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ESTRADAS TRÁFEGO E VEÍCULO DE PROJETO Um dos principais aspectos a considerar na Classificação Técnica das Estradas é, certamente, o aspecto CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA DAS ESTRADAS Estradas é, certamente, o aspecto operacional, o qual depende, basicamente, da demanda de tráfego, ou seja, o seu volume de tráfego. Volume deTráfego É o principal parâmetro no estudo do tráfego. Por definição é o número de veículos que passa por uma determinada seção de TRÁFEGO que passa por uma determinada seção de uma estrada, num determinado intervalo de tempo. Dependendo do objetivo do estudo, os volumes podem ser referidos a um ou dois sentidos do movimento. Volume Anual É a quantidade total de veículos que passa numa estrada durante o período de um ano. Ele é utilizado quando se deseja estimar a receita para VOLUME DE TRÁFEGO utilizado quando se deseja estimar a receita para a implantação de pedágios, quando se quer determinar índice de acidentes ou quando se quer estudar as tendências de crescimento do volume para fins de determinação do volume de tráfego da estrada no ano-horizonte de projeto. Volume Médio Diário (VMD) É a quantidade média de veículos que passam numa seção da estrada, durante um dia. Muitas vezes o seu cálculo é efetuado tomando-se o VOLUME DE TRÁFEGO Volume Anual e dividindo-o pelo número de dias do ano (365). Ele é utilizado para avaliar a distribuição do tráfego, medir a demanda atual de uma estrada, programação de melhorias, etc. É muito empregada, na linguagem corrente, a expressão equivalente Tráfego Médio Diário. Variações Horárias Refletem a variação do tráfego durante as vinte e quatro horas do dia. A flutuação padrão apresenta "picos" pela manhã e ao fim da tarde, coincidindo com os horários do inicio e fim de expediente administrativo, nas áreas urbanas. O intervalo das 12 às 14 horas também apresenta um volume relativamente alto, embora inferior aos de pico. VARIAÇÕES DE VOLUME Variações Diárias e Semanais VARIAÇÕES DE VOLUME São variações que ocorrem durante cada semana, conforme os dias da semana. De uma maneira geral, em vias urbanas, os volumes diários variam pouco no curso dos dias úteis da semana, com segunda-feira e sexta-feira apresentando segunda-feira e sexta-feira apresentando valores um pouco acima da média e, os mínimos volumes ocorrem nos domingos e feriados. Em vias rurais, geralmente, observa- se um comportamento inverso àquele das vias urbanas. Formalmente os maiores volumes ocorrem nos fins de semana e feriados. Variações Mensais VARIAÇÕES DE VOLUME Ocorrem durante os diversos meses do ano, sendo a flutuação verificada através dos volumes observados mensalmente. As variações são mais sensíveis nas vias rurais que nas urbanas, sofrendo vias rurais que nas urbanas, sofrendo influências ditas sazonais. A expressão sazonal deriva da palavra inglesa "seazon", que significa estação. As influências sazonais são decorrentes, por exemplo, dos períodos de colheita, das férias escolares, turismo, etc. Variações Anuais São variações que ocorrem de ano para ano, como uma decorrência, basicamente, do desenvolvimento econômico da região, resultando no crescimento da demanda de tráfego. São VARIAÇÕES DE VOLUME no crescimento da demanda de tráfego. São informações relativas aos volumes anuais, que poderão ser utilizadas nos estudos de projeções de tráfego para obtenção da demanda no ano- horizonte de projeto. � TRÁFEGO EXISTENTE (ATUAL) � É o tráfego que utiliza a estrada no ano em que se faz o estudo. A determinação do tráfego existente de uma estrada é efetuada através de contagens volumétricas. � TRÁFEGO DESVIADO � É o tráfego existente que utiliza outras estradas e que passa a utilizar TIPOS DE TRÁFEGO EM UMA RODOVIA � É o tráfego existente que utiliza outras estradas e que passa a utilizar a estrada em questão, no momento em que são realizados melhoramentos ou sua construção. A determinação do tráfego desviado é efetuada através de pesquisas de Origem e Destino. � TRÁFEGO GERADO � É o tráfego potencial que não existia e que passa a existir pelo efeito do melhoramento ou da construção, com consequente desenvolvimento da região. Sua divinação a bastante difícil e imprecisa. Ela