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24/11/2016 1 Edema Agudo de Pulmão Prof. Msc. Evelyn Heinzen Edema Agudo de Pulmao (EAP) � Estado de intensa congestao pulmonar, acarretando hipoxemia severa, acompanhando, via de regra de sinais de baixo debito cardiaco. 24/11/2016 2 Edema Agudo Cardiogenico � Ocorre por um mal funcionamento do coracao, com diminuicao da capacidade de bombeamento do sangue, leva ao acumulo de liquido nos pulmoes. Edema Pulmonar Nao Cardiogenico � E causado por inflamacao aguda ou intensa dos pulmoes. � O liquido extravasado para os pulmoes tem componente de inflamacao e pode ser causado por varias situacoes: infeccoes graves, cirurgias extensas, traumas, transfusoes de sangue macicas, pancreatite… 24/11/2016 3 Introdução � Representa uma das principais causas de desconforto respiratório que motivam a procura por emergência. � Ocorre pelo desequilíbrio das forças de Starling: � Aumento da Pressão Hidrostática capilar; � Aumento da permeabilidade dos capilares pulmonares. Forca de Starling � São as forças que regulam a disposição dos líquidos nos meios intracelular e extracelular. � Regulação: � Pressão Hidrostática e � Pressão Oncótica. 24/11/2016 4 Pressão Hidrostática � E a força que um liquido exerce contra uma determinada superfície. � “Empurra” Pressão Oncótica � E a força que um solutos exercem em um determinado meio. � “Puxa” 24/11/2016 5 Fisiopatologia � Os eventos envolvidos variam com as doencas desencadeantes ate que haja aumento da pressao no atrio esquerdo que e transmitido pelas veias pulmonares aos capilares onde ocorre transudacao de liquido para o intersticio dos alveolos. � Ha aumento progressivo de residuo sistolico e pressao diastolica final do ventriculo esquerdo e da pressao de esvaziamento do atrio esquerdo (ICC, IAM, Estenose Aortica, Hipervolemia, etc). Fisiopatologia � Ha dificuldade de esvaziamento atrial com consequente aumento da pressao nesta camara (estenose mitral e miocradiopatia restritiva obliterativa). � Ha desequilibrio entre a pressao oncotica e hidrostatica a nivel capilar (hipoalbuminemia). � Na sepse ha dois eventos iniciais: depressao miocardica e hipervolemia. 24/11/2016 6 Fisiopatologia ◦ Disfunção cardíaca causa elevações na pressão venosa pulmonar; ◦ Aumento da pressão hidrostática nos capilares pulmonares; ◦ Aumento da ultrafiltração do interstício pulmonar; ◦ Acumulo de liquido em alvéolos periféricos; ◦ Dificuldade de drenagem pelos vasos linfáticos e diminuição de pressão oncótica. 24/11/2016 7 24/11/2016 8 Causas ◦ ICC; ◦ IAM; ◦ Crise hipertensiva; ◦ Disfunção do musculo cardíaco; ◦ Doenças valvulares; ◦ Aumento volume intra vascular. ◦ Insuficiência renal; ◦ Lesão neurológica; ◦ Infecções. Sintomatologia ◦ Dispneia; ◦ Ortopneia; ◦ Dispneia paroxística noturna; ◦ Taquipneia; ◦ Hipóxia; ◦ Cianose; ◦ Tosse ◦ Sibilos/ estertores / roncos na ausculta; ◦ Batimento de asa de nariz; ◦ Expectoração sanguinolenta ou espumosa; ◦ Ansiedade / torpor / obnubilação; ◦ Inquietação / agitação; ◦ Precordialgia; ◦ Parada cardíaca. 24/11/2016 9 Quadro Clinico � Paciente ansioso, agitado, sentado com membros pendentes, dispneia, muitas vezes com dor precordial. � Exame Fisico: palidez, sudorese fria, cianose de extremidades, ausculta cardiaca, ausculta respiratoria, a pressao arterial pode estar elevada nos casos hipertensivos ou baixa com sinais perifericos de choque como ocorre na estenose mitral e miocardites em fase terminal. Edema Agudo de Pulmão � Diagnostico e Exame Físico: � Palidez cutânea e sudorese fria; � Cianose de extremidades; � Uso da musculatura respiratória acessória; � Estertores crepitantes audíveis em extensão variável do tórax; � Ausculta cardíaca prejudicada pela respiração ruidosa; � Elevações pressóricas. 