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Contabilidade tributária IR/CSLL

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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Mini Currículo – Prof. Me. José Sóstenes Silva Cruz
Mestre em Administração e Desenvolvimento Rural. Especialista em Contabilidade Estratégica e em Docência Superior. Contador e empresário contábil. Professor universitário e do IFPE. Consultor do SEBRAE e Instrutor da FIEPE. Professor de diversos programas de pós-graduação do país. Autor do livro Análise Financeira de Balanços, pela Editora Livro Rápido.
SUMÁRIO
IRPJ – LUCRO PRESUMIDO
Podem optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas, não obrigadas à apuração do lucro real, cuja receita bruta total, no ano-calendário imediatamente anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$ 6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividades no ano, se inferior a 12. (Lei nº 9.718/1998, art. 14 com a redação dada pelo Lei nº 10.637/2002, art. 46 ).
Para efeito de enquadramento no limite que autoriza a empresa a optar pelo lucro presumido, integram a receita bruta:
a) as receitas da prestação de serviços, da venda de produtos de fabricação própria, da revenda de mercadorias, do transporte de cargas, da industrialização de produtos em que a matéria-prima, o produto intermediário e o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização, da atividade rural e das outras atividades compreendidas nos objetivos sociais da pessoa jurídica;
b) as receitas de quaisquer outras fontes não relacionadas diretamente com os objetivos da empresa, bem como os ganhos de capital;
c) os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa;
d) os ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável (operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas); e
e) a parcela das receitas de exportações realizadas a pessoas vinculadas ou domiciliadas em país com tributação favorecida (que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a 20%), determinada segundo as normas sobre preços de transferência, que excedeu o valor registrado na escrituração da empresa no Brasil (da Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 22 , § 1º, "e", e Instrução Normativa SRF nº 243/2002).
Não integram a receita bruta:
a) as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos concedidos incondicionalmente e o IPI cobrado destacadamente do comprador ou contratante, do qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços seja mero depositário;
b) as saídas que não decorram de vendas, a exemplo das transferências de mercadorias para outros estabelecimentos da mesma empresa.
No regime do lucro presumido, a apuração do imposto será feita trimestralmente, por períodos encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada por ocasião do pagamento da primeira quota ou quota única do imposto devido no primeiro trimestre do ano-calendário, vencível no último dia útil de abril. (RIR/1999, art. 516, § 4º e art. 856).
O lucro presumido será determinado aplicando-se sobre a receita bruta de vendas de mercadorias produtos e/ou da prestação de serviços, apurada em cada trimestre, os percentuais constantes da tabela a seguir, conforme a atividade geradora.
	Espécies de atividades geradoras da receita
	Percentual
	Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
	1,6%
	- Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo)
- Transporte de cargas
- Serviços hospitalares
- Atividade rural
- Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização
- Atividades imobiliárias
- Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios, em qualquer quantidade
- Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não esteja previsto percentual específico
	
8%
	- Serviços de transporte (exceto o de cargas)
- Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00 
	
16%
	- Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas (que de acordo com o Novo Código Civil passa a ser chamada de sociedade simples)
- Intermediação de negócios
- Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza
- Serviços de mão-de-obra de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra
	
