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artigo ufsc paradoxos filosofia da educação (1)

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BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 1 
O paradoxo da filosofia da educação: 
Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 
 
 
 
José Lucas Pedreira Bueno 
1,2,3
 
1 
Unis-MG - Centro Universitário do Sul de Minas - Brazil (www.unis.edu.br) 
2
 Vias - Instituto Virtual de Estudo Avançados - Brazil (www.vias.org.br) 
3
 Professor, Dr. 
 
 
Neste trabalho é apresentada uma visão geral sobre a realidade escolar, evidenciando que os 
métodos pedagógicos diretivo e não-diretivo beneficiam a conformação de uma educação 
alienada para formar sujeitos alienados, fragmentando a consciência humana em passado, 
presente e futuro dissociados de suas relações políticas, históricas e evolutivas. O método 
pedagógico relacional forma os sujeitos em cidadãos críticos de visão e ação transformadora 
do mundo que os abrigam. Assim, salienta-se a necessidade de se construir mecanismos 
para alertar a comunidade educacional sobre os desvios alienantes da pedagogia liberal e 
ressalvar os benefícios da pedagogia relacional para superar o estado de alienação. 
 
Palavras-chave: Filosofia da Educação; Marxismo; Liberalismo, Ensino-aprendizagem 
 
In this work a general vision on the pertaining to school reality is presented, evidencing that 
the pedagogical methods directive and not-directive benefit the conformation of a mentally ill 
education to form mentally ill citizens, breaking up the conscience human being in past, 
dissociados gift and future of its relations politics, historical and evolutionary. The relationary 
pedagogical method forms the citizens in critical citizens of vision and transforming action of 
the world that shelters it. , thus salient necessity of if constructing mechanisms to it to alert the 
educational community on alienator shunting lines of the liberal pedagogia and to except the 
benefits of the relationary pedagogia to surpass the alienation state. 
 
Keywords: Philosophy of the Education; Marxism; Liberalism, teach-learning 
 
 
1 Considerações iniciais 
 
As ações empreendidas para o desenvolvimento humano, social e econômico 
organizam-se em duas filosofias hegemônicas: o liberalismo e o marxismo. Estas 
duas vertentes prevaleceram sobre as demais visões de mundo a partir de 1945, 
final da Segunda Guerra Mundial. Hoje, após “a queda do Muro de Berlim”, 
prevalece o liberalismo. 
 
Segundo Campos (2001) o liberalismo se fundamenta em cinco conjeturas: 
individualismo, liberdade, propriedade, igualdade e democracia. 
 
Para este autor, estes pressupostos são inerentes uns aos outros e são vistos como 
direitos individuais. O Estado deve garanti-los e nunca usurpá-los. O Estado deve 
ser estabelecido com a participação de todos os indivíduos, de forma representativa 
ou direta. Um direito individual termina onde começa outro direito individual. A 
BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 2 
propriedade, a evolução ou ascensão social são vistos como frutos do trabalho e 
talento individual. Dessa forma, considera-se que quando cada indivíduo evoluir, a 
sociedade vai evoluir junto. A liberdade é a condição básica para cada indivíduo 
evolucionar e, conseqüentemente, sua sociedade. A igualdade só é considerada 
comum ao componente social, de forma que o liberalismo não assimila a igualdade 
ao componente econômico. No aspecto econômico, todos têm os mesmos direitos 
de buscar suas condições, não de tê-las. 
 
Com base no Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e Engels (1848) 
pode-se definir que é denominado marxismo a concepção que analisa a história 
como o resultado da luta entre as classes sociais. Percebendo que no capitalismo 
ocorre a oposição entre burgueses – proprietários dos meios de produção – e 
proletários, que vendem sua força de trabalho aos burgueses. Construindo assim 
uma dependência perversa entre proletários e proprietários, em que o proletário não 
tem outra opção para alcançar sua subsistência, senão pela alienação de suas 
capacidade físicas e mentais pelo proprietário. O marxismo instiga que o comunismo 
vai superar o capitalismo como síntese de uma contradição. O marxismo é entendido 
como a etapa final da organização político-econômica humana, sem a opressão do 
Estado e seu favorecimento às classes dominantes e o estabelecimento de uma 
sociedade coletiva, a partir de um estágio intermediário de organização da classe 
trabalhadora como força revolucionária para instaurar uma ditadura do proletariado. 
Para a educação, progressivamente vem-se adotando e praticando os conceitos da 
interpretação histórica (sem a valorização do herói), a libertação, a problematização, 
a crítica, a superação da alienação e a organização social, coletiva, solidária e 
igualitária. 
 
