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resumo psiquiatria UFSM 2016

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Sara Steffens- ATM 2018/2 
RESUMO PSIQUIATRIA- prova 1 
 
AULA 1- EXAME DO ESTADO MENTAL 
AULA 1- Ângelo B. M. Cunha 
1. consciência: alerta, obnibulado, esturpor, coma. 
2. aparência: cuidada x descuidada; adequada x extravagante 
3. atenção: diminuída ou não: hipopropexia x Hiperpropexia. Hipervigil, 
hipertenaz. 
4. orientação: local, tempo, pessoa. 
5. memória: amnesia anterógrada, retrograda, lacunar. 
6. inteligência: diminuída ou não 
7. atitude: cooperativa, evasiva, sedutora, irônica, arrogante, dramática. 
8. conação: retardo/afitação motora. Hiper/hipo/abulimia. 
9. pensamento: Forma: Lentificação, Aceleração, Fuga de ideias, 
afrouxamento de associações, circunstancial, tangencial . Conteúdo: 
delírios, Ideias supervalorizadas, obsessão. 
10. linguagem: disartria, taquilalia, mutismo, logorreia ou verborragia, 
solilóqui, ecolalia. 
11. humor/ afeto: eutimico, eufórico, deprimido. Embotamento, rigidez. 
12. sensopercepcão: ilusão, alucinação, despersonalização, desrealização. 
11. juízo critico: 
12. insight 
13. credibilidade 
 
1. Consciência 
Alerta (lucida) 
Obnubilado 
Estupor 
Coma 
Obs: alterações qualitativas. Ex: estados dissociativos (transe, 
sonambulismo, etc). 
*Procurar causas orgânicas quando houver alteração no nível de 
consciência. 
 
2. Aparência 
Descrição geral, higiene, roupas, adornos, maquiagem, etc. 
Ex: cuidada x descuidada; adequada x extravagante. 
 
3. Atenção 
Na prática: Só dizer se tá com atenção diminuída ou não. 
Atenção Diminuída (hipopropexia) x aumentada (Hiperpropexia). 
Tenacidade (foco específico): capacidade de manter atenção em um 
determinado objeto. Hipertenaz: foca demais em uma coisa. O contrário é 
Hipervigilante: não consegue focar em uma coisa. 
Ex. Coicaina: hipervigil e hipotenaz 
Mobilidade (vigilância) 
Concentração (foco interno/ atividade mental). Ex.100-7 ou 20-3 
 
4. Orientação 
Tempo- 1º a ser perdido 
Local 
Pessoa- dificilmente perdida 
 
5. Memória 
- Imediata. Ex. falar e pedir para repetir sequência de números. Tem 
relação com atenção. 
- Recente cp 5-10 min ip > 30 min 
- Remota (aumenta se memória emocional) 
 Outros conceitos: 
Amnesia anterógrada (a partir do trauma) 
Amnesia retrógrada (antes do trauma) 
Amnesia lacunar 
Confabulação: comum com alcoolatras. Não lembra e preencha as lacunas 
de memória. Prof: Estranho chamar isso de memória, é como a 
Pseudologia fantástica: na verdade é algo que não aconteceu. “Regressão 
a vidas passadas”. 
 
6. Inteligência 
Retardo Mental 
QI: 70-84 limítrofe 
50-69 leve 
35-49 moderado 
20-34 grave (imbecil) 
Até 19 profundo (idiotia) 
Só é usado quando é visivelmente alterado. 
 
7. Atitude 
Atitude frente ao examinador. 
Ex: cooperativa, evasiva (não cooperativa), sedutora, hostil, irônica, 
arrogante, dramática. 
 
8. Conação: 
Conduta motora  alguns dividem em psicomotricidade/ vontade. 
a. Psicomotricidade: Retardo motor (paradão) x Agitação motora (usou 
drogas e não para quieto) 
Catatonia (tipo estátua humana). Existe esquizofrenia catatônica. Maior 
causa orgânica de catatonia é depressão. A causa mais comum é 
iatrogênica. 
 
b. Vontade: Hiperbulia x hipo/ abulia (fica parado o dia inteiro, 
não tem iniciativa para nada) 
 
9. Pensamento: 
Importante nas dçs mentais mais graves. 
Quanto à forma: 
Lentificação 
Aceleração 
Fuga de ideias (aceleração acetuada, dificulta associações)- 
maníaco. 
Afrouxamento de associações- associações não articuladas, 
mas não aceleradas- esquizofrênico. 
Circunstancialidade: fica dando volta até responder o 
perguntado. 
Tangencialidade: não responde o que é perguntado. 
Bloqueio: “dar branco” 
Quanto ao conteúdo: 
Delírios (ideias delirantes)- é uma crença falsa. Ex.: acha que é o 
presidente- excetuando cultura e religião. 
Delírios Paranoides (persecutórios): ex. espiões me 
perseguem. É muito comum. 
Delírio de grandeza (quer comprar tudo, é dono de 
tudo, se acha importante); místicos (pessoa tem poderes, vai 
curar todo mundo). 
Delírio de ciúmes, niilista (acha que está tudo 
perdido), de ruína (acha que tudo é culpa da pessoa), de 
referência (William Bonner fala pra mim), de influência (eu que 
influenciei a falar). 
Delírio Bizarro: fala coisas impossíveis de acontecer 
(paciente pior- critério de esquizofrenia). 
Ideias supervalorizadas (crença exagerada) 
Obsessões: atrapalham o dia-dia. 
Pensamento abstrato x concreto. 
 
10. Linguagem 
Ver: Quantidade, Velocidade e Volume. 
Ex. disartria, taquilalia (velocidade aumentada), mutismo, logorreia ou 
verborragia (quantidade aumentada, não para de falar), solilóquio (fala 
sozinho), ecolalia (repete o que acabou de falar). 
 
11. Humor/ afeto 
Humor: 4 emoções básicas: alegria, tristeza, raiva, medo. 
Afeto: “colorido” afetivo do momento 
Eutimia- normal (faixa normal) 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
Expansivo- eufórico (maníaco) 
Triste- desesperança- (deprimido) 
*Distimia= depressão menor (pct sempre depressivo). 
 
Outros conceitos: 
Modulação do afeto: 
Labilidade: varia muito 
Incontinência: não consegue conter as emoções 
Rigidez: hipomodulado 
Embotamento: totalmente indiferente, é pior 
Anedonia: falta de prazer; 
Irritabilidade; ansiedade; 
Disforia- irritação/ansiedade, como disforia pré-menstrual. 
 
12. Sensopercepção 
Ilusão: sobre objeto que existe, mas a intepretação é errada, como mágico 
ilusionista. 
Alucinação: sobre objeto que não existe, é pior que ilusão: auditiva, visual, 
tátil, gustativa, hipnagógica, hipnopômpica (estas 2 últimas são normais na 
transição do sono... qnd ta indo ou saindo do sono). *investigar causas 
orgânicas. 
Despersonalização: estranhar o próprio corpo, ver corpo de fora. Em 
relação a ti mesmo. 
Desrealização: em relação às coisas. 
 
13. Juízo Crítico (julgamento) 
Capacidade de tomar decisões em situações sociais/ em relação ao 
exterior (insight é em relação à própria pessoa). 
Ex: ser inconveniente, não mede consequências, não reconhece 
limitações. Ex. prático: imaginar que tá num prédio e está pegando fogo. 
 
14. Insight: nega completamente a doença, ligeira conscientização, 
consciência das doenças, mas culpa fatores externos. 
O que interessa é insight emocional e não intelectual (cardiologista que 
fuma; sabe, mas não faz). 
 