32%
O imposto trimestral será calculado mediante a aplicação (RIR/1999, art. 541 e art. 542):
da alíquota de 15% sobre a totalidade do lucro presumido apurado no trimestre;
da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro presumido trimestral que exceder a R$ 60.000,00 ou, no caso de início ou encerramento de atividades no trimestre, sobre o limite equivalente ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.
Do imposto devido em cada trimestre será deduzido todo valor recolhido de terceiros (público ou privado), bem como os valores retidos na fonte por conta de ganhos de aplicação financeira. 
Com o valor do imposto devido em cada trimestre poderão ser compensados os valores de pagamentos indevidos ou a maior que o devido a título de Imposto de Renda e saldo negativo do Imposto de Renda apurado em períodos anteriores, ainda não compensados. Essa compensação é feita através de PER/DCOMP.
Exemplo:
Admita-se que, no 1º trimestre de 2013 (período de 1º.01 a 31.03.2013), uma empresa, optante pela tributação com base no lucro presumido:
percebeu receita de vendas de mercadorias no valor total de R$ 900.000,00 e receita de prestação de serviços no valor total de R$ 60.000,00;
percebeu rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa de R$ 7.000,00 (sobre os quais foi retido o Imposto de Renda na Fonte de R$ 1.400,00);
vendeu bens do Ativo Permanente, tendo apurado nessa transação ganho de capital (lucro) de R$ 18.000,00; e
não percebeu outras receitas ou resultados nem tem qualquer outro valor que deva ser computado na base de cálculo do imposto. 
Nesse caso, considerando que os percentuais aplicáveis sobre as receitas são de 8% sobre a receita de venda de mercadorias e 32% sobre a receita de prestação de serviços, têm-se:
a) determinação da base de cálculo do imposto:
	8% sobre R$ 900.000,00 .............................................................
	R$ 72.000,00
	32% sobre R$ 60.000,00 .............................................................
	R$ 19.200,00
	Soma ...........................................................................................
	R$ 91.200,00
	Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa ................
	R$ 7.000,00
	Ganhos de capital na alienação de bens do Ativo Permanente ..
	R$ 18.000,00
	Base de cálculo do imposto trimestral ........................................
	R$ 116.200,00
b) imposto devido no trimestre:
	Imposto normal: 15% de R$ 116.200,00 .....................................
	R$ 17.430,00
	Adicional: 10% de R$ 56.200,00 .................................................
	R$ 5.620,00
	Total do imposto devido ..............................................................
	R$ 23.050,00
	IRRF sobre receitas computadas na base de cálculo trimestral ..
	(R$ 1.400,00)
	Imposto líquido a pagar ...............................................................
	R$ 21.650,00
O imposto apurado em cada trimestre deverá ser pago, em quota única, até o último dia útil do mês subsequenteao do encerramento do período de sua apuração ou, à opção da empresa, em até 3 quotas mensais, iguais e sucessivas, observando-se o seguinte (art. 856 do RIR/1999 ):
as quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração;
nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única;
o valor de cada quota (excluída a primeira, se paga no prazo) será acrescido de juros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC).
No preenchimento do DARF para o pagamento do IRPJ devido com base no lucro presumido, utiliza-se, no campo 04, o código 2089.
O DARF não pode ser utilizado para pagamento de impostos e contribuições de valor inferior a R$ 10,00. Se o imposto apurado for de valor inferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado ao imposto devido em período(s) subsequente(s) até que o valor total seja igual ou superior a R$ 10,00, quando, então, deverá ser pago no prazo para o pagamento do imposto devido no(s) período(s) em que esse limite for atingido juntamente com esse imposto, sem nenhum acréscimo moratório.
CSLL – LUCRO PRESUMIDO
As empresas que optarem pelo pagamento do Imposto de Renda com base no lucro presumido deverão apurar a Contribuição Social sobre o Lucro trimestralmente e efetuar o seu pagamento com os mesmos procedimentos dispensados ao IRPJ.
A base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro devida pelas empresas submetidas à apuração do Imposto de Renda com base no lucro presumido corresponderá ao somatório dos seguintes valores, apurados em cada trimestre (Lei nº 9.430/1996, arts. 29 e 30):
12% da receita bruta da venda de mercadorias/produtos e/ou da prestação de serviços.
ganhos de capital (lucros) na alienação de bens do Ativo Permanente e todas as demais receitas e resultados.
O percentual a ser aplicado sobre a receita bruta auferida no mês sobre o lucro das empresas optantes pelo lucro presumido e das pessoas jurídicas desobrigadas de escrituração contábil é de 32% para aquelas que exerçam as seguintes atividades:
prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transportes, inclusive de carga;
intermediação de negócios;
administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
A alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro é de 9%. As deduções e compensações são iguais as do IRPJ.
Considerando a hipótese de empresa que percebeu, no primeiro trimestre/2010, R$ 960.000,00 de receita bruta de vendas de mercadorias, R$ 7.000,00 de rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e R$ 18.000,00 de ganho de capital na alienação de bens do Ativo Permanente, temos:
	- 12% de R$ 960.000,00
	R$ 115.200,00
	- Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa
	R$ 7.000,00
	- Ganhos de capital na alienação de bens do Ativo Permanente
	R$ 18.000,00
	- Base de cálculo da contribuição
	R$ 140.200,00
	- Contribuição devida: 9% s/ R$ 140.200,00
	R$ 12.618,00
No preenchimento do DARF deve ser utilizado (no campo 04) o código 2372.
EXERCÍCIOS LUCRO PRESUMIDO
1 – Calcular o IRPJ/CSLL, pelo Lucro Presumido, referente ao 2º trimestre de 2015, devido por uma empresa com múltiplas atividades, levando em consideração os seguintes dados: 
Receitas da venda de combustíveis a consumidor final $ 500.000,00 
Sobre as receitas do item anterior, houve retenção antecipada de IRPJ $ 1.200,00 
Receitas da prestação de serviços de transporte de carga $ 450.000,00 
Receitas da prestação de serviços de manutenção de veículos $ 250.000,00 
Receitas de venda de mercadorias e fornecimento de alimentação $ 300.000,00 
2 – Calcular o IRPJ/CSLL pelo Lucro Presumido referente ao 2º trimestre de 2015 devido por uma empresa Comercial de Materiais para Construção, conhecendo-se:
Receitas brutas de vendas - $ 2.000.000,00 
Rendimento aplicações - $ 10.000,00 
Devoluções de vendas - $ 20.000,00 
Descontos Incondicionais - $ 30.000,00 
IRRF s/ receitas inclusas nas receitas brutas - $ 5.000,00
IRRF s/ aplicação - $ 1.500,00 
3 – Calcular o IRPJ/CSLL com os dados a seguir: 
Comércio – em setembro vendeu uma máquina por $ 60.000, que custou $ 45.000.
	Meses
	Faturamento
	Janeiro
	1.000.000
	Fevereiro
	1.250.000
	Março
	1.500.000
	Abril
	1.750.000
	Maio
	2.000.000
	Junho
	2.250.000
	Julho
	2.500.000
	Agosto
	2.750.000
	Setembro
	3.000.000
	Novembro
	3.250.000
	Dezembro
	3.500.000
Transporte de passageiros – início das atividades em março
	Meses
	Faturamento
	Março
	120.000
	Abril
	130.000
	Maio
	140.000
	Junho
	150.000
	Julho
	160.000
	Agosto
	170.000
	Setembro
	180.000
	Novembro
	190.000
	Dezembro
	200.000
4 - A empresa JFX Comércio e Serviços Ltda., obteve os faturamentos abaixo relacionados:
	Meses
	Comércio em geral
	Serviços de transportes
	Vendas Canceladas
	Janeiro
	12.000,00
	850,00
	1.200,00
	Fevereiro
	13.500,00
	1.600,00
	-
	Março
	15.600,00
	2.450,00
	-
	Abril
	26.000,00
	3.210,00
	600,00
	Maio
	11.320,00
	7.560,00
	120,00
	Junho
	9.640,00
	2.960,00
	-
	Julho
	28.710,00
	3.450,00
	-
	Agosto
	65.400,00
	6.470,00
	-
	Setembro
	32.600,00
	5.230,00
	-
	Outubro
	49.280,00
	1.620,00
	5.000,00
	Novembro
	23.790,00
	1.470,00
	-
	Dezembro
	19.900,00
	2.940,00
	4.620,00
	Total
	307.740,00
	39.810,00
	11.540,00
O extrato de aplicações financeiras indicava:
	Meses
	Rendimento
	Resgate
	Janeiro
	87,00
	