O Muro de Berlim caiu em 9 de novembro de 1989, pondo fim à Guerra Fria, quando 
houve os procedimentos oficiais para a reunificação das duas Alemanhas, que 
compuseram a República Alemã e recompuseram os dois blocos divididos do 
mundo. 
 
Entretanto, o liberalismo e o marxismo ainda são as duas vertentes que se 
estruturam como alicerces das discussões e interpretações dos fenômenos 
históricos, sociais e econômicos, principalmente pela educação. As instituições 
sociais representam esta condição em suas instâncias e se evoluem desenvolvendo-
se sob suas influências políticas e de poder. 
 
Por isso, neste artigo aborda-se a realidade escolar com seus pressupostos e 
pendores filosófico-políticos, procurando evidenciar suas interferências nas visões 
pedagógicas e conseqüentemente na formação dos alunos. 
 
A partir destas considerações, destaca-se que este trabalho desenvolve-se com a 
abordagem qualitativa para investigar e interpretar, por meio da análise crítica dos 
trabalhos de autores das áreas de ciências humanas e sociais aplicadas, buscando 
reconhecer o valor das idéias e dos fenômenos apresentados, de acordo com o grau 
de analogia desses com o foco do estudo, para elaborar um conhecimento global e 
significativo. Portanto, é um estudo de caráter bibliográfico que considera o 
conhecimento já elaborado de forma teórica e empírica e apresentado por 
pesquisadores em livros e artigos científicos como material de subsídio para o objeto 
buscado. 
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É importante destacar que as normatizações e parâmetros científicos seguidos nesta 
trabalho foram adotados com duas bases teóricas principais: Triviños (1987) e Silva 
e Menezes (2001) e quatro outras adjacentes: Severino (1985) e (1994), Eco (1989), 
Becker (1999) e Thiollent (1997). 
 
Assim, propõe-se uma reflexão teórica para alcançar resultados descritivos sobre a 
problemática exposta. 
 
 
2 O liberalismo e o marxismo como alicerces de discussões e interpretações 
do mundo 
 
Durante o período da Guerra Fria (1945-1989), que iniciou após a Segunda Guerra 
Mundial (1939-1945) as aspirações políticas, econômicas e filosóficas 
compreendiam duas grandes visões de mundo, resultado da divisão simbolizada 
pelo Muro de Berlim, que separava os Países do Ocidente, liderados pelo Estados 
Unidos da América - EUA, de viés capitalista e democrático; dos Paises do Leste, 
liderados pela extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS, de viés 
comunista e antidemocrático. 
 
Esta divisão era a principal fonte das reflexões filosóficas da humanidade, pois eram 
duas visões de mundo antagônicas que se contrapunham e existiam filosoficamente 
equilibradas para estabelecer a constante superação de suas limitações, fragilidades 
e equívocos. 
 
Com o fim da Guerra Fria, esta fonte de reflexões começou a esmorecer. O mundo 
passou a se ver sem a necessária contradição para evoluir criticamente. A 
humanidade passou a se inclinar para um pensar preponderadopela identidade 
capitalista, valendo-se da individualidade e da imediatidade, com bases na 
descrença moral, ética e humana da construção histórica, para superar e suprir suas 
necessidades. 
 
Assim, estabeleceu-se um estágio aparentemente antidialético para a humanidade, 
que demanda julgamentos mais ponderados e críticos, para não estimar 
levianamente as questões de interesse universal. 
 
Com o desmonte da URSS, simbolizado pela "queda do Muro de Berlim" em 1989, 
constituiu-se a hegemonia norte americana que expandiu as fronteiras para suas 
ideologias, que preconizam basicamente um sistema econômico e social 
fundamentado na propriedade privada dos meios de produção, no livre 
funcionamento do sistema de preços e na organização da produção objetivando 
exclusivamente o lucro e conseqüentemente aplicando o trabalho assalariado, a 
automação e a mecanização das profissões. Tudo garantido, defendido e promovido 
pelo Estado. 
 
