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Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 1 Curso de Engenharia de Produção – 2011-1 Cálculo Diferencial e Integral II – Parte II Prof. Salvador Tavares Ementa: Integração por partes. Integrais definidas. Integrais impróprias. Funções de duas variáveis. Funções de múltiplas variáveis. Funções homogêneas. Gráficos no IR2 e no IR3. Curvas de nível. Derivadas parciais. Máximos e mínimos de funções de várias variáveis. Multiplicadores de Lagrange. Reta de regressão de mínimos quadrados. Bibliografia: LARSON, Roland E. Cálculo com Aplicações. Ed LTC, Rio de Janeiro, RJ, 1998. LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. Ed. Harbra, São Paulo, 1977. TAVARES, Salvador. Notas de Aulas de Cálculo II. (Texto em construção), Campos dos Goytacazes, RJ, 2007. THOMAS, George B. Finney, GIORDANO, F. R. Cálculo. Pearson Education do Brasil, São Paulo, 2002. Caro aluno, Este material servirá de roteiro para parte das aulas de Cálculo II no curso de Engenharia de Produção, não devendo ser considerado como única fonte de consulta e de exercícios. Você deverá complementar seus estudos, consultando a bibliografia recomendada para consulta e aprofundamento da parte teórica e resolução de mais exercícios. Consulte a bibliografia recomendada nesta lista. Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 2 Capítulo 4 INTEGRAL DEFINIDA 1. Definição Sejam )(xF e )(xf funções tais que dxxfdF )( e f contínua. Chama-se integral definida de )(xf no intervalo ba, o número real )()( aFbF . Em símbolos: Assim, por exemplo: a) 4 0 )0()4( FFdxx b) 3 1 3 1 3 2 )5 3 ()5( Cx x dxx = CC )1(5 3 1 3.5 3 3 33 3 88 3 1 295 3 1 159 CC Note que a integral definida independe do valor de C . 2. Exercícios 1. Calcule: a) 4 2 dxx b) 1 1 dxx c) 1 1 2 )3( dxx d) 4 1 )1( dxx e) 1 0 dxex f) e dx x1 1 g) 20 sen dxx h) 0 cos d i) 2 1 2 dxx j) b a dxk )()()( aFbFdxxf b a 88 CC Cálculos IRCC x dxxxF , 2 )( 2 CCxF 8 2 4 )( 2 CCF 2 0 )0( 2 Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 3 k) 1 2 e dxx l) 1 1 3 dxx 2. Considere as figuras abaixo e calcule, em cada caso: i) a) a área da região hachurada b) 3 2 )( dxxf c) Compare os resultados encontrados nos itens a e b. ii) a) a área da região hachurada b) 4 0 )( dxxf c) Compare os resultados encontrados nos itens a e b. d) 0 4 )( dxxf iii) a) a área da região hachurada b) 3 1 )( dxxf c) Compare os resultados encontrados nos itens a e b. d) 1 3 )( dxxf iv) a) a área da região hachurada b) 3 2 )( dxxf c) Compare os resultados nos itens a e b. d) 2 3 )( dxxf 3. A integral definida e a área sob uma curva Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 4 De modo geral, como vimos nos exercícios anteriores, a área sob uma curva contínua )(xf , com bxa pode ser calculada pela integral definida de )(xf no intervalo ba, . Assim para cada caso podemos assumir: )(xfy a b x c )(xfy x a b b a dxxfA )( b c a c dxxfdxxfA )()( x a b )(xfy b a dxxfA )( a b dxxfA )( b a dxxfA )( 1o. Caso 2o. Caso 3o. Caso 0)( xf 0)( xf 0)()( bfaf Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 5 x x 3.1- Exercícios 1. Calcule a área de cada região abaixo: i) ii) iii) iv) v) vi) Conclusão: Como vimos até aqui a área de uma região sob uma curva IRkkxf ,)( (função constante) com bxa é dkA . abdonde Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 6 Mas se a função não for constante, para calcularmos a área sob o gráfico de )(xfy com f contínua e não negativa no intervalo ba, , podemos subdividir o intervalo ba, em n pequenos subintervalos de comprimento ndddd ,...,,, 321 considerar que )(xf é constante em cada um deles. Em cada pequeno intervalo a área sob o gráfico é aproximadamente a área de um retângulo. Consideremos nkkkk ,...,,, 321 , respectivamente, os valores de )(xf , supostos constantes, em cada um dos pequenos intervalos, temos que a área nndkdkdkdkA ...332211 Quanto maior for o número de subdivisões do intervalo ba, mais a soma nndkdkdkdk ...332211 aproximar-se-á do valor da área da região. Note que a área A sob o gráfico IRkkxf ,)( é dxkakbkabkA b a .... (Observe as figuras) Podemos generalizar