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Medidas de Segurança, Restritivas de Direito e Multa

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ALMEIDA RODRIGUES 
FAR – FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES 
DIREITO 
GLAIDSON LUCAS C. TEIXEIRA
DIREITO PENAL
RIO VERDE – GO 
2016/01
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ALMEIDA RODRIGUES 
FAR – FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES 
DIREITO 
 
MEDIDAS DE SEGURANÇA, PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO E MULTA
 
RIO VERDE – GO 
2016/01
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	 1
1. MEDIDAS DE SEGURANÇA	 1
1.1. Conceito	 1
1.2. Espécies	 1
1.3. Formas de início de cumprimento	 2
1.4. Prazos	 2
1.5. Extinção de punibilidade	 3
2. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO	 3
2.1. Introdução	 3
2.2. Espécies	 3
2.2.1. Prestação pecuniária	 3
2.2.2. Perda de bens ou valores	 3
2.2.3. Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas	 4
2.2.4. Interdição temporária de direito	 4
2.2.4.1. Interdição específica	 4
2.2.4.2. Interdição genérica	 4
2.2.5. Limitação de fim de semana	 5
2.3. Duração	 5
2.4. Requisitos	 5
2.5. Reconversão	 6
2.6. Obrigatório e Facultativo	 6
3. PENA DE MULTA	 6
3.1. Conceito	 6
4. CONCLUSÃO	 7
5. BIBLIOGRAFIA	 8
INTRODUÇÃO
	O Direito Penal possui duas formas de sansões penais, são elas as penas e as medidas de segurança, diferenciando-se uma da outra em sua função. A pena é retributiva e preventiva, dividindo-se em tipos diferentes de pena, já a medida de segurança é de natureza preventiva, com intuito de evitar que o individuo volte a cometer novos crimes. 
	Prevê também formas alternativas para que o condenado não precise ir para o cárcere, mas que responda pelo crime cometido, mesmo que em liberdade, são as chamadas penas privativas de direito e também as multas.
	O presente trabalho expressará a cerca da medida de segurança, das penas restritivas de direito e das multas.
1. MEDIDAS DE SEGURANÇA
1.1. Conceito
	A medida de segurança é uma sansão penal, está disposta no código penal dos art. 96 a 99. As medidas de segurança são destinadas aos indivíduos que sejam inimputáveis ou semi-imputáveis em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, que tenham praticado um crime ou uma contravenção penal. A intenção da desse tipo de sansão é a de prevenir que aquele indivíduo inimputável ou semi imputável não cometa novos crimes, e essa sansão dependerá da periculosidade que o agente representa para a sociedade.
1.2. Espécies
	O artigo 96, CP, expressa acerca das espécies de medida de segurança:
Art. 96. As medidas de segurança são: 
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; 
II - sujeição a tratamento ambulatorial.  
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta.
(BRASIL, Decreto-Lei 2.848 de 1940)
	A doutrina divide as espécies em medida de segurança detentiva e medida de segurança restritiva, como disposto no art. 96, uma será para internação em hospital de custódia e tratamento e a outra para tratamento ambulatorial, respectivamente.
1.3. Formas de início de cumprimento
	Caso o agente seja inimputável, o juiz determinará a internação, e sendo um crime punível com detenção, o juiz poderá determinar o tratamento ambulatório, por tempo indeterminado, e como dito anteriormente, o fator determinante é a periculosidade, e Damásio diz:
Fatores da periculosidade são os elementos que, atuando sobre o indivíduo, o transformam nesse ser com probabilidade de delinquir”, de ordem externa ou interna, referentes às condições físicas individuais, morais e culturais, condições físicas do ambiente, de vida familiar ou de vida social4, reveladores de sua personalidade. Ao lado dos fatores, há os sintomas de periculosidade, que são os antecedentes criminais, civis ou administrativos, os motivos determinantes da prática delituosa e suas circunstâncias (natureza, modo de realização do tipo, meios empregados, objeto material, momento da prática, lugar, consequência etc.). (JESUS, Damásio de)
1.4. Prazos
	A medida de segurança tem tempo indeterminado, e cessará apenas com a perícia médica e a constatação de que não há mais periculosidade. O juiz determinará um tempo mínimo de internação ou tratamento ambulatória, que poderá variar de 1 a 3 anos, conforme art. 97, § 1º. E após esse período mínimo, haverá uma avaliação, por meio de perícia médica, que se repetirá anualmente ou quando houver necessidade, ou pela determinação do juiz, conforme o §2º do mesmo artigo.