Durante os trinta anos em que o Muro de Berlim separou as duas Alemanhas, 
dividindo o mundo em dois blocos político-econômicos hegemônicos havia uma 
insegurança de que esta separação poderia terminar com uma guerra nuclear, mas 
também havia a certeza de que no dia seguinte tudo poderia ser diferente. Havia 
esperança de viver uma história evolutiva, com a expectativa que o dia de amanhã 
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não seria uma repetição subjetiva e material do dia de hoje. Havia, no entanto, um 
campo aberto para a esperança de que o amanhã poderia ser melhor para todos 
que eram excluídos das possibilidades de subsistência na sociedade atual. Havia a 
esperança de que um dia aqueles que eram privados de consumir produtos e 
serviços seriam incluídos ou que as mercadorias seriam de alguma forma 
acessíveis. 
 
Segundo a filosofia freireana, a esperança e a liberdade são questões ontológicas. 
Portanto, pertencentes à alma humana ou, pelo menos deveriam ser. Com a 
predominância do pensamento liberal-capitalista, a esperança tende a ser atrofiada 
pelo comportamento dos políticos, empresários e trabalhadores, pela mídia e pelo 
processo educacional de tendência plenamente liberal. Pois, a repetição das coisas 
subjetivas e materiais para manter o status quo da ação capitalista sobre a vida e o 
pensamento humano são conseqüências da alienação ratificada pelo autoritarismo 
do capital. 
 
Nos últimos anos percebe-se a ascensão da preocupação pelo tema do pensamento 
político-filosófico inerentes ao processo de ensino-aprendizagem para a formação e 
promoção da cidadania dos estudantes. Não de forma muito diferente, o mesmo 
interesse é manifestado pelos governos, pelas escolas e universidades públicas e 
privadas, pelos meios de comunicação e por várias outras instituições sociais, no 
entanto, de forma frágil e aparente, pois o imperativo capitalista parece ser um 
elemento de contradição mais fácil de ser assimilado e mais difícil de se reagir 
contra, que o elemento crítico-histórico-social. O que se tem é muita preocupação 
individual e pouca ação social para reverter a questão. 
 
Este contexto é agravado com a internacionalização da economia e a globalização 
positivada conforme previu McLuhan (1972), que o mundo se tornaria em uma 
“aldeia global”. Esta metáfora descreve o fenômeno que faz dos tempos atuais uma 
era de mudanças e conexões aceleradas e imediatistas. Como conseqüência, reduz 
o consumo em suas dimensões simbólica e material em elementos definidores da 
modernidade e bem-estar. A vontade de “consumir por consumir”, equivocadamente, 
tornou-se e vem se fixando como uma questão ontológica, reduzindo a humanidade 
ao consumismo e ao imediatismo. 
 
A cultura universal estará comprometida se não se instalarem debates e ações 
concretas para mudar este movimento de esfera ético-cultural. As políticas nacionais 
e internacionais devem levar em conta que este processo interrompe a história 
humana e estabelece a história material. O homem nunca pertenceu tanto ao 
material como agora. Todos as abstrações parecem ser desinteressantes e inúteis. 
 
As teorias, inclusive, a Pedagogia da Libertação de Paulo Freire comprovam o 
descrito anteriormente e propõe um projeto para que a escola mude e, 
conseqüentemente, transforme a sociedade, pois segundo a sua visão, o trabalho 
educacional é em si um trabalho político, por isso não existe educação neutra. A 
educação pode ser deliberadamente marxista ou liberal, sendo esta última fruto e 
causadora de uma ingenuidade alienada e conseqüência da extrema polarização da 
sociedade no esquema capitalista. 
 
BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 5 
Progredir até a superação das limitações individualistas, imediatistas, ratificantes e 
alienantes da desproteção econômico-social é um desígnio consciente e viável 
somente através da atividade educacional. Pois, na ocasião em que as pessoas 
estão sendo formadas, as sementes Humanas devem se cultivadas e as raízes 
Materialistas aparadas, para controlar sua demasia. 
 