24/11/2016 10 Diagnostico ◦ Clinico; ◦ Rx de tórax; ◦ ECG; ◦ Hemograma; ◦ Função hepática; ◦ ◦ Gasometria. Edema Agudo de Pulmão � Conceito: � Síndrome clínica que caracteriza uma emergência médica, determinada pelo acúmulo anormal de fluidos no compartimento extravascular pulmonar, resultando em hipoxemia, aumento do trabalho respiratório, diminuição da complacência pulmonar e alteração da relação ventilação- perfusão. 24/11/2016 11 24/11/2016 12 Classificação e Evolução � Estágio 1 � Distensão e recrutamento de pequenos vasos pulmonares; � Aumentam trocas gasosas e difusão de CO2; � Ocorre apenas dispnéia aos esforços; � O exame físico revela discretos estertores inspiratórios por abertura das vias aéreas colabadas; � Raio-x - redistribuição da circulação. 24/11/2016 13 � Estágio 2 � Edema intersticial; � Ocorre compressão das vias aéreas menores; � Pode haver broncoespasmo reflexo; � Alteração da ventilação/perfusão leva a hipoxemia proporcional à pressão capilar; � Taquipnéia persistente; � Raio-X mostra borramento. � Estágio 3 � Inundação alveolar; � Hipoxemia severa e hipocapnia; � Em casos severos pode haver hipercapnia; � Secreção rósea espumosa; � Estertores crepitantes em “maré montante” � Raio-X mostra edema alveolar em “asa de borboleta” 24/11/2016 14 Como surge o EAP? ◦ Ocorre basicamente por dois mecanismos: ◦ 1 – Aumento da pressao dentro dos vasos sanguineos. ◦ 2 – Aumento da permeabilidade dos vasos. 24/11/2016 15 TRATAMENTO MEDIDAS GERAIS: � MANTER O PACIENTE SENTADO: � Reduzir a pré-carga; � Diminuir o retorno venoso; � Favorecimento da musculatura Respiratória. OXIGENIOTERAPIA � SEMPRE INICIAR ATRAVÉS DOS SISTEMAS DE MÁSCARA, COM FLUXOS MAIS ALTOS, COM O OBJETIVO DE MANTER A SATURAÇÃO DE O2 >95% 24/11/2016 16 Tratamento ◦ Oxigênio: � mascara 5 a 6 l/minuto � mascara não reinalação com reservatório. ◦ Acesso venoso; ◦ Monitorização cardíaca: � ECG � BIA. ◦ Avaliar saturação; ◦ Elevar cabeceira; ◦ Pernas pendulares. Tratamento Pré-hospitalar � Ativar Sistema de Emergência; � O2 a 100% sob máscara; � Monitorização + oximetria; � Via venosa; � Eletrocardiograma; � Nitroglicerina SL ou Spray + diurético (se não houver hipotensão arterial). 24/11/2016 17 Tratamento no Serviço de Emergência � O2 100% + monitor + oximetria + via venosa; � Cabeceira elevada + MMII em declive; � Nitratos e diuréticos; � Tratar a causa subjacente ; � Corrigir fatores contribuintes; � Restrição de fluidos e de sódio. Tratamento Medicamentoso ◦ Diuréticos; ◦ Morfina (2 a 8 mg – venodilatação e sedação) ◦ Vasodilatadores: � (nitroglicerina 10 a 20 mcg/min) � (nitroprussiato de sódio 0,1 a 5,0 mcg/kg/min) ◦ Inotrópicos – Se pressão sistólica entre 70 e 100 mmHg � dopamina 2,5 a 20 mgc/kg/min � Dobutamina – 2 a 20 mcg/kg/min ◦ Digitálicos – controle de taquiarritmias supra ventricular. ◦ Aminofilina – (broncoespasmo) Ataque de 5 a 7 mg/kg/hora e manutenção de 0,5 a 0,7 mg/kg/hora. ◦ Trombolíticos – Tratamento IAM. 24/11/2016 18 Cuidados de Enfermagem ◦ Oxigênio para evitar e prevenir hipóxia e dispneia; ◦ Aspirar secreções se necessário para manter as vias aéreas permeáveis; ◦ Promover diminuição do retorno venoso sentando o doente a beira da cama com as pernas pendentes; ◦ Posicionar em Fowler alto; ◦ Administrar diuréticos para promover a diurese imediata; 24/11/2016 19 Cuidados de Enfermagem ◦ SSVV; ◦ Viabilizar acesso venoso; ◦ Auxiliar na intubação orotraqueal, caso necessário; ◦ Administrar medicações conforme prescrição medica; ◦ Manter carro de urgência próximo ao leito do paciente; ◦ Permanecercom o doente; ◦ Explicar os procedimentos; Cuidados de Enfermagem ◦ Apoio psicológico; ◦ Dieta: orientar na restrição de sal e restrição hídrica; ◦ Administrar oxigênio úmido, manter a permeabilidade das vias aéreas; ◦ Vigiar sinais de hipovolemia; ◦ Sondar o paciente para controlar debito urinário; ◦ Monitorizar o fluxo urinário. 24/11/2016 20 Obrigada!!!
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