	Fevereiro
	163,77
	
	Março
	250,77
	3.600,00
	Abril
	328,56
	
	Maio
	773,80
	
	Junho
	302,97
	
	Julho
	353,12
	4.500,00
	Agosto
	662,24
	
	Setembro
	535,32
	1.300,00
	Outubro
	165,81
	
	Novembro
	150,46
	5.800,00
	Dezembro
	300,92
	
	Total
	4.074,74
	15.200,00
Outras Informações:
Quando do resgate, incide a alíquota de 15% de IRRF.
Em Agosto houve uma venda de veículo, cuja receita líquida foi de $ 6.800.
Em Novembro a empresa aplicou no mercado de ações e obteve um prejuízo de $ 3.200.
IRPJ – Lucro Real
De acordo com a legislação atualmente em vigor, estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas (Lei nº 9.718/1998, art. 14, com a redação dada pela Lei nº 10.637/2002, art. 46):
cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha sido superior ao limite de R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses (ou seja, no caso de início de atividades no ano anterior, multiplica-se o número de meses de atividade por R$ 6.500.000,00);
cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos a isenção ou redução do imposto;
que, no decorrer do ano-calendário, efetuem pagamento mensal do Imposto de Renda pelo regime de estimativa;
que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
Deve ser notado, todavia, que, mesmo que não esteja obrigada ao lucro real, a empresa poderá optar por este sistema de tributação.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem adotar uma das seguintes formas de pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro:
a) pagamento trimestral, mediante apuração de lucro real trimestral definitivo; ou
b) pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real (em 31 de dezembro).
Na prática, a maioria das empresas opta pela estimativa (balanço anual), tendo em vista vantagens de economia tributária e/ou de simplificação de procedimentos, e também pelo fato de que a pessoa jurídica tem a faculdade de suspender ou reduzir o pagamento da estimativa de acordo com os resultados que apurar em balanços ou balancetes levantados especificamente para esse fim.
É importante sublinhar, ainda, que a adoção de uma das formas citadas (lucro real trimestral ou pagamento por estimativa, com apuração anual) é irretratável para todo o ano-calendário. (RIR/1999, arts. 220, 221 e 232 e Instrução Normativa SRF nº 93/1997, art. 17).
Lucro Real Trimestral
O lucro real trimestral é definitivo. A apuração deverá ser feita partindo-se do resultado líquido de cada trimestre (encerrado nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro do ano-calendário), determinado por meio de levantamento de balanço com observância das normas estabelecidas pela legislação comercial e fiscal.
A apuração trimestral é definitiva, de modo que o lucro real de um trimestre não pode ser compensado com o prejuízo fiscal de trimestre subsequente, ainda que do mesmo ano-calendário. E, se for apurado prejuízo fiscal em um trimestre, a compensação desse prejuízo com o lucro real apurado nos trimestres seguintes ficará sujeita à observância do limite máximo de 30% do lucro real. Além disso, o prejuízo não operacional (atualmente chamado de outras despesas/receitas) de um trimestre somente poderá ser compensado, nos trimestres seguintes, com lucros da mesma natureza. Como exemplo, apresenta-se a seguinte situação:
No 1º trimestre a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		(15.000)
- Outras receitas/despesas	 -
- Resultado Antes IR		(15.000)
- Base para o IR			 -
No 2º trimestre a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		 50.000
- Outras receitas/despesas	 -
- Resultado Antes IR		 50.000
- Comp. Prejuízo (1º trim.)	(15.000)
- Base para o IR			 35.000
No 3º trimestre a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		 10.000
- Outras receitas/despesas	(20.000)
- Resultado Antes IR		(10.000)
- Base para o IR			 -
No 4º trimestre a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		20.000
- Outras receitas/despesas	 -
- Resultado Antes IR		20.000
- Comp. Prejuízo 			 -
- Base para o IR			20.000
No trimestre seguinte a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		30.000
- Outras receitas/despesas	10.000
- Resultado Antes IR		40.000
- Comp. Prejuízo (3º trim.) 	(3.000)		 
- Base para o IR			37.000
O resultado será ajustado mediante escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) por todas as adições, exclusões e compensações determinadas ou autorizadas pela legislação do Imposto de Renda.
Do mesmo modo, a Contribuição Social sobre o Lucro devida em cada trimestre será determinada com base no resultado trimestral apurado contabilmente, ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas ou autorizadas pela legislação vigente.
Fórmula para cálculo
Resultado contábil trimestral antes do IRPJ
(+) Adições (Ajustes na parte "A" do LALUR)
(-) Exclusões (Ajustes na parte "A" do LALUR)
(=) Lucro real trimestral = subtotal
(-) Compensação de prejuízos fiscais (limitada a 30% do lucro real do trimestre)
(=) Lucro real tributável do trimestre
(x) alíquota de 15% sobre o total do lucro real do trimestre
(x) alíquota de 10% sobre o lucro real que exceder a R$ 60.000,00 no trimestre
(=) IRPJ devido no trimestre
(-) Incentivos (PAT, Projetos Culturais, Audiovisual, Doações).
(=) Valor do IRPJ a ser contabilizado
(-) Deduções/compensações:
(-) IR Fonte notas fiscais de serviços;
(-) IR Fonte aplicações financeiras;
(-) IR Fonte juros remuneratórios capital próprio
(-) IRPJ retido de órgãos públicos
(-) IR pago sobre ganhos de renda variável
(-) Saldo negativo de períodos anteriores
(-) Valores pagos a maior indevidamente
(-) Demais compensações solicitadas a RFB
= IRPJ a pagar (se positivo) ou
= IRPJ a compensar (se negativo)
Exercícios
1. Calcule a base para o IR de cada trimestre.
 12
No trimestre a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		10.000	
- Outras receitas/despesas	(2.000)
- Resultado Antes IR		 8.000
- Comp. Prejuízo	
- Base para o IR			
No trimestre seguinte a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		(5.000)
- Outras receitas/despesas	 -
- Resultado Antes IR		(5.000)
- Comp. Prejuízo	
- Base para o IR			
No trimestre seguinte a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		 8.000
- Outras receitas/despesas	 2.000		
- Resultado Antes IR		 10.000
- Comp. Prejuízo	
- Base para o IR			
No trimestre seguinte a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		 2.000
- Outras receitas/despesas	(5.000)
- Resultado Antes IR		(3.000)
- Comp. Prejuízo	
- Base para o IR			
No trimestre seguinte a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		 8.000
- Outras receitas/despesas	 -
- Resultado Antes IR		 8.000
- Comp. Prejuízo	
- Base para o IR			
No trimestre seguinte a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		 5.000
- Outras receitas/despesas	 -
- Resultado Antes IR		 5.000
- Comp. Prejuízo	
- Base para o IR			
No trimestre seguinte a empresa apresentou os saldos:
- Resultado Operacional		 3.000
- Outras receitas/despesas	 1.000
- Resultado Antes IR		 4.000
- Comp. Prejuízo	
- Base para o IR			
Estimativa Mensal
Alternativamente à apuração do lucro real trimestral, a pessoa jurídica pode optar pelo pagamento mensal do IRPJ e da CSLL calculados por estimativa, o que implica a obrigatoriedade de apuração do lucro real anual em 31 de dezembro.
Manifesta-se a opção pela estimativa com o pagamento do imposto e da contribuição correspondentes ao mês de janeiro do ano-calendário, ainda que intempestivo. No caso de início de atividades, a opção será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao primeiro mês de atividade da pessoa jurídica.
No regime de pagamentos por estimativa, a base de cálculo do Imposto de Renda mensal é a mesma do regime de apuração pelo lucro presumido.
	Espécies de atividades geradoras da receita
	%
	Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural.
	1,6%
	- Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo)
- Transporte de cargas
- Serviços hospitalares
- Atividade rural
- Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização
- Atividades imobiliárias
- Construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios.
- Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não esteja previsto percentual.
	