A educação ainda pode transformar os estudantes passivos e alienados em 
cidadãos ativos com relação ao domínio capitalista, para agirem como protagonistas 
e críticos deste sistema, com vistas a melhorar sua qualidade de vida, cooperar para 
um desenvolvimento econômico estável e sustentável, com eqüidade social, 
proteção do meio ambiente e com fortalecimento das instituições democráticas. 
 
 
3 O conteúdo informa e o método de ensino forma 
 
As conjeturas básicas da filosofia educacional liberal são as reproduções material e 
subjetiva e uma falsa autonomia com base na dependência/alienação alheia e os 
pressupostos básicos da filosofia educacional marxista são a transformação crítica, 
material e subjetiva e a autonomia com base na consciência para diminuir as 
desigualdades humanas e sociais. 
 
A escola como instituição social vai representar estas discussões suscitando 
interpretações e ações conforme a vertente mais bem plantada e disseminada entre 
seus membros, sendo o processo de ensino-aprendizagem o principal responsável 
pela construção dos valores políticos dentro da escola. Pois, os conteúdos informam 
e as formas de ensinar e aprender são o que formam os sujeitos. 
 
Conforme Campos (2001): 
 
A partir da década de 80, a educação brasileira, acompanhando o 
que já acontecia em grande parte dos países ocidentais, foi 
fortemente influenciada por duas ideologias, o Liberalismo e a 
Dialética de origem marxista. Tudo indica que versões atualizadas 
destas duas visões de mundo determinarão nossa educação no 
futuro. Ambas têm suas raízes no paradigma cartesiano-newtoniano, 
mais conhecido como modernismo. Portanto, embora se constituam 
em tendências para o início de um novo milênio, suas origens mais 
remotas estão no final do século XVI. 
 
É importante considerar que a escola é uma instituição construída por relações 
sociais, objetivos humanos e subordinada à conjuntura política, que por sua vez, é 
subordinada às condições econômicas de seu país e região. A escola agrega um 
conjunto de indivíduos que se relacionam entre si, buscando alcançar condições de 
obter e manter a autonomia e a consciência própria sobre seus direitos, deveres, 
desígnios e condições de subsistência na sociedade hodierna, ponderada neste 
trabalho como Sociedade Industrial. 
 
Por isso, a importância de se construir a consciência de forma dialética e crítica e 
não de forma distorcida e com pseudoconhecimentos que ratificam a alienação 
social. Campos (2001) entende que a “teoria crítica acredita que, se a educação não 
pode tudo, alguma coisa fundamental a escola pode fazer”. 
 
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Dentre os objetivos da escola, estão universalmentedeclarados o de 
desenvolvimento humano e social, que são fundamentados em várias teorias e 
práticas educacionais, que por sua vez são também abalizadas em duas principais 
filosofias de educação: a liberal e a marxista. 
 
Ambas as filosofias de educação buscam o desenvolvimento humano e social, a 
diferença está nas primazias e associações que cada uma apresenta para suas 
propostas. A liberal tem duas concepções pedagógicas: a não-diretiva, que dá 
primazia ao aluno em detrimento do conhecimento (e da participação do professor) e 
a diretiva que dá primazia ao conhecimento (e à participação do professor) em 
detrimento do aluno. A filosofia marxista tem uma concepção pedagógica, a 
relacional, que considera indissociáveis o sujeito e o conhecimento, sendo 
desnecessário e redundante declarar sua não primazia a nenhum dos agentes 
determinados. No entanto, é importante especificar que esta concepção é construída 
pela relação de significados entre os dois agentes determinantes (aluno e professor), 
por um processo que constrói, problematiza e reconstrói conotações entre os 
conhecimentos. A visão relacional considera teoria e prática indissociáveis e de igual 
importância para o processo de ensino-aprendizagem. 
 