15. Credibilidade 
Paciente merece crédito? Ou existe suspeita da simulação. 
Em relação a PESSOA ACREDITAR naquilo que ela mesmo diz (só é usado 
em casos de simulação). 
 
Aula 2- TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO (TEPT) 
Profa. Gabriela 
Alguns termos usados como sinônimo: 
Síndrome do coração irritado: aumento da FC ao lembrar-se do trauma. 
Síndrome do Choque da Granada: Sobressalto, apatia em veteranos de 
guerra. 
Trauma + TCE, taquicardia sustentada pós-trauma= hj se sabe que são FR. 
Permanente hipervigilancia e combatividade? 
 
Um dos poucos dx em psiquiatria que necessariamente tenha fator 
desencadeante. OBS: Demissão não é considerado um trauma para validar 
dx de TEPT. 
 
DSM- V: É Trauma: Basta que a pessoa interprete como um risco de morte 
ou morrer. Quanto maior o risco de morte, maior chance. 
 
Profissionais da Saúde e outras profissões expostas continuamente a 
exposições traumáticas podem desenvolver tardiamente. 
 
Resposta organismo: imobilidade, Luta ou Fuga. 
Podem ter sentimentos DISSOCIATIVOS: reagir sem reação (freezing). 
Em até 48-72h: não é patológico. 
Reação desde motora, psicológica, vômitos, etc. 
 
Prevalência: média na pop de 8-8,5 % 
Dependeda Natureza de trauma. 
 
Tipos de traumas: 
Um dos mais associados à TEPT: abuso sexual. Ser do sexo Feminino é FR, 
mas homem que sobre abuso tem mais TEPT. 
Enchente, terremoto= catástrofes naturais. 
Katrina: 16% (lidar com cadáver, perder casas, baixo nível 
socioeconômico). 
Provocados pelo homem: sequestro, tiroteio= geram +++ TEPT que 
catástrofes nat. 11 de setembro: 7,5%. Mas a longo prazo pode ser +. 
 
Resiliência: capacidade dos corpos de se moldarem. Mesmo passando por 
coisas muito traumáticas, alguns não desenvolvem TEPT (80% não 
desenvolve= ser humano é bem resiliente). 
 
Quando estresse em geral, na vida do ser humano é muito pequeno ou 
muito grande há maior risco de TEPT. Um pouco de estresse é bom p/ 
resiliência. 
Resposta neuroendócrina Normal ao estresse: Hiperativação eixo HHA. 
CRF- Hormônio liberador de corticotrofina- (Hipotálamo)  ACTH 
(Hipófise) Cortisol (Adrenal). Cortisol tem feed back – com CRF. 
Normal é liberar adrenalina em fatores estressores. 
No TEPT o eixo é disfuncional. Nestes, agudamente NÃO há aumento do 
cortisol (está diminuído) e CRF elevado. 
 
Quanto à ativação amigdaliana: reação ao perigo, estresse. 
HIPER-reatividade da amigdala: ocorre nos ansiosos. 
HIPO-reatividade de amigdala: antissocial. 
Na TEPT, achav-se que haveria hiper-reatividade, mas na verdade depende 
dos sintomas do pct no momento: 
Revivendo fatos: hipo do córtex pré-frontal e HIPER da 
amigdala 
Fica triste/ anedonico (parece depressão): hipo amigdala 
 
 
Do 3º- 30º dia: transtorno de estresse agudo (TEA) que é FR p/ TEPT. 
Só pode dar dx de TEPT 31 dias após trauma. 
Pode ter de inicio tardio, SEM ter tido TEA: profissional saúde, bombeiros 
> 3 meses: TEPT crônico. Pior prognóstico. Pct que responde bem ao tto 
melhora logo, refratariedade no inicio do tratamento indica prognóstico 
ruim. 
A maior parte dos pcts NÃO tem TEA antes de desenvolver TEPT. 
 
Fatores de Risco: 
Pré-trauma: Dx prévio de outro TEPT ou outros transtornos psiq= maior 
risco de TEPT. 
Neuroticismo (copo sempre metade vazio). 
Sexo F, baixo QI, trauma antes, desordem mental antes, personalidade, 
genéticos. Baixo nível socioeconômico. 
Trauma: natureza do trauma: ficou com sequela física, TCE, FC alterada, 
contato com morte, traumas severos, estupro. 
Pós-trauma: FC alta, UTI, sintomas dissociativos, dor, estressor financeiro, 
trauma continuado (criança que sofre abuso e tem que viver com 
abusador, vitima de agressão física persistente). 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
Plasticidade fenotípica: genética (personalidade, neuropeptineo Y, 
disfunção endócrina) + ambiente (exposição à mídia, uso de sbs- cannabis 
fumada aumenta risco, mas opiodes p/ tto dor é fator protetor). 
 
CRITÉRIOS DX DSM-V: 
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou 
violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas: 
1. Diretamente exposto. 
2. Testemunhou o evento. 
3. Tomou conhecimento de morte ou ferimentos graves 
inesperados em familiares ou amigo próximo. 
4. Foi extremamente exposto a detalhes do evento (policiais, 
bombeiros...) . 
Não inclui exposição somente através de mídia eletrônica ou 
televisão. 
B: Deve ter no mínimo 1 dos sintomas intrusivos (reviver/ memória muito 
consolidada): 
1. Recordações aflitivas, recorrente e intrusiva, incluindo 
imagens e pensamentos e percepções. 
2. Sonhos aflitivos 
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks), como se evento 
estivesse ocorrendo novamente. 
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a 
exposição a sinais q simbolizem evento traumático. 
5. Reações fisiológicas intensas. 
C. No mínimo 1 sintoma de esquiva ou evitação. 
1. Esforços no sentido de evitar pensamentos, sentimentos ou 
conversas sobre o trauma. 
2. Esforços p/ evitar atividades, locais ou pessoas que ativem 
recordações. 
D. Ter no mínimo 2 alterações negativas persistentes em COGNIÇÃO e 
HUMOR: (Sintomas que se confundem e se associam à Depressão). 
1. Incapacidade de recordar aspecto importante do trauma 
2. Crenças ou expectativas negativas: (p. ex., “Sou mau”, “Não 
se deve confiar em ninguém”, “O mundo é perigoso”, “Todo o 
meu sistema nervoso está arruinado para sempre”). 
3. culpar a si mesmo ou os outros. 
4. Estado emocional negativo persistente (p. ex., medo, pavor, 
raiva, culpa ou vergonha). 
5. Interesse ou participação bastante diminuída 
6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos 
outros. 
7. Incapacidade de sentir emoções positivas (p. ex., de vivenciar 
sentimentos de felicidade, satisfação ou amor). 
 
E. Alteração na excitação/ reatividade associadas ao evento (mínimo 2): 
1. Irritabilidade ou surtos de raiva (agressão verbal/física) 
2. Imprudente/ autodestrutivo 
3. Hipervigilância 
4. Sobressalto exagerado 
5. Dificuldade de concentração 
6. Sono afetado 
*Lembrar de Avaliar risco de suicídio e dificuldade de concentração. 
F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês. 
G. Deve causar sofrimento significativo e prejuízo. 
H. Não se deve aos efeitos de uma substância (p. ex., medicamento, 
álcool) ou a outra condição médica. 
 
DD com Depressão Maior (DM): DM não é obrigado ter trauma, 
necessariamente tem anedonia ou humor deprimido. 
 