8%
	- Serviços de transporte (exceto o de cargas)
- Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00. 
	
16%
	-Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas (que de acordo com o Novo Código Civil passa a ser chamada de sociedade simples)
- Intermediação de negócios
- Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.
- Serviços de mão-de-obra de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra.
	
32%
Não entram na base de cálculo do imposto mensal estimado:
os rendimentos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, submetidos à incidência do Imposto de Renda na Fonte;
os ganhos líquidos auferidos em operações financeiras de renda variável, se submetidos à tributação mensal separadamente;
os lucros e os dividendos recebidos de participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição;
o resultado positivo da avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial;
as recuperações de créditos que não representem ingresso de novas receitas;
a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;
os juros remuneratórios do capital próprio auferidos em decorrência da participação em outras sociedades.
Fórmula para cálculo
Receita Bruta (Faturamento Mensal)
(x) % por atividade sobre o faturamento
(=) Lucro Estimado
(+) Outras Receitas
Ganhos de capital na venda de ativo imobilizado
Variação cambial ativa
Juros ativos
Multas contratuais recebidas
Descontos recebidos
Juros de taxa SELIC relativos a compensação de valores
(=) Base de cálculo estimada de imposto de renda
 (x) Alíquota de 15% sobre o total do lucro real do mês
 (x) Alíquota de 10% sobre o lucro real que exceder a R$ 20.000,00 no mês
(=) IRPJ mensal estimado devido
(-) Incentivos (PAT, Projetos Culturais, Audiovisual, Doações).
(=) Valor do IRPJ a ser contabilizado
(-) Deduções/Compensações:
(-) IR Fonte notas fiscais de serviços
(-) IRPJ retido de órgãos públicos
(-) Valores pagos a maior indevidamente
(-) Demais compensações solicitadas a RFB
(=) IRPJ a pagar
Incidência do adicional de 10%
No regime de apuração trimestral, sobre a parcela do lucro real de cada trimestre que exceder a R$ 60.000,00, há a incidência do adicional de 10%, de forma definitiva, ao passo que no regime de pagamentos mensais, embora incida o adicional sobre a parcela da base de cálculo do imposto mensal que exceder a R$ 20.000,00, essa incidência somente será definitiva sobre a parcela do lucro real anual que exceder a R$ 240.000,00.
Por exemplo, em uma empresa que tenha optado pela apuração trimestral do lucro real poderá ocorrer o seguinte:
	
	Resultado apurado
	
	Trimestre
	Lucro Real R$
	Prejuízo fiscal R$
	Adicional devido R$
	1º
	100.000,00
	
	10% de 40.000,00 = 4.000,00
	2º
	120.000,00
	
	10% de 60.000,00 = 6.000,00
	3º
	80.000,00
	
	10% de 20.000,00 = 2.000,00
	4º
	
	(70.000,00)
	
