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A Reincidência Prof. Marupiara Gomes A Reincidência 1.0) Objetividade Jurídica: art. 61, I – CPB. 2.0) Conceito Legal: art. 63 – CPB. 3.0) Conceito Doutrinário: Trata-se de “Agravante Genérica Obrigatória” e ‘preponderante’ frente às demais, de caráter ‘subjetivo’ (pessoal) e de fins ‘retributivos’. É a “recidiva” criminal que mais ‘agrava’ a pena. Tem como requisito fundamental o “transcurso do trânsito em julgado da sentença penal condenatória” por crime “anterior” praticado e não somente na “data” do trânsito em julgado e nem quando ao acusado for atribuído 02 ou mais crimes na mesma ‘ocasião’ e nem na ‘mesma sentença’. Conceito de Réu “Primário” Este conceito é obtido por via “residual”, isto é, por “exclusão”. Com efeito, é todo aquele que não se adequar na situação de ‘reincidente’. Então, tecnicamente, é todo aquele que NÃO ostentar “NENHUMA” condenação anterior! Ex (1): O sujeito ativo possui 01 ou mais condenações ‘definitivas’, mas NÃO praticou NENHUM dos crimes “DEPOIS” da “PRIMEIRA” sentença condenatória transitada em julgado! Ex (2): O sujeito ativo ostenta 01 (uma) condenação definitiva e depois dela praticou “novo” crime. Entretanto, entre a extinção da punibilidade do crime “anterior” e o “novo delito” decorreu tempo “superior a 05 (cinco) anos”, período denominado de “depurador ou expurgador”! Atente-se que: Período “Depurador (expurgador ou de purgação) obedece a um novo sistema “temporal” que afasta o anterior sistema de “perpetuidade”, com o transcurso de “mais de 05 anos com a prática do novo delito. Espécies 1.0) Real (Própria): exige o “cumprimento integral” da pena anterior. 2.0) Presumida (Imprópria ou Fictícia): não exige tal total cumprimento, sendo possível a ocorrência de outras causas de extinção da punibilidade. É o ‘modelo’ adotado em nosso país. 3.0) Genérica: abrange tipos penais “diversos”. 4.0) Específica: somente cabível frente a tipos penais “iguais”. Tratamento Legal e Efeitos Em regra, frente a tais modalidades, o tratamento legal é “análogo”, sendo seus efeitos “idênticos”. No entanto, existem algumas formas “diferenciadas”: Art. 44, §3°; e art.83, V c/c Lei n° 8.072/90 (Hediondos). Art. 44, §único; art. 33, caput e §1° e art. 34 – Lei n° 11.343/06 – Lei Antidrogas. Com duas (02) EXCEÇÕES: art. 64, II CRIMES MILITARES “PRÓPRIOS” e CRIMES “POLÍTICOS”. Ademais “não” ocorre entre “Contravenção e Crime”! Vejamos alguns efeitos: CP (PG) – art. 33, caput e §2°; art. 44, §2°;art.77,I e §1°;art. 81, I e § 1° c/c art. 86, II e art. 87; art. 83,II e V; art. 110, caput, c/c art. 117,VI; CP (PE) – art. 155, §2°; art. 170, §1°; art. 180, §5°, in fine; JECRIM (LEI N° 9.099/95): art. 76, §2°, I e art. 89, caput. CPP – PRISÃO PREVENTIVA: Crime Doloso – art. 313, II Jurisprudência Esta figura jurídica não pode ser utilizada para caracterização de “maus antecedentes”, porque esta circunstância deve ser aplicada na 1ª fase de dosimetria da pena. Veja-se o que diz sobre isto a Súmula 241 – STJ. Contudo, se o réu possui mais de 01 (uma) condenação ‘definitiva’, uma delas pode ser empregada como “maus antecedentes” e a outra como “agravante genérica”, não se falando de bis in idem como em caso de réus multireincidentes!
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