Os resultados dos processos educacionais são o desenvolvimento de seres 
humanos dependentes e alienados, quando formados por práticas educacionais de 
viéis liberais, e seres humanos autônomos, quando formados por práticas 
educacionais de viéis marxistas, conforme figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura1: Concepções e resultados dos processos educacionais 
 Fonte: (o autor) 
FILOSOFIA 
LIBERAL MARXISTA 
P
S
IC
O
L
O
G
IA
 APRIORISTA 
COMPORTAMENTALISTA 
INTERACIONISTA 
P
E
D
A
G
O
G
IA
 NÃO-DIRETIVA 
DIRETIVA 
RELACIONAL 
F
O
R
M
A
Ç
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 ALIENADA 
ALIENADA 
CONSCIENTE 
C
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V
E
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G
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IA
A
 
PARA O SUJEITO 
PARA O OBJETO 
PARA AMBOS INDISSOADOS 
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Historicamente a luta de contrários entre as idéias e ações liberais e marxistas vem 
evoluindo e transpassando por todas as esferas sociais culturalmente e 
dinamicamente, mormente nas relações educacionais e de trabalho, até mesmo na 
meta-condição da educação ser também uma forma de trabalho. 
 
Conforme Rocha (2004, p.160): 
 
No estágio da subsunção material, do mercado mundial realizado, a 
vida, o trabalho e a formação/educação se confundem. A escola 
disciplinar e que confina dá lugar à escola aberta, mudando a forma 
escolar e o sentido da formação – que era condicionada por um 
conjunto de atos pedagógicos, didáticos, disciplinares etc., que 
dariam forma cognitiva e moral ao discente, demandando um longo 
processo de formação e/ou instrução/adestramento. individualizar 
pela escola significava prepara para uma atividade que, dependendo 
da divisão do trabalho e das hierarquias socioeconômicas vigentes, 
determinaria a posição de cada sujeito no corpo social. 
 
Segundo Pessanha, Daniel e Menegazzo (2004, p.58): 
 
Embora cultura escolar não seja um conceito simples de delimitar, 
considera-se que na escola foram sendo historicamente construídas 
normas e práticas definidoras dos conhecimentos que seriam 
ensinados e dos valores e comportamentos que seriam inculcados, 
gerando o que se pode chamar de cultura escolar. Conhecimentos, 
valores e comportamentos que, embora tenham assumido uma 
expressão peculiar na escola, e, principalmente, em cada disciplina 
escolar, são produtos e processos relacionados com as lutas e os 
embates da sociedade que os produziu e foi também produzida nessa 
e por essa escola. 
 
Segundo Bueno (2005), é importante salientar que foi Heráclito, por volta de 500 
a.C., que concebeu a compreensão da realidade do mundo como algo dinâmico, em 
contínua transformação. “Para ele, a vida era um fluxo constante, impulsionada pela 
luta de forças contrárias: a ordem e a desordem, o bem e o mal, o belo e o feio, a 
construção e a destruição, a justiça e a injustiça, o racional e o irracional, a alegria e 
a tristeza etc”. Heráclito afirmava que “a luta é a mãe, rainha e princípio de todas as 
coisas” e que é esta luta ou guerra entre forças opostas que faz as coisas e as 
pessoas se modificarem e evoluírem. 
 
No entanto, o resultado da evolução histórica da humanidade revela que as 
condições sociais privilegiadas da classe liberal são reforçadas sobre a alienação da 
classe trabalhadora, imprimindo a ratificação do trabalhador pelas raras condições 
de superação de sua alienação, seja pela educação ou pelo trabalho conscientes. 
 
Como ocorre com qualquer outra instituição com as características da escola, a 
alienação, imperativa sobre a sociedade industrial, é um fenômeno a ser superado 
todos os dias, exercendo a capacidade de refletir sobre a dialética dos 
pensamentos, políticas e coisas que interferem e reforçam a conjuntura, em 
detrimento da sustentabilidade social. 
 
No entanto, reconhecidamente, a sociedade industrial contemporânea prestigia o ser 
humano que exercita sua faculdade de se gerir por si mesmo, com base em seu 
caráter crítico, que lhe garante liberdade de ação e independência moral e 
BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 9 
intelectual, além de condição para poder escolher as leis que regem sua conduta. 
De acordo com este raciocínio, a sociedade contemporânea privilegia o cidadão 
autônomo e crítico. 
 
Nesta circunstância, estabelece-se o paradoxo sócio-educacional, que identifica um 
conceito que é ou parece contrário ao comum, por semelhar-se a uma contradição, 
pelo menos na aparência, devido ao contra-senso das práticas pedagógicas 
baseadas em concepções liberais e marxistas de educação apresentarem resultados 
invertidos aos de seus pressupostos. 
 