Relação com outras dçs: 
TEPT: aumento de dç CV e auto-imune. Maior risco de 
obesidade e dislipidemia. 
Grande impacto na qualidade de vida: precisa de apoio das 
pessoas, mas ao mesmo tempo se afasta. Prejuízo social (não 
sai de casa) 
 
Abordagem logo após o trauma / Prevenção do TEPT: 
“The Golden hours” 
Primeiramente não lesar (primum non nocere): algumas abordagens 
podem até piorar desfecho. Por isso, não se deve fazer, p. ex., psicoterapia 
preventiva em pctes não sintomáticos. Só fazer psicoterapia em 
sintomáticos. 
Não patologizar, não psicologizar (debriefing, terapia de grupo= NÃO fazer 
em ASSINTOMÁTICOS) e não farmacologizar. 
Uso de Benzodiazepínicos: estudos controversos, mas há recomendação 
para NÃO usar! Há associação positiva entre quem usou e desenvolveu 
TEPT (ter usado seria um FR). 
BB= placebo. 
Morfina= não tem estudo 
Hidrocortisona= única coisa que preveniu mesmo. Uso devido ai 
Hipocortisolismo paradoxal (quem tem TEPT tem menor nível de cortisol 
frete ao estresse). Mas ainda não está liberado para uso clínico (só 
pesquisa). 
 
TRATAMENTO DE PACIENTES QUE TENHAM TEPT 
Psicoterapia: focada no trauma ou TCC (terapia cognitivo 
comportamental). Não se faz preventiva, debriefing. 
Únicos 2 liberados e estudados são Paroxetina e Sertralina: não se sabe 
se efeito é de classe. 1ª escolha é ISRS. Tb pode ser usado Venlafaxina. 
 
Mas, como nem sempre há resposta com esses, como 2ª linha usa-se (não 
se sabe se realmente funciona): 
Tricíclico (mts efeitos colaterais em idosos) 
Mirtrazapina: usada para melhorar sono. Quando insônia, pesadelo, ela 
causa sono, ajuda a dormir, alternativa ao Benzo: 
Prazosin: tratar pesadelos no TEPT. 
 
Tratamento para TEA: farmacológico nada comprovado, mas usa-se 
anti-depressivo. Acompanhar e tratar patologias prévias. 
 
Dica da profe: Ver artigo no e-mail, mas focar na aula. 
 
AULA 3- TRANSTORNO BIPOLAR 
Ângelo B. M. Cunha 
Prevalência: 0,6% (TAB tipo I- é o que a gente estuda)e 0,4% (Tipo II) 
Média início dos sintomas: aos 20 anos 
 Erro/demora para o diagnóstico 
 Causa comum de incapacitação 
 Importância da genética: 40-70% concordância entre gêmeos 
monozigóticos 
 
Pela lógica, deveria ter 2 
polos: Eufórico x Depressivo. 
 
Mas na verdade SÓ PRECISA 
DO QUADRO AMIACOP SER 
CLASSIFICADO COMO 
BIPOLAR! O que caracteriza o 
bipolar é ter episódio 
maníaco. 
 
Tipo I: teve pelo menos 1 
episódio maníaco* (é o que 
estudamos!) 
Tipo II: episódio depressivo + 
hipomania 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
Ciclotimia: depressão menor + hipomania 
 
“Bipolar spectrum” 
Episodio misto: meio eufórico e meio depre no mesmo episório (DSM V já 
não traz esse subtipo, mas na pratica existe). 
Ciclagem rápida: 4 ou + episódio no ano. 
 
Mania: síndrome clínica de EUFORIA e HIPERATIVIDADE. 
Exemplo de Episódio Maníaco: Tudo parece fácil, bom, vívido, n precisa 
dormir, irritação, agitação, pensamentos delirantes. 
 
DSM-5 critérios: 
A- Humor anormal (animado, expansivo ou irritável- em crianças 
principalmente-) Aumento da atividade e energia – por no mínimo 1 
semana = Episódio maníaco 
B- 3 ou mais dos seguintes: 
 auto-estima inflada: “se achando” 
 diminuição da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado 
com apenas três horas de sono). 
 taquilalia 
 fuga de ideias 
 distratibilidade: n consegue focar 
 aumento nas atividades ou agitação (p. ex., envolvimento em 
surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos 
financeiros insensatos). 
 envolvimento em atividades com potencial danoso: (seja 
socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) 
C- Causa prejuízos significativos 
D- Excluídos uso de substâncias e doenças clínicas como etiologia. 
 
Nota: UM episódio maníaco completo que surge durante tratamento 
antidepressivo, é evidência suficiente para um episódio maníaco e, 
portanto, para um diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. 
Nota: Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um 
episódio é necessário para o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. 
 
DISFORIA e GRANDIOSIDADE: irritabilidade, ansiedade, impulsividade, 
ostilidade. 
 
Pesquisas: 
Esquizofrênicos piores que a média no desenvolvimento motor, QI. 
Bipolar: melhor que a média em quase tudo. 
 
Prejuízos cognitivos no THB (transtorno do humor bipolar) 
Durante a remissão 
Aumentados com sintomas psicóticos 
Associados a longa duração da dç 
Aumenta com n° de crises maníacas 
Ocasiona disfunção psicossocial 
Qnt mais precoce o tto maior a prevenção do prejuízo cognitivo (aumento 
do volume ventricular) 
 
Estresse crônico e alterações cerebrais= os mesmos observados no THB. 
< hipocampo 
< córtex pré-frontal 
> Amigdala 
Além do enorme risco de morte por suicídio, se não tto, morrem mais por 
causas CV, cérebro-vasculares, CA, etc (em relação aos tratados). 
Estresse oxidativo é maior no THB do que na depressão. 
Provoca Encurtamento de telômero= envelhece mais rápido. 
 
Carga alostática: o Stress promove adaptação “alostase”. 
Ao longo do tempo: desgaste neural e corporal: carga alostática. 
Adaptação atual versus dano futuro: CV, metabólico, imune, atrofia 
cérebro. 
 
Mediadores de alostase: acredita-se que dopa, glutamato, HPA 
(hipotálamo-pituitária-adrenal), sistema imune e neurotrofinas = 
desgastam o corpo como um todo. 
Aumento da dopamina – mania, psicose, cocaína, estimulantes 
Excitotoxicidade glutamatérgica – mania, depressão 
Neurotrofina BDNF: sb que protege os neurônios (pessoas têm AVC, mas 
uma parte recupera). Tem várias funções no desenvolvimento cerebral. 
Relação de menor BDNF em pessoas sem contato com mãe, traumas 
psicológico. 
Traumas psicológicos alteram proteção no SNC! 
Diminuição de BDNF nos episódios agudos: maníacos ou depressivos. 
BDNF diminuído em episódios agudos e tb aumento de PCR (risco CV). 
 “Correlação negativa entre níveis de BDNF e gravidade dos sintomas”. 
Inflamação x Neutrotrofinas: ↓BDNF, ↑NT-3, ↑GDNF declínio 
cognitivo e disfunção executiva 
 
Modelo teórico da doença 
Pessoa tem episódio de mania/depressão: estresse ox. reduz BDNF, 
perda de dendritos, apoptose  alterações cérebro  diminui hipoc., PFC 
(Córtex pré-frontal), amigdala ↓coping estresse/trauma  
inflamação, oxidação. 
 
O primeiro episódio precisa de grande estresse como fator desencadeante, 
mas os seguintes, após alteração na sensibilidade da amigdala, qlqr coisa 
ativa o sistema (amigdala super-sensível). 
Qlqr estresse ou trauma desencadeia desbalanço. 
 
