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Saponificação

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25/08/2017 Saponificação
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_lipidios/saponificacao.htm 1/4
 
 
Saponificação
 
 
Antes de iniciar essa prática, algumas leituras são sugeridas:
Introdução aos lipídios
 
1. Objetivos
 - pesquisar a presença de ligações do tipo éster nas moléculas dos óleos e gorduras;
 - conhecer a reação de produção de sabão partir dos óleos e gorduras;
 - pesquisar o comportamento dos sabões em soluções aquosas contendo ou não óleos e gorduras;
 - reconhecer as características de uma emulsão e sua importância na produção de alimentos.
2. Princípios teóricos
 
 Dentre os lípides mais abundantes na natureza encontramos os óleos e as gorduras. Como vimos, essas
substâncias são formadas a partir da associação de uma molécula de glicerol com três unidades de ácidos graxos
(AG). Por esse motivo, os óleos e as gorduras são ésteres de glicerol ou, ainda, triglicerídeos (TG) e triacilglicerídeos.
Lembrou?? Não?? Então clique aqui para visualizar um exemplo.
 Se os triglicerídeos são formados por ácido graxos, é fácil concluir que o processo inverso, a hidrólise, de um TG
origina uma mistura de ácidos graxos. A hidrólise do óleo de soja, por exemplo fornece uma msitura de diferentes
ácidos graxos:
ÁCIDO GRAXO %
ácido mirístico 0,1
ácido palmítico 10,5
ácido esteárico 3,2
ácido oléico 22,3
ácido linoléico 54,5
ácido linolênico 8,3
ácido araquídico 0,2
ácido eicosanóico 0,9
 Uma maneira de conseguir a "quebra" da molécula do TG em seus ácidos graxos é através do traatamento com
soluções alcalinas concentradas a quente. Essa reação tem como resultado a liberação do glicerol e formação de sais
de ácidos graxos, originados pela incorporação do sódio à molécula de ácido graxo. Esses sais são os SABÕES e a
reação, que é denominada SAPONIFICAÇÃO,é a via de fabricação dos sabões encontrados comercialmente. Veja um
exemplo de sabão que pode ser formado a partir da hidrólise do tripalmitil-glicerol, um dos constituintes do óleo de
soja:
 
 
25/08/2017 Saponificação
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_lipidios/saponificacao.htm 2/4
 O exemplo acima demonstra a formação de um sal de sódio. Os sabões constituídos por sais de sódio (Na+) e
de potássio (K+) são solúveis. Em contrapartida, os sais de cálcio (Ca2+) e magnésio (Mg2+), formados a partir da
reação do lipídeo com Ca(OH)2 e Mg(OH)2, respectivamente, são insolúveis e precipitam. A precipitação é muito útil
no processo de purificação dos sabões e também pode ser feita por adição de ácido forte (como o HCl) ou NaCl.
Qual é a importância dos sabões para a nossa vida diária??
 Se observarmos bem molécula de uma sabão, veremos que ela é constituída por duas porções que apresentam
características distintas:
 Por ser formada por íons, a extremidade carboxílica do sabão é altamente polar e, por esse motivo, tende a se
dissolver em água. Podemos dizer que essa porção da molécula possui caráter hidrofílico (que significa ávido por
água). Em contrapartida, a longa cadeia carbônica (a unidade -CH2 se repete 14 vezes!!!) apresenta acentuado
caráter apolar, sendo denominada porção hidrofóbica da molécula (hidrofóbico significa "avesso" à água). A essas
moléculas, que apresentam caráter hidrofílico e hidrofóbico, polar e apolar, ao mesmo tempo, dá-se o nome de
anfóteras. Elas podem ser representadas da seguinte forma:
 Quando um sabão entra em contato com a água, as porções hidrofóbicas de suas moléculas assumem uma
conformação que as protege do contato com as moléculas de água (altamente polares). A essa conformação dá-se o
nome de MICELA. 
 As moléculas que apresentam caráter anfótero, então, podem interagir simultaneamente com a água e com
substâncias de caráter hidrofóbico, como as gorduras e os óleos. 
PARA PENSAR: Com a ajuda das moléculas anfóteras, é possível unir água e óleo numa mistura homogênea??
3. Procedimento Experimental
 3.1. Material
 Parte I: Reação de Saponificação
 a) Reagentes e soluções
 - óleo de soja
 - solução alcoólica de NaOH 10% *
 - água destilada
 b) Vidraria e instrumental
 