Portanto, a assertiva básica que se constrói é a de que a educação de pressupostos 
marxistas forma cidadãos autônomos e a educação de pressupostos liberais forma 
alienados/dependentes. Pela própria natureza desta afirmativa, os pressupostos que 
a impuseram, estabelece o paradoxo. 
 
Segundo IPF (2005), a alienação é definida: 
 
Quando uma pessoa fica privada da razão e perde o domínio de algo 
que lhe pertence. Processo mediante o qual o povo, em grupo, um 
indivíduo se vê estrangeiro (cego, estranho, perdido) a si mesmo. Isto 
pode suceder em nível econômico, político, cultural etc., ou seja, que 
a pessoa não sabe o que está havendo com ela mesma e como não 
reflete sobre o que acontece, atua como um estrangeiro que chega a 
um lugar que não conhece e se sente perdido. A televisão, o rádio, 
alguns partidos políticos, algumas religiões etc., alienam as pessoas, 
para fazer pensar de acordo com suas intenções (interesses). A 
alienação consiste na visão que se dá a visões 'focalistas' dos 
problemas não colocando em relevo as dimensões da 'totalidade'. É, 
em outras palavras, a focalização de aspectos parciais da realidade 
em vez da visão de conjunto dessa mesma realidade. Tal modo de 
ação, pela alienação, torna difícil a percepção crítica da realidade e, 
automaticamente, vai isolando os oprimidos da problemática. 
 
Destarte, neste trabalho, segundo a compreensão e análise da realidade escolar, 
evidenciar-se-á que os métodos pedagógicos diretivo e não-diretivo beneficiam a 
conformação de uma educação alienada para formar sujeitos alienados, 
fragmentandoa consciência humana em passado, presente e futuro dissociados de 
suas relações políticas, históricas e evolutivas; e que o método pedagógico 
relacional forma os sujeitos em cidadãos críticos de visão e ação transformadora do 
mundo que o abriga. Assim, salienta-se a necessidade de se construir mecanismos 
para alertar a comunidade educacional sobre os desvios alienantes das pedagogias 
liberais e ressalvar os benefícios da pedagogia relacional para superar o estado de 
alienação. 
 
Bordenave (1998, p.68) expõe claramente que: 
 
"A opção metodológica feita pelo professor pode ter efeitos decisivos sobre a 
formação do aluno, de sua cosmovisão, de seu sistema de valores e, 
finalmente, de seu modo de viver. Alguém disse uma vez que enquanto os 
conteúdos informam os métodos de ensino formam. Efetivamente dos 
conteúdos de ensino o aluno aprende datas, fórmulas, estruturas, 
classificações, nomenclaturas, causas, efeitos etc. Dos métodos ele aprende 
a ser livre ou submisso; seguro ou inseguro; indisciplinado ou organizado; 
competitivo ou cooperativo. Dependendo de sua metodologia o professor 
BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 10 
pode contribuir para gerar uma consciência crítica ou uma memória fiel, uma 
visão universalista ou uma visão estreita e unilateral”. 
 
Nessa perspectiva, salienta-se a importância da consciência sobre a "complexidade 
da sociedade urbanizada industrial ou pós-industrial" (CAMPOS, 2001) para superar 
o estado de alienação dos organismos de construção do tecido social, como a 
escola e o trabalho, como maneira de formar cidadãos plenos, em vez de indivíduos, 
alienados, néscios e reprodutores condicionados. 
 
 
4 Pressupostos da Educação 
 
O processo de ensino-aprendizagem é elaborado basicamente com pressupostos 
filosóficos, psicológicos e pedagógicos. As influências de cada uma destas grandes 
áreas perpassam uma pelas outras fundamentalmente e definem a capacidade de 
autonomia, criticidade e consciência do sujeito formado. 
 