Curso e Prognóstico 
Curso heterogêneo, predominantemente depressivo. 
 A recorrência parece ser mais prejudicial do que a gravidade de um dado 
episódio. 
Episódios progressivamente mais autônomos 
Primordial Evitar/ diminuir ocorrência de episódios. 
Promover a aliança terapêutica, adesão ao tratamento, psicoeducação, 
defuncionamento social 
Tratamento Farmacológico 
Clorpromazina foi 1° antipsicótico (1954); 
Lítio (principal estabilizador de humor). É o melhor. Dç não é falta de lítio 
(n adianta dosar lítio sérico). Manter na janela terapêutica. 
- ↓a neurotransmissão noradrenérgica 
- ↓níveis de norepinefrina 
- ↑níveis de serotonina (em especial no hipocampo) 
Alteração em glutamato (up-regulation do transporte de glutamato) 
Carbonato de lítio: cp 300 mg e 450 mg 
 
Anti-convulsivantes: 
Uso baseado na teoria do kindling 
Mecanismo de ação mal caracterizado 
Possível ação por múltiplos mecanismos 
Ação sobre canais iônicos 
Aumento da neurotransmissão inibitória do GABA 
Diminuição da neurotransmissão excitatória do glutamato 
Ação em segundos mensageiros 
Ac. Volproico: eficaz em algumas situações; usar qnd n Litio 
funciona; qnd há ciclagem rápida e episódios mistos. 
Aprovado para a fase aguda e profilaxia da doença 
Boa resposta em pacientes com condições médicas gerais 
Nível sérico efetivo: 50 – 100 ug/mL. Cp 250 mg ou 500 mg 
 
Haloperidol com fenergam (p cortar efeitos colaterais do haldol) são 
melhores no Plantão para Mania. No plantão, Anti-psicótico é melhor 
que lítio (estab humor) na crise aguda. Melhora em umas 24h, o lítio 
demoraria. 
Episiodio Maniaca: 
Monoterapia: Litio, AVP, Olanza, Risperi, Quetia, Aripiprazol, ziprasidona, 
asenapina, Paliperidona. 
 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
Monoterapia: Litio, AVP, Olanzapina, Risperidona, Quetiapina, Aripiprazol, 
Ziprasidona, Asenapina, Paliperidona 
 
Combinado (MELHOR): Lítio ou AVP + risperidona (barata) ou quetiapina 
ou olanzapina ou aripiprazole ou asenapina. 
Usar por 6 m após episódio com anti-psicótico e depois manter só com 
estabilizador de humor. 
OBS: gabapentina, topiramato são piores que placebo. 
 
Única maneira de evitar progressão: dx precoce + tto eficaz + prevenção 
de novos episódios. 
*** não deixar ter episiodio! Quanto mais episódio, mais lesa o cérebro. 
Ser bem radical, bem intervencionista. 
 
AULA 4- ESQUIZOFRENIA 
Ângelo B. M. Cunha 
Disse p estudar pelo livro da USP 
Devastadora, é a pior. 
Acontece cedo 
A principal “psicose” TEM QUE TER PSICOSE 
Curso variado: “As esquizofrenias” 
 
O que é Psicose? 
Definição restrita: delírios/ alucinações proeminentes. 
Definição ampla: inclui discurso e/ou comportamento desorganizado 
ATUALMENTE: perdas dos limites do ego - prejuízo no teste da realidade. 
 
História, p. ex: Bleuler (1857): 4 As associações, afeto, autismo, 
ambivalência. 
 
DSM-5 (DSM-4 não mudou nada): 
Tipos de psicose: 
Por transtornos psicóticos não afetivos: não começa com 
humor: esquizofrenia, esquizoafetivo, transtorno esquizofreniforme, 
delusional disorder, etc. 
Por transtornos Afetivos: bipolar, DM. 
Por uso de substâncias: ex. álcool 
Por outras condições médicas: ex. uremia. 
 
Afetiva x Não-afetiva 
Ambas: psicose= delírios, alucinações. Há espectro entre uma e outra. 
Afetiva: começo + agudo,melhor prognostico. + sintomas 
depressivos e maniáticos. 
Não-afetiva: começo insidioso, pior prognostico. + sintomas 
negativos, congnitivos 
Transtorno esquizoafetivo: tem uma mistura de sintomas psicóticos + 
depressivos e maniáticos + sintomas negativos, congnitivos 
 
Diagnostico Esquizofrenia 
Fase prodrômica: ainda não surtou. 
 Retraimento social gradual, interesse reduzido, muda aparência 
e higiene, mudança cognitiva, comportamento excêntrico. Geralmente 
começa no Adolescente. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS- DSM -5 
A) Sintomas característicos (2 ou +) por pelo menos 1 mês ou menos, se 
tratado com sucesso. É o critério ++ importante. 
*1. Delírios 
*2. Alucinações 
*3. Discurso desorganizado 
4. Comportamento desorganizado ou catatônico 
5. Sintomas negativos: embotamento afetivo, alogia (falta de lógica), 
avolição (falta de vontade). 
*Pelos menos 1 dos sintomas deve ser 1, 2 ou 3. 
B) Disfunção social/ ocupacional 
C) Duração: 6 meses. 
 1 mês de critérios A (fase ativa). 
*Diferente de transtorno esquizofreniforme (cuidar para não estigmatizar). 
D) Excluir transtornos de humor. 
 2 semanas delirantes sem alteração e humor. O bipolar tem 
concomitantemente. 
E) Excluir uso de sb/ condição médica geral. 
 
Sintomas podem ser classificados em: 
Positivos: deirios, alucinações 
Negativos: embotamento afetivo, avolição, alogia, anedonia 
Cognitiva: atenção, memória, funções executivas. 
 
Epidemiologia 
Incidência: 15/100 mil ao ano 
Prevalência: hj estima-se 0,7% pop. 
Aparecimento tardio em Mulheres (pico Homens 20a e mulher 25a  
prognostico pouco melhor em mulher). 
 
Etiologia 
Antigamente achava-se que mãe poderia tornar filho esruizofrênico, de 
acordo com a criação: “mãe esquizofrênica” 
Hipóteses aceitas hj: dopaminérgica, glutamatérgica e 
neurodesenvolvimental (pessoa já nasce com dano: uso drogas, infecções 
congênitas). 
Fator genético: 48% concordância em MZ. 
 
Diferentemente do THB (que tem tudo acima da média), o Esquizofrênico 
tem menor QI, pior desenvolvimento motor, recepção da linguagem (só 
expressão linguagem pouco melhor), em relação à pop geral. 
 
Para que ocorram alucinações, em algum momento ocorreu des-
regularização Dopa/ Gluta. 
Maconha e outras drogas= predispõem esquizofrenia. 
Outros fatores ambientais: migração, riscos fetais, urbanização pois 
muitos surtos são desencadeados por estresse. 
Teoria da Saliência aberrantes: cérebro é maquina de comparar coisas. Dar 
mais importância a alguns eventos da vida poderia predispor. 
 
Curso e Prognóstico 
Curso: exacerbação/ remissão 
Sintomas negativos melhoram com tempo 
20-50% tem vida relativamente normal 
 
Fatores de bom prog: inicio tardio, ter fator desencadeante, inicio agudo, 
bom funcionamento pré-mórbido, com fatores afetivos. 
Mau prog: inicio precoce e insidioso, mau ajustamento social, ausência de 
fatores precipitantes, HF de esquizofrenia, sem remissão por 3 anos, 
sintomas negativos, fraco sistema de apoio. 
 