          
 - béquer de 50 mL
 - pipeta de 2 mL
 - pipeta de 10 mL 
 - proveta de 25 mL 
* Preparo da solução alcoólica de NaOH a 10%: dissolver 100g de NaOH em uma quantidade mínima de água
destilada. Em seguida, adicionar etanol (CH3CH2OH) 95% até completar o volume de 100ml.
 Parte II: Formação de sabão insolúvel
 a) Reagentes e soluções
 
 - solução de sabão preparada na parte I
 - solução de cloreto de sódio 35% (NaCl 35%)
 - solução de cloreto de cálcio 10% (CaCl2 10%)
 - ácido clorídrico 0,1N (HCl 0,1N)
  b) Vidraria e instrumental
- 03 tubos de ensaio
 - pipeta de 2 mL
 - conta-gotas ou pipeta Pasteur
 
  Parte III: Estabilização de uma emulsão
 a) Reagentes e soluções
 
  b) Vidraria e instrumental 
25/08/2017 Saponificação
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_lipidios/saponificacao.htm 3/4
 - óleo de soja
 - solução de sabão preparada na parte I
 - água destilada
- 02 tubos de ensaio
 - pipeta de 1 mL
 - pipeta de 10 mL
     b) Procedimento
 Parte I: Reação de Saponificação
 1. Colocar,em um béquer de aproximadamente 70ml, 2 ml de óleo de soja;
 2. adicionar 10 ml da solução de NaOH 10%;
 3. aquecer em banho a 80oC até que a fase líquida desapareça e seja formada uma camada levemente
endurecida;
 4. acrescentar 20ml de água destilada e agitar até a completa dissolução do sabão (talvez seja preciso aquecer
levemente a mistura).
 5. observe e anote os resultados.
 
  Parte II: Formação de sabão insolúvel
 1. Numerar três tubos de ensaio e proceder de acordo com a tabela abaixo:
TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3
solução de sabão* 2 ml 2 ml 2 ml
solução de NaCl 5 gotas - -
solução de HCl - 5 gotas -
solução de CaCl2 - - 5 gotas
 
 * Se necessário, leve a mistura (sabão) obtida na parte I novamente ao banho-maria para dissolução.
 
 2. misturar por agitação e deixar em repouso por alguns minutos;
 3. observe os resultados.
 
 Parte III: Estabilização de uma emulsão
 1. Numerar dois tubos de ensaio e proceder de acordo com a tabela abaixo:
TUBO 1 TUBO 2
óleo de soja 0,5 ml 0,5 ml
água destilada 10 ml -
solução de sabão - 10 ml
 2. agitar vigorosamente os tubos por inversão;
 3. observe os resultados imediatamente;
 4. deixar em repouso por 10 minutos e anotar os resultados.
Veja as fotos desse experimento
 
 Como vimos, a saponificação baseia-se na adição de uma base forte ao sistema contendo os triglicerídeos.
Assim, se pudermos determinar a quantidade de base necessária para saponificar todo o conteúdo lipídico de uma
amostra (o que pode ser feito através da simples titulação com um ácido), teremos o chamado Índice de
Saponificação (I.S). Esse índice é definido como a massa de base necessária para saponificar 1g de óleo, e é muito
útil na caracterização do óleo ou gordura.
 
 
25/08/2017 Saponificação
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_lipidios/saponificacao.htm 4/4
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