Os pressupostos filosóficos dão orientação política à metodologia de ensino e à 
abordagem histórico-social dos conteúdos. Os pressupostos psicológicos dão a 
orientação referente ao desenvolvimento dos psiquismos, enquanto conjunto dos 
fenômenos ou processos mentais conscientes ou inconscientes de indivíduos ou 
grupo em suas relações e interações sociais, como também dão a orientação 
referente à transformação da criança em adulto, enquanto observação sobre os 
progressos e estágios por que ela passa, procurando compreender o significado 
funcional desses progressos e estágios. Os pressupostos pedagógicos dão a 
orientação referente aos métodos educacionais empregados no processo de ensino-
aprendizagem, que determinam as relações de significados e as técnicas de 
interação, transmissão, orientação ou construção do conhecimento. 
 
Segundo Bueno (2001), a psicologia educacional originou-se do estudo de várias 
teorias do conhecimento. As teorias de conhecimento que orientam a educação 
podem ser categorizadas como tradicionais/empiristas, aquelas de proposta diretiva; 
como aprioristas, aquelas de propostas não-diretivas e interacionistas, aquelas de 
propostas construtivistas ou relacionais. 
 
Como a psicologia advém da filosofia e, essencialmente, é influenciada por suas 
principais formas de compreender o mundo, entende-se que as teorias do 
conhecimento surgiram para o mundo ocidental com duas bases filosóficas 
antagônicas que definem as concepções políticas inerentes à educação. Estas 
visões orientam os conteúdos e os métodos de ensino em prática na maioria das 
escolas brasileiras. O mundo ocidental tem o liberalismo e o marxismo como duas 
principais orientações políticas e filosóficas para a educação. 
 
Por sua vez, a pedagogia advém da psicologia que delineia as teorias do 
conhecimento que, conforme Bock (1999), o desenvolvimento humano pode ser 
descrito por várias teorias do conhecimento, que foram elaboradas por 
pesquisadores de várias partes do mundo, com base em resultados de observações, 
pesquisas com grupos distintos de indivíduos e de idades e culturas diferentes, 
estudos de casos clínicos, inclusive estudos que acompanharam indivíduos do 
nascimento à idade adulta. As várias teorias do conhecimento garantem 
cientificidade, critério e método ao processo de ensino-aprendizagem. 
BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 11 
 
Segundo Bueno (2001), a aprendizagem é definida pela psicologia educacional 
como um objeto de estudo e não um processo objetivo e acabado. A aprendizagem 
é considerada como um processo a ser pesquisado com o objetivo de interpretar 
suas possibilidades de efetivação associadas aos pressupostos filosóficos, aos 
conceitos de aprendizagem, ao crescimento físico, às descobertas, ao ensino, às 
tentativas e aos erros etc. 
 
Desta forma, seria uma teoria infundada se fossem englobadas numa única teoria e 
processos apresentados anteriormente num único conceito, por isso a Psicologia 
Educacional origina-se de várias "Teorias de Conhecimento". Essas teorias podem 
ser genericamente reunidas em três categorias: as teorias Empiristas, Inatistas e 
Interacionistas. 
 
O domínio das concepções destas teorias são imprescindíveis para a prática 
docente, e o embasamento teórico das atividades educacionais nesses modelos 
pedagógicos garante um processo de ensino-aprendizagem consciente e científico. 
 
Assim, vistas simultaneamente, como se propõe neste trabalho, a delimitação das 
teorias; as suas implicações no processo de ensino-aprendizagem e as suas origens 
históricas e filosóficas, espera-se que as três teorias tornem-se acessíveis e sirvam 
de fundamentação para a compreensão para a prática docente. A seguir, a Figura 2 
apresenta um resumo arranjado para auxiliar esta compreensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 12 
 
Teorias Psicológicas de Aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
Filosofias: Empirista e Objetivista 
 
 
Psicologia Comportamentalista 
(ou behaviorista) 
 
Pedagogia Diretiva 
 
 Empirismo: experiência como fonte de conhecimento. 
 Positivismo: objetividade e neutralidade no 
conhecimento da realidade humana. 
 Ser humano não pensa, reage a estímulos. 
 Processo de ensino-aprendizagem centrado no objeto 
(conhecimento). 
 Objeto é o conhecimento que só o professor tem. 
 Aprendizagem se dá ao incorporar ou armazenar 
informações, repassadas diretamente do professor 
para o aluno. 
 Professor tem o papel de transmitir conhecimentos e 
comportamentos para a manipulação e controle e 
 Metodologia de ensino de aulas expositiva: "dar e 
tomar a lição", objetivando um comportamento que se 
consegue através do esforço repetitivo do estímulo-
resposta. 
 
