza tudo o que pode para 
uma velhice mais tranqüila. 
De acordo com projeções das Nações Unidas, o número de chineses em idade para 
trabalhar começará a cair, conseqüência da política de filho único instituída em 1979 para 
conter o crescimento populacional. “A China vai ficar velha antes de ficar rica”. 
Além desses fatores, a população camponesa está parando de migrar para as cidades, num 
real aceno de que o combustível do crescimento exponencial está acabando. Numa razão 
diretamente proporcional, os salários aumentam e com eles a inflação o que pode 
estagnar a economia chinesa. Driblar essa situação como fizeram Japão, Coréia do Sul, 
Singapura e Taiwan no século passado pode não ser tão fácil para um país de dimensões 
continentais e muito populoso. 
Ainda no esteio do enriquecimento espantoso, o cidadão chinês, que agora tem dinheiro 
para ir além de sua subsistência, clama por mais liberdade e liberdade é antagônica ao 
regime totalitário que poderá sofrer pressões sociais por maior flexibilidade e participação do 
povo nas decisões do país que vive em regime totalitário desde 1949. 
Em 2010 uma greve de metalúrgicos chineses numa fábrica da Honda promoveu um 
aumento de 47% à categoria. A instabilidade política é previsível. 
Milhares de fabricas foram abertas instantaneamente num surto empreendedor, com 
baixíssimo custo de produção, usando mão de obra oriunda do êxodo rural. A China soube 
utilizar-se muito bem da vantagem de sua superpopulação, porém, ainda que com maior 
poder de compra, por questões culturais, essa superpopulação focada em economizar tudo 
que ganha para um futuro melhor, não servirá para impulsionar o consumo interno. 
Para se ter idéia, em 2010 a indústria têxtil chinesa faturou um trilhão de reais, faturamento 
que, necessariamente terá que adequar acomodações e salários nas fábricas para atender 
à crescente demanda dos operários por melhores condições de trabalho, caso contrário, 
novas linhas de produção serão fechadas por falta de mão de obra, o que gera uma 
preocupação mundial com as perspectivas futuras. 
O mundo inteiro está exposto ao aumento de custos naChina. Há previsões que os salários 
subirão cerca 30% ao ano até 2016 o que tornará muito difícil as exportações chinesas e 
isso poderá tornar passado a referência da China como a “fábrica do mundo” e reexportar 
fábricas de volta aos seus países de origem que, contando a produtividade da mão de obra 
local, maior que chinesa, custos de importação e logística, ficará pouco vantajoso mantê-las 
lá. 
O crescimento chinês é insustentável. O plano qüinqüenal de março de 2011 prevê 
desaceleração do crescimento, repetindo histórias como a japonesa que, nos anos oitenta, 
por ter acelerado o seu crescimento há décadas era tido como certo que seria, o Japão, a 
primeira economia mundial, porém, o estrondoso crescimento resultou em bolha de ativos e 
o Japão voltou aos 8% de participação no PIB mundial, bem mais baixo que os 18% do 
início dos anos noventa. 
Em detrimento da crise mundial de 2008, o governo chinês tem aumentado as linhas 
de crédito para incentivar o consumo interno e sofrer menor impacto provocado pela 
crise de demanda mundial, o que pode representar um grande risco para o sistema 
financeiro chinês, provocando um consumo com base em dívida e não em enriquecimento, 
adiando uma futura quebradeira, causa da atual desaceleração e redução de investimentos, 
o que fará o crescimento chinês despencar. 
Trabalhando com margens de lucro baixíssimas, qualquer aumento de custo reverterá em 
aumento de preço, com isso, os preços hiper competitivos vão perdendo espaço 
paulatinamente e as linhas de produção vão migrando para países mais pobres como 
 
 
 
Bangladesh, Indonésia e Vietnã que tem trabalhadores, até, cinco vezes mais baratos que 
os chineses. 
O crescimento avassalador da China mudou o cenário econômico mundial, este país passou 
a ser o primeiro parceiro comercial de países emergentes, concentrando a forte demanda de 
produto primário e retornando produtos industrializados a esses parceiros espalhados pelo 
mundo num retorno ao século XIX quando vendíamos insumos para países industrializados 
nos vender seus produtos acabados, novamente num velho modelo de desenvolvimento. 
Ainda que essa relação não seja apreciável, a China continua sendo o nosso maior 
comprador e não podemos matar a nossa “vaca leiteira”, portanto, qualquer atitude 
reativa ao status que ora se apresenta pode ser economicamente delicado para o nosso 
país que cresceu nos últimos anos à custa dessa demanda por commodities. 
Hoje, o que acontecer na China afeta o mundo todo. A avalanche de produtos chineses 
nas prateleiras de todos os países vem controlando a inflação mundial, e isso está para 
mudar. 
 
