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* PREPARAÇÕES MICROSCÓPICAS - lâminas de corte Objetivo: seccionar o material a ser estudado a fatias bem delgadas sem alterar a morfologia das estruturas, evidenciando detalhes e características necessárias à determinação taxonômica/identificação. Recomendação: estruturas estromáticas, erupentes e submersas nos tecidos vegetais são melhor visualizadas através dessa técnica. Entretanto, as preparações microscópicas de corte e raspagem se complementam entre si. Características de uma preparação microscópica de corte: as secções devem ser bem delgadas para permitir a passagem de luz através dos mesmas; mostrar claramente as estruturas do patógeno; ser convenientemente colorida para mostrar detalhes das estruturas e remover os fenômemos de difração da luz, para isso, as peças a serem cortadas devem ser submetidas a uma série de técnicas: fixação: tem por finalidades coagular os albuminóides, matar prontamente as células e enrigecer os tecidos facilitando a execução dos cortes. Existem vários composições de fixadores ex.: fixador de Carnoy: (álcool absoluto 60 ml; clorofórmio 30 ml; ácido acético 10 ml); fixador de Craft (solução A: ácido crômico ou óxido de crômio 8,0 g; ácido ácetico glacial 200 ml; água 300 ml solução B: formol 40% (formalina) 50 ml; água 450 ml). Estocar as soluções A e B em vidro cor ambar e misturá-las no momento da utilização do fixador. O material fixado pode ser conservado por vários anos nesse fixador. Inclusão: Consiste em infiltrar ou envolver o material a ser cortado numa massa plásticas, parafina, medula de girassol ou imbaúba, com a finalidade de obter cortes extremamente finos sem alterar o arranjo do material cortado. Corte: reduzir o material em secções muito finas sem alterar o arranjo e a morfologia das estruturas. Material seco deve ser imerso em KOH 10% por algumas horas até amolecer antes de ser seccionado. Coloração:colore o protoplasma das células. Esporos hialinos mostram-se azuis quando coloridos com azul de Amann . Montagem: alinhar 3 - 4 cortes paralelamente sobre um a gota de lactofenol de Amann no centro da lâmina e cobrir com a lamínula Lutagem:tem por finalidade conter a evaporação do líquido de montagem. Etiquetagem: uma etiqueta colada ao lado direito, deve conter a identificação do patógeno e outra menor colada ao lado esquerdo da lamínula deve conter o número da caixa e do armário onde a mesma deverá ser guardada. * Procedimento 1. Destaque fragmentos de tecidos de 0,3 x 1 cm, aproximadamente, que apresentem lesões com sinais do patógeno e coloque-os no fixador de de Carnoy por 15 min. Após coloque os fragmentos em álcool durante 15 min, aproximadamente , até desaparecer o cheiro do fixador (vinagre). 2. Tome um cilindro de girassol, com cerca de 2 cm de altura. Corte-o ,1/3 do seu comprimento ao meio, longitudinalmente, com uma lâmina de barbear sem destacar os semi-cilindros. 3. Coloque o fragmento de tecido vegetal infectado a ser seccionado entre os semi- cilindros. 4. Corte com um único movimento, da direita para a esquerda, trazendo a lâmina em direção ao corpo, de forma diagonal. Os cortes histológicos devem ser muito delgados (cerca de 10 micras) e devem conter os sinais do patógeno. Procure sempre trabalhar com a superfície de corte impregnada em álcool. 5. A medida que for conseguindo cortes, estes são retirados com estilete e colocados sobre uma lâmina contendo uma gota de corante, ou em um outro recipiente contendo álcool para posterior seleção de bons cortes no microscópio estereoscópico. 6. Cortes, em número de 3 ou 4, deverão ser colocados paralelamente sobre uma lâmina contendo uma gota de corante no centro. 7. Cubra com a lamínula e observe a lâmina no microscópio. 8. Substitua o azul de Amann pelo lactofenol de Amann. 9. Seque bem a lâmina e a lamínula com papel absorvente e álcool antes de fazer a lutagem. 10. Faça a lutagem com betume da Judéia, esmalte de unhas, ou outro material. 11. Etiquetagem; provisória e definitiva. Material necessário 1. Estiletes histológicos 2. Recipientes com fixador de Carnoy (placas de Petri) 3. Recipientes com álcool (placas de Petri) 4. Lâmina de barbear ou navalha histológica 5. Lâmina e lamínulas 7. Medula de girassol ou sabugueiro 8. Microscópio estereoscópico 9. Microscópio biológico
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