Vias dopaminérgicas: 
Excesso de dopa na via mesolímbica causa alucinações. Drogas de abuso 
aumentam também (sensação prazerosa, euforia). 
Hiperatividade via mesolímbica= sintomas positivos. 
Por isso se usa Bloqueadores D2 para o tratamento. Ao agirem também na 
via nigro-estriatal (falta de seletividade), esses medicamentos geram 
sintomas motores como efeitos colaterais= Parksonismo induzido por 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
drogas, com sintomas extarpiramidais. À longo prazo, como forma de 
compensar esse bloqueio D na via nigroestriatal, há uma supra-regulação 
desses receptores, que leva a outro efeito colateral= Discinesia tardia 
(movimento hipercinético). 
Outra via dopapaminérgica é a tuberoinfundibular, que ao ser bloqueada 
leva à produção de Prolactina= efeito colateral é a Galactorreia. 
Em suma, desregulação das vias dopaminérgicas= sintomas 
esquizofrênicos. Importante: Hipótese dopaminérgica integrada. 
via mesolímbica: hiperativa= sintomas positivos (principal). 
via mesocortical: hipoativa= parte dorsolateral do CPF  
sintomas cognitivos. Parte ventromedial do CPF sintomas 
afetivos. 
via nigro-estriatal e tuberoinfundibular= normal 
 
Vias Glutamatérgicas: 
Por Hipofunção NMDA (Via Mesolímbica) 
Normal: glutamato tem ação + sobre GABA, que tem ação – sobre 
dopamina. Normal: ↑glu↓Dopa. 
Quando há Hipofunção NMDA= ↓Glu ↑Dopa. Sendo as vias 
dopaminérgicas integradas, na via MesoCortical ocorre o contrário. 
 
TRATAMENTO 
Bloqueador/ antagonistas de dopamina. 
Bloq receptores D2 são os + comuns. 
O problema é que diminui dopamina do cérebro todo, como via 
nigroestriatal. 
Tb, além de bloquear os RD2, bloqueiam outros receptores, ex: 
antipsicóticos convencionais (bloq d2, alfa-1, M, H) 
 
1. Antipsicóticos convencionais (D2) 
Clorpromazina (200-1000mg/d) 
Haloperidol (5-20mg/d) 
Tioridazina 
 
2. Antipsicóticos atípicos (ação em receptores 5-HT2A e D2) 
Clozapina (the best); Olanzapina; Quetiapina; Risperidona (2-6 mg/d), 
Ziprasidona 
Melhor de todas: CLOZAPINA. Até 50% dos refratários respondem. Mas 
atua em diversos receptores, de forma muito complexa. Causa convulsão, 
discrasia sanguínea e vários efeitos colaterais. 
 
Passo-a-passo do tratamento 
1º Monoterapia c/ antipsicóticos: é o que o clínico deve iniciar. 
2º Troca anti-psicotico 
3º Clozapina 
4º Combinação de outros medicamentos. 
Psicose é toxico p/ cérebro: tratar logo p menor consequência. 
 
Hospitalização: 
Fase aguda 
Risco suicido/ agressão 
Risco exposição moral 
 
Enigmas da psiquiatria: 
Esquizo é uma ou várias? 
Dx: categorias ou dimensões? 
FR são verdadeiros ou viés? 
Neurodesenvovimental / degenerativa: hoje se sabe que é os 2. 
Alterar curso: novas pesquisas estresse degeneratico 
Como identificar pessoas de alto risco? 
 
Universal, grave, menos favorável em pais industrializado (estresse), 
anormalidades cerebrais, resposta terapêutica a antagonistas 
dopaminérgicas. 
 
 
 
AULA 5- DEPRESSÃO MAIOR (DM) 
Prof. Dr. Angelo Cunha 
Subdiagnosticada, associada a outras dçs. 
50-60%% não é detectado 
Deve ser tratado pelo clinico 
Prevalência (vida)= 17 % 
2X mais comum em Mulheres 
Idade de início= 20-30 anos 
Eventos estressantes de vida 
Associação com doenças clínicas: principalmente: Parkinson, Epilepsia, 
dor, Alzheimer, obesidade, CA, Diabetes, DCV. 
Deve subir de 3ª (2004) p/ 1ª dç em termos de impacto geral (Burden of 
disease), em 2030. 
Barreiras para o dx: depressão é “normal”, falta treinamento, 
comorbidades, descrença no tto. 
Com exceção de casos complexos e refratários= deve ser tratada pelo 
Clínico, na atenção primária. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS- DSM-V (2013) 
A. Deve ter 5 dos 9 sintomas. Pelo menos um deles deve ser 1 OU 2. 
1. HUMOR DEPRESSIVO OU 
2. PERDA DE INTERESSE/ PRAZER. 
3. Perda/ ganho peso (5% em 1 mês) 
4. Insônia/ hipersonia 
5. Retardo motor/ agitação 
6. Fadiga/ perda de energia 
7. Sentimento de inutilidade/ culpa (pode até delirar) 
8. Indecisão/ falta concentração 
9. Ideação suicida 
Obs: (o de antes do / é o mais comum) 
 
B. DURANTE 2 SEMNAS 
C. Causam sofrimento/prejuízo 
D. Não são devidos a efeito de subst./doença 
 
FARMACOTERAPIA: 
Leve: alguns acham que só psicoterapia pode ser suficiente. 
Moderada e grave= Sempre farmacológico. 
 
PHQ-9: escala determinar gravidade: Leve/ mod / grave 
0-4 no depression 
5-9 mild 
10-14 moderate 
15-19 moderately severe 
20-27 severe depression 
 
Conceitos sobre o tratamento 
Reposta: 50% de diminuição dos sintomasRemissão: sem sintomas, volta ao funcionamento normal  é o que se 
objetiva, mas ocorre menos. 
Recaída: retorno dos sintomas (mesmo episódio) 
Recuperação: remissão mantida por mais de 6 a 12 meses. 
Recorrência: aparecimento de um novo episódio. 
 
A depressão maior é episódica, com EPISODIOS não tratados durando 
geralmente entre 6-24 meses, seguidos de recuperação ou remissão  
mesmo q não faça nada, geralmente se recupera. 
Pacientes deprimidos que apresentam resposta nicial ao tratamento com 
antidepressivo terão taxa de recaída de 50% em 6-12 meses, se medicação 
substituída por placebo. Se a medicação for mantida por 1 ano, cerca de 
10-20% terão recaída. (prof acredita que deve manter tto por + tempo, 
tipo 1 ano e meio). 
 
RS é o estado que mais tem suicídio. 
 
Etiopatologia: 
Heterogênea: múltiplos fatores envolvidos 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
Fatores genéticos; ambientais; hormonais. 
Desregulação de NT 
Alteração da expressão gênica 
 
Neurotransmissores: 
Hipótese monoaminérgica: 
 Monaminoxidade (MAO): destrói noradrenalina (NA). 
 Depressão: deficiência de NA. 
 Inibidores da MAO (iMAO): impedem destruição da NA= 
aumento de NA leva ao estado normal. 
Antidepressivos Tricíclicos: bloqueio da receptação do NA = 
aumento de NA leva ao estado normal. 
Com o inicio do tto, os níveis de NT sobem rapidamente (horas), 
entretanto, o efeito clínico demora a aparecer (2 semanas), assim com a 
dessensibilização (down regulation) dos receptores. 
Questões relativas a essa hipótese: se os NT sobe logo, pq efeito clínico 
demora? Alteração da sensibilidade do receptor tb contribui para a 
melhora clínica? Nova hipótese: 
 
Hipótese dos receptores de NT p/ ação antidepressiva: 
Durante fase depressiva há up-regulation dos receptores. 
 
Hoje se sabe que há mecanismo intra-celular relacionado à fisiopatologia. 
 
NT regulam humor, cognição e comportamento. 
DOPAMINA= atenção, motivação, prazer, recompensa, sexualidade. 
SEROTONINA= obsessão, compulsão. 
NA= estado alerta, energia. 
 
Nessa lógica, p/ pct sem ansiedade, com retardo motor=dar tto que atua + 
na DOPA. Mt ansiedade= dar + tto que atua na serotonina. 
 