 
 
Filosofia: Idealista 
 
 
Psicologia Gestáltica 
 (ou humanista, fenomenalista, racionalista, inatista, 
apriorista e nativista) 
 
Pedagogia Não-Diretiva 
 Idealismo Filosófico: modo de pensar especulativo, 
não científico. 
 Capacidades básicas do ser humano prontas ao 
nascimento. 
 Processo de ensino-aprendizagem centrado no sujeito 
(aluno). 
 Aprendizagem se dá por experiência pessoal e 
objetiva: construída de forma pessoal e única – insight. 
 Professor tem o papel de facilitar a aprendizagem, na 
busca progressiva da autonomia do aluno. 
 Metodologia de ensino que possibilita liberdade para 
aprendizagem. 
 
Filosofia: Materialismo Dialético ou Marxismo 
 
Teorias Interacionistas 
 
Pedagogia Relacional 
(ou construtivista, interacionista) 
 
 Processo de ensino-aprendizagem se dá na interação 
entre o indivíduoe o meio. 
 No processo de ensino-aprendizagem, aluno e 
conhecimento são considerados indissociados. 
 Indivíduo e meio têm ação recíproca. 
 A construção do conhecimento se dá através da 
construção contínua do ser humano em sua relação 
com o meio. 
 
Teorias Interacionistas 
 
Interacionista Vygotskiana 
 
 Processo de ensino-aprendizagem focaliza a 
cultura, através da linguagem. 
 Aprendizagem se dá através da relação indivíduo-
indivíduo-meio, explorando a consciência de 
historicidade no contexto. 
 Professor tem o papel de criar condições de 
reflexão crítica sobre a ação cultural. 
 Metodologia de ensino que explora a crítica, a 
ação, a reflexão de temas do contexto social do 
aluno. 
 Processo de construção parte do social para o 
individual (interpessoal para intrapessoal). 
Interacionista Piagetiana 
 
 Processo de ensino-aprendizagem constitui-se nas 
relações de processo construtivista no ensaio e no 
erro. 
 Aprendizagem é resultado de interpretações ativas 
entre o sujeito e o objeto. 
 Professor tem o papel de promover a autonomia 
intelectual num processo de socialização. 
 Metodologia de ensino que explora a atividade do 
sujeito como centro do processo de ensino-
aprendizagem. 
 Processo de construção parte do individual para o 
social (intrapessoal para interpessoal). 
 
Figura 2 - Teorias Psicológicas de Aprendizagem 
Fonte: Adaptado de Vieira (2001) 
 
 
5 Considerações finais 
 
Por uma visão consciente da nossa sociedade é possível constatar que o 
desenvolvimento humano e social do mundo contemporâneo está subjacente às 
BUENO, J.L.P. O paradoxo da filosofia da educação: Pressupostos liberais e pressupostos marxistas 13 
modificações na estrutura produtiva do país ou região, como a industrialização, que 
resulta num processo de crescimento econômico. Por isso, a educação deve, como 
condição sine qua non, promover a compreensão e crítica do complexo sociedade-
consumo-industrialização para sobrepujar o estágio de ratificação generalizada da 
sociedade. 
 
Neste estudo, foram expostas de forma paralela e sintética as tendências 
pedagógicas, segundo cada pressuposto filosófico, para representar a prática e as 
conseqüências dos métodos de ensino na formação dos estudantes de nossa 
sociedade. Procurou-se manter um padrão didático para o estudo situando alguns 
pontos históricos e evolutivos, como também as influências político-econômico-
sociais para situar cada visão pedagógica. 
 
Contudo, o mais importante nos tempos atuais, do pensar pedagógico no contexto 
da sociedade industrial, é promover uma pedagogia que liberte e instrumentalize o 
aluno para se relacionar e se construir socialmente, conhecendo sua realidade e a 
trajetória histórica de sua sociedade. Neste sentido, ainda pode-se destacar a 
importância da educação problematizadora e crítica para superar a alienação 
imposta pela sociedade industrial, alcançando a consciência e a autonomia para a 
própria cidadania e subsistência. 
 
 
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