é normalmente fechada atavas de estudos econômicos. Os veículos, de uma maneira geral, são COMPOSIÇÃO DO TRÁFEGO DE UMA RODOVIA Os veículos, de uma maneira geral, são classificados em leves (automóveis, camionetes, etc) e pesados (caminhões, ônibus, etc.). As contagens de tráfego são feitas com o objetivo de conhecer-se o número de veículos que passa através de um determinado ponto da estrada, durante um certo período, podendo-se determinar o Volume Médio Diário (VMD). Tipos de Postos: CONTAGEM DO TRÁFEGO EM UMA RODOVIA Volume Médio Diário (VMD). Tipos de Postos: � Permanentes (contagem 24 horas por dia, o ano todo). � Postos Sazonais (contagem com vista às safras, ao turismo, festas regionais, etc). � Postos de Cobertura: (Contagem uma vez por ano, durante 48 horas, com vistas ao VMD). Capacidade de uma via (rua ou estrada) é o número máximo de veículos que pode passar por uma determinada seção, em uma CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DO TRÁFEGO DE UMA RODOVIA passar por uma determinada seção, em uma direção ou ambas, durante a unidade de tempo, nas condições normais de tráfego e da via. CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DO TRÁFEGO DE UMA RODOVIA � CONDIÇÕES FÍSICAS � Largura da faixa de tráfego maior ou igual a 3,60m; � Existência de acostamento e que tenha uma distância lateral livre de 1,80m, sem qualquer obstáculo que reduza a visibilidade;de 1,80m, sem qualquer obstáculo que reduza a visibilidade; � Existência de canteiro central (separador); � Altura livre mínima sobre a via de 4,50m (gabarito vertical); � Existência de faixas especiais de aceleração, desaceleração e de retorno nos cruzamentos; Pavimento em boas condições de uso; � Rampa máxima de 2%; � Existência de distância de visibilidade igual ou superior a 450m. � Tráfego composto exclusivamente de veículos de passeio; CONDIÇÕES DE TRÁFEGO � Existência de controle total de acesso; � Fluxo contínuo, livre de interferências laterais de veículos e pedestres. O conceito de nível de serviço está associado às diversas condições de operação de uma via, quando ela acomoda diferentes volumes de tráfego. É uma medida qualitativa do efeito de uma série de fatores, tangíveis e intangíveis, que para efeito prático é estabelecido apenas em função da velocidade desenvolvida na via e da relação NÍVEIS DE SERVIÇO função da velocidade desenvolvida na via e da relação volume de tráfego e a capacidade (V/C). Qualquer seção da via pode operar em diversos níveis de serviço, dependendo do instante considerado, vez que os volumes de tráfego (volumes de serviço) sofrem diversas variações. Assim é que a relação V/C é o principal fator na determinação do nível de serviço. Os valores limites de V/C variam em função da estrada (número de faixas), em função da porcentagem do trecho com distância de visibilidade menor que 450 metros e da velocidade de operação. NÍVEIS DE SERVIÇO e da velocidade de operação. Foram classificados seis níveis de serviço, desde o A (condições ideais de escoamento livre) ao F (congestionamento completo). Os diversos níveis de serviço são assim definidos: NÍVEL A: Condição de escoamento livre, acompanhada por baixos volumes e altas velocidades. A densidade do tráfego é baixa, NÍVEIS DE SERVIÇO densidade do tráfego é baixa, com velocidade controlada pelo motorista dentro dos limites de velocidade e condições físicas davia. Não há restrições devido à presença de outros veículos. NÍVEL B: Fluxo estável, com velocidades de operação a serem restringidas, pelas condições de tráfego. Os NÍVEIS DE SERVIÇO condições de tráfego. Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm condições de ultrapassagem. NÍVEL C: Fluxo ainda estável, porém as velocidades e as ultrapassagens já são controladas pelo alto NÍVEIS DE SERVIÇO controladas pelo alto volume de tráfego. Portanto, muitos dos motoristas não têm liberdade de escolher faixa e velocidade. NÍVEL D: Próximo à zona de fluxo instável, com velocidades de operação toleráveis, mas consideravelmente afetadas NÍVEIS DE SERVIÇO consideravelmente afetadas pelas condições de operação, cujas flutuações no volume e as restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação. NÍVEL E: É denominado também de nível de capacidade. A