FASE AGUDA: 2-3 m. Objetiva resposta e remissão. 
FASE CONTINUAÇÃO= 6 m evitar recaída 
FASE MANUTENÇÃO (1-5 anos ou para toda a vida)= evita recorrência 
 
Recomendação para tomar remédio por 2 anos para manutenção, se: 
Episódios recorrentes (3 ou +), idade avançada, se demora mt p sair da 
crise, se tiver psicose, episódios severos, comorbidade, sintoma residual 
17% a 25% em Mulheres= chance de ter 1 episodio na vida. Se teve 1, 50% 
de chance de ter de novo. Quanto mais tiver, maior chance de recorrer. 
 
Escolha do antidepressivo: 
Apresentação clínica (escolha empírica), 
Perfil de efeitos colaterais (+++++++ importante), 
Resposta anterior/ preferência do paciente= se já funcionou, vai funcionar 
de novo, dar preferência. 
Custo, Comorbidades. 
 
ANTIDEPRESSIVOS: 
IMAO= não se usa. Bom nos livros, mas não pode fazer nada. Não pode: 
Vinho, queijo, cerveja, usar outros medicamentos, etc. 
 
Tricíclicos (ADT)= atuam em vários receptores. 
Anti-histamínico (H1): engorda e dá sono. 
Anti-muscarinico/anticolinérgico (M1): boca seca, constipação, 
borramento visual, sonolência. 
Anit-alfa-1: tontura, hipotensão. 
Amitriptilina: inicial 25 mg/d, usual 100-200 (NÂO USAR SUBDOSE! Dose 
boa 150 mg). 
Dose inicial usual 
 Amitriptilina 25mg/d 100-200 
 Imipramina 25 mg/d 100-200 
 Nortriptilina 25 mg/d 50-150 
 *Clomipramina 25 mg/d 100-200 
 
ISRS 
 dose inicial usual máx 
 Fluoxetina 20 mg/d 20-40 80 
 Paroxetina 20 mg/dia 20-40 60 
 Sertralina 50 mg/dia 50-100 200 
 Citalopram 20 mg/dia 20-40 60 
 Fluvoxamina 50 mg/dia 100-200 300 
 Escitalopram 10mg/dia 10-20 40 
Maior tolerabilidade em relação aos ADT Devido a seletividade, só tem a 
porção inibidora da receptação da serotonina. 
 
Eles têm outras ligações que são chamadas Propriedades Farmacológicas 
Secundárias, dependo do medicamento. 
 
 
IRSN: 
Inibidores seletivos da receptação de Serotonina e nora= DUAIS. 
Venlafaxina 75-225 mg/dia 
Desvenlafaxina 50-100 mg/dia 
Duloxetina 30-60 mg/dia 
*Em doses elevadas tb inibem um pouco os receptores de Dopamina. 
 
Outros: Buroporiona 
 
Prozac (fluoxetina)= inicia 20; usual 20-40, max 80  mesma eficácia, com 
menor efeitos colaterais. Mas tem muita diminuição de libido, 
ejaculatório. 
 
 Praticamente todos os antidepressivos apresentam a mesma 
taxa de Resposta ao tratamento, que é de ~67% (redução de 
50% dos sintomas em 8 semanas). Isto é, 33% não respondem. 
Não-resposta: 
Má Adesão, tto de Longa duração, Episódio grave, Distimia, Transtorno de 
Personalidade. 
 
Estratégias para não-resposta: 
Aumento dose 
Troca p outra classe 
Potencialização 
Combinação- NÃO tem estudos sobre. Melhora pouco o efeito, com muito 
efeito colateral e alto custo. 
IMAO 
ECT= eletroconvulsoteraia= muito bom! Não tem na rede privada, no 
HUSM tem e funciona. 
 
O MELHOR ESTRATÉGIA INICIAL É AUMENTAR A DOSE DO REMÉDIO. 
Dobrar dose. Se utiliza 1 cp e não funciona, prescrever 2cp. 
Tem como vantagem não adicionar outros efeitos colaterais. 
 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
Outro problema relacionado ao tratamento da Depressão: 
Se episódio Depressivo for, na verdade, Transtorno Bipolar? Diante do 
primeiro episódio n tem como saber. Se for bipolar o ANTI-DEPRESSIVO 
não deve ser o tratamento de escolha. 
Fatores associados que falam a favor de THB: recorrência de episódios 
depressivos, idade de inicio precoce, sintomas psicóticos, HF de mania. 
No tto usam-se estabilizadores de humor (lítio). 
Na dúvida, começa com antidepressivo e lítio junto= se melhorar tirar 
antidepressivo. Se for usar antidepressivo, usa por máx. 4 a 6 semanas. 
Antidepressivo= faz pessoa ter mais mania. 
Quetipiana= aprovada p bipolar tb. 
 
Novos alvos: antidepressivo de “amplo espectro”, mais que duais, agem 
em 3 receptores. 
 
AULA 6- TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE 
Prof. Dr. Angelo Cunha 
 
PERSONALIDADE: temperamento (biológico, o que se herda) + Caráter (o 
que aprende). 
Geralmente definido ao final da Adolescência. Não se dá dx de Transtorno 
antes do final da adolescência. Antes dos 18 anos= transtornos de conduta 
(não de personalidade). 
 
PersonalidadeOrigem etimológica: “persona” – a máscara dos 
personagens. 
 
No DSM-V tem 2 capítulos: 1 antigo e um novo, que divide por categoria. 
Novo seria o ideal, mas é difícil de aplicar na prática. 
 
Estado: ocorre apensa por um período. 
Traço: é estável, é permanente do indivíduo. 
 “Traços de personalidade: aspectos emocionais e 
comportamentais estáveis e duradouros que caracterizam o indivíduo 
(“jeito de ser”).” 
 
Transtorno da personalidade é: 
Comportamento se desvia da cultura 
Generalizado 
Inflexível 
Início na adolescência ou começo da vida adulta 
Estável ao longo do tempo 
Provoca sofrimento ou prejuízo 
 
Classificação que tem importância hoje em dia é a de 1993: 
Elementos do Temperamento (são herdados): busca de 
novidades, evitação da dor, dependência da recompensa, persistência. 
~50% da personalidade é herdada. 
Elementos do Caráter (são adquiridos): direcionamento do self, 
cooperação, transcendência (espiritualidade). 
 
DSM-V 
Critério A: Funcionamentoda personalidade 
Individual: 
Identidade: se bem estabelecida, pessoa sabe bem quem ela é, 
o que ela está fazendo. 
Autodirecionamento: planos, objetivos de vida coerentes. 
Interpessoal: 
Empatia: capacidade de colocar-se no lugar do outro. 
Intimidade: capacidade de ter relação interpessoal duradoura e 
profunda. 
 
Critério B: Traços de personalidade patológicos 
Afetividade Negativa x (Estabilidade) 
Distanciamento (Extroversão) 
Antagonismo (Afabilidade) 
Desinibição (Meticulosidade) 
Psicoticismo* (Lucidez) 
*Psicoticismo= excentricidade, cara estranho. Não tem relação com 
psicose. 
 
São 10 transtornos de personalidade, divididos em 3 grupamentos: 
A: estanhos, excêntricos  Paranóide, Esquizóide, Esquizotípica 
B: Dramáticos, emocionais, erráticos o que + vê em pronto-socorro, 
pessoa dificil, problemática. Anti-social, Borderline, Histriônica, Narcisista 
C: Ansiosos, medrosos  Esquiva, Dependente, Obsessivo-Compulsiva 
 
No DSM-V não são mais 10, são menos. 
 