que a área sob o gráfico de )(xfy no intervalo ba, é b a dxxf )( . Eis o procedimento: a) Subdividimos o intervalo ba, em n pequenos intervalos de comprimento xdxdxdxd n,...,,, 321 ; b) em cada pequeno intervalo consideramos )(xf constante 1)( kxf no º1 pequeno intervalo 2)( kxf no º2 pequeno intervalo Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 7 3)( kxf no º3 pequeno intervalo . . . nkxf )( no ésimon pequeno intervalo c) É lógico que existe um 1x no º1 pequeno intervalotal que 11)( kxf e, analogamente, )( 22 xfk para algum 2x no º2 pequeno intervalo )( 33 xfk para algum 3x no º3 pequeno intervalo )( 44 xfk para algum 4x no º4 pequeno intervalo . . . )( nn xfk para algum nx no ésimon pequeno intervalo Podemos escrever, portanto que xdkxdkxdkxdkA nn ...332211 xdxfxdxfxdxfxdxfA nn)(...)()()( 332211 n i ii xdxfA 1 )( Aumentando, sucessivamente, o valor de n, os intervalos vão ficando cada vez menores e então a soma dos xdxf ii )( aproxima-se cada vez mais do número b a dxxf )( Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 8 Portanto a área de A sob uma curva )(xfy contínua e não-negativa num intervalo ba, é b a dxxfA )( . 2. Determine a área da região limitada pelos gráficos das equações: 10,, xexxyey x 3. Calcule a área da região limitada pelos gráficos 020,6 3 xyexyxy . 4. Calcule a área da região delimitada pelos gráficos das equações 42 22 xyeyx . 5. A taxa de depreciação de certa peça de equipamento, no intervalo de tempo 3,0 , pode ser aproximada por 9 1)( 2t tg com t dado em anos e )(tg em 00,100$R . Determine a depreciação total ao fim dos seguintes períodos: a) 6 meses b) 1 ano c) 18meses d) 2 anos 6. Uma substância é distribuída continuamente no intervalo 10,0 do eixo x (em cm). A concentração é dada pela função 210 xxC ( C medido em mg/cm). Determine: a) onde está localizada a concentração máxima b) a massa total M . 7. Uma firma que realiza tomada de opinião pública mediante entrevistas telefônicas acha que o tempo gasto por um empregado para fazer uma entrevista depende do número de entrevistas que ele já tenha feito previamente. Suponhamos que, para certa pesquisa, o número de minutos necessários para completar a ésimon entrevista seja dado por: 2,0)1(6)( nnf Determine, aproximadamente, o tempo necessário para um empregado completar: a) 100 entrevistas b) 200 entrevistas 8. Se no problema anterior o entrevistado recebe 60,3$R por hora, estime quão mais caro é utilizar dois empregados para fazerem 100 entrevistas cada um, do que utilizar em empregado para fazer 200 entrevistas. 9. Um pequeno fabricante de peças estima que o tempo necessário para um operário montar determinado item depende do número de itens previamente montados por ele. Se o tempo (em minutos) necessário para montar o ésimon item é dado por 3)1(20)( 4,0 nxf , determine aproximadamente o tempo necessário para manter as seguintes quantidades: a) 1 item b) 4 itens c) 8 itens d) 16 itens 10. Os custos )(tM de manutenção de uma fábrica aumentam com o envelhecimento da fábrica e do equipamento. Se os custos de manutenção aumentam a uma taxa anual de Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 9 dólarest dt dM 900075 2 onde t representa o número de anos, calcule os custos totais de manutenção da fábrica do quarto ao sexto ano. 11. Dado o gráfico da função 23)( xxxf , abaixo, calcule: a) A área da região limitada pela curva f e o eixo x , com 21 x . b) 3 0 )( dxxf 12. Dado o gráfico de uma função )(xfy e sabendo que 7,3IA , 3,8IIIA e d a dxxf 1,9)( . a) Encontre c a dxxf )( . b) Encontre d b dxxf )( . 4. A integral definida e o volume de um sólido de rotação. 4.1- Exercícios Preliminares Considere as figuras abaixo e calcule em cada caso: i) a) o volume V do sólido gerado pela rotação do retângulo ABCD, em torno do eixo x . b) 4 1 2 )(. dxxf c) compare os resultados encontrados em a e b. Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 10 ii) a) o volume V do sólido gerado pela rotação do triângulo OAB, em torno do eixo x . b) 2 0 2 )(. dxxf c) compare os resultados encontrados em a e b. iii) a) o volume V do sólido gerado pela rotação do retângulo hachurado, em torno do eixo x . b) b a dxxf 2 )(. c) compare os resultados encontrados em a e b. iv) a) o volume V do sólido gerado pela rotação do semicírculo hachurado, em torno do eixo x . b) r r dxxf 2 )(. c) compare os resultados encontrados em a e b. v) a) o volume do sólido gerado pela rotação do trapézio da figura, em torno do eixo x . b) 3 1 2 )(. dxxf c) compare os resultados encontrados em a e b. De modo geral, o volume do sólido de revolução gerado pela rotação, em torno do eixo x , de uma curva contínua )(xfy tal que 0)( xf e bxa é b a dxxfV 2 )(. Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 11 De fato: a) Subdividimos o intervalo ba, em n pequenos subintervalos de comprimentos xdxdxdxd n,...,, 321 : b) Em cada pequeno intervalo consideramos )(xf constante 1)( kxf no º1 pequeno intervalo 2)( kxf no º2 pequeno intervalo 3)( kxf no º3 pequeno intervalo . . . . . . nkxf )( no ésimon pequeno intervalo c) Existe no 1º pequeno intervalo um 1x tal que 11)( kxf e, analogamente, )( 22 xfk para algum 2x no º2 pequeno intervalo )( 33 xfk para algum 3x no º3 pequeno intervalo )( 44 xfk para algum 4x no º4 pequeno intervalo . . . )( nn xfk para algum nx no ésimon pequeno intervalo Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 12 Conclusão: Note que o sólido gerado, pela rotação, em torno do eixo x , da curva rxf )( )( IRr , com bxa , é um cilindro circular reto de raio r e altura abh e por isso o volume do sólido é hrV 2 . É importante é notar também que: abrhrVcil 22 b a dxr arbr 2 22 b a cil dxxfV 2 )(. Mas se a função não for constante, para calcular o volume do sólido de revolução que se obtém com a rotação da curva)(xfy , contínua e não-negativa no intervalo ba, , podemos subdividir o intervalo em pequenos subintervalos de componentes ndddd ,...,,, 321 e considerar )(xf constante em cada um deles. Em cada pequeno intervalo o volume aproxima-se do volume de uma fatia cilíndrica. Consideramos nkkkk ,...,,, 321 , respectivamente, os valores de )(xf , supostos constantes, em cada um dos pequenos intervalos, temos que o volume do sólido é Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 13 nn dkdkdkdkV 2 3 2 32 2 21 2 1 ... É importante notar que: Quanto maior for o número de subdivisões do intervalo ba, mais a soma nndkdkdkdk 2 3 2 32 2 21 2 1 ... aproximar-se-á do volume V do sólido. Podemos dizer que o volume V do sólido é aproximadamente a soma dos volumes das “fatias cilíndricas” . Assim: n i ii nn nn xdxfV xdxfxdxfxdxfxdxfV dkdkdkdkV 1 2 2 3 2 32 2 21 2 1 2 3 2 32 2 21 2 1 )( )(...)()()( ... Aumentando, sucessivamente, o valor de n , os pequenos intervalos vão ficando cada vez menores e as “fatias cilíndricas” cada vez mais finas de forma tal que a soma dos xdxf ii 2 )( aproxima-se cada vez do número b a dxr2 . Portanto, o volume do sólido gerado pela rotação, em trono do eixo x , de uma curva )(xfy , com 0)( xf e bxa é b a dxxfV 2 )(. 4.2- Exercícios de fixação a) Calcule o volume do sólido de revolução gerado pela rotação da região limitada pela curva 2)( xxf , o eixo x e as retas 1x e 2x , em torno do eixo das abscissas. c) Encontre o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo x , da região limitada pela curva 3xy e as retas 0y e 2x . d) Calcule o volume do sólido de revolução gerado pela rotação da região hachurada na figura quando esta gira em torno do eixo x . 5 - Integrais impróprias 5.1 - Exercícios de aprendizagem Prof. Salvador Tavares Notas de Aulas de Cálculo II – Parte II Página 14 1 - Considere a função 0 x, 1 x xf . Calcule a área da região limitada pela curva f e eixo x quando: a) 21 x b) ex 1 c) 51 x d) 1001 x e) 10001 x f) 1x 2 - Considere a função 0 x, 1 2 x xf . Calcule a área da região limitada pela curva f e eixo x quando: a) 21 x b) 51 x c) 101 x d) 1001 x e) 10001 x f) 1x 3 – Calcule: a) 1 1 dx x b) dx x 2 2 1 c) 0 dxe x d) 1 2 1 dx x e) dxxe x 2 f) _ 1 2 dxxe x g) 3 0 1 dx x h) dx x 5 0 2 1 i) 0 dxe x j) 0 )( dxxfe px com 0,0,0,)( pxexf x k) 0 sen xdx l) 1 2 )1( dxex x m) 1 0 3 x dx n) 2 0 3x dx o) 2 1 3x dx p) 1 0 ln xdx q) 0 2 dxe x r) dx x 8 0 3 8 1
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