	Somas
	300.000,00
	(70.000,00)
	12.000,00
Essa empresa, por ter optado pela apuração trimestral do lucro real, acabou pagando no ano, de forma definitiva, adicional de R$ 12.000,00, ao passo que se houvesse optado pelo pagamento mensal do imposto, isso não teria ocorrido, porque o seu lucro real anual seria de R$ 230.000,00 (R$ 300.000,00 menos R$ 70.000,00), abaixo, portanto, do limite de incidência do adicional.
Nessa hipótese, no regime de pagamentos mensais, em alguns meses a empresa poderia ter ficado sujeita ao adicional sobre a parcela do lucro mensal que excedeu a R$ 20.000,00, mas essa incidência seria provisória porque o imposto devido mensalmente durante o ano é deduzido do imposto devido sobre o lucro real anual.
Deve ser observado, ainda, que a pessoa jurídica optante pela estimativa poderá suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto devido (inclusive adicional), calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do Imposto de Renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado.
Se em determinado mês a pessoa jurídica optar por reduzir ou suspender o Imposto de Renda devido mediante o levantamento de balanço ou balancete, deverá pagar a Contribuição Social devida, relativa a esse mês, com base no respectivo balanço ou balancete.
Balancete de Suspensão ou Redução
Empresa comercial obteve o faturamento e o lucro líquido listados nos meses abaixo:
	Meses
	Faturamento
	Lucro
	Janeiro
	100.000
	10.000
	Fevereiro
	150.000
	9.000
	Março
	180.000
	(3.000)
	Abril
	200.000
	18.000
Cálculos:
Janeiro
Receita x (8% x 15%) = 100.000 x 1,2% = 1.200
Lucro x 15% = 10.000 x 15% = 1.500
Total anual = 10.000 x 15% = 1.500
Pagamento normal pela estimativa mensal – $ 1.200
Fevereiro 
Receita x (8% x 15%) = 150.000 x 1,2% = 1.800
Lucro x 15% = 9.000 x 15% = 1.350
Total anual = 19.000 x 15% = 2.850
Como já foi pago $ 1.200, basta acrescer $ 1.650. (Balancete de redução)
Março 
Receita x (8% x 15%) = 180.000 x 1,2% = 2.160
Lucro x 15% = (3.000) x 15% = Não calcula
Total anual = 16.000 x 15% = 2.400
Como já foi pago $ 2.850, não há mais nada a pagar. (Balancete de suspensão)
Abril 
Receita x (8% x 15%) = 200.000 x 1,2% = 2.400
Lucro x 15% = 18.000 x 15% = 2.700
Total anual = 34.000 x 15% = 5.100
Como já foi pago $ 2.850, basta acrescer $ 2.250. Mas observe que se optar pelo pagamento por estimativa, pagaria $ 2.400.
Exercícios
1. Atividade da Empresa: Revenda de Mercadorias, Prestação de Serviços, Administração e Locação de Imóveis.
Receita com venda de mercadorias - 760.000,00
Receita com intermediação negócios - 100.000,00
Receita com aluguel de imóvel pertencente ao imobilizado - 30.000,00
Ganho na venda de um bem do imobilizado - 850,00
Juros ativos e descontos obtidos - 2.200,00
Rendimentos de aplicações renda fixa - 22.000,00
IRRF sobre prestação de serviços 1.500,00
IRRF sobre aplicações renda fixa 4.400,00
IRRF sobre juros capital próprio 600,00
2. Empresa prestadora de serviços em geral, obteve o faturamento e o lucro líquido listados nos meses abaixo:
	Meses
	Faturamento
	Lucro
	Janeiro
	130.000
	(5.000)
	Fevereiro
	100.000
	40.000
	Março
	140.000
	44.000
	Abril
	150.000
	38.500
Demonstre a forma que a empresa obterá mais economia no fluxo de caixa, referente ao pagamento do IR.
CÁLCULO DO IMPOSTO
Adições
Devem ser adicionados ao resultado apurado contabilmente, entre outros:
I - os valores a ele debitados, relativos a:
Todas as provisões, com exceção para as provisões para férias e 13º salário de empregados;
doações, exceto:
b.1) doações em favor de projetos de natureza cultural previamente aprovados pelo Ministério da Cultura com base na Lei nº 8.313/1991, art. 25;
b.2) doações em favor de instituições de ensino e pesquisa sem finalidade lucrativa, desde que observados, além desses limites, os demais requisitos legais;
c) despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;
despesas com brindes;
resultado negativo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de investimentos relevantes (participações societárias) em sociedades coligadas ou controladas
Exclusões
Poderão ser excluídos do resultado apurado, entre outros:
reversão de provisões não dedutíveis que tenham sido constituídas e adicionadas à base de cálculo da contribuição em período de apuração anterior;
parcela do lucro de empreitada ou fornecimento de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, proporcional ao valor das receitas computadas no resultado e não recebidas até o final do exercício;
resultado positivo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de participações societárias em sociedades coligadas ou controladas, caracterizadas comoinvestimento relevante.
Outros ajustes
Não são dedutíveis, como custos ou despesas operacionais, as multas por infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória e as impostas por descumprimento de obrigações tributárias meramente acessórias de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de tributo.
No entanto, as multas impostas por transgressões de leis de natureza não tributária são indedutíveis como custos ou despesas operacionais (por exemplo, as multas de trânsito).
Como foi dito anteriormente, a despesa relativa à constituição de provisão é, em regra, indedutível. A legislação fiscal estabelece algumas exceções a essa regra, autorizando a dedutibilidade da despesa relativa à constituição de:
Provisões técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável.
 Provisões técnicas das operadoras de planos de assistência à saúde, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável.
Provisão para perda de estoques, calculada no último dia de cada período de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido correspondente a 1/3 do valor do estoque existente naquela data, para as empresas que exerçam as atividades de editor, distribuidor e de livreiro.
As empresas usualmente registram provisão para perdas no recebimento de créditos, também chamada Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Essa provisão não é dedutível na apuração do IRPJ e da CSLL. Entretanto, as despesas com perdas no recebimento de crédito serão dedutíveis quando ocorrerem, desde que observadas as seguintes condições:
Créditos sem garantia
até R$ 5.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses, independente de terem sido iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano, independente de terem sido iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém mantida cobrança administrativa;