1) Paranoide: suspeita ou desconfiança. 
- Guarda rancores (insultos, injúrias, deslizes) 
- Interpreta significados ocultos (de caráter humilhante, ameaçador) 
Mas a pessoa não fica fora da realidade 
- Fanáticos de qlqr nível (“nós contra eles”, “bem contra mal”) 
- Percebe ataques a seu caráter ( em situações “neutras”)e reage com 
raiva ou contra-ataque 
- Dúvidas infundadas (lealdade dos amigos/ fidelidade ) 
0,5 a 2,5% da população. 
Raramente procuram tratamento. 
Mais em homens. 
Formulações simplistas (“fanáticos”/ “formam cultos”) 
 
2) Esquizoide 
Não procura tto 
Até 5% da população 
Vive no mundo dele, mas não é psicótico. 
Não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos. Atividades solitárias. 
Pouco interesse sexual. Prazer em poucas atividades. Não tem amigos ou 
confidentes. Indiferente a elogios ou críticas. Distanciamento afetivo 
 
3) Esquizotípico 
Mais parecido com esquizofrenia, mas n chega a ter. 
Acredita em gnomo, bruxaria. 
Pessoa vive em um mundo meio estranho, não basta acreditar que coisas 
estranhas existem. 
3% da população. 
 Parentes biológicos de pacientes com Esquizofrenia 
Distorções cognitivas e/ou da percepção(esquisitos ou estranhos): 
- Comportamento (linguagem incomum, desconfiança, afeto 
inadequado/restrito) 
- Aparência (esquisita, estranha) 
- Crenças que não condizem com a subcultura do indivíduo (ex. telepatia, 
sexto sentido, clarividência etc) 
- Ansiedade social, temores paranóides. Não tem amigos. 
- Personalidade pré-mórbida esquizofrenia. 
 
4) Anti-social (“psicopata/ sociopata”) 
Não alivia crimes, pois pessoa não perde a razão, sabe o que está fazendo. 
Critérios criticados pq são pautados em psicopatas graves: pessoa que 
mente, engana para se dar bem. 
Encanto superficial/não sincero 
3% homens, 1% mulheres. 
• Incapacidade de adequar-se a normas (detenções repetidas) 
• Propensão a enganar (ex. mentiras, nomes falsos, engano para 
obter vantagem ou prazer) 
• Fracasso em planejar o futuro 
• Repetidas agressões físicas 
• Desrespeito irresponsável pela própria segurança e alheia 
• Incapacidade de manter trabalho ou obrigação financeira 
• Ausência de remorso 
 
5) Borderline 
Limite entre normal e louco, antes só tinha neurótico (normal) x psicótico 
(louco). 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
Comportamentos desproporcionais. 
Instabilidade e impulsividade 
- Relacionamentos instáveis e intensos (idealização/ desvalorização) 
- Mudanças súbitas (“de carente a vingador”) 
- Perturbação identidade. 
- Esforço para evitar abandono (real ou imaginário). 
- Comportamento automutilante/suicida recorrente. 
- Instabilidade afetiva. 
- Sentimento crônico de vazio. 
- Falta de controle da raiva 
- Ideação paranóide transitória 
1 a 2 % da população. 3x mais em mulheres. 
Álcool, uso de substâncias e comorbidades com transtornos do humor 
??? 
 
6) Histriônica 
Jeito de ser muito dramático 
• Centro das atenções. 
• Comportamento sedutor. 
• Mudanças rápidas, superficialidade na expressão das emoções. 
• Papel de “vítima” ou “princesa” nos relacionamentos 
• Uso da aparência física 
• Discurso impressionista, pouca informação. 
• Sugestionáveis. 
• Considera relacionamentos mais íntimos do que são. 
2 a 3 % da população. Mais em mulheres. 
Associação com t. somatização 
 
7) Narcisista 
• Sentimento de grandeza, importância. 
• Preocupação com fantasias de sucesso, poder, inteligência. 
• Crença de ser especial/superior 
• Exigência de admiração, tratamento especial. 
• Relacionamentos frágeis, exploradores. 
• Ausência de empatia. 
• Inveja. 
• Arrogantes, insolentes. 
• Lidam mal com críticas (raiva). 
• Ambiciosos. 
1% da pop. 
Até certo ponto é bom ser narcisista (auto-estima, capacidade de ter 
prazer, sentir-se feliz sendo apreciado). 
Nem sempre arrogantes. Alguns são tímidos. 
Comum na medicina 
É capaz de “fazer a coisa certa”, mas isso não melhora sua auto-estima 
(Narcisista= baixa autoestima). 
Somente preocupado com o poder e a aclamação 
Ganância interior: sucesso intensifica a autoridade (não a paz e a 
satisfação) 
Charme, autoconfiança, afeto superficial: desde que não seja frustrado 
 
8) Esquiva 
Não vai à nada pq tem medo, evita as coisas por medo. 
Gostaria de estar fazendo tudo, mas tem preocupação excessiva (diferente 
do anti-social, que n faz pq não quer). 
Medo da rejeição, pessoas tímidas. 
• Evita atividades por medo críticas 
• Reservado em relacionamentos (vergonha, ridicularizado) 
• Preocupação com críticas ou rejeição 
• Inibição em situações novas 
• Vê a si mesmo como inepto, sem atrativos, inferior 
• Reticente em assumir riscos (vergonha) 
• Hipersensibilidade a rejeição 
• Desejam relações, evitam por medo 
• Timidez 
1 a 10 % da população. 
Crianças com temperamento tímido mais predispostas. 
 
9) Dependente 
• Dificuldade em tomar decisões, de iniciativa própria, de 
expressar discordância 
• Outros assumem suas responsabilidades. 
• Extremos por carinho e apoio: desconforto ou desamparo 
quando só, busca urgente de novo relacionamento. 
• Preocupação irrealista em ser abandonado 
• Submisso na consulta 
• Depressão diante de perdas. 
2,5 % dos transtornos de personalidade. Mulheres 
História de doença crônica na infância 
 
10) Obsessivo-compulsivo 
• Preocupação excessiva com detalhes, objetivo perdido. 
• Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas. 
• Devotamento excessivo ao trabalho 
• Excessiva consciência moral, ética, valores 
• Incapacidade desfazer-se de objetos 
• Relutância em delegar tarefas, trabalho grupo. 
• Gastos mínimos. 
• Rigidez e teimosia. 
Mais em homens. 
História de disciplina severa. 
TPOC x TOC 
 
Dx de transtorno de personalidade= deve trazer prejuízo, atrapalhar a 
vida. 
Não existe traço ruim, todos temos um pouco de cada. 
 
AULA 7- TRANSTORNO DE PERSONALIDADE 
ANTISSOSIAL (TPAS) 
Profa. Gabriela 
Via de regra, o sofrimento não é do pct, mas o que provoca em terceiros. 
Para ser um Transtorno de personalidade= causa sofrimento e interfere na 
vida social. 
Transtorno de personalidade: não é secundário a outras dçs, outros 
transtornos (surto psicótico), TCE. 
 
Natureza duradora, pervasivo (várias áreas) inicio no fim da adolescência e 
inicio vida adulta. Antissocial não se torna antissocial da noite para o dia. 
Traços já indicam na primeira infância. Crianças quem cometem atos 
agressivos: com frequência, intensidade, em que contexto, em que idade. 
Filme: precisamos falar sobre Kevin. 
 
Umacondição social saudável: capacidade de seguir normas sociais, 
hierarquia. Distúrbio de apego (não se vincula) é frequente= é um 
importante FR. 
Desapego, indiferença, insensibilidade, falta de empatia, natureza 
violenta, desafiador, insubmissão, conduta= preditores na infância. 
 
