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PLANTAS TÓXICAS Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4 Plantas nefrotóxicas 1- Thiloa glaucocarpa Sintomas: Edemas subcutâneos (posterior a coxa, períneo, região supramamária, prepúcio, escroto, latero-inferior do abdômen, extensão até a barbela e escápula). Casos de ascite marcada, outros sem edema (“ventaseca”). Outros: anorexia, parada ruminal, fazes ressequidas (esferas), muco ou pastosas, com estrias de sangue, ou pretas e fétidas. Focinho seco, corrimento catarral, às vezes sanguinolento com crostas nas narinas, emagrecimento progressivo, polidipsia, andar lerdo e arrastado, hipotermia, FC e FR normais, pêlo áspero. Patologia clínica: aumento de uréia, creatinina, bilirrubina total, albuminúria Achados de necropsia: Edemas e derrames serosos (popa-inchada, inchada, venta-seca); Rins e fígado; Tubo digestivo e trato respiratório Histopatologia: Nefrose tubular tóxica; necrose hepática paracentral – coelhos Diagnóstico: Histórico (só início da chuva) e clínica (edemas/derrames) característicos; “venta-seca” - histopatologia Diagnóstico diferencial: Outras plantas: Dimorphandra spp (cerrado, época seca); Amaranthus spp: histórico; Outros agentes nefrotóxicos: gentamicina, metais pesados, etc] Princípio tóxico: vescalagina, castalagina, estaquiurina e casuarinina Tratamento: Sob condições práticas não há tratamento específico. Glicose, purgantes (diálise impossível) Profilaxia: Retirar gado até 5 dias após a 1ª chuva - 1 mês. Outra alternativa é administrar volumosos (cana etc) 2- Amaranthus spp - Amaranthaceae Tipos de intoxicação: oxalatos; nitratos/nitritos/metemoglobinemia; necrose tubular renal Distribuição e habitat: terrenos baldios, lavouras anuais e perenes (invasora), solos férteis de todo o Brasil. Condições em que ocorre a intoxicação: * Lavouras de soja, sorgo e milho, respectivamente, A.hybridus, A.blitum e A. spinosus * Estiagem (nasceram pouco) ou resteva (milho) * Melancia – Amaranthus spp. * Suínos – ingestão espontânea * Alimentação humana Partes e quantidades tóxicas: Ingestão de grandes quantidades por 5 a 30 dias (geral); Mais tóxica em frutificação; Suínos: 2kg/dia (500 g/kg total) morte antes do 10° dia; Planta dessecada aparentemente perde parte da toxidez. Evolução: 3 a 15 dias Sintomas, achados de necropsia e histopatologia: De forma geral, semelhantes ao observado na intoxicação por Thiloa glaucocarpa; Presença de sementes no estômago; Em raros casos há presença de cristais refringentes nos túbulos uriníferos; Suínos (exp) necrose de miócitos cardíacos (hipocalemia?) Diagnóstico: Atenção à eventual ingestão de grandes quantidades (inspeção) e presença de sementes no estômago/abomaso. Diagnóstico diferencial: Vide T. glaucocarpa Princípio tóxico e profilaxia: Oxalatos e nitratos - eventualmente presentes; Princípio desconhecido; ! Roçagem: cuidado Plantas que afetam a musculatura esquelética 1- Cassia (Senna) occidentalis Sintomatologia: Bovinos – diarréia, tremores musculares, relutância em mover-se, andar incoordenado, decúbito, mioglobinúria. Ev. 2 a 6 dias. Eqüinos – apatia, tremores musculares, incoordenação motora, andar cambaleante, taquicardia, desfecho (elevação de CPK e AST e GGT). Suínos – anorexia, apatia, diarréia, vômitos, dificuldade de locomoção, ataxia, dispnéia, dorso arqueado, urina amarelo-escura, decúbito, sentados sobre os membros posteriores, alguns depois constipação. Necropsia: Bovinos – áreas pálidas nos músculos glúteos e longissimus dorsii, urina de cor marron-escura, rins escuros, por vezes discretas áreas pálidas no miocárdio. Eqüinos – fígado de noz-moscada. Suínos – palidez de músculos esqueléticos e miocárdio, urina amarelo-escura, fígado mais claro, com lobulação mais evidente. Histopatologia: musculatura – degeneração e necrose e regeneração, proliferação de céls satélites, macrófagos etc. Fígado – necrose individual?, vacuolização difusa. Miocárdio – vacuolização. Diagnóstico: Distúrbios de locomoção, associados a mioglobinúria e ingestão da planta são muito sugestivos. Diagnóstico diferencial: Doença dos músculos brancos, rabdomiólise eqüina, síndrome do estresse e hipertermia maligna em suínos, antibióticos ionóforos. Tratamento: desconhecido. Profilaxia: Cuidado para não incluir sementes ou feno na alimentação dos animais; evitar pastagem muito invadidas se os animais passam por restrição alimentar.
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