acima de R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.
Créditos com garantias (Vendas com Reserva Domínio, Alienação Fiduciária em Garantia ou Operações com Garantias Reais) se vencidos há mais de dois anos, independente de valor, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias.
Devedor falido ou concordatário - total do crédito no caso da falência e a parcela que exceder o valor que o concordatário tenha se comprometido a pagar, a partir da data da decretação da falência ou da concordata e desde que o credor tenha se habilitado judicialmente para recebimento do crédito.
Declaração judicial de insolvência do devedor - total do crédito.
Exercício
 Com base nos valores a seguir, apure o IR a ser recolhido.
Lucro antes do IR - $ 26.000		
Multas de mora – 1.500
Doações – 8.000					
Infração fiscal – 10.160
Brindes – 3.000		
Prejuízo Fiscal anterior – 100.000
Multas de Trânsito – 800
INCENTIVOS FISCAIS
Programa Empresa Cidadã
O Programa Empresa Cidadã, instituído pelo Decreto nº 7.052/2009 e disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº 991/2010, beneficia a empregada da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que a empregada requeira a prorrogação do salário-maternidade até o final do 1º (primeiro) mês após o parto. 
A prorrogação do salário-maternidade: 
iniciar-se-á no dia subsequente ao término da vigência do benefício de que trata a Lei nº 8.213/1991 , art. 71 e art. 71-A. 
será devida, inclusive, no caso de parto antecipado. 
O benefício do Programa Empresa Cidadã, também se aplica à empregada de pessoa jurídica que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, pelos seguintes períodos: 
por 60 dias, quando se tratar de criança de até 1 ano de idade;
por 30 dias, quando se tratar de criança a partir de 1 até 4 anos de idade completos; e 
por 15 dias, quando se tratar de criança a partir de 4 anos até completar 8 anos de idade. 
Para fazer uso da dedução do IRPJ devido, a pessoa jurídica que aderir ao Programa Empresa Cidadã fica obrigada a controlar contabilmente os gastos com custeio da prorrogação da licença-maternidade ou da licença à adotante, identificando de forma individualizada os gastos por empregada que requeira a prorrogação.
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) devido, em cada período de apuração, o total da remuneração da empregada pago no período de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a dedução como despesa operacional.
A dedução fica limitada ao valor do IRPJ devido com base:
no lucro real trimestral; ou, 
no lucro real apurado no ajuste anual
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)
O PAT foi criado pela Lei 6.321/76. O incentivo então concedido acha-se recepcionado pelos artigos 581 e 582 do RIR. A empresa pode, também, inscrevendo-se no PAT, optar pelo fornecimento de vale-refeição em vez de manter setor próprio de preparação e fornecimento de refeições. O vale-refeição é a forma adotada pela maioria das empresas. Fundamentos, artigos 504, I, 526, 540, 543 e 581 a 588 do RIR. 
O método básico de cálculo do PAT é o seguinte: o valor líquido do custeio do programa (despesas menos valor descontado dos trabalhadores) é dedutível como despesa operacional. O incentivo consiste em aplicar a alíquota normal do IRPJ (15%) sobre essa despesa líquida de custeio ou R$ 1,99 x o número de refeições fornecidas. 
A dedução direta no imposto, relativa ao incentivo ao PAT, fica limitada a 4%, do Imposto de Renda (sem a inclusão do adicional), mas o eventual excesso pode ser utilizado para dedução nos dois anos-calendário subsequentes com observância dos limites admitidos.
Para efeito de utilização do incentivo fiscal ao PAT, o custo máximo por refeição é de R$ 2,49, sendo 80% o valor do incentivo, ou seja, R$ 1,99. Desse valor se multiplica por 15%.
O incentivo ao PAT, descontável diretamente do IRPJ, corresponderá ao menor dos seguintes valores:
R$ 1,99 multiplicado pelo número de refeições fornecidas no período;
Aplicação da alíquota de 15% sobre a soma das despesas de custeio realizadas com o PAT.
Exemplo:
Imposto normal: R$ 10.000,00
Despesas realizadas no mês com o PAT: R$ 6.000,00
Número de refeições servidas no mês: 1.000
Com esses dados tem-se:
I - Determinação da base de cálculo mensal do incentivo ao PAT:
R$ 1,99 x 2.000 refeições = R$ 3.980,00 x 15% = 597,00
II – Valor das despesas de custeio:
R$ 6.000 x 15% = 900,00
Com base nesses cálculos, o valor que poderá ser deduzido é de R$ 597,00.
III - Limite da dedução do PAT no mês:
R$ 10.000,00 (IRPJ) x 4% = R$ 400,00
Dessa forma, embora a empresa pudesse fazer uso do incentivo de R$ 597,00, devido ao valor do IR a recolher, só teria direito a se compensar de R$ 400,00, sendo que a diferença (R$ 197,00) poderá ser utilizada nos próximos dois anos-calendário subsequentes.
Doações ao Fundo da Criança e do Adolescente e ao Fundo Nacional do Idoso
As doações aos Conselhos Municipais, Estaduais ou Nacionais dos Direitos da Criança e do Adolescente, e ao Fundo Nacional do Idoso, em bens ou em dinheiro não são dedutíveis para fins de apuração do lucro real, embora possam reduzir o imposto devido. 
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real apurado trimestralmente só podem deduzir o incentivo do valor do imposto devido no trimestre em que os investimentos forem efetuados, observado, ainda, o limite de 1% do imposto normal devido. Caso seja feito o cálculo pela estimativa, a empresa poderá usar o excesso até o final do exercício.
Exemplo:
Total das doações efetuadas: R$ 2.500,00
Total do IRPJ devido: R$ 150.000,00
Limite: 1% de R$ 150.000,00 = R$ 1.500,00
Incentivos às atividades culturais ou artísticas
A deduçãodo incentivo referente a doações e patrocínios culturais é limitada a 4% do imposto normal devido. Ressalta-se que o valor do incentivo que, em decorrência da limitação, não for aproveitado no ano-calendário da realização das doações e dos patrocínios não poderá ser deduzido do imposto devido em ano-calendário subsequente.
Para efeito de determinação do lucro real, os valores correspondentes a doações e patrocínios culturais realizados terão um dos seguintes tratamentos, conforme o caso:
as doações e os patrocínios realizados em favor de projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura com base no art. 25 da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet) podem ser integralmente deduzidos como despesa operacional, sem prejuízo da dedução do incentivo fiscal, sendo que as doações são incentivadas em 40% e os patrocínios em 30%;
 
