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Prof. Fellipe Cavallero
Aula 3: Técnicas de tradução
OFICINA DE TRADUÇÃO II: POESIA (INGLÊS)
Aula 3: Técnicas de tradução
OFICINA DE TRADUÇÃO II: POESIA (INGLÊS)
Agenda:
Revisão conceitos-chave: UT, Tradução Literal & Semântica;
Fluência & Transparência;
O triângulo Autor-Tradutor-Leitor;
Palavra por palavra ou Pensamento por pensamento?
O plano cartesiano
Exemplos: Dois sonetos de Shakespeare x Comic Strip;
Resumo;
Bibliografia.
Aula 3: Técnicas de tradução
OFICINA DE TRADUÇÃO II: POESIA (INGLÊS)
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Definição Tradução:
Uma tradução corresponde, basicamente, à transposição de um texto de uma língua (língua de partida) para outra (língua de chegada) através de um método reflexivo, ou seja, os processos de análise e execução devem ser feitos tendo-se em mente o produto final, o texto traduzido, devendo o tradutor verificar o quanto da unicidade do texto original pôde ser mantida, sem, entretanto, gerar um texto que não faça o menor sentido.
Tradução → atividade reflexiva com foco no processo e no produto
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Exemplo: Soneto 18 – Shakespeare – Versão 1
“Shall I compare thee to a summer´s day?
Thou art more lovely and more temperate”...
“Devo igualar-te a um dia de verão?
Mais afável e belo é o teu semblante”...
(BARROSO, Ivo. William Shakespeare: 50 sonetos. Pág. 32-33)
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Exemplo: Soneto 18 – Shakespeare – Versão 2 
“Shall I compare thee to a summer´s day?
Thou art more lovely and more temperate”...
“Poderei comparar-te a um dia de Verão?
Mais serena, tu és também sempre mais amável;”
(SILVA, A.M. Literatura inglesa para brasileiros, p. 5)
Quais decisões um tradutor deve tomar para que o resultado final seja um texto coeso e coerente, mantendo-se a essência do original?
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Unidade de Tradução:
“A unidade de tradução é um segmento do texto de partida, independente de tamanho e forma específicos, para o qual, em um dado momento, se dirige o foco de atenção do tradutor. Trata-se de um segmento em constante transformação que se modifica segundo as necessidades cognitivas e processuais do tradutor. A unidade de tradução pode ser considerada como a base cognitiva e o ponto de partida para todo o trabalho processual do tradutor”. (Alves, 2000, p. 38).
Unidade de Tradução → partes do texto de partida que estão em foco no momento da tradução
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Tradução Literal:
“Tradução literal é verter determinada expressão, oração, período ou frase palavra por palavra, com equivalência 1:1 entre a língua de partida e a língua de chegada.” (SAID, Fábio. Fidus interpres, p. 113-114).
Ex.: “The agreement includes Central and South America as well as the Caribbean with special focus on Brazil and Chile”.
Tradução: “O contrato abrange a América Central e America do Sul, assim como o Caribe, com foco especial no Brasil e Chile”.
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Tradução semântica:
“Na tradução semântica... opta-se por traduzir o sentido em vez de seguir a correspondência palavra por palavra entre o original e a tradução ou em vez de priorizar a forma. Na verdade, recorre-se à tradução semântica com muito maior frequência, pois é raro haver correspondência palavra por palavra entre duas línguas... “
(SAID, Fábio. Fidus interpres, p. 114).
Ex.: “The early bird catches the worms”.
Tradução: “Deus ajuda quem cedo madruga”.
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Palavra por palavra ou Pensamento por pensamento? - I
Um erro muito comum, entre os tradutores principiantes, está o da preocupação constante com a fidelidade ao original. Em muitos casos, o profissional produz versões estranhas de textos traduzidos que acabam se distanciando da intenção do autor do original. 
A necessidade de verificação de possíveis adaptações será essencial para que o resultado final não seja comprometido.
 
Ponto-chave: Nem sempre a tradução termo a termo resultará na melhor escolha
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Palavra por palavra ou Pensamento por pensamento? - II
A tradução pensamento a pensamento costuma resultar em textos mais fluentes ou transparentes. 
Isso se deve ao fato de serem levados em conta fatores de natureza cultural e social, buscando-se refletir como um determinado trecho, inicialmente problemático, teria sido dito na língua/cultura-alvo.
Exemplo 01: http://www.peanuts.com/comics/
 
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Palavra por palavra ou Pensamento por pensamento? - III
Exemplo 02: Soneto 19 – Shakespeare
“Devouring Time, blunt thou the lion´s paws,
And make the earth devour her own sweet brood;
Pluck the keen teeth from the fierce tiger´s jaws,
And burn the long-liv’d phoenix in her blood”.
 
 
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Palavra por palavra ou Pensamento por pensamento? - III
Exemplo 02: Soneto 19 – Shakespeare (TRADUÇÃO)
“Tempo voraz, ao leão cega as garras
E à terra fazes devorar seus genes;
Ao tigre as presas hórridas desgarras
E ardes no próprio sangue a eterna fênix”.
(BARROSO, Ivo. William Shakespeare: 50 sonetos. Pág. 34-35)
 
 
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Ponto de equilíbrio: fluência e transparência
Idealmente, o texto traduzido deve oferecer ao leitor a experiência vivida por aqueles que têm/tiveram acesso ao texto original, ou seja, ao nos depararmos com uma obra traduzida, deveríamos:
Ler o texto sem notar quaisquer sinais de que o mesmo configura uma tradução;
Vivenciar as mesmas reações psicológicas e emocionais;
Executar uma leitura sem interrupções devido a inadequação de alguns trechos traduzidos;
Perceber a essência do pensamento/das ideias da obra original;
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Fluência e transparência: critérios avaliativos
Se traçarmos como variáveis os elementos fluência e transparência, o sucesso de uma tradução estaria diretamente dependente do quanto o texto traduzido não se parece, de fato, com uma tradução. O objetivo, então, seria transpor a essência de uma mensagem na língua A para a língua B de modo a deixar o menor número possível de evidências do processo tradutório. 
Consequentemente, o leitor dificilmente saberia que está diante de um texto traduzido, a menos que seja avisado sobre o fato. 
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Fluência e transparência: visualmente
fluência
transparência
+
-
-
-
Autor → Tradutor → Leitor 
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Resumo: 
Revisão conceitos-chave: UT, Tradução Literal & Semântica;
Fluência & Transparência;
O triângulo Autor-Tradutor-Leitor;
Palavra por palavra ou Pensamento por pensamento?
O plano cartesiano
Exemplos: Dois sonetos de Shakespeare x Comic Strip;
 
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OFICINA DE TRADUÇÃO II: POESIA (INGLÊS)
Bibliografia:
BARROSO, Ivo. William Shakespeare: 50 sonetos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
SAID, Fabio M. Fidus interpres: a prática da tradução profissional. São Paulo: Edição do autor, 2011.
SILVA, Alexandre Meireles. Literatura inglesa para brasileiros. Rio de Janeiro: Editora Moderna, 2006.
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