 
O desenvolvimento do Brasil: 
 
O Brasil vem se desenvolvendo muito rapidamente como um subproduto do crescimento 
chinês. 
Como fora comentado acima sobre o fenômeno Chinês, o vigoroso aumento das 
commodities acabou com o nosso déficit comercial, valorizou o real, possibilitou a queda dos 
juros e alavancou a nossa economia que vem crescendo desordenadamente sem 
investimento em infra-estrutura, o que não aconteceu com a China que aproveitou 
décadas de crescimento para investir pesado em infra-estrutura. 
Com portos, aeroportos e estradas mal dimensionadas, temos que pisar no freio do 
crescimento econômico por não termos meios modernos para escoar a produção. 
Outro fator limitador do crescimento brasileiro é a inflação. Com a economia aquecida e 
maior poder de compra, o brasileiro está comprando e provocando aumento inesperado de 
preços que devem ser controlados para manter adormecido o mostro da inflação que 
assolava a nossa economia nos anos oitenta. 
Com isso, a desindustrialização que estamos vivendo é inevitável e deve fazer parte do 
cenário econômico brasileiro por mais alguns anos. 
De qualquer forma, deixamos para trás um passado agrário e, paulatinamente, incluímos no 
mercado de consumo cidadãos que viviam abaixo da linha de pobreza. Uma nova classe 
média emergente impulsiona um consumo mais exigente, tudo como conseqüência da forte 
demanda do nosso minério de ferro pelas indústrias chinesas. 
Temos mais crianças nas escolas e uma baixa taxa de desemprego, porém, o Brasil ainda 
vive na informalidade. 
O grande índice de informalidade limita o crédito. Os bancos ao oferecerem 
financiamentos diversos pedem garantias que não poderão ser vinculadas ao crédito devido 
à informalidade das empresas, o que torna a linha de crédito mais cara e burocrática, 
emperrando o desenvolvimento. 
Para um desenvolvimento sustentável, o Brasil deveria propor uma ação vigorosa 
convidando os empresários à formalidade numa parceria que proporcionaria, aos cofres 
públicos, maior arrecadação e aos empresários, maior agressividade comercial com linhas 
de crédito mais ágeis e menos custosas, qualificando o nosso crescimento e promovendo o 
desenvolvimento. 
Outro fator nocivo ao nosso desenvolvimento é a crise de confiança em nossos 
dirigentes. 
O empresário se esconde na informalidade pela insegurança da exposição aos agentes 
público. O cidadão se sente receoso pelo aumento do controle fiscal e desabona a 
 
 
 
destinação duvidosa dos impostos e taxas que podem chegar a sessenta e nove por cento 
espalhados em oitenta e cinco tributos diferentes, alguns com o mesmo fato gerador e 
incidência. 
Há um problema cultural antigo nisso. O brasileiro não vê em seus dirigentes bons exemplos 
a seguir. Diferente da filosofia oriental, em que a credibilidade de um pensador só será 
creditada se ele for um bom exemplo a seguir, a filosofia ocidental credita a credibilidade ao 
pensamento, independente do comportamento do pensador. 
Para que haja corrupção terá que haver um corruptor. O empresário que trabalha mal 
precisará de um agente público que também trabalhe mal para tornar possível o seu negócio 
e assim vivemos num círculo vicioso culturalmente antigo, entendendo que haverá justiça na 
medida em que cada cidadão ganha, também, o seu quinhão, ainda que indiretamente por 
alguns favorecimentos. 
O excesso de burocracia, altas alíquotas de impostos e taxas em cascata vão sangrando 
as melhores intenções empresariais, o que acaba afastando o empresário nacional não só 
da formalidade, mas, até mesmo do Brasil. Várias empresas brasileiras tiveram que 
abandonar o Brasil, indo se instalar na China para sobreviver, o que vem tornando crescente 
a comunidade de brasileiros residentes na China. 
Estamos bem melhores que estávamos nos anos sessenta quando tínhamos um alto 
índice de analfabetismo, expectativa de vida de cinqüenta e dois anos e um enorme índice 
de mortalidade infantil, porém, há muito que se fazer ainda em saneamento básico, saúde, 
segurança, educação e infra-estrutura para que possamos sustentar a categoria de nação 
promissora dos próximos anos. 
A criminalidade e a corrupção ainda nos afastam do desenvolvimento e da credibilidade 
internacional e o ambiente de negócios ainda é lento, burocrático e altamente custoso. 
Foi muito fácil pegarmos carona nas mudanças mundiais, sobretudo com o fim da guerra-
fria. 
Saímos do terceiro mundo, categoria imputada ao Brasil após a separação do globo em 
países comunistas e capitalistas. 
Hoje como país emergente, o Brasil precisa avaliar se, apesar das nossas crianças estarem 
mais na escola, avaliar se elas estão, realmente, aprendendo. Avaliar as condições de 
trabalho no campo, a qualidade de vida nas cidades, prospecções mais qualitativas que 
quantitativas. 
Mas o dever de casa não cabe só ao governo, a sociedade tem que ser mais atuante, cobrar 
resultados dos políticos eleitos, pelo exercício democrático do voto. A sociedade deve ser 
mais seletiva para que haja equilíbrio de força e empenho entre o povo e o governo para o 
desenvolvimento sustentável. 
Mas o que difere um país rico de um país pobre? A credibilidade; o lastro histórico de 
crescimento; uma justa distribuição da riqueza; o respeito inviolável a propriedadematerial e 
intelectual; normas claras e válidas para todos, sem a nociva sensação de impunidade ou 
favorecimentos; a ampliação de oportunidade a todos; a justiça social e empresarial; a 
conscientização de um bem comum maior e de acesso a todos; tudo isso de mãos dadas 
em parceria, sociedade e governo. 
Muitos desses conceitos são relativos. Para se fazer justiça a um, outro deverá ser punido e, 
se não houver imparcialidade nessa decisão, não haverá conscientização de que essa 
punição será melhor para a maioria e as represálias irão existir na medida da influência do 
punido. 
Há que se promover uma mudança cultural, uma sensibilização de longo prazo que não será 
nada fácil. 
Não se pode falar em conscientização sem educação e informação. Por outro lado, 
educação e informação dão mais poder de escolha ao cidadão, será que há interesse 
político nisso? 
 
 
 
Essa é uma questão que cada um irá responder diferentemente e, enquanto isso, ficamos 
patinando na passada categoria de eterno país do futuro.

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