o valor total das doações e dos patrocínios realizados em favor de projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura com base no art. 18 da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet), é indedutível como despesa operacional, o que significa que deverá ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real. Os valores dispendidos a título de doações e patrocínios poderão ser integralmente utilizados, desde que não ultrapassem o limite de dedução do incentivo.
Convém definir o que sejam "doações" ou "patrocínios", nos termos da Lei Rouanet:
Doação - transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou jurídica de natureza cultural, sem fins lucrativos, de numerário, bens ou serviços, para a realização de projetos culturais, vedado o uso de publicidade paga para divulgação deste ato.
Patrocínio - transferência gratuita, em caráter definitivo, à pessoa física ou jurídica de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos, de numerário, para a realização de projetos culturais, com a finalidade promocional e institucional de publicidade. Considera-se também patrocínio, a cobertura de gastos ou a utilização de bens móveis e imóveis do patrimônio do patrocinador sem a transferência de domínio, para a realização de projetos culturais sem fins lucrativos.
Exemplo para o art. 25: erudito
Imposto normal	- R$ 52.500,00
Considerando os valores de R$ 5.000,00 (a título de doações) e de R$ 3.000,00 (patrocínios), a parcela incentivada dos gastos seria assim determinada:
 Doações (40% de R$ 5.000,00) ...... R$ 2.000,00
 (+) patrocínios (30% de R$ 3.000,00) R$ 900,00
 (=) Total	............................. R$ 2.900,00
Neste caso:
o limite de dedução do incentivo no mês seria de R$ 2.100,00 (4% de R$ 52.500,00, que é o imposto normal devido); e
restaria um excedente dedutível nos meses seguintes, até o final do exercício, no valor de R$ 800,00, que é a diferença entre o total da parcela incentivada (R$ 2.900,00) e o limite deduzido (R$ 2.100,00).
Exemplo para o art. 18: popular
Imposto normal	- R$ 80.000,00
Considerando os valores de R$ 2.000,00 (a título de doações) e de R$ 1.500,00 (patrocínios), a parcela incentivada dos gastos seria assim determinada:
 Doações ........................................ R$ 2.000,00
 Patrocínios ...................................... R$ 1.500,00
 (=) Total ....................................... R$ 3.500,00
Neste caso:
o limite de dedução do incentivo no mês seria de R$ 3.200,00 (4% de R$ 80.000,00, que é o imposto normal devido); e
restaria um excedente dedutível nos meses seguintes, até o final do exercício, no valor de R$ 500,00, que é a diferença entre o total da parcela incentivada (R$ 3.500,00) e o limite deduzido (R$ 3.200,00).
Incentivos à Atividade Audiovisual
As pessoas jurídicas terão incentivos na área do Imposto de Renda caso efetuarem investimentos em:
I - de produção independente de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras de que trata o caput do art. 1º da Lei nº 8.685, de 1993;
II - específicos da área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e infraestrutura técnica apresentados por empresa brasileira, previstos no § 5º da art. 1º da Lei nº 8.685, de 1993;
III - de produção de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de longa, média e curta metragens de produção independente, de coprodução de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de produção independente, de telefilmes, minisséries, documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de caráter educativo e cultural, brasileiros de produção independente, nos termos do § 6º do art. 39 da Medida Provisória nº 2.228-1, de 2001, desde que produzidos com os recursos de que trata o inciso X desse mesmo artigo 39.
Os investimentos decorrentes de aplicações de que tratam os itens I e II anteriores, embora não contabilizados em despesas, e sim em conta patrimonial, podem reduzir o lucro real do período-base em que for efetuado o investimento, mediante exclusão, em seu valor integral.
Os investimentos nos projetos de que trata o item III anterior não poderão ser excluídos do lucro líquido para fins de determinação do lucro real, conforme art. 28, parágrafo 3 da IN SRF 267/2002.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real apurado trimestralmente só podem deduzir o incentivo do valor do imposto devido no trimestre em que os investimentos forem efetuados, observado, ainda, o limite de 3% do imposto normal devido. Caso seja feito o cálculo pela estimativa, a empresa poderá usar o excesso até o final do exercício.
Além disso, a dedução desse incentivo em conjunto com a dedução do incentivo relativo a Operações de Caráter Cultural e Artístico não poderá exceder a 4% do imposto normal devido (respeitado o limite específico de 3% para o incentivo referente a investimentos em atividades audiovisuais).
Exemplo:
Imposto normal	R$ 52.500,00
Considerando que a empresa adquiriu Certificado de Investimento em projeto audiovisual no valor total de R$ 10.000,00:
o limite de dedução do incentivo no mês seria de R$ 1.575,00 (3% de R$ 52.500,00, que é o imposto normal devido);
restaria um excedente dedutível nos meses seguintes, até o final do exercício, se estimativa, no valor de R$ 8.425,00, que é a diferença entre o valor do Certificado de Investimento (R$ 10.000,00) e o limite deduzido (R$ 1.575,00).
Atividades de Caráter Desportivo
Desde o ano-calendário de 2007 e até o ano-calendário de 2022, inclusive, poderão ser deduzidos do imposto devido pela pessoa jurídica tributada com base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e para desportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte.
As deduções de atividades de caráter desportivo ficam limitadas a 1% (um por cento) do imposto devido. Além disso, o valor das doações e patrocínios não poderá ser deduzido como despesa para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL.
No caso de apuração trimestral ou anual, a dedução corresponderá somente ao valor dos investimentos efetuados dentro do respectivo trimestre de apuração. O valor deduzido do imposto com base no lucro estimado será considerado imposto pago por estimativa podendo ser deduzido do imposto devido no ajuste anual.
Não são dedutíveis os valores destinados a patrocínio ou doação em favor de projetos que beneficiem, direta ou indiretamente, pessoa física ou jurídica vinculada ao doador ou patrocinador.
Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa
São dedutíveis as doações efetuadas às instituições de ensino e pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei federal, desde que a beneficiária preencha os requisitos previstos na Constituição Federal, art. 213, I e II, a saber:
tenha finalidade comprovadamente não lucrativa e aplique seus excedentes financeiros em educação;
o valor doado não ultrapasse o limite de 1,5% do lucro operacional da pessoa jurídica doadora, antes de computada a sua dedução e a das doações a entidades civis.
Se o valor doado exceder ao limite referido no item b, o excedente não será dedutível ainda que abeneficiária atenda aos requisitos mencionados no item a. 
Doações a Entidades Civis que prestem serviços gratuitos
São dedutíveis também as doações efetuadas a entidades civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos e reconhecidas como de utilidade pública por ato formal de órgão competente da União, que prestem serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e respectivos dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem, observadas as seguintes regras:
I - essas doações são dedutíveis até o limite de 2% do lucro operacional da pessoa jurídica, antes de computada a sua dedução;