1.5. Extinção de punibilidade
	Na ação penal existe a possibilidade de extinção da punibilidade conforme apresenta o art. 107, CP. Quando for extinta a punibilidade do agente inimputável ou semi-imputável não se aplicará medida de segurança, e pode ocorrer antes ou depois da sentença. A doutrina explica que se o Estado não tem mais o direito de punir, ele não pode impor penas.
2. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
2.1. Conceito
	A pena restritiva de direito é uma forma de pena alternativa para o agente condenado, impõe-se algumas restrições ou obrigações em vez de colocá-lo em um presídio, está disposta do art. 43 ao 48 do código penal. É uma medida temporária a qual o individuo pode perder seus direitos ou parte do patrimônio. É aplicada em casos mais brandos, sendo substitutiva, onde se deixa de colocar o individuo por um pequeno período em cárcere, e impõe a alternativa. A doutrina traz a idéia de que a pena restritiva de direito tem a intenção de afastar o individuo do ambiente carcerário e dos malefícios desnecessários que ele pode trazer a um individuo que cometeu um crime que não seja tão grave.
2.2. Espécies
2.2.1. Prestação pecuniária;
	A prestação pecuniária está disposta no art. 45, § 1º, CP. Trata-se de um pagamento estipulado pelo juiz, onde o montante será mínimo 1 salário mínimo e máximo 360 salários, e será destinado à vítima, aos seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social.
2.2.2. Perda de bens ou valores;
	O art. 45, § 3º, CP, traz que os bens e valores também podem ser alvos das penas restritivas de direito. O juiz poderá decreta que o indivíduo que tem móveis, imóveis, títulos ou ações, doe em favor do Fundo Penitenciário Nacional. O valor dessa perda terá como teto o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou terceiro, em consequência da prática de um crime.
2.2.3. Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;
	Nesse caso, previsto no art. 46, CP, a prestação de serviço trata-se de uma atribuição de tarefas gratuitas ao condenado, onde ele ajudará entidades assistenciais, hospitais, creches e afins, em programas que visem o bem social. Não se trata de um trabalho forçado, é uma alternativa, o individuo pode cumprir a pena restritiva de liberdade ou cumprir a pena de prestação de serviços.
2.2.4. Interdição temporária de direito;
	A interdição está prevista no art. 47, CP, e como previsto, consiste no impedimento de determinados direitos durante o prazo da pena, sendo específicas ou genéricas.
2.2.4.1. Interdição específica;
	Quando específicas, o art. 47, nos incisos I, II, III, CP, prevêem a proibição de cargos do exercício da função publica ou mandato eletivo, 	proibição do exercício de atividade, profissão ou oficio que dependa de licença especial ou autorização do poder público, suspensão de autorização ou habilitação para dirigir veículos e proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exames públicos. E são cominadas de acordo com o tipo de crime cometido.
2.2.4.2. Interdição genérica.
	Quando genéricas, o art. 47, IV, CP, prevê que o juiz poderá substituir a pena pela proibição de freqüentar lugares específicos.
2.2.5. Limitação de fim de semana.
	A limitação de fim de semana tratada no art. 48, CP, diz que o condenado fica obrigado a permanecer em um albergado ou estabelecimento adequado pelo período de 5 (cinco) horas diárias aos sábados e domingos. A doutrina explicaque o estabelecimento se encarregará de enviar um relatório mensal sobre o condenado, pois além da obrigação de cumprir as horas diárias, ele assistirá a palestras e atividades educacionais com o intuito de ressocializá-lo.