via trabalha a plena carga e o fluxo é NÍVEIS DE SERVIÇO carga e o fluxo é instável, sem condições de ultrapassagem. NÍVEL F: Descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e com volumes abaixo da capacidade da via. A figura NÍVEIS DE SERVIÇO da capacidade da via. A figura mostra uma via operando em nível F. Formam-se extensas filas e impossibilita a manobra. Em situações extremas, velocidade e fluxo podem reduzir-se a zero. De acordo com o tipo de análise do fluxo de tráfego, podemos expressar os valores em veículos por hora (VPH), tráfego misto ou em unidades equivalentes (UCP) ao carro passeio. . FATOR DE EQUIVALÊNCIA . VEÍCULO FATOR DE EQUIVALÊNCIA Automóveis (Carro de Passeio) 1.00 Ônibus 2.25 Caminhão 1.75 Moto 0.33 Bicicleta 0.20 É o número de veículos que, em certo momento ocupam uma dada extensão de uma via. É expressa em Veículos/Km, UCP/milhas ou UCP/Km. DENSIDADE (CONCENTRAÇÃO) Densidade Máxima para vias Espaçamento médio Nível de Serviço Densidade Máxima para vias c/ Múltiplas Faixas (UCP/mi) Espaçamento médio entre veículos (m) A 12 23 – 26 B 20 18 – 20 C 28 9 – 11 D 34 7 – 9 E 35 - 45 4 – 6 F > 45 < 4 É o número de veículos que atravessam ou ultrapassam uma determinada seção transversal de uma via na unidade de tempo. VOLUME (FLUXO) D*VF = D*VF = D: Densidade de veículos (Veículos/Km) V: Velocidade (Km/h) Uma rodovia é projetada e construída, em princípio, visando possibilitar o seu uso, de forma segura e eficiente, por qualquer VEÍCULOS DE PROJETO de forma segura e eficiente, por qualquer tipo de veículo automotor que seja autorizado a circular em vias públicas, obedecendo às disposições legais vigentes. � DIMENSÕES � LARGURA MÁXIMA = 2,60m � ALTURA MÁXIMA = 4,40m CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN) � COMPRIMENTO TOTAL: � VEÍCULOS SIMPLES = 14,00m � VEÍCULOS ARTICULADOS = 18,15m � VEÍCULOS COM REBOQUE = 19,80m CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN) � PESO BRUTO (Resolução nº 12/98 artigo 2º do CONTRAN) � Total por unidade ou por combinação de veículos = 45t � Por eixo isolado = 10t � Por conjunto de 2 eixos em tandem = 17t � Por conjunto de 2 eixos não em tandem = 15t Veja a tabela completa com as discriminações dos limites para dimensões, peso bruto total e peso por eixo, que devem ser observados para todos os veículos de carga que circulam nas vias terrestres: � http://www1.dnit.gov.br/Pesagem/qfv%20pdf.pdf As Normas do DNER estabelecem, para fins de projeto, os 4 seguintes tipos básicos: Veículo tipo VP: Denominado genericamente por Veículo de Passageiros, compreendendo veículos leves, assimiláveis NORMAS DO DNER Passageiros, compreendendo veículos leves, assimiláveis em termos geométricos e operacionais ao automóvel, incluindo vans, utilitários, pick-up’s, furgões e similares; Veículo tipo CO: Denominado genericamente por Veículo Comercial Rígido, composto por unidade tratora simples (veículo não articulado), incluindo caminhões e ônibus convencionais, normalmente de 2 eixos e 6 rodas; NORMAS DO DNER Veículo tipo O: Denominado genericamente por Ônibus de Longo Percurso, abrangendo veículos comerciais rígidos de maiores dimensões, incluindo ônibus de turismo e caminhões longos, geralmente com 3 eixos (“trucão”), de dimensões maiores que o veículo tipo CO, com comprimentos próximos ao do limite NORMAS DO DNER o veículo tipo CO, com comprimentos próximos ao do limite máximo para veículos simples; Veículo tipo SR: Denominado genericamente por Semi-Reboque, representando os veículos comerciais articulados, com comprimento próximo ao limite para veículos articulados, sendo constituídos normalmente de uma unidade tratora simples com um semi-reboque. NORMAS DO DNER simples com um semi-reboque. Os parâmetros de projeto geométrico estabelecidos pelas normas do DNER consideram o caso geral de atendimento aos veículos tipo CO. NORMAS DO DNER DIMENSÕES BÁSICAS DOS VEÍCULOS DE PROJETO CARACTERÍSTICAS TIPOS DE VEÍCULOS VP CO O SR Largura total do veículo (m) 2,10 2,60 2,60 2,60 (m) Comprimento total do veículo (m) 5,80 9,10 12,20 16,80 Raio mín. roda externa dianteira (m) 7,30 12,80 12,80 13,70 Raio mín. roda interna traseira (m) 4,70 8,70 7,10 6,00 NORMAS DO DNER
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