II - se for em dinheiro, essas doações deverão ser feitas mediante crédito em conta corrente bancária, diretamente em nome da entidade beneficiária;
III - a pessoa jurídica doadora deverá manter em arquivo, à disposição da fiscalização, declaração conforme modelo aprovado pela Instrução Normativa SRF nº 87/1996, fornecida pela entidade beneficiária, na qual esta se comprometa a aplicar integralmente os recursos recebidos na realização de seus objetivos sociais, com identificação da pessoa física responsável pelo seu cumprimento, e a não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto.
Dedutibilidade das doações feitas a OSCIP
As doações efetuadas às Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que atendam aos requisitos estabelecidos pela Lei nº 9.790/1999, passaram a ser dedutíveis, a partir do ano-calendário de 2001, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, até o limite de 2% do lucro operacional da pessoa jurídica, antes de computada a sua dedução. 
Para efeito dessa dedução, as Oscips não precisam ser reconhecidas como de utilidade pública por ato formal de órgão competente da União; entretanto, a dedutibilidade das doações fica condicionada a que a entidade beneficiária tenha sua condição de Oscip renovada anualmente pelo órgão competente da União, mediante ato formal. 
Cálculos dos limites dedutíveis das doações
Respeitadas as demais condições comentadas, o valor dedutível de doações fica limitado a:
no caso das doações a instituições de ensino e pesquisa: 1,5% do lucro operacional, antes de computadas essas doações e as doações referidas na letra "b";
no caso das doações às entidades civis que prestem serviços gratuitos e às Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, 2% do lucro operacional, antes de computada essa doação.
O lucro operacional, na definição do RIR/1999, art. 277, é o resultado das atividades, principais ou acessórias, que constituem o objeto da pessoa jurídica. Em linguagem contábil, o lucro operacional é o valor positivo que resultar, na Demonstração do Resultado, depois de deduzidas do lucro bruto (resultado do confronto entre a receita líquida de vendas e o custo das vendas) as despesas operacionais e acrescidas outras receitas operacionais.
Observe-se, porém, que o parâmetro para cálculo dos limites de dedução de doações é o valor do lucro operacional antes de deduzidas as doações. Portanto, tendo em vista que no valor do lucro operacional já deve estar deduzido o valor das doações feitas, para o cálculo dos limites fiscais dedutíveis, o valor computado como despesa deve ser adicionado ao valor do lucro operacional apurado.
No cálculo do limite de dedução das doações às instituições de ensino e pesquisa feitas, no mesmo período-base, às entidades civis que prestem serviços gratuitos e às Oscips, adiciona-se ao lucro operacional, inclusive, o valor das demais doações. 
A parcela do valor das doações deduzidas como despesas, que exceder aos limites, deverá ser adicionada ao lucro líquido, tanto para fins de apuração do lucro real, no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), como para fins de determinação da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro. Essas adições são definitivas, sem qualquer possibilidade de exclusão futura. 
Exemplos:
Dedução somente das doações a instituições de ensino e pesquisa 
Admita-se que o lucro operacional apurado por uma pessoa jurídica seja no valor de R$ 2.000.000,00, do qual estão deduzidas doações a instituições de ensino e pesquisa no valor de R$ 50.000,00: 
Lucro Operacional - $ 2.000.000
Valor das doações (deduzido como despesa)- $ 50.000
Base de cálculo do limite dedutível - $ 2.050.000
Limite dedutível – 1,5% de $ 2.050.000 = $ 30.750
Como a despesa com a doação foi de $ 50.000, o excedente de $ 19.250 será adicionado ao cálculo do lucro real.
Dedução concomitante das doações 
Admita-se que o lucro operacional seja de R$ 4.000.000,00 e a empresa tenha feito doações a instituições de ensino e pesquisa no valor de R$ 65.000,00, e doações a entidades civis que prestem serviços gratuitos no valor de R$ 80.000,00, cujos valores estão deduzidos como despesa:
Lucro operacional – 4.000.000
Doações feitas a entidades civis – 80.000
Base de cálculo do limite dedutível – 4.080.000
Limite dedutível – 2% de 4.080.000 = 81.600
Portanto, em relação a essas doações não há adição a ser feita no lucro líquido, no Lalur, porque o limite dedutível (R$ 81.600,00) é maior que o valor das doações feitas (R$ 80.000,00).
Lucro operacional – 4.000.000
Doações feitas a entidades civis – 80.000
Doações feitas a instituições de ensino e pesquisa – 65.000
Base de cálculo do limite dedutível – 4.145.000
Limite dedutível – 1,5% de 4.145.000 = 62.175
Como a despesa com as doações foi de $ 65.000, restam ainda $ 2.825 para ser adicionado a base de cálculo do lucro real.
PAGAMENTO DO IMPOSTO
O imposto devido em cada mês deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao mês de apuração. O imposto devido em cada trimestre deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre de apuração.
 À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder.
Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais) e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única.
As quotas do IRPJ serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
No preenchimento do Darf para o pagamento do IRPJ deverão ser utilizados os seguintes códigos:
a) pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real:
a.1) entidades financeiras: 2319;
a.2) demais pessoas jurídicas: 2362;
b) pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do lucro real: 5993.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO LÍQUIDO (CSLL)
As pessoas jurídicas que apuram o resultado pelo lucro real ficam obrigadas também à apuração anual da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fins de determinação do saldo a pagar ou a ser restituído ou compensado (Lei nº 9.430/1996, arts. 2º e 28).
As adições, exclusões e compensações para cálculo do resultado ajustado seguem o mesmo procedimento de apuração do lucro real, com exceção das notas já comentadas.
A alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro devida pelas pessoas jurídicas é de 15%, no caso de instituições financeiras, pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização e de 9% para as demais empresas. A CSLL tem seu vencimento igual ao do imposto de renda.
Exercícios
1. Com base nos valores abaixo apure o IR e a CSLL.
DRE do 1º trimestre
Prejuízo fiscal do ano anterior - 900.000
Lucro líquido – 850.000
Provisão Créditos de Liquidação Duvidosa – 30.000
Provisão para férias – 18.000
Provisão ajustes de valor de mercado – 17.200
Multas de trânsito – 600
Multas por atraso depagamento – 1.100
Brindes – 5.000
Doações Fundo Municipal do Idoso – 12.000
Patrocínio Cultural Artístico art. 25 – 10.000
PAT – 7.500 – 3.500 refeições
DRE do 2º trimestre
Lucro líquido – 1.300.000
PCLD – 40.000
PAT – 6.500 – 3.000 refeições
Patrocínio Cultural Artístico art. 18 – 12.500
Patrocínio Áudio Visual – 7.000
DRE do 3º trimestre
Provisões indedutíveis 		 (26.500)
Provisão para Férias		 (35.700)
Multas de trânsito 		 (1.600)
Doações OSCIP			 (32.000)
Doações Ensino e pesquisa	 (27.000)
Despesas com depreciação 	 (69.300)
Desp. alimentação dos sócios	 (85.900)
Outras despesas/receitas		 (10.000)
Lucro Antes do IR	 1.500.000
No 4º trimestre todas as despesas aumentaram em 10%, acresce-se alimentação dos sócios, que foi de $ 12.300.
Pede-se:
Apuração pelo Lucro Real
LALUR (Parte A e B)

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