2.3. Duração
	As penas restritivas de direito terão a mesma duração das restritivas de liberdade. Caso a pena seja maior que 1 (um) ano, o condenado poderá cumprir a pena em menor tempo, entretanto nunca menor que a metade da privativa de liberdade fixada.
2.4. Requisitos
	O art. 44, incisos I, II e II, CP, traz os requisitos para que a privativa de liberdade seja substituída pela privativa de direito, sendo necessário que a pena privativa de liberdade não seja superior a 4 (quatro) anos e o crime não tenha sido cometido com grave violência ou grave ameaça à pessoa, ou crime culposo; que o réu não seja reincidente em crime doloso; e que a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, indiquem que apenas a substituição por si é punição suficiente.
	O § 2º do mesmo artigo apresenta ainda que na condenação igual ou superior a 1 (um) ano essa substituição pode ser feita independente de infração culposa ou dolosa. E não poderá ainda acumular pena de multa e pena restritiva de direito. Mas se a pena for maior que 1 (um), a pena privativa de liberdade será possível uma privativa de liberdade juntamente com uma multa, ou duas privativas de liberdade.
2.5. Reconversão
	Após convertida a pena privativa de liberdade em pena privativa de direito, pode haver a reconversão para privativa de liberdade quando o condenado descumprir injustificadamente a restrição imposta, onde será deduzido o tempo que ele esteve em liberdade, e cumprirá o período restante preso. O tempo deduzido após a conversão não poderá ser menor que 30 (trinta) dias, conforme o art. 44, § 4º, devendo o condenado permanecer esse período em detenção ou reclusão mesmo que o restante seja menos que isso.
2.6. Obrigatório e Facultativo
	No que tange a conversão, ela será obrigatória quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta, conforme art. 44, § 4º, CP, devendo a restritiva de direito se tornar restritiva de liberdade. E será facultativa quando for aplicada uma pena privativa de liberdade para convertê-la em privativa de direito, caberá ao juiz decidir se cabe a conversão.
3. PENA DE MULTA
3.1. Conceito
	A pena de multa também é uma alternativa, onde o condenado paga uma multa, e essa multa é destinada ao fundo penitenciário com quantia calculada pelo juiz na sentença por dias-multa. Está disposta dos art. 49 ao 52, e dispõe que o valor mínimo será de 10 (dez) e o máximo 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. O valor do dia-multa é determinado pelo juiz, não podendo ser inferior a 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato e nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. O condenado deverá pagar a multa em até 10 (dez) dias depois da sentença transitada em julgado, e o juiz pode permitir o parcelamento da multa.
3.2. Espécies de multa
3.2.1. Originária
	A pena de multa será originária quando o texto da lei trouxer expresso, podendo ser tratado de forma isolada, cumulativa ou alternativa para a privativa de liberdade. 
3.2.2. Substitutiva
	A pena de multa será substitutiva quando substituir a privativa de liberdade quando a pena for menor que 1 (um) ano, o réu não seja reincidente em crime doloso e que o juiz entenda que aquela medida realmente será eficaz e suficiente. Na substitutiva não ocorre reconversão da pena caso o condenado deixe de pagá-la, nesse caso o juiz determinará a execução da multa, onde ele terá seus bens bloqueados, penhorados e levados a leilão.
4. CONCLUSÃO
	Com base no exposto pode-se concluir que a pena privativa de liberdade nem sempre será aplicada, havendo assim uma opção para alguns casos específicos, onde o juiz determinará se é possível ou não. Alguns crimes mais brandos e condenados com uma procedência boa podem cumprir privativas de direito, ficando impedido de freqüentar alguns lugares, facultados a cumprir uma obrigação no lugar da privativa de liberdade, sob pena de reconversão da privativa e também pagamento de multa.
5. BIBLIOGRAFIA
ESTEFAM, André; GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.
JESUS, Damásio de. Direito Penal: Parte Geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2011.
CAPEZ, Fernando; PRADO, Stela. Código Penal Comentado. 3 Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2012.

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