Transtorno de Oposição e Desafio (TOD)= desafiador, insubmissão, 
conduta. Transtorno na infância, geralmente não evolui p/ transtorno de 
personalidade, pois não tem frieza, falta de empatia. 
 
Antes dos 18 anos= dx dado é de TRANSTORNO DE CONDUTA: 
Persistente, em que direitos básicos dos outros ou regras e normas são 
violados (agressões à pessoas e animais, roubo, destruição enganação, 
foge de casa). 
Geralmente começa ~8 anos (80% antes dos 11), precoce e meninos. 
Muitas meninas não fecham dx antes da puberdade (viés de atraso de dx, 
meninas têm mais agressividade social: excluir, boatos, ofender, mais 
agressividade relacional). 
Dos transtornos de Conduta: ½ dos H que tem ¼ das M evolui para 
Transtorno antissocial. 
 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
Indicam pior prognostico: 
-Inicio precoce. 
-Parentagem inadequada: Ideal é educar com reforços positivos (se tu 
comer cenoura vai poder comer chocolate), por reforço negativo (caso 
coma toda a canoura não precisa comer a beterraba) é um pouco pior e 
com punição é ruim (se não comer isso, não vai poder comer mais nada o 
dia todo). 
-Associação com pares antissociais (efeito manada: dilui a reponsabilidade 
quando outras crianças compartilham pensamentos). 
- Comorbidades com TDAH (tedio fácil, busca de novidades, ambos dos dx 
são impulsivos). 
-Baixo QI. 
-Traços CU (Callous unemotional): frieza afetiva, falta de empatia= 
péssimo prognóstico. Mas nem todos são assim. 
 
Para dizer que é antissocial anos 18, é OBRIGATÓRIO ter tido 
TRANSTORNO DE CONDUTA na infância. 
 
CRITÉRIOS DX TPAS, DSM-V: 
CID 10: transtorno de personalidade dissocial (sinônimo) 
Observar como as Manifestações muito de dimensões comportamentais. 
 
A. Pervasivo (várias áreas da vida), com desrespeito e violação do direito 
dos outros, que ocorre desde os 15 anos (transtorno de conduta), 
indicados por 3 ou +: 
 1. Fracasso ao conformar-se a normas sociais (marginal). 
 2. Tendência para enganar, nomes falsos, ludibriar. 
 3. Impulsivas, fracasso ao planejar antecipadamente. 
 4. Irritabilidade ou agressividade. 
 5. Desrespeito à segurança própria ou de terceiros (ex. direção 
perigosa) 
 6. Não honra com compromissos, não cumpre obrigações 
financeira. Não faz o que fala. 
 7. Ausência de remorso ao fazer algo ruim a alguém= falta de 
Falta de empatia= NÃO é obrigatório (nem todo antissocial é psicopata, 
qnd a falta de empatia é obrigatória). Pode se arrepender do que fez. 
(dimensão afetiva). 
 
Tem pelo menos 18 anos, com indicio de transtorno de conduta antes dos 
15 anos. Comportamento não se dá, p. ex., exclusivamente durante 
episódio maníaco, ou de esquizofrenia (não melhor explicado por outro). 
Essência: propensão a quebrar códigos éticos, sociais e legais. 
 
Epidemiologia: 
1-3% pop geral. 
Até 80% pop carcerária 
Psicopatia= 20% na pop carcerária. 
 
TPAS e Impulsividade: comportamento arriscado, pouco planejado. 
Comportamento não solucionado com punição= não adianta bater na 
criança. 
 
Etiologia: 
Multifatorial. 
Características do individuo: traço personalidade; uso de drogas 
comorbidades. 
Familiares: + em pobreza 
Ambiente social: prejuízo no apego (começa no 1º ano de vida). 
 
Gene x ambiente: relação com História Familiar. 
 
Deficiência no processamento de algumas emoções, relação com 
alterações no CPF, amigdala e insula (hipo)= menor variabilidade na FC ao 
se expor a perigos (+ frios). Por isso tb são destemidos. 
Identificam bem sentimentos de alegria (sabem qnd estão agradando), 
menos de dor e angústia. 
 
Tipos de empatia: ambos podem estar comprometidos: 
Empatia emocional= capacidade de reconhecer e se importar  amigdala 
e insula. 
Empatia cognitiva= capacidade de tentar pensar como o outro (apreciação, 
ponderação)  CPF. Droga inibem ainda + o CPF, grande risco. 
 
“Lágrimas de crocodilo”= podem até ter expressão de afeto, mas não é 
real. Diz que vai fazer, mas não faz, bom ator, superficial. 
PSICOPATA 
É um contruto psicopatológico, não é um dx de dç= não está no CID 10. 
Muitas veze tb é antissocial, mas não obrigatório que seja antissocial. Se 
for, é forma mais maligna de antissocial. 
Protótipo: crimes do colarinho branco. Protótipo do TPAS: marginal. 
São exploradores, sem culpa, remorso, sem EMPATIA. 
“TPAS e psicopatia= termos não são intercambíveis, mas muitas vezes 
associados.” 
Sensibilidade elevada a ameaças. 
 
Callous unemotional: típico de psicopata. Antissocial com CU tem pior 
prognóstico. 
Psicopatas: mt prejuízo emocional e comportamental. Só antissocial é + 
comportamental. 
 
HARE- PCRL: dx psicopatia (em população carcerária) 
Fator 1 (egoísmo, insensibilidade, manipulador) e fator 2 (mais relacionado 
com comportamento antissocial (+ em psicopatas que têm tb TPAS). 
20 itens, cada um recebe nota: 0 (sem sintoma), 1 ou 2 (se bem 
característico). 30 é ponto de corte no BR. 
Critérios: 
1. Charme superficial 
2. Senso grandioso: arrogância (diferente do narcisista, tem baixa 
autoestima) 
3. Necessidade de ser estimulado (entendia-se) 
4. Mentir patológico 
5. Manipulador 
6. Sem remorso/ culpa 
7. Afeto frio 
8. Falta empatia 
9. Estilo de vida parasitário: n consegue manter emprego, p. ex. 
10. Controle comportamental pobre. 
11. Promisquidade sexual 
12. Problemas comportamentais precoce (criança ruim) 
13. Falta obj. realísticos à longo prazo (discurso vazio, planos não 
factíveis) 
14. Impulsividade 
15. Irresponsabilidade 
16. Não aceita responsabilidade pelos seus atos. 
17. Relações conj curtas 
18. Delinquência juvenis 
19. Revogação de livramento constitucional 
20. Versatilidade criminal (vários tipos de delitos) 
Divididos em características comportamentais e emocionais. 
Assino sangue quente= impulsivo, reativo= violência não instrumental. 
Assino sangue Frio= planejado, deliberado, ritualístico = impulsividade 
seletiva, incentivos externos. Ex. Suzane von Richthofen (“presa 
exemplar”). Filme laranja mecânica. 
 
Violência na Escola: Avaliação psiquiátrica historia desenvolvimental, 
histórico escolar, relação com pares, ideação suicida, ideação homicida, 
afetividade, juízo realidade, acesso armas. 
 
Tto psicopatia= n tem 
Tto para transtorno antissocial= não há tto específico, abordagem dos 
sintomas-alvo (agressividade, impulsividade- estabilizador do humor e 
 Sara Steffens- ATM 2018/2 
anti-psicótico, mas há má aderência). Terapia é até perigosa de certa 
forma, pode haver sedução do terapeuta. 
 
Devem ir para a Cadeia, não hospital psiquiátrico. Muitos delitos têm 
caráter sexual. 
Eles TÊM NOÇÃO DE CERTO E ERRADO= SABE O QUE ESTÃO FAZENDO, 
mas mesmo assim OPTAM por fazer= podem